TRABALHO E SOCIEDADE BIBLIOGRAFIA GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed,2005 BRYM, Robert et alii. Sociologia,sua bussola para um novo mundo. S. Paulo: Thomsom Learning, 2007 TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. 2ªedição. S. Paulo: Editora Atual, 2001 CARMO, Paulo Sergio. Sociologia e sociedade pósindustrial. S.Paulo:Ed. Paulus, 2007 OLIVEIRA, Luis Fernandes. Sociologia para os jovens do século XXI. Rio de Janeiro> Ed. Imperial Milenium, 2007 [email protected] TRABALHO E SOCIEDADE Pensar sociologicamente o trabalho é pensar como essa atividade humana se desenvolveu e se organizou nas diferentes sociedades O trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples, como as de alimento e abrigo, até as mais complexas, como as de lazer e crença, ou seja, necessidades físicas e espirituais. Há vários modos de satisfazer essas necessidades, dependendo de como os homens se organizam em sociedade e de seus valores em relação ao trabalho. [email protected] TRABALHO E SOCIEDADE ANTES DO CAPITALISMO 1. O “trabalho” nas sociedades tribais. Nessas sociedades, não existe a idéia de trabalho como uma coisa separada das outras atividades. As atividades vinculadas à produção estão associadas aos ritos e mitos, ao sistema de parentesco, ás festas, às artes, enfim a toda vida social, econômica, política e religiosa. O trabalho não tem um valor em si, separado de todas as outras coisas. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais Marshall Sahlins, antropólogo norteamericano, chama essas sociedade de “sociedade do lazer” ou “sociedades de abundância” pois elas não só tinham todas as suas necessidades materiais e sociais plenamente satisfeitas, como também dispunham de uma mínimo de horas vinculadas à produção (cerca de três a quatro horas e nem sempre todos os dias). [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais O fato de se dedicar menos tempo às tarefas vinculadas à produção não significa que se tenha uma vida de privações. Ao contrario, essas sociedade viviam muito bem alimentadas. A explicação para o fato de trabalharem muito menos que nós está no modo como se relacionam com a natureza,muito diferente do nosso.A terra é, alem de um lugar onde se vive, um valor cultural. Recebem aquilo de que necessitam da “mãe natureza”. Desse modo, não se encontra a idéia de que se deve produzir mais para poupar ou acumular alguma riqueza. A sua riqueza está na vida e na forma como passam os dias. O tempo é utilizado para descansar, divertir-se, dançar, caçar, pescar, plantar, colher e para o cumprimento das obrigações rituais. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais Segundo a antropólogo francês, Pierre Clastres,quando, nessas sociedades, aquilo que chamamos de “econômico” se torna uma área autônoma, ou seja, desligado de outras esferas da vida e portanto alienado, contabilizado e imposto por aqueles que querem aproveitar do produto do trabalho, é sinal de que essas sociedade tornaram-se divididas entre dominantes e dominados. Descaracterizam-se totalmente. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana Os gregos utilizavam vários termos para designar o que hoje entendemos por trabalho. Alem disso, a organização da sociedade grecoromana era também diversa da nossa e, portanto, a divisão do trabalho e as relações sociais de produção também o eram. Segundo Hanna Arendt, pensadora alemã, os gregos possuíam três concepções para a idéia de trabalho: labor, poiesis e práxis [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana Labor esforço físico voltado para a sobrevivência do corpo. É uma atividade passiva e submissa ao ritmo da natureza(ex. o trabalho do agricultor, o trabalho de parto). Poiesis a ênfase recai sobre o fazer, o ato de fabricar, de criar alguma coisa ou produto através do uso de algum instrumento ou mesmo das próprias mãos. ( ex. o trabalho do artesão, do escultor). Práxis atividade que tem a palavra como seu principal instrumento, isto é, que utiliza o discurso como um meio para encontrar soluções voltadas para o bem-estar dos cidadãos. É o espaço da política, da vida publica. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana É necessário entender a questão da escravidão nessas sociedades. O escravo era sempre alguém inferior por natureza, não importando que oficio tivesse. Podia-se encontrar escravos exercendo a medicina. O escravo era propriedade de seu senhor, para os romanos era uma coisa(res) É importante deixar claro que havia uma classe de ricos e notáveis que se dedicavam a discutir os assuntos da cidade. Por isso é que a escravidão era fundamental, pois era o trabalho escravo que dava o suporte material para que os cidadãos não precisassem viver do suor do seu rosto. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho na sociedade feudal Com a decadência da escravidão(alforria e rebeliões) e a invasão dos “bárbaros”, há uma transformação nas relações de trabalho que resultou na estruturação da sociedade feudal. A terra é o principal meio de produção e as relações sociais se desenvolvem em torno dela. Mas ela não pertence aos produtores diretos, os camponeses, mas sim aos senhores feudais, hierarquizados. Os camponeses têm direito ao usufruto, mas nunca à propriedade dela [email protected] ANTES DO CAPITALISMO O trabalho na sociedade feudal Cria-se uma rede de vínculos pessoais de direitos e deveres e de honra entre os senhores e entre estes e os servos. Eram os servos que realmente trabalhavam. Os senhores feudais e o clero viviam do trabalho dos outros. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade feudal Havia também o trabalho dos artesãos, atividades nas cidades e mesmo dentro dos feudos.Os artesãos se reuniam em associações chamadas corporações de oficio, constituída de um mestre, que controlava todo o trabalho na corporação, os oficiais e os aprendizes. Para se compreender o trabalho na Idade Media,é necessário que se entenda que a sociedade feudal se caracterizava pela solidariedade, pelo cumprimento irrestrito dos compromissos, juramentos e pela presença da Igreja. [email protected] ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade feudal O trabalho era considerado uma verdadeira maldição e deveria existir somente na quantidade necessária à sobrevivência ,não tendo nem um valor em si. A Igreja considerava o trabalho como resultado do pecado original, o trabalho era visto como uma tortura (tripalium: instrumento de tortura). Trabalho= tripalium=instrumento de tortura [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Mudança na concepção de trabalho A Reforma Protestante alterou o pensamento cristão sobre o trabalho, considerando-o como um meio de salvação.. Esta concepção vai servir muito bem burguesia comercial e depois à industrial Idade Moderna à A riqueza em si não é condenável, mas sim o não-trabalho e a preguiça que ele pode causar. A burguesia precisava de trabalhadores dedicados, sóbrios e dóceis em relação às condições de trabalho e baixos salários. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Est Esta concepção vai servir muito bem à O Iluminismo : a idéia burguesia comercial e depois à industrial de transformação da natureza pela ação dos homens, Idade Moderna através da ciência, da técnica e das artes mecânicas se pode transformar a natureza O homem domina a natureza através de seu trabalho. [email protected] REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Desagregação da sociedade feudal consolidação da sociedade capitalista, com mudanças na ordem tecnológica, econômica e social, com um novo modo de produção e novas relações de produção [email protected] Revolução Industrial a produção agrícola destinada ao abastecimento de matérias primas Conseqüências: fluxo migratório para as cidades industriais, expulsão dos camponeses, Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição, alcoolismo, promiscuidade, epidemias, [email protected] Revolução Industrial o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, Conseqüências: a consciência de classe, a formação de associações e sindicatos, o enriquecimento da burguesia. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal Revolução Industrial provocou inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Homens, mulheres e crianças eram confinados em fábricas, minas e oficinas durante jornadas de trabalho de até 12 e 14 horas, em deploráveis condições sanitárias e de trabalho A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA propriedade privada Propriedade privada privada propriedade Características do Capitalismo Trabalho assalariado Sistema de troca Determinada divisão do trabalho O capitalismo se constituiu na Europa Ocidental. A Inglaterra é tomada como exemplo de sociedade capitalista onde se deu a transição do feudalismo para um novo modo de produção [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Como o trabalho se torna mercadoria. Do ponto de vista do trabalho, o capitalismo aparece quando a força de trabalho se torna uma mercadoria que pode ser comprada e vendida Para que ele se transforme em mercadoria, é necessário que o trabalhador seja desvinculado de seus meios de produção, ficando apenas com a sua força de trabalho para vender. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção cercamentos de terras comunais Fatores de transformação expropriação dos camponeses trafico de escravos africanos exploração das colônias Conquista e pilhagem, principalmente de ouro e prata nas Américas, guerra comercial [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Resultado desses fatores: acumulação primitiva de capital Cooperação simples PROCESSOS DE PRODUÇÃO Manufatura Maquinofatura [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Cooperação simples processo no qual os trabalhadores ainda mantem a hierarquia da produção artesanal. O artesão ainda desenvolve todo o processo produtivo, mas está a serviço da burguesia. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA dissolução dos processos de trabalho baseados nos ofícios. Manufatura O trabalho artesanal continua sendo a base só que reorganizado e decomposto através da fragmentação de suas tarefas, definido assim uma nova divisão de trabalho. começa a surgir o trabalho coletivo. O artesão torna-se um trabalhador que não possui mais o entendimento da totalidade do processo de trabalho e perde também o seu controle [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA a produção de mercadorias por meio de máquinas reunidas num mesmo local: a fabrica. Agora a mecanização independe da destreza manual dos trabalhadores. Maquinofatura A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias: incorpora as habilidades dos trabalhadores e os subordina às maquinas Há uma separação entre a maquina e homem. Este agora serve à maquina, ela o domina, dálhe o ritmo de trabalho. Ele não precisa um conhecimento especifico sobre algum oficio, não precisa ter qualificação determinada. [email protected] O Operário e a maquina - Flores Magón 1916 "Maldita máquina!" pragueja o operário, suando gotas grossas, cansado e desanimado. "Maldita máquina, que me obrigas a seguir o teu ritmo infernal, como se eu também fosse feito de aço e movido por um motor! Odeio-te, instrumento de pesadelo, pois fazendo o trabalho de dez, vinte ou trinta operários, tiras-me o pão da boca - e condenas-me, assim como à minha mulher e meus filhos, a passar fome [email protected] O Operário e a maquina - Flores Magón 1916 "Máquinas infernais!" Deveriam desaparecer todas, sequazes do diabo! Belo trabalho que fazem! Em um dia, sem outra despesa que alguns baldes de carvão para alimentar o motor, despacham cada uma mais trabalho que um homem em um mês, de tal maneira que um trabalhador, que poderia ter trabalho para trinta dias, vê-lo reduzido a um só por vossa causa... nós a morrer deixa-te indiferente! Sem ti, vinte famílias de proletários teriam o pão quotidiano assegurado [email protected] O Operário e a maquina - Flores Magón 1916 "Fazem sete horas que estou ao teu lado e ainda tenho que agüentar três. Tenho vertigens, mas devo resistir. A cabeça pesa-me, mas cuidado com o menor momento de desatenção! Tenho de seguir todos os teus movimentos se não quero que os teus dentes de aço me mordam e que os teus dedos de ferro me encerrem... Mais três longas horas! As minhas orelhas zumbem, uma sede terrível devora-me, tenho febre, a minha cabeça vai rebentar” [email protected] O Operário e a maquina - Flores Magón 1916 A máquina começa a trepidar com mais vigor, já não geme mais. De todos os seus tendões de ferro, de todas as suas vértebras de aço, dos dentes duros de suas engrenagens, das suas centenas de peças infatigáveis, sai um som rouco cheio de raiva que, traduzido em linguagem humana, significa: - Cala-te miserável! Pára de queixar-te, covarde! Eu não passo de uma máquina, movida por um motor, mas tu, tu tens um cérebro e não te revoltas, pobre diabo! Pára de lamentar-te sem fim, imbecil! É a tua covardia que é causa da tua desgraça, não eu. Apodera-te de mim, arranca-me das garras desse vampiro que te chupa o sangue, e trabalha para ti e os teus, cretino! Em si, as máquinas são uma bênção. Poupamos esforço ao homem, mas vocês trabalhadores são tão estúpidos que nos deixam nas mãos dos vossos carrascos, embora vocês próprios nos tenham construído. Como conceber maior estupidez? Cala-te e não pies nem uma palavra mais! Se não tens a coragem de romper as tuas correntes, então não te queixes! Vamos, são horas de sair. Foge daqui e pensa! [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Trabalho e Capital : uma relação de conflito A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias,não só pelo fato de incorporar as habilidades dos trabalhadores, mas também porque os subordina à maquina. O trabalhador deve apenas ligar a maquina, manuseá-la e regulála. Há uma separação entre a força motriz mecânica e a do homem. A maquina o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho O trabalhador não necessita ter um conhecimento especifico sobre algum oficio., não precisa ter uma qualificação [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Na maquinofatura surgem o conflito e a contradição entre trabalho e capital e ai aparece a exploração do trabalhador Aparentemente é uma relação de iguais: entre os proprietários de capital e os proprietários da força de trabalho, relação de contrato Não é o que ocorre no interior da fabrica. Os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Esse é o conceito de mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção. Uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo denomina-se acumulação de capital [email protected] ANÁLISE DA MERCADORIA 5. O processo da mais valia Primeiro Modo Hipótese: 08 horas Tempo Necessário: o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho Tempo Excedente: o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia: Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Não é essa, porém, para Marx, a característica essencial do sistema capitalista, mas precisamente a apropriação privada dessa mais-valia. A partir dessas considerações, Marx elaborou sua crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os limites da pura economia e se converteu numa reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a história. