O MUNDO DO TRABALHO ATRAVÉS DO CINEMA ARNALDO LEMOS FILHO [email protected] BIBLIOGRAFIA www.telacrítica.org ALVES, Giovanni, O cinema como experiência crititica ALVES, Giovanni, Trabalho e Cinema, Londrina, Ed. Praxis, vol 1,2 e 3, PINTO, Claudio, Trabalho e Capitalismo Global, O mundo do trabalho através do cinema de animação, Bauru,Canal 6, 2011 AMORIM, Ricardo, Cens do Trabalho na tela. Suplemento especial sobre Trabalho, Revista Ciência e Cultura, 2007 [email protected] Objetivos 1. Desenvolver uma reflexão critica sobre o problema do trabalho, através do cinema 2. Utilizar o filme na sala de aula como pré-texto para a reflexão critica, capaz de propiciar, deste modo, um campo de experiência crítica voltado para o conhecimento social [email protected] ROTEIRO I – O CINEMA II– O TRABALHO I I – O TRABALHO NO CINEMA III – FILMOGRAFIA IV – CENAS DE FILMES [email protected] I – O CINEMA [email protected] Quem não gosta de cinema? divertimento aventura Sala escura Fuga das pressões lazer Fuga da rotina relaxamento emoções Fuga do cotidiano sons diálogos música [email protected] MAGIA IMPRESSÃO DE REALIDADE ILUSÃO LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA SEDUÇÃO SOBRE OS SENTIDOS FÁBRICA DE SONHOS [email protected] A “sétima arte” Escultura volume Música - som Teatro representação Dançamovimento Literatura – palavra Pintura - cor A síntese de todas as artes [email protected] Plongée Tempo Espaço Campo Neo-realismo Italiano Nouvelle vague Plano Geral Contra-plano Close LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA Plano Americano Contre-plongée Travelling Metáforas Cinema Novo Expressionismo alemão Montagem Cinema asiático [email protected] Impressão da realidade Formas de pensar ideologia comportamentos valores sentimentos modos de agir cultura informação [email protected] O cinema não é um registrador da realidade É uma construção: de códigos e convenções de mitos e ideologias da cultura de quem os realiza É um instrumento: de uma estratégia de dominação de divulgação de estilos de vida de concepções de mundo Para expressar a identidade cultural de determinada nação [email protected] O cinema teve, pois, um papel de destaque no momento em que a ideologia burguesa passou a ser partilhada pelas pessoas comuns. Burguesia Dominação política Dominação ideológica Dominação cultural Meios de comunicação de massa Dominação econômica [email protected] Os EUA organizaram a linguagem moderna do cinema A historia de heróis individuais e mocinhas frágeis reforçaram os valores da burguesia. Cultura fragmentada, acrítica e de valores éticos burgueses. Efeitos especiais capazes de fornecer uma fuga da realidade cotidiana. Indústria [email protected] O filme é um sistema complexo que, através de tecnologia, iluminação edição, cenário, direção e outros aspectos, pode contribuir para a constituição de imagens do mundo Muitas das realidades evocadas são ausentes, estando presentes apenas na imaginação, dissolvendo as fronteiras entre o imaginário e o real [email protected] O cinema estabelece mediações O encenado e a vida cotidiana A fantasia e a realidade O revelado e o ocultado O observado e o observador [email protected] Eixos temáticos sociológicas políticas filosóficas discussões teológicas psicológicas históricas econômicas [email protected] ANÁLISE DE UM FILME reflete (e representa) uma totalidade social concreta. Um filme compõe um conjunto complexo de sugestões temáticas que pode ser apropriado para uma reflexão critica. Não explica, apenas sugere [email protected] O filme é apenas um pré-texto para uma reflexão crítica sobre a sociedade em seus múltiplos aspectos. [email protected] ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILMES : 1 2 3 4 5 Ficha técnica do filme Estrutura narrativa Tese(s) Palavras–chave em relação às teses Frases e/ou cenas de relevo que explicam a(s) tese(s) 6 Analise crítica Relacionar o filme com o texto 7. Conclusão [email protected] 2. O TRABALHO O trabalho assume sentidos diversos ao longo da historia [email protected] O trabalho, fonte da vida, produção da riqueza, é também fonte de desigualdades sociais, fonte de contradições O trabalho O trabalho Envaidece Enobrece Enriquece Aborrece Entristece Empobrece Enlouquece Democratiza Socializa Contabiliza Mecaniza Materializa Escraviza (Araken dos Santos, Paradoxos do Labor, 2001) [email protected] TRABALHO E SOCIEDADE Pensar sociologicamente o trabalho é pensar como essa atividade humana se desenvolveu e se organizou nas diferentes sociedades O trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples, como as de alimento e abrigo, até as mais complexas, como as de lazer e crença, ou seja, necessidades físicas e espirituais. Há vários modos de satisfazer essas necessidades, dependendo de como os homens se organizam em sociedade e de seus valores em relação ao trabalho. [email protected] TRABALHO E SOCIEDADE ANTES DO CAPITALISMO 1. O “trabalho” nas sociedades tribais. Nessas sociedades, não existe a idéia de trabalho como uma coisa separada das outras atividades. As atividades vinculadas à produção estão associadas aos ritos e mitos, ao sistema de parentesco, ás festas, às artes, enfim a toda vida social, econômica, política e religiosa. O trabalho não tem um valor em si, separado de todas as outras coisas. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais Marshall Sahlins, antropólogo norteamericano, chama essas sociedade de “sociedade do lazer” ou “sociedades de abundância” pois elas não só tinham todas as suas necessidades materiais e sociais plenamente satisfeitas, como também dispunham de uma mínimo de horas vinculadas à produção (cerca de três a quatro horas e nem sempre todos os dias). [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais O fato de se dedicar menos tempo às tarefas vinculadas à produção não significa que se tenha uma vida de privações. Ao contrario, essas sociedade viviam muito bem alimentadas. A explicação para o fato de trabalharem muito menos que nós está no modo como se relacionam com a natureza,muito diferente do nosso.A terra é, alem de um lugar onde se vive, um valor cultural. Recebem aquilo de que necessitam da “mãe natureza”. Desse modo, não se encontra a idéia de que se deve produzir mais para poupar ou acumular alguma riqueza. A sua riqueza está na vida e na forma como passam os dias. O tempo é utilizado para descansar, divertir-se, dançar, caçar, pescar, plantar, colher e para o cumprimento das obrigações rituais. