3 Segunda-feira, 29 de setembro de 2014 Bega godóy [email protected] Mais da metade da vida de Antonio Agostinho Vieira, o Toninho, de 54 anos, é dedicada à fotografia e à função de mestre de cerimônias. Sua história se mistura a de Lages. É funcionário da prefeitura há 31 anos, período em que aprendeu a apurar o olhar e ser referência nos eventos com sua voz inconfundível. Bega Godóy Toninho Viera Apaixonado pela fotografia, Toninho leva o nome da Serra para o país. No arquivo, mais de 2 milhões de imagens. Toninho teve suas imagens publicadas em revistas, fôlderes e jornais de circulação nacional, maioria da natureza, seu tema preferido. Algumas delas foram usadas nos bilhetes de Loteria Federal na época que eram retratadas paisagens das regiões. Uma das mais marcantes foi a estampada na capa da lista telefônica. Toninho é dono do maior acervode imagens de um dos pontos turísticos de Lages, a Coxilha Rica. Essas imagens ficaram expostas durante a Festa do Pinhão e foram vistas por milhares de visitantes. “Me faz bem dar a oportunidade das pessoas, por meio da fotografia, de conhecerem um lugar que às vezes nunca visitarão”, afirma ele. Nascido em Cerro Negro, casado e pai de uma filha, Toninho gosta de levantar cedinho para captar os melhores momentos do dia. “Gosto de capturar imagens da natureza com temas turísticos”, diz ele. O fotógrafo lembra que num desses “passeios” fez uma foto que ganhou muito elogios e se tornou uma das favoritass do seu portifólio, que passa de 2 milhões de imagens. “Fui no Morro do Posto e consegui enquadrar uma chácara, pinheiros e gado. Ficou linda”, salienta ele, que tem ciúmes da sua coleção, armazenada em centenas de CDs e HDs. Voz inconfundível Festa do Pinhão, Carnaval, desfile cívico e Palco Nativista são os evento oficiais em que Toninho é requisitado para ser o mestre de cerimônias. Neste fim de semana, ele fez as honras na visita do vicepresidente da República e candidato à reeleição, Michel Temer. Fotografia analógica Toninho conta que no tempo da fotografia analógica as coisas eram bem difíceis. Os filmes tinham no máximo 36 poses e exigia muita perícia do fotógrafo. “O filme era caro e tinha que ter certeza que o objeto estava bem enquadrado. Também Alguns dos trabalhos de Antonio Vieira – fotos da região – foram estampados na face de bilhetes da Loteria Federal, da Caixa passava por inconveniente o de ter de trocar o filme rapidamente para não perder a sequência do trabalho”, salienta. O cerro-negrense começou cedo na área da comunicação. Aos 11 anos já era office boy da extinta TV Planalto e da Rádio Clube. “Fiz de tudo na rádio, desde programação à locução”, lembro. Foi lá que recebeu a incumbência de fazer fotografia para o jornal de circulação interno da empresa. Gosto de fotografar os fenômenos da natureza. Já levantei de madrugada procurando o melhor momento, como o pôr do sol e neve. Tenho um grande e variado portifólio. Acho interessante e diferente também captar as fotos aéreas. Fico feliz com cada foto que emplaca na mídia. Luís Carlos Cruz Luís Carlos Figueiredo Cruz foi atleta e treinou o Inter de Lages. Hoje se dedica a descobrir talentos.