IVAN VALENTE deputado federal Pronunciamento do Deputado Federal Ivan Valente PSOL/SP feito na Câmara Federal em 3 de junho de 2014. 10% DO PIB EXCLUSIVOS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA! Sr. presidente, senhoras e senhores deputados, O plenário desta Casa aprovou no dia 28/05 último o texto-base do projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PL 8.035/10). É o mesmo que saiu da Comissão Especial da Câmara, que substituiu a proposta do Senado. Um acordo deixou os destaques, que contém os pontos mais polêmicos, para serem analisados nesta semana. O grande desafio é garantir que sejam mantidos no Plano a Meta 20, que prevê a destinação do equivalente a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) exclusivamente para a educação pública, assim como os recursos para implementação do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial) e do CAQ (Custo Aluno-Qualidade). Outro ponto polêmico é o artigo 5º do parágrafo 5º do texto do PNE. O dispositivo permite contabilizar os recursos das parcerias público-privadas, como Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), Prouni (Programa Universidade para Todos) e Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), como investimento público em educação. A medida esvazia a Meta 20 de financiamento e, caso o esse trecho não seja suprimido, estima-se que o investimento público em educação pública não passe de 8% do PIB. Por isso, apoiamos o destaque para garantir que os 10% do PIB sejam focados unicamente na educação pública, das creches à pos-graduação. E essa é uma reivindicação que não podemos abrir mão, pois só assim poderemos efetivamente dar passos para começar a alterar a dramática realidade da educação brasileira, na perspectiva de se assegurar uma educação de qualidade. Há risco de o governo retirar a Estratégia 20.10, que amplia a contribuição da União para que Estados e Municípios implementem o CAQi e CAQ. Esse instrumento pode permitir que as escolas brasileiras tenham melhores condições de infraestrutura, de trabalho e de remuneração mais justa para os educadores. Caso a retirada seja aprovada, isso representará www.ivanvalente.com.br uma perda de R$ 37 bilhões para a educação pública, de acordo com estimativa da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação). Lutaremos também pela manutenção do item que prevê a superação das desigualdades educacionais com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de livre orientação sexual, que graças à movimentação de setores ultra conservadores foi suprimido da proposta que chegou agora ao plenário da Câmara. A aprovação do texto foi um marco importante, após um processo longo de enfrentamentos e disputas ao longo de quatro anos de tramitação, mas, é fundamental que, particularmente neste momento de decisão, os movimentos sociais reforcem ainda mais estas bandeiras, se fazendo presentes nos corredores, nos plenários e nos gabinetes da Câmara, dialogando e argumentando junto aos parlamentares, pois muitos são sensíveis à esta justa reivindicação dos 10% do PIB exclusivos para a educação pública. Estamos na reta final e, como bem sabemos, o lobby da educação privada é poderoso, mas a capacidade de pressão dos movimentos é ainda maior, pois refletem os anseios por direitos da maioria esmagadora da sociedade brasileira. Por isso, não podemos ter um novo Plano Nacional de Educação descomprometido com as condições mínimas para que suas próprias metas sejam atingidas. Vamos nos somar e fortalecer esta luta, em defesa de uma escola pública, gratuita, laica e de qualidade para todos! Ivan Valente Deputado Federal PSOL/SP www.twitter.com/dep_ ivanvalente ESCRITÓRIO EM SÃO PAULO: Rua dos Heliotrópios, 58 - Praça da Árvore - SP - CEP 04049-000 (11) 5539-6204 e (11) 5081-7563 [email protected] www.facebook.com/IvanValentePSOL GABINETE EM BRASÍLIA: Gabinete 716 - Anexo IV - (61) 3215-3716 / 3215-5716 [email protected] Governo Haddad é inflexível e a greve dos professores continua por melhores condições de trabalho e incorporação Mandato do vereador Toninho Vespoli do PSOL dá todo o apoio à categoria que vem mostrando coragem e determinação sobre sua pauta de reivindicações. Na última rodada de negociação, realizada em 30 de maio, mais uma vez o prefeito Fernando Haddad e o secretário de Educação Cesar Callegari não estiveram presentes, colocando um assessor para conversar com os sindicatos e demonstrado total descaso com as reivindicações dos professores municipais. A prefeitura se recusa a fixar índices para a incorporação parcelada do abono de 15,38%, querendo que a categoria se contente com uma proposta sem garantias. Acreditar nisso é como assinar um cheque em branco, é subestimar os profissionais que estão em luta. Lembremos que o Governo Haddad prometeu aos professores, no ano passado, cerca de 13% de reajuste e, até hoje, isso não foi cumprido. Por essa razão, a incorporação tem que estar na lei. Além disso, o governo não quer atender às reivindicações funcionais e de condições de trabalho, reduzindo a negociação à questão salarial. A falta de estrutura nas escolas, as salas de aula lotadas e a ausência de condições para atender os alunos com deficiência são alguns dos problemas graves que esses profissionais enfrentam no dia-a-dia. Ignorar isso é uma irresponsabilidade e mostra bem que a qualidade da educação pública só está no discurso da administração petista, na prática as políticas vão em outro sentido. Não adianta a gestão Haddad dizer que os alunos estão há mais de 30 dias sem aula por causa dos professores. A greve está ocorrendo por responsabilidade do governo municipal, não dos educadores. Enquanto o governo municipal for intransigente, o movimento grevista aumentará. Falar que não há dinheiro para investir em educação é um engodo. O que existe é a opção política de pagar meia dúzia de banqueiros com 13% do orçamento municipal. O PSOL e o mando do vereador Toninho Vespoli estão junto com os profissionais nessa greve pela incorporação do abono, por melhores condições de trabalho e por uma educação pública de qualidade. PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO A Comissão de Educação da Câmara de Vereadores iniciou o processo de análise e debate em torno do PL 415/12, o Plano Municipal de Educação. O vereador Toninho Vespoli será o relator desse importante projeto. O PME apresentado pelo governo Kassab deixou muito a desejar em relação ao acúmulo construído ao longo das discussões e conferências que ocorreram na cidade no ano de 2010 e que deveriam ter servido de base para a elaboração do PL, por isso é fundamental a participação VEREADOR TONINHO VESPOLI PSOL de todos no processo em andamento na Câmara, para garantir que o PME seja aprovado com diretrizes e metas que de fato apontem para a solução dos principais problemas enfrentados pela educação em São Paulo. Nosso mandato assume o compromisso de conduzir esse debate de forma transparente e democrática, e convida todos os segmentos envolvidos para esse importante diálogo. Acompanhe as informações pelo nosso site e redes sociais. SAIBA MAIS EM: www.toninhovespoli.net.br [email protected] facebook.com/toninho.vespoli twitter.com/ToninhoVespoli Gabinete: Viaduto Jacareí, 100, 3º andar, sala 304 Tel. 3396-4879 Escritório Político: R. Nova Timboteua, 40, V. 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