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais Segundo a antropólogo francês, Pierre Clastres,quando, nessas sociedades, aquilo que chamamos de “econômico” se torna uma área autônoma, ou seja, desligado de outras esferas da vida e portanto alienado, contabilizado e imposto por aqueles que querem aproveitar do produto do trabalho, é sinal de que essas sociedade tornaram-se divididas entre dominantes e dominados. Descaracterizam-se totalmente. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana Os gregos utilizavam vários termos para designar o que hoje entendemos por trabalho. Alem disso, a organização da sociedade grecoromana era também diversa da nossa e, portanto, a divisão do trabalho e as relações sociais de produção também o eram. Segundo Hanna Arendt, pensadora alemã, os gregos possuíam três concepções para a idéia de trabalho: labor, poiesis e práxis [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana Labor esforço físico voltado para a sobrevivência do corpo. É uma atividade passiva e submissa ao ritmo da natureza(ex. o trabalho do agricultor, o trabalho de parto). Poiesis a ênfase recai sobre o fazer, o ato de fabricar, de criar alguma coisa ou produto através do uso de algum instrumento ou mesmo das próprias mãos. ( ex. o trabalho do artesão, do escultor). Práxis atividade que tem a palavra como seu principal instrumento, isto é, que utiliza o discurso como um meio para encontrar soluções voltadas para o bem-estar dos cidadãos. É o espaço da política, da vida publica. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana É necessário entender a questão da escravidão nessas sociedades. O escravo era sempre alguém inferior por natureza, não importando que oficio tivesse. Podia-se encontrar escravos exercendo a medicina. O escravo era propriedade de seu senhor, para os romanos era uma coisa(res) É importante deixar claro que havia uma classe de ricos e notáveis que se dedicavam a discutir os assuntos da cidade. Por isso é que a escravidão era fundamental, pois era o trabalho escravo que dava o suporte material para que os cidadãos não precisassem viver do suor do seu rosto. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho na sociedade feudal Com a decadência da escravidão(alforria e rebeliões) e a invasão dos “bárbaros”, há uma transformação nas relações de trabalho que resultou na estruturação da sociedade feudal. A terra é o principal meio de produção e as relações sociais se desenvolvem em torno dela. Mas ela não pertence aos produtores diretos, os camponeses, mas sim aos senhores feudais, hierarquizados. Os camponeses têm direito ao usufruto, mas nunca à propriedade dela [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho na sociedade feudal Cria-se uma rede de vínculos pessoais de direitos e deveres e de honra entre os senhores e entre estes e os servos. Eram os servos que realmente trabalhavam. Os senhores feudais e o clero viviam do trabalho dos outros. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade feudal Havia também o trabalho dos artesãos, atividades nas cidades e mesmo dentro dos feudos.Os artesãos se reuniam em associações chamadas corporações de oficio, constituída de um mestre, que controlava todo o trabalho na corporação, os oficiais e os aprendizes. Para se compreender o trabalho na Idade Media,é necessário que se entenda que a sociedade feudal se caracterizava pela solidariedade, pelo cumprimento irrestrito dos compromissos, juramentos e pela presença da Igreja. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade feudal O trabalho era considerado uma verdadeira maldição e deveria existir somente na quantidade necessária à sobrevivência ,não tendo nem um valor em si. A Igreja considerava o trabalho como resultado do pecado original, o trabalho era visto como uma tortura (tripalium: instrumento de tortura). Trabalho= tripalium=instrumento de tortura [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Mudança na concepção de trabalho A Reforma Protestante alterou o pensamento cristão sobre o trabalho, considerando-o como um meio de salvação.. Esta concepção vai servir muito bem burguesia comercial e depois à industrial Idade Moderna à A riqueza em si não é condenável, mas sim o não-trabalho e a preguiça que ele pode causar. A burguesia precisava de trabalhadores dedicados, sóbrios e dóceis em relação às condições de trabalho e baixos salários. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Est Esta concepção vai servir muito bem à O Iluminismo : a idéia burguesia comercial e depois à industrial de transformação da natureza pela ação dos homens, Idade Moderna através da ciência, da técnica e das artes mecânicas se pode transformar a natureza O homem domina a natureza através de seu trabalho. [email protected] REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Desagregação da sociedade feudal consolidação da sociedade capitalista, com mudanças na ordem tecnológica, econômica e social, com um novo modo de produção e novas relações de produção [email protected] Revolução Industrial a produção agrícola destinada ao abastecimento de matérias primas Conseqüências: fluxo migratório para as cidades industriais, expulsão dos camponeses, Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição, alcoolismo, promiscuidade, epidemias, [email protected] Revolução Industrial o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, Conseqüências: a consciência de classe, a formação de associações e sindicatos, o enriquecimento da burguesia. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal Revolução Industrial provocou inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Homens, mulheres e crianças eram confinados em fábricas, minas e oficinas durante jornadas de trabalho de até 12 e 14 horas, em deploráveis condições sanitárias e de trabalho A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA propriedade privada Propriedade privada privada propriedade Características do Capitalismo Trabalho assalariado Sistema de troca Determinada divisão do trabalho O capitalismo se constituiu na Europa Ocidental. A Inglaterra é tomada como exemplo de sociedade capitalista onde se deu a transição do feudalismo para um novo modo de produção [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Como o trabalho se torna mercadoria. Do ponto de vista do trabalho, o capitalismo aparece quando a força de trabalho se torna uma mercadoria que pode ser comprada e vendida Para que ele se transforme em mercadoria, é necessário que o trabalhador seja desvinculado de seus meios de produção, ficando apenas com a sua força de trabalho para vender. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção cercamentos de terras comunais Fatores de transformação expropriação dos camponeses trafico de escravos africanos exploração das colônias Conquista e pilhagem, principalmente de ouro e prata nas Américas, guerra comercial [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Resultado desses fatores: acumulação primitiva de capital Cooperação simples PROCESSOS DE PRODUÇÃO Manufatura Maquinofatura [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Cooperação simples processo no qual os trabalhadores ainda mantem a hierarquia da produção artesanal. O artesão ainda desenvolve todo o processo produtivo, mas está a serviço da burguesia. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA dissolução dos processos de trabalho baseados nos ofícios. Manufatura O trabalho artesanal continua sendo a base só que reorganizado e decomposto através da fragmentação de suas tarefas, definido assim uma nova divisão de trabalho. começa a surgir o trabalho coletivo. O artesão torna-se um trabalhador que não possui mais o entendimento da totalidade do processo de trabalho e perde também o seu controle [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA a produção de mercadorias por meio de máquinas reunidas num mesmo local: a fabrica. Agora a mecanização independe da destreza manual dos trabalhadores. Maquinofatura A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias: incorpora as habilidades dos trabalhadores e os subordina às maquinas Há uma separação entre a maquina e homem. Este agora serve à maquina, ela o domina, dálhe o ritmo de trabalho. Ele não precisa um conhecimento especifico sobre algum oficio, não precisa ter qualificação determinada. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Trabalho e Capital : uma relação de conflito A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias,não só pelo fato de incorporar as habilidades dos trabalhadores, mas também porque os subordina à maquina. O trabalhador deve apenas ligar a maquina, manuseá-la e regulá-la. Há uma separação entre a força motriz mecânica e a do homem. A maquina o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho O trabalhador não necessita ter um conhecimento especifico sobre algum oficio., não precisa ter uma qualificação [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Na maquinofatura surgem o conflito e a contradição entre trabalho e capital e ai aparece a exploração do trabalhador Aparentemente é uma relação de iguais: entre os proprietários de capital e os proprietários da força de trabalho, relação de contrato Não é o que ocorre no interior da fabrica. Os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Esse é o conceito de mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção. Uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo denomina-se acumulação de capital [email protected] ANÁLISE DA MERCADORIA O processo da mais valia Hipótese: 08 horas Tempo Necessário: o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho Tempo Excedente: o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia: Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Não é essa, porém, para Marx, a característica essencial do sistema capitalista, mas precisamente a apropriação privada dessa mais-valia. A partir dessas considerações, Marx elaborou sua crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os limites da pura economia e se converteu numa reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a história. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA A maquinofatura desenvolveu-se e a produção passou a organizar-se em linhas de montagem O aperfeiçoamento continuo do sistema de produção deu origem a uma divisão de trabalho muito bem detalhada que resultou na diminuição das horas de trabalho A proposta de Frederick Taylor, expressas no seu livro “Princípios de organização cientifica, propunha aplicar princípios científicos na organização do trabalho, buscando maior racionalização do processo produtivo Esta proposta foi assimilada por Henry Ford na produção de um automovel. Surge então a expressão fordismo/taylorismo. [email protected] TRANSF0RMAÇÃO Nos períodos mais recentes, o capitalismo vem passando por nova transformação Década de 70: nova fase no processo produtivo capitalista : pós-fordismo ou processo da acumulação flexível Crise do petróleo (1973) : recessão, busca de novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expansão dos lucros [email protected] Toyotismo nova fase de expropriação da mão-de-obra, a chamada acumulação flexível - a partir do modelo de produção criado pelos japoneses, toyotismo degradação das condições de trabalho, dos direitos trabalhistas e, conseqüentemente, dos trabalhadores. Os princípios ideológicos e organizacionais do toyotismo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração e produção [email protected] O pós- fordismo flexibilização dos processos de trabalho, incluindo a automação Características flexibilização e mobilidade mercados de trabalho dos