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA A maquinofatura desenvolveu-se e a produção passou a organizar-se em linhas de montagem O aperfeiçoamento continuo do sistema de produção deu origem a uma divisão de trabalho muito bem detalhada que resultou na diminuição das horas de trabalho A proposta de Frederick Taylor, expressas no seu livro “Principios de organização cientifica, propunha aplicar principios cientificos na organização do trabalho, buscando maior racionalização do processo produtivo Esta proposta foi assimilada por Henry Ford na produção de um automovel. Surge então a expressão fordismo/taylorismo. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Taylorismo um engenheiro americano chamado Taylor desenvolveu a "organização científica do trabalho". Seu objetivo era elevar ao máximo a produtividade das fábricas. Os seus métodos provocaram mudanças significativas nos processos industriais. Frederick Taylor 1865-1915 [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Taylorismo as tarefas dos operários deveriam ser simplificadas ao máximo, de modo que o seu grau de dificuldade fosse o mínimo possível. O fluxo de produção deveria ser dividido e subdividido até que cada trabalhador só realizasse uma ínfima parte do processo como um todo os operários não deveriam perder tempo pensando sobre o que faziam. Planejar, controlar e introduzir melhorias nos processos era responsabilidade de uma equipe de engenheiros. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Fordismo O método de Taylor foi, posteriormente, levado às últimas conseqüências por Henry Ford. Ford criou as linhas de montagem na sua fábrica de automóveis. As mudanças introduzidas ´por Ford visavam a produção em serie de um produto( o Ford modelo T) para o consumo de massa. Henry Ford 1863-1047 Foi implantada a jornada de 8 horas de trabalho por 5 dólares ao dia [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Fordismo Esta forma de organização de trabalho passou a ser chamada de fordismo, expressão nascida de Henry Ford, a partir de 1914, quando ele estruturou na produção de sua fabrica de automóveis um modelo que seria seguido por muitas outras industrias.. As mudanças introduzidas ´por Ford visavam a produção em serie de um produto( o Ford modelo T) para o consumo de massa. Foi implantada a jornada de 8 horas de trabalho por 5 dólares ao dia [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Fordismo Significava renda e tempo de lazer suficientes para o trabalhador suprir todas as suas necessidades básicas e a até adquirir um dos automóveis produzidos na empresa. A maquinofatura desenvolveu-se e a produção passou a organizar-se em linha de montagem. Iniciou-se a era do consumismo: produção em massa para um consumo em massa O aperfeiçoamento continuo dos sistemas produtivos deu origem a uma divisão do trabalho detalhada que resultou na diminuição de horas de trabalho. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Fordismo-Taylorismo aumento de produtividade com o uso mais adequado possível de horas trabalhadas, através do controle das atividades dos trabalhadores divisão e parcelamento das tarefas mecanização de parte das atividades com a introdução da linha de montagem um sistema de recompensas e punições conforme o comportamento deles no interior da fabrica [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Análise critica do Fordismo-Taylorismo Vantagens era extremamente mais fácil treinar operários em tarefas muito simples do que em tarefas complexas. Um trabalhador especializado numa pequena operação podia adquirir habilidade suficiente para faze-la muito rapidamente a própria idéia de que a atividade produtiva deve ser objeto de estudo metódico e racional [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Análise critica do Fordismo-Taylorismo Vantagens Dois elementos externos à fabrica contribuíram muito para o sucesso das medidas propostas por Taylor e Ford: 1. o atrelamento do movimento sindical aos interesses capitalistas. Apesar dos conflitos, os sindicatos foram se burocratizando e se transformaram em imensas estruturas administrativas, fazendo concessões aos capitalistas e ao Estado; [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Análise critica do Fordismo-Taylorismo Vantagens Dois elementos externos à fabrica contribuíram muito para o sucesso das medidas propostas por Taylor e Ford: 2. a presença significativa do Estado criando mecanismos financeiros e legais para que o consumismo se tornasse uma pratica cotidiana, bem como cooptando os sindicatos para que controlassem politicamente a força de trabalho. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Análise critica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens Aos operários cabia somente usar as mãos, nunca os cérebros. esse método tratava o trabalhador como se fosse máquina. Na verdade ele tinha até menos status que as próprias máquinas já que tinha que adaptar o seu ritmo de trabalho ao dos equipamentos. [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Análise critica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens o trabalhador não se identifica com o produto do seu esforço. Um homem que simplesmente fixava páralamas não via o automóvel pronto como obra sua.. Alheamento Ele não era nem ao menos capaz de entender o funcionamento do carro. A única coisa que ele sabia era fixar pára-lamas Como resultado o operário não sentia orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho.. Pessoas que não se orgulham do que fazem, que não vêem importância na sua atividade, dificilmente produzem com qualidade [email protected] O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Análise critica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens Um enorme potencial estava sendo desperdiçado ao se impedir que os operários opinassem sobre o modo como o trabalho era feito. Mesmo pessoas com pouca cultura escolar tem bom senso suficiente para enxergar problemas simples - que muitas vezes passam desapercebidos aos olhos dos engenheiros - e propor soluções para eles. [email protected] TRANSF0R Nos períodos mais recentes, o capitalismo vem passando por nova transformação Década de 70: nova fase no processo produtivo capitalista : pós-fordismo ou processo da acumulação flexível Crise do petróleo (1973) : recessão, busca de novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expansão dos lucros [email protected] Toyotismo nova fase de expropriação da mão-de-obra, a chamada acumulação flexível - a partir do modelo de produção criado pelos japoneses, toyotismo degradação das condições de trabalho, dos direitos trabalhistas e, conseqüentemente, dos trabalhadores. Os princípios ideológicos e organizacionais do toyotismo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração e produção [email protected] O pós- fordismo flexibilização dos processos de trabalho, incluindo a automação Características flexibilização e mobilidade mercados de trabalho dos flexibilização dos produtos e também dos padrões de consumo [email protected] Flexibilizaçao do processo de trabalho A U eliminação do controle manual por parte do trabalhador, o trabalhador só intervem para fazer o controle e a supervisão T O M A as atividades mecânicas são desenvolvidas por maquinas automatizadas, programadas para agir sem intervenção de um operador Ç Ã O o engenheiro que entende de programação eletrônica e de analise de sistemas passa a ter uma importância estratégica [email protected] Flexibilizaçao do processo de trabalho A U T O M A Ç Ã O A robótica tecnologia é um componente novo nas industrias de bem de consumo duráveis e altera profundamente as relações de trabalho Robôs não fazem greve, trabalham incansavelmente, não exigem maiores salários e melhores condições de trabalho e de vida Novas formas de produção: o licenciamento de marcas que articulam varias empresas pequenas e medias em torno do marketing e do apoio financeiro de um grande grupo. [email protected] Flexibilização dos mercados de trabalho. Tendência de se usar diferentes formas de trabalho: trabalho domestico e familiar, trabalho autônomo, trabalho temporário, por hora ou curto prazo subcontratação Alta rotatividade da mão de obra, Terceirização baixo nível de sindicalização, enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas. [email protected] Flexibilização dos produtos e do consumo. A vida útil dos produtos vai diminuindo, tornando-se descartáveis, a propaganda nos estimula a trocá-los por novos [email protected] O pós- fordismo Alta rotatividade da mão de obra baixo nível de sindicalização enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas, Conseqüências instabilidade para os trabalhadores, desemprego crescente tendência a elevar o numero de trabalhadores através da diminuição das horas de trabalho semanais: trabalhar menos horas para que todos possam ter emprego e renda. [email protected] Modelos de Produção - Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica TAYLORISMO- FORDISMO- PÓS-FORDISMO- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.Racionalização da produção.- Controle do tempo.Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade. Produção e consumo em massa.- Extrema especialização do trabalho.- Rígida padronização da produção.- Linha de montagem. Estratégias de produção e consumo em escala planetária.Valorização da pesquisa científica.Desenvolvimento de novas tecnologias.Flexibilização dos contratos de trabalho. [email protected]