8 — QUINTA-FEIRA, 17 de agosto de 2006 CARROS E MOTOS CORREIO DO POVO adota estilo Globalização gera carros melhores Maxim mundial da Peugeot Lançamentos desses oito meses de 2006 refletem um mercado que exige cada vez mais qualidade Renato Rossi processo de globalização se refletiu no mercaO do automobilístico brasileiro nos primeiros oito meses deste ano de forma muito positiva. Fez com que as trocas tecnológicas entre as grandes marcas mundiais se acelerem e resultem em produtos de criação coletiva, com a troca de experiências entre as equipes de design e de engenharia ao redor do mundo. Essa urgência da qualidade, induzida pelos consumidores e aceita pelas montadoras, gera uma espécie de “circuito fechado”, Estimuladas por legislações cada vez mais exigentes e por consumidores acostumados a um alto padrão de qualidade, as marcas produzem automóveis cada vez melhores. Os veículos lançados pelas montadoras devem ser, portanto, atraentes na forma e mais atraen- tes ainda na tecnologia, que evolui sempre. Carros destinados inicialmente a consumidores no Primeiro Mundo já chegaram este ano ao Brasil, como o Ford Fusion, e incluem equipamentos antes somente presentes em caríssimos automóveis de alto luxo. O Fusion, destinado à ampla classe media norte-americana, tem tecnologia de ponta a custo mais acessível. O Camry, na sua versão mais básica nos EUA, também é acessível, mas traz de série até oito air-bags, programa eletrônico de estabilidade e equipamentos que até pouco tempo eram destinados a indústria aeroespacial. O Magentis da Kia, por sua vez, foi todo projetado em computador e sequer teve um protótipo em clay, a massa sintética na qual são modelados os carros antes do processo produtivo. O Magentis, que passou direto do computador à linha de montagem, é um carro acima da média em tecnologia e dirigibilidade. Até o popular Celta é fruto de sofisticados métodos de produção, que usa robótica e computadores tridimensionais. Era um carro simples no início, mas, por pressão da competição e da exigência de qualidade imposta pela General Motors para seus veículos, tornou-se mais bonito e complexo com o tempo. E o passar do tempo, para os consumidores globalizados, deve trazer produtos que são cada vez melhores, mais bonitos, seguros e eficientes tanto para o ser humano quanto para o meio ambiente. Os automóveis não podem fugir à regra. Na edição de hoje e na da semana que vem estão os melhores lançamentos do ano, que espelham essa exigência contínua de qualidade que tipifica a globalização do mercado. No ano em que completa 5 anos de atividades, a Maxim Peugeot, líder em vendas Peugeot no Estado, reinaugura suas instalações no próximo dia 22. A revenda é a primeira da Grande Porto Alegre a adotar o conceito mundial Blue Box Peugeot. Para a reestruturação, a Maxim realizou investimento de mais de R$ 800 mil e ampliou o show room de vendas, duplicou a oficina e a área de atendimento de peças e serviços. O local também possui lounge no show room, Espaço Kids, Cybercafé – com acesso à Internet – e loja com acessórios da grife Peugeot. Conforme o Diretor do Grupo Maxim, Roger Rossuwski, a previsão é fechar 2006 com 1.200 carros vendidos. Camry demonstra o poder da Toyota Celta percorreu a evolução constante FOTOS RENATO ROSSI / ESPECIAL / CP O Toyota Camry chegou em junho ao mercado brasileiro, precedido por uma “bagagem” de críticas positivas da imprensa dos EUA, onde o carro foi lançado em sua geração original – já está na sexta – em 1983. O Correio do Povo, através da concessionária CarHouse, pôde testar o Camry quinta geração no ano passado e o modelo atual, há três semanas. O teste, urbano e rodoviário, demonstrou que o Camry surpreende nos mínimos detalhes. Nesta sexta geração, as linhas externas são mais musculosas e espora tivas, e o comportamento dinâmico Na 6 geração nos EUA, modelo fica melhor a cada versão vai muito além do padrão de veículo familiar moldar toda a estrutura lateral do carro em devido à potência de 284HP do motor com seis um só movimento. Esta versão que chega ao cilindros, que gera um torque “arrepiante” de mercado brasileiro é a mais sofisticada em 35,3 kgfm a 4700 giros. O Camry é, na verda- acabamento e a mais potente. Pode se definir de, um “concentrador” de alta tecnologia de o Camry como um dos melhores carros do produção, que usa aço de alta densidade nas mundo no segmento dos sedãs médios-granpartes vitais e prensas eletrônicas capazes des, com alto volume de produção. Lançado em abril, o Celta “Nova Geração” chega a 159km/h quando abastecido com álampliou a participação de mercado desse car- cool e a 157km/h com gasolina. Nada mal paro, que é o mais barato da GM, mas não do ra um carro que visa ao transporte com econoBrasil. O automóvel gaúcho provou que um mia. Há ainda a versão 1.4 a gasolina, com produto vinga quando uma montadora dire- 85HP e velocidade máxima de 161km/h e aceciona seus recursos humanos e tecnológicos leração de zero a 100km/h em 12 segundos. para melhorá-lo continuamente. Quando foi lançado em sua primeira geração, o Celta era um carro popular simples demais. A General Motors do Brasil, então, foi gradativamente fazendo melhorias. Evoluíram as suspensões, com novas regulagens de molas e amortecedores e com a inclusão de novas buchas que amenizaram os impactos do solo na suspensão dianteira. E a direção hidráulica disponibilizada é uma bênção. No interior, o que era simples foi refinado. E a adoção do conta-giros é adequada ao carro que não é excessivamente modesto na performance. O Celta motor 1.0 desenvolve 70HP e GM refinou o projeto, ampliou o conforto e o desempenho