flexibilização dos produtos e também dos padrões de consumo [email protected] Flexibilizaçao do processo de trabalho A U eliminação do controle manual por parte do trabalhador, o trabalhador só intervem para fazer o controle e a supervisão T O M A as atividades mecânicas são desenvolvidas por maquinas automatizadas, programadas para agir sem intervenção de um operador Ç Ã O o engenheiro que entende de programação eletrônica e de analise de sistemas passa a ter uma importância estratégica [email protected] Flexibilizaçao do processo de trabalho A U T O M A Ç Ã O A robótica tecnologia é um componente novo nas industrias de bem de consumo duráveis e altera profundamente as relações de trabalho Robôs não fazem greve, trabalham incansavelmente, não exigem maiores salários e melhores condições de trabalho e de vida Novas formas de produção: o licenciamento de marcas que articulam varias empresas pequenas e medias em torno do marketing e do apoio financeiro de um grande grupo. [email protected] Flexibilização dos mercados de trabalho. Tendência de se usar diferentes formas de trabalho: trabalho domestico e familiar, trabalho autônomo, trabalho temporário, por hora ou curto prazo subcontratação Alta rotatividade da mão de obra, Terceirização baixo nível de sindicalização, enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas. [email protected] Flexibilização dos produtos e do consumo. A vida útil dos produtos vai diminuindo, tornando-se descartáveis, a propaganda nos estimula a trocá-los por novos [email protected] O pós- fordismo Alta rotatividade da mão de obra baixo nível de sindicalização enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas, Conseqüências instabilidade para os trabalhadores, desemprego crescente tendência a elevar o numero de trabalhadores através da diminuição das horas de trabalho semanais: trabalhar menos horas para que todos possam ter emprego e renda. [email protected] Modelos de Produção - Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica TAYLORISMO- FORDISMO- PÓS-FORDISMO- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.Racionalização da produção.- Controle do tempo.Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade. Produção e consumo em massa.- Extrema especialização do trabalho.- Rígida padronização da produção.- Linha de montagem. Estratégias de produção e consumo em escala planetária.Valorização da pesquisa científica.Desenvolvimento de novas tecnologias.Flexibilização dos contratos de trabalho. [email protected] II – CINEMA E TRABALHO [email protected] Visão sublime Ao longo da história, o trabalho apresenta uma dupla visão. Visão pejorativa [email protected] Visão SUBLIME O trabalho é atividade emancipatória e criativa do homem O trabalho dignifica o homem O trabalho enobrece O trabalho aumenta a solidariedade social (Durkheim) A GLORIFICAÇÃO DO TRABALHO O trabalho provoca uma “ressurreição” O trabalho é instrumento de salvação [email protected] EXEMPLO “ressurreição” + + = Novo produto Trabalho “morto” Nova mercadoria Novo valor [email protected] Visão PEJORATIVA Alienação Mais Valia sobrevivência. castigo A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO Mercadoria Precariedade Fragmentação [email protected] EXEMPLO mercadoria Camponeses = expulsos do campo capitalismo Artesãos = destituídos de suas ferramentas O trabalho como mercadoria O trabalhador é desvinculado de seus meios de produção Venda da força de trabalho para subsistência [email protected] O cinema começou sua história em 1895, mostrando a saída dos operários de uma fábrica na França, em célebre registro feito pela câmera pioneira dos irmãos Lumière. [email protected] Desde então, o trabalho tem sido um objeto de interesse permanente para os cineastas, o que deu origem a várias obras primas da sétima arte [email protected] A glorificação do trabalho O CINEMA TEM APRESENTADO AS DUAS FORMAS DE CONCEPÇÃO DE TRABALHO A exploração do trabalho [email protected] Primeira via: a glorificação do trabalho Não analisa o trabalho em si, mas faz uso dele como apologia. O trabalho em sua forma abstrata, traduzido em esforço, disciplina e dedicação, que gera produtos capazes de trazer riqueza. Não discute o dia-a-dia, apenas enobrece o esforço, a disciplina e louva o individuo que o executa. Sindicato de ladrões,EUA,1954 Mistifica as relações de produção. Fornece a fuga da realidade e coloca em meios tons o conflito de classes. A história de um herói individual esconde a exploração. Reforça os valores de sucesso individual através do trabalho. [email protected] Segunda via: a exploração do trabalho à fraqueza do operário frente à maquina, Crítica ao Taylorismo Fordismo ao tratamento dispensado ao trabalhador pelo capitalista, à linha de montagem e suas consequências sobre os operários, Tempos Modernos, EUA,1936 à precariedade material vivida pela população mais pobre. [email protected] III - Filmes sobre o trabalho [email protected] 1925 – Greve, Eisenstein A ação desenrola-se numa das maiores fábricas da Rússia czarista. Tudo parece calmo: os operários trabalham, a burguesia goza de uma vida rica em prazeres; mas essa serenidade é só aparente: os contramestres percebem que, entre os operários, há uma agitação dissimulada e comunicam à direção da fábrica. A direção, por sua vez, avisa à polícia. Um operário, injustamente acusado pela direção de ter roubado documentos, marca o início da greve. Os operários deixam as fábricas, as máquinas param.. Ao saber da recusa da administração em satisfazer as reivindicações dos operários, o comitê decide continuar a greve. [email protected] 1926- Metropolis, Fritz Lang Um dos maiores clássicos da ficção científica mundial e um dos expoentes máximos do cinema expressionista alemão da década de 20, “Metropolis", filme mudo dirigido por Fritz Lang em 1926, impressiona até hoje por seu visual futurista, com cenários e efeitos especiais fantásticos, descrevendo uma enorme megalópole controlada por poderosos industriais, utilizando uma imensa força de trabalho braçal de uma população renegada