1 Ministério da Saúde Secretaria de Estado Adjunta do Ministro da Saúde Grupo de Trabalho para o Estudo da Telemedicina Lisboa, 22 de Março de 2002 2 ÍNDICE 1Grupo de Trabalho para o Estudo da Telemedicina: Enquadramento e Composição...............................................................3 2- Âmbito e objectivos do trabalho...................................................4 3- Conceito Operacional de Telemedicina .......................................9 4Enumeração e Avaliação das experiências de telemedicina já efectuadas.................................................................................................12 5- Aplicações e áreas a desenvolver ................................................14 6- Avaliação das soluções técnicas instaladas e a implementar..17 7Identificação das limitações existentes, nomeadamente de ordem legal e organizacional, financeiras e tecnológicas....................20 8Elaboração das linhas de orientação a usar na apreciação de projectos em concurso para atribuição de verbas no âmbito dos programas de financiamento...................................................................22 9- Recomendações ............................................................................24 3 1- Grupo de Trabalho para o Estudo da Telemedicina: Enquadramento e Composição Pelo Despacho nº 24 142/2001 de 1 de Novembro de 2001, da Senhora Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde, foi criado na sua dependência, um grupo de trabalho para o estudo da TELEMEDICINA, com a seguinte composição: § § § § Um representante da Direcção Geral de Saúde, que preside; Um representante do IGIF; Um representante do POSI, designado pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia ; Três personalidades de mérito reconhecido nesta área, designados pela Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde; O Grupo integra, em consequência, os seguintes elementos: § § § § § § Sr. Dr. Fernando Leal da Costa, Sub-Director Geral de Saúde, que preside; Sr. Dr. António Covas, que representa o IGIF; Sr. Prof. Pedro Veiga, que representa o POSI; Sr. Prof. Mário Lopes; Sr. Dr. João Lemos; e, Sr. Dr. José Mendes Ribeiro; Além deste membros, o Grupo contou com a participação do Dr. Luís D’Orey Manoel, adjunto da Sr. Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde. O Grupo de Trabalho foi incumbido de elaborar um Relatório com os seguintes objectivos: 1. Definição do Conceito Operacional de Telemedicina; 2. Enumeração e Avaliação das experiências de Telemedicina já efectuadas; 3. Reconhecimento de áreas a desenvolver, nomeadamente diagnóstico, consultas, peritagens, avaliação de terapêuticas, telemetria e ensino e outras que possam ser identificadas; 4. Avaliação das soluções técnicas instaladas e a implementar; 5. Identificação das limitações existentes, nomeadamente de ordem legal e organizacional, financeiras e tecnológicas; 6. Elaboração das linhas de orientação a usar na apreciação de projectos em concurso para atribuição de verbas no âmbito dos programas de financiamento; 4 2- Âmbito e objectivos do trabalho As inúmeras oportunidades levantadas pelas aplicações da Telemedicina e a diversidade de barreiras culturais, tecnológicas e legais, criam uma enorme complexidade na abordagem deste tema, não permitindo, dada a escassez de tempo e a não dedicação exclusiva da equipa, o desenvolvimento aprofundado que todos ansiamos e pretendemos. Por essa razão, torna-se indispensável focar Recomendações do Grupo de Trabalho em dois níveis: a formulação das § Propôr e definir uma linha de orientação estratégica que permita a tomada de decisões consequente, suportada na clarificação do conceito da Telemedicina; § Propôr um conjunto de Recomendações práticas, atenta à sua utilidade para o nosso Sistema de Saúde a partir de três vectores essenciais: § melhoria da acessibilidade das populações, especialmente as mais penalizadas pela geografia ou por patologias especiais; § maior integração de serviços e optimização dos processos de suporte à prestação de cuidados; § benefício económico e impacto na gestão do SNS; É convicção do Grupo de Trabalho que a partir desta “matriz” estratégica se podem equacionar dois tipos de actuação prioritária: § Seleccionar dois ou três grandes projectos de investimento público, que sejam mobilizadores, transversais ao Sistema, potenciem um efeito multiplicador e permitam evidentes ganhos para o País – pode ser o caso da Prescrição Electrónica de Medicamentos associada ao Processo de Conferência de Facturas de Farmácia, ou o Processo Clinico Virtual; § Aprovar uma grelha de critérios para aprovação de projectos através do POE/POS/POSI que sigam a orientação estratégica traçada e dêem claras indicações ao mercado – instituições públicas e privadas – da carteira de projectos-tipo que se enquadram na cadeia de valor da Saúde; 5 Em qualquer dos casos é útil e indispensável criar um “agente” dinamizador desta Iniciativa que parta de um Inventário rigoroso do que existe, seleccione os Projectos em Carteira ou submetidos a aprovação no POE/POS/POSI, e que cuide da avaliação sistemática de Progresso de toda a Iniciativa. A coerência da linha estratégica, o acompanhamento empenhado da implementação dos projectos e a comunicação eficiente com o mercado, são os ingredientes para o sucesso e concretização desta Iniciativa. O papel do Estado assume-se particularmente importante neste desafio, ao criar um ambiente de inovação, experimentação e dinamização que seja estruturante e possa funcionar como uma onda de choque em toda a sociedade portuguesa, e assim contribuir decisivamente para a criação de uma Sociedade de Informação. Esta posição de empenhamento do Estado está patente na Resolução do Conselho de Ministros nº 110/2000 publicada a 22 de Agosto que lança a iniciativa Internet e, posteriormente, nas Resoluções nº21 e 22 de 2002, publicadas em 31 de Janeiro que se aplicam ao software e características de sítios de Internet para a Administração Pública. Relativamente à Telemedicina o anterior grupo criado com representantes do Ministério da Saúde, do Ministério do Equipamento do Planeamento e da Administração do Território e do European Health Telematics Observatory, denominado Comissão de Acompanhamento da Intervenção Estratégica para o Desenvolvimento da Telemedicina (CIEDT) tinha elaborado relatórios de execução e um Plano Integrado para o Desenvolvimento Estratégico da Telemedicina que se pretendia aplicar até 2003. Estes documentos, bem como o material disponível no endereço www.ciedt.org, foram consultados para a elaboração deste relatório. A posição nacional sobre o desenvolvimento da Telemedicina acompanha a Europa. De facto, a Comissão Europeia no seu Plano de Acção incluiu os Cuidados de Saúde como uma das áreas de enorme potencial de desenvolvimento e contributo para a criação de uma verdadeira sociedade da informação. A Cimeira de Lisboa (Junho de 2000), considerou ser necessário que as administrações públicas façam um esforço real a todos os níveis para explorar as novas tecnologias, a fim de tornar as informações tão acessíveