O papel dos Organismos de Políticas para as Mulheres na elaboração de planos, programas e projetos com perspectiva de gênero Assessoria da Secretaria Executiva Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República • A construção de um país social e economicamente igualitário deve, indubitavelmente, levar em conta a condição das mulheres. • A desigualdade de gênero é ainda interseccionável com outras desigualdades, tais como de raça, de etnia, de classe, de orientação sexual, geracional, entre outras. • Por isso da importância de um diagnóstico local indique os principais problemas a serem enfrentados que atingem as mulheres, levando em conta as múltiplas desigualdades. • O OPM coloca-se como peça fundamental no enfrentamento às desigualdades de gênero, e um plano de políticas para as mulheres torna-se um importante instrumento para a concretização de tal tarefa. • O Plano deve orientar as ações do OPM e preferencialmente deve ser um desdobramento do PPA local. • É importante que se faça essa disputa a fim de garantir a execução das políticas para as mulheres. • Nesse processo de construção de uma política para as mulheres, entra a questão da transversalidade. Transversalidade • É uma tradução de gendermainstreaming, adotada pelas Nações Unidaas na Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial das Mulheres, realizada em Beijing, China, em 1995. • Refere-se ao entendimento das múltiplas expressões das desigualdades de gênero e da inclusão sociopolítica das diferenças tanto no âmbito privado quanto no público • o paradigma da responsabilidade compartilhada: não cabe apenas ao organismo de políticas para as mulheres promover a igualdade de gênero, mas a todos os órgãos locais • A transversalidade permite abordar problemas multidimensionais e intersetoriais de forma combinada, dividir responsabilidades e superar a persistente “departamentalização” da política. • Temos, portanto, a transversalidade como uma estratégia do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres no Governo Brasileiro, que é composta por três dimensões: i. entre os órgãos de governo (intersetorial); ii. entre governo federal, estadual municipal e distrital (federativa); e iii. entre Estado e Sociedade (participação e controle social). Desafios (interligados) dos OPMs • Políticas para as mulheres no PPA • Plano de Políticas para as Mulheres como desdobramento do PPA • Participação e controle social (OPMS são uma conquista do mov. Feminista e de mulheres) Participação e controle social • É por meio do binômio participação e controle social que as políticas para as mulheres podem se fortalecer. A participação social pode ocorrer fomentada de diversas formas tais como conselhos, conferências, ouvidorias, audiências públicas. O controle social depende dos insumos fornecidos pelo poder público, ou seja, depende do fortalecimento de uma cultura de planejamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas e da publicização das informações referentes ao ciclo das políticas públicas. A participação e controle social criam uma dinâmica construtiva entre sociedade civil e Estado que impulsiona a execução das políticas públicas. Princípios da Política Nacional para as Mulheres aprovada a partir de 2004 e referendada em 2007 e em 2011 pelas respectivas conferências: autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida; busca da igualdade efetiva entre mulheres e homens, em todos os âmbitos; respeito à diversidade e combate a todas as formas de discriminação; caráter laico do Estado; universalidade dos serviços e benefícios ofertados pelo Estado; participação ativa das mulheres em todas as fases das políticas públicas; e transversalidade como princípio orientador de todas as políticas públicas. Obrigada! [email protected]