e condenada à escravidão, para manter sua oponência e grandiosidade. [email protected] 1931- A Nós, a Liberdade, René Clair Um industrial é chantageado por causa do seu passado, recebendo então a ajuda de um antigo companheiro de prisão. Encantadora comédia satírica em estilo opereta, dirigida e escrita por René Clair, um dos mais admirados cineastas franceses de todos os tempos e o primeiro a ser eleito para a Academia Francesa. "A Nós a Liberdade" influenciou decisivamente Charles Chaplin ao fazer Tempos Modernos, tornando-se também uma poderosa denúncia à sociedade moderna mecanizada. [email protected] 1936- Tempos Modernos, Charles Chaplin Modern Times (Tempos Modernos, Charles Chaplin), lançado em 1936, em que o seu famoso personagem "O Vagabundo" (The Tramp) tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam à criminalidade, à escravidão. O amor também aparece, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua. [email protected] 1940- Vinhas da Ira, John Ford Em meados da década da 1930, em plena Grande Depressão, o drama social de pequenos arrendatários do interior do estado de Oklahoma (EUA), expulsos de suas terras e obrigados a tornarem-se proletários agrícolas, colhedores de laranjas nas fazendas da Califórnia. [email protected] 1947- La Terra Treme, Luchino Visconti Numa pequena aldeia de pescadores do sul da Sicília, os pescadores pobres são forçados a vender o produto da sua pesca a grossistas sem escrúpulos, que lhes compram por muito pouco dinheiro o que tanto lhes custou a pescar. António, o filho mais velho de uma família tradicional de pescadores, revolta-se contra essa situação e hipoteca a casa para arranjar dinheiro para começar a trabalhar por sua conta e vender o peixe diretamente na cidade mais próxima. [email protected] 1948- Ladrões de Bicicleta, Vittorio De Sica Após a Segunda Grande Guerra, com a Itália destruída e com o povo passando toda sorte de necessidades, Ricci (Lamberto Maggiorani) consegue um emprego, o de colar cartazes na rua. Com a ajuda de sua mulher Maria (Lianella Carell) consegue dinheiro para uma bicicleta, pois sem ela estaria impossibilitando de realizar o seu trabalho. Quando a bicicleta é roubada, Ricci e seu filho Bruno (Enzo Staiola) saem em uma busca incansável para recuperá-la. [email protected] 1953 – O Salário do Medo – Henri George Clouzot Quatro homens desempregados e miseráveis, que vivem em condições quase desumanas em um pequeno vilarejo da Guatemala, aceitam uma perigosa e desafiadora missão: transportar uma carga altamente explosiva de nitroglicerina em caminhões sem nenhuma estrutura para tanto, ao longo de estradas em péssimas condições, até um poço de petróleo que está em chamas para que seja explodido. [email protected] 1958- Meu Tio, Jacques Tati O humilde e atrapalhado Monsieur Hulot é cunhado de um gerente de uma fábrica de plásticos, um novo rico que vive em uma casa totalmente automatizada. Este arranja-lhe um emprego para que seu filho não cresça sob a influência do tio. Filme vencedor do Oscar de filme estrangeiro e vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Cannes. [email protected] 1963- Os Companheiros, Mario Monicelli Considerado como um dos clássicos dos anos 1960, o filme de Mario Monicelli – estrelado por Marcelo Mastroianni –, mostra as condições de trabalho dos operários italianos na virada do século 19, quando ocorreu uma greve numa indústria têxtil na cidade italiana de Torino e que durou mais de 30 dias. [email protected] 1972- A Classe Operária vai ao Paraíso Lulu é um operário padrão que desperta a ira dos colegas devido a sua alta produtividade, servindo de exemplo pela direção da empresa. Depois de sofrer um acidente de trabalho, rebela-se contra a fábrica em que trabalha e se aproxima de líderes estudantis radicais. O processo de engajamento político do operário é acompanhado de conflitos familiares, questionamentos sobre a vida de operário e pela constante presença de sindicalistas e estudantes na porta da fábrica discursando para os trabalhadores. [email protected] 1979- Norma Rae, Martin Ritt Em 1978, em Hinleyville, uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos, a maioria da população trabalha em uma indústria têxtil, cujas condições de trabalho são péssimas. Lá também trabalha Norma Rae, uma mãe solteira que vive com os pais, que também são operários da fábrica. De repente, chega de Nova Iorque o sindicalista Reuben Warshowsky, que procura um lugar na casa de uma família para morar. [email protected] 1985 – A morte do caixeiro viajante – László Benedek Um velho caixeiro viajante, criado no mundo em que a amizade se sobrepunha às regras econômicas, vê seus valores perderem lugar justamente no momento em que, desempregado, procura ajuda. Da obra de Arthur Miller. [email protected] 1992- Daens – um grito de justiça, Stijn Coninx Na cidade de Aalst, norte da Bélgica, um grupo de trabalhadores vive em condições miseráveis, vítimas da exploração da indústria de tecidos onde estão empregados. A situação começa a mudar quando um padre revolucionário é transferido para a cidade e assume a igreja local. [email protected] 1990 – O Sucesso a Qualquer Preço, James Foley Num escritório imobiliário de Chicago são oferecidos prêmios para aqueles que se destacam nas vendas. O primeiro prêmio é um Cadillac; o segundo é um jogo de facas; e o terceiro prêmio é a demissão. Os tempos são difíceis; Shelley Levene (Lemmon) e Dave Moss (Harris) são vendedores veteranos, mas somente Rick Roma (Pacino) está numa maré de sorte. O filme funciona como uma denúncia de como o dinheiro, a competição e a falta de ética corrompem tudo em seu caminho. [email protected] 1993- Germinal, Claude Berri O filme retrata o processo de gestação e maturação de movimentos grevistas e de uma atitude mais ofensiva por parte dos trabalhadores das minas de carvão do século 19 na França em relação à exploração de seus patrões. [email protected] 1995- Denise está chamando – Hal Salwen Retrata de forma crítica e bem humorada o impacto das novas tecnologias no dia-adia das pessoas. Um filme do atual período de globalização. Relações interpessoais que passam a ser virtuais. Quanto mais a tecnologia facilita o contato, mais ela afasta as pessoas; quanto maior a produtividade, menos tempo para o lazer. [email protected] 1995- Toy Story – John Lasseter Andy (John Morris) tem 17 anos e está prestes a ir para a faculdade. Desta forma, precisa arrumar o quarto e definir o que irá para o lixo e o que será guardado no sótão. Seus antigos brinquedos, entre eles Buzz Lightyear (Tim Allen), Jessie (Joan Cusack) e o Sr. Cabeça de Batata (Don Rickles), são separados para serem guardados no sótão. Entretanto, uma confusão faz com que a mãe de Andy os coloque no lixo. Woody (Tom Hanks), que será levado por Andy para a faculdade, decide salvá-los. O grupo escapa, mas acaba no carro da mãe de Andy. Ela leva a uma creche diversos brinquedos, entre eles Barbie (Jodi Benson). Ao chegarem, os amigos encontram um universo até então inimaginável, onde os brinquedos sempre têm crianças para brincarem com eles. [email protected] 1997 – Ou Tudo ou Nada, Peter Catanneo Seis homens desempregados estão desesperados por dinheiro. Então, inspirados em um show de striptease, decidem que também podem ganhar dinheiro montando seus próprios shows. Porém, neste pretendem oferecer o que nenhum outro já fez, que é um “tudo ou nada”, ou seja, pretendem ficar completamente nus, o que acaba criando controvérsia na comunidade em que vivem. [email protected] 1998 - Antz – FormiguinhasZ – Eric Darnell- Tim Johnson Em uma grande colônia, Z (Woody Allen) é uma formiga macho que luta para manter sua individualidade dentro do formigueiro: ele não gosta do trabalho de escavação que é obrigado a fazer e questiona o autoritarismo e as divisões de tarefas do lugar. Ameaçado pelo general Mandíbula (Gene Hackman), Z parte em busca da "Insetopia", um lendário e mágico lugar cheio de comida e liberdade. Nesta aventura, conta com a companhia da princesa Bala (Sharon Stone), também uma "rebelde". Mas eles terão que voltar para casa e salvar a colônia dos terrívies planos de Mandíbula. Em alguma cenas Formiguinhaz faz referência a filmes como Pulp Fiction e Guerra nas Estrelas, além de mostrar Z em uma sessão de análise. [email protected] 1999 – Matrix, Irmãos Wachowski C Ficção Científica de ação que reinventou vários conceitos no gênero no final dos anos 90. Fala sobre o domínio das máquinas sobre os homens. Um grupo liderado por Morpheus está atrás do "One" – o escolhido – que, diz a profecia, libertará a raça humana dessas máquinas. [email protected] 1999 – Vida de Inseto – John Lasseter O filme se passa em torno de um colônia de formigas que coleta comida durante a primavera e o verão para estocar para o inverno, tendo ainda que dar uma parte para os gafanhotos. Flik, uma formiga atrapalhada, derruba todo o suprimento que eles haviam juntado. Quando os gafanhotos vêm buscar a comida, ficam enfurecidos e ameaçam matar as formigas se elas não juntarem mais mantimentos. Flik sai em uma aventura à procura de heróis que ajudem sua colônia e encontra um grupo de insetos circenses que, graças a um mal entendido, aceita dar uma força para as formigas. E a aventura fica cada vez mais divertida. Feito em computação gráfica pelo estúdio Pixar, o mesmo de Toy Story. [email protected] 2000 – Segunda feira ao Sol, Fernando de Aranoa, O filme mostra diferentes dramas de pessoas desempregadas. Santa (Javier Bardem) vive do seguro-desemprego e está sempre bebendo com os amigos. Um tanto orgulhoso, não quer pagar a lâmpada que quebrou quando ainda estava no estaleiro. Reina (Enrique Villén), seu amigo, está em um subemprego como vigia de um estádio. Já Amador (Celso Bugallo) é um senhor solitário que vive em um lugar que parece mais um depósito de lixo. José (Luis Tosar) faz de tudo para manter a esposa Ana (Nieve de Medina),.... [email protected] 2.000 – Pão e Rosas – Ken Loach Pão e Rosas, (Bread and Roses, Ken Loach, 2000) Maya, uma jovem mexicana, deixa seu país para se encontrar com sua irmã Rosa, em Los Angeles, que arruma um emprego para Maya na mesma empresa em que trabalha. Os mexicanos ilegais trabalham como faxineiros do turno da noite em um edifício de escritórios, por salários humilhantes. Eles não têm assistência médica, nenhuma proteção trabalhista e ainda suportam um patrão abusivo. [email protected] 2002 – O Adversário, Nicole Garcia Um homem trabalha como médico há 18 anos, mesmo sem nunca ter estudado para exercer a profissão. Quando sua farsa pode ser revelada, ele passa a elaborar um plano para eliminar as pessoas que possam prejudicá-lo. Com Daniel Auteuil. [email protected] 2004 – Missão Demissão, Jean Marc Moutout Jovem empresário em ascensão entra em crise ao participar do processo de venda de uma fábrica no interior da França, que implicará na demissão de dezenas de empregados. [email protected] 2004 – O Corte, Costa Gravas Bruno Davert é um executivo que trabalhou durante 15 anos numa corporação industrial. Por conta de reestruturação na companhia, ele é demitido. Dois anos depois, ainda desempregado, e no auge do desespero, ele traça um plano diabólico para conseguir o emprego: eliminar seus concorrentes. [email protected] 2004 – Um dia sem mexicanos – Sergio Arau Uma comédia sobre algo bastante sério na Califórnia: a presença de latinos e de, principalmente, mexicanos. Em um dia comum, todos os mexicanos desaparecem; os preconceituosos estadunidenses percebem que não sabem viver sem seus serviços. Os principais personagens são duas jornalistas, um senador ambicioso e preconceituoso, a esposa de um músico cucaracha, alguns mexicanos estabelecidos legalmente e aqueles que tentam atravessar o muro entre os EUA e o México. Duração aproximada: 95 min. [email protected] 2005 – O Que Você Faria?, Marcelo Piñeyro Sete candidatos se oferecem para um emprego. Todos se apresentam para os testes de seleção, onde é usado um método diferente que pretende analisar as reações dos candidatos em níveis altos de tensão. [email protected] 2005 – Princesas, Fernando Leon de Aranoa Espanha, 2005, 109 minutos Duro retrato sobre a prostituição na Espanha, acompanhando a vida nada fácil de duas jovens que se dedicam à atividade. [email protected] 2005 – Terra Fria - Niki Caro Após um casamento fracassado, Josey Aimes (Charlize Theron) retorna à sua cidade natal, no Minnesota, em busca de emprego. Mãe solteira e com dois filhos para sustentar, ela é contratada pela principal fonte de empregos da região: as minas de ferro, que sustentam a cidade há gerações. O trabalho é duro mas o salário é bom, o que compensa o esforço. Aos poucos as amizades conquistadas no trabalho passam a fazer parte do dia-a-dia de Josey, aproximando famílias e vizinhos. Incentivada por Glory (Frances McDormand), uma das poucas mulheres da cidade que trabalha nas minas, Josey passa a trabalhar no grupo daqueles que penam para arrancar o minério das pedreiras. Ela está preparada para o trabalho duro e, às vezes, perigoso, mas o que não esperava era sofrer com o assédio dos seus colegas de trabalho. Como ao reclamar do tratamento recebido é ignorada, ela decide levar à justiça o caso [email protected] 2006 – O Grande Chefe, Lars Von Trier Diretor de uma empresa contrata sósia para substituí-lo em situações de crise. Corrosiva comédia de Lars von Trier, satirizando as relações de trabalho na Europa globalizada. [email protected] 2006 – Cidade do silêncio – Gregory Nava Mão-de-obra barata, isenção de impostos, legislação ambiental deficiente e ausência de sindicatos combativos fizeram do norte do México um paraíso para as grandes empresas (maquilladoras). Contratam, predominantemente, mão-de-obra feminina. Este filme, inspirado em fatos reais, trata do estupro e do assassinato de milhares de mulheres em Juarez (norte do México, junto à fronteira com os EUA), das tentativas do governo de escondê-los, da influência do NAFTA e de outros aspectos. Interessante para caracterizar as condições femininas de trabalho nas maquilladoras e o resultado que pode ocorrer se implantarem a ALCA. [email protected] BRASIL [email protected] 1961 – Barravento, Glauber Rocha Primeiro filme de longa metragem de Glauber Rocha, sobre a vida de um grupo de pescadores no litoral da Bahia. [email protected] 1964 – São Paulo S.A., Luis Sergio Person A ascensão social de um homem de classe média, que trabalha em uma fábrica de carros em São Paulo. Retrato implacável do processo de industrialização da maior cidade da América Latina. [email protected] 1976 – Os Libertários, Lauro Escorel Filho Um curta-metragem brasileiro sobre o papel do anarquismo no início do movimento operário, em São Paulo, no início do século XX. Um levantamento de um período significativo da história do movimento operário. [email protected] 1978 – Braços Cruzados, Máquinas Paradas, Roberto Gervitz- Sergio Toledo Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego" desde o golpe militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves operárias que iriam mudar o país. Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de inspiração fascista. [email protected] 1979 – ABC da Greve, Leon Hirzman O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Sem espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo [email protected] 1980 – O Homem que virou Suco, João Batista de Andrade Poeta popular nordestino recém chegado a São Paulo é confundido com operário de uma multinacional que matou o patrão. Clássico do cinema brasileiro, que revela o drama dos trabalhadores migrantes na cidade grande. [email protected] 1980 – Gaijin- Os caminhos da liberdade –Tizuka Yamazaki Sobre a vinda de imigrantes japoneses para o trabalho nas fazendas de café no interior do estado de São Paulo. Por meio de uma história de amor (entre uma imigrante japonesa e um imigrante italiano), aborda a condição de vida destes colonos e a relação dos colonos japoneses com italianos e nordestinos. Duração: 100 min. [email protected] 1981 – Eles não usam black-tie, Leon Hirszman Um operário engravida sua namorada e resolve casar. Paralelamente, a empresa em que ele trabalha entra em greve e ele resolve furar o movimento para garantir o emprego, mas entra em embate com seu pai, o líder da greve. [email protected] 1982 – Linha de Montagem, Renato Tapajós Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região, desafiando a repressão do final da ditadura militar. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de Segurança Nacional. [email protected] 1983 – Os Chapeleiros – Adrian CooperCC Um curta metragem filmado em Campinas (SP), sobre o sistema de produção industrial. Trata do trabalhador no interior de um sistema opressivo. Rodado em uma fábrica de chapéus do início de século, o filme evoca uma produção industrial opressiva onde a anormalidade se torna normalidade e os detalhes banais do cotidiano se tornam expressões de resistência humana. [email protected] 1987 – Terra para Rose – Tetê de Morais A partir da história de Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento [email protected] 1992 – Conterrâneos Velhos de Guerra, Vladimir Carvalho A história da construção de Brasília a partir do ponto de vista dos operários que a construíram, os chamados “candangos”, em um revelador documentário realizado no início da década de 90. [email protected] 2000 –O Sonho de Rose – Tetê de Morais O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária. [email protected] 2001 – Domésticas, Nando Olival e Fernando Meireles Bem humorado retrato sobre um grupo de empregadas domésticas na cidade de São Paulo. Primeiro sucesso do diretor de Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira: Fernando Meirelles. [email protected] 2001 – O invasor , Beto Brant Estevão, Ivan e Gilberto são companheiros desde os tempos de faculdade e sócios de uma construtora de sucesso há mais de 15 anos. O relacionamento entre eles sempre foi muito bom, até que um desentendimento na condução dos negócios faz com que eles entrem em choque com Estevão, sócio majoritário, ameaçando abandonar a empresa. Acuados, Ivan e Gilberto decidem então contratar Anísio, um matador de aluguel, para assassinar Estevão e, assim, poderem conduzir a construtora do modo como bem entendem. Entretanto, Anísio tem seus próprios planos de ascensão social e aos poucos invade cada vez mais as vidas de Ivan e Gilberto. [email protected] 2001 – O fim do Sem Fim, Lucas Bambozzi Documentário sobre trabalhadores que se dedicam a uma série de profissões que estão em extinção [email protected] 2004 – Os Peões, Eduardo Coutinho Documentário sobre a história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam desde então. . O filme foi rodado no período final da campanha presidencial de 2002. [email protected] 2000 – Quanto vale ou é por quilo – Sergio Bianchi Quanto vale ou é por quilo? (2005, Brasil, direção: Sérgio Bianchi) – Uma livre adaptação de um conto de Machado de Assis (“Pai contra Mãe”), este filme traça um paralelo entre a vida no Brasil durante a escravidão e o momento atual, no qual empresas criam organizações não-governamentais e se utilizam da pobreza existente para divulgar a sua marca e fazer caixa-dois. Uma análise bem feita da utilização pelo mercado da situação de penúria de parcela da sociedade [email protected] 2006- Anjos do Sol – Rudi Lagemann O filme traça um perfil do tráfico de menores para o exercício da prostituição no Brasil. Em municípios do Norte e do Nordeste do país, em razão da pobreza, pais vendem suas filhas para recrutadores de prostitutas. O filme mostra práticas comuns em algumas regiões como o leilão de meninas virgens, os donos de boates, os cafetões e as cafetinas, os coronéis que as utilizam, e outras. [email protected] 2006 – Os 12 trabalhos - Ricardo Elias Um dia na vida de um jovem que precisa cumprir várias tarefas para conseguir um emprego de motoboy na grande São Paulo. [email protected] 2010 – No olho da rua – Rogério Corrêa O filme narra a trajetória de Oton, 38 anos, metalúrgico, casado com Camila que, após trabalhar 20 anos na mesma fábrica, é demitido. Porém, vê sua última esperança de voltar a fábrica em Emiliano, seu amigo vinculado ao sindicato que tenta sem sucesso “resgatar” seu emprego. A partir daí começa o declínio do personagem, que começa a se dar conta de estar sem condições de pagar aluguel e sustentar sua mulher grávida de oito meses e seu filho. Na procura de um novo emprego Oton se sente despreparado, além de encontrar muitas pessoas na mesma situação. [email protected] 2011 – Trabalhar cansa – Marco Dutra, Juliana Rojas A história é focada no cotidiano de um casal de classe média, com impasses e aspirações típicos da sociedade em que estão inseridos. O marido (Marat Descartes) perde o emprego no momento em que a esposa (Helena Albergaria) começa a concretizar os planos de montar um mercadinho. Com as vidas profissionais em diâmetros opostos, os dois mergulharão em um ambiente opressor, onde os aspectos mais negativos de suas personalidades vão se acentuar, com consequências inesperadas e surpreendentes. [email protected] Programação 1º dia – 3 aulas - Aula Expositiva 2º dia – 3 aulas- A Revolução Industrial – Germinal 3º dia – 2 aulas - Germinal – Analise e debates 4ºdia – 2 aulas- Fordismo e Taylorismo – Tempos Modernos 5ºdia – 2 aulas - Tempos Modernos – Analise e debates 6ºdia – 2 aulas - Crise do Capitalismo – Vinhas da Ira 7º dia- 2 aulas -´ Vinhas da Ira – analise e debates 8ºdia – 2 aulas - A modernidade – Meu Tio 9º dia – 2 aulas – Meu Tio – analise e debates 10ºdia –2 aulas - A luta dos trabalhadores – A Classe operaria vai ao paraiso 11º dia- 2 aulas - A classe operaria vai ao paraiso – Analise e debates 12º dia – 2 aulas - A empresa moderna – O que você faria? 13º dia – 2 aulas - O que você faria – Analise e debates 14ºdia – 3 aulas - A Globalização – O Corte 15º dia – 3 aulas - O Corte – Analise e debates [email protected] IV - CENAS DE FILMES [email protected] DVD I A FABRICA – CONDIÇÕES DE TRABALHO 1. Saída da Fabrica, França, Lumiere, 1895 2. Os Companheiros, Itália, Monicelli, 1963 3. Germinal, França, Claude Berri, 1993 4. A Classe operária vai ao paraíso, Itália, Elio Petri, 1972 5. Os Libertários, Brasil, Lauro Escorel Filho, 1976 6. Braços Cruzados, máquinas paradas, 1978, Gervitz-Toledo FORDISMO – TAYLORISMO 7. A Nós, a liberdade, França, René Clair, 1931 8. Tempos Modernos – a esteira, EUA, Charles Chaplin, 1936 9. Tempos Modernos – Fast Food, EUA, Chaplin, 1936 [email protected] HOMEM X MÁQUINA 10. Tempos Modernos – homem = apêndice da máquina 11. Tempos Modernos – homem = apêndice da máquina 12. A Classe Operária... – Amor à máquina 13. A Classe Operária... – Sexo e máquina DOENÇA – ALIENAÇÃO - ACIDENTE 14. A Classe Operária... doença 15. A Classe Operária... alienação 16. Os Companheiros, acidente [email protected] EXPLORAÇÃO DO TRABALHO 17. Vinhas da Ira, EUA, John Ford, 1940 18. A Classe Operária... 19. Edukators, Alemanha, Hans Weingartner 20. A Classe Operária... GREVE E REPRESSÃO 21. Greve, Serge Eiseinstein, URSS,1925 22. Germinal 23. Os Companheiros, parada das máquinas 24. Os Companheiros – assembléia dos trabalhadores 25. Os Companheiros – reunião com a direção [email protected] GREVE E REPRESSÃO 26. Os Companheiros,Tomada da fábrica 27. Os Companheiros, repressão 28. Eles não usam black-tie, Greve 29. Eles não usam black-tie, Greve [email protected] DVD II MULHER TRABALHADORA 1. Norma Rae, EUA, Martin Ritt, 1979 11. Peões, Brasil, Eduardo Coutinho,2004 15. Terra para Rose, Brasil, Tetê de Morais TRABALHO INFANTIL 2. Daens, um grito de justiça, Belgica, Stijn Coninx ,1992 3. A Classe operária vai ao paraíso, Itália, Elio Petri, 1972 [email protected] CONSCIÊNCIA DE CLASSE 4. Vinhas da Ira, EUA, John Ford, 1940 5. A Classe Operária A QUESTÃO DA TERRA 6. Vinhas da Ira 14. Terra para Rose 16. Terra para Rose EMPREGO - DESEMPREGO 7. Tempos Modernos, EUA, Charles Chaplin, 1936 8. Vinhas da Ira 9. O emprego, Argentina, [email protected] LUTAS SINDICAIS 10. Braços Cruzados, máquinas paradas, Brasil,Gervitz -Toledo, 1978 13. ABC da Greve, Brasil, Leon Hirzman,1979 [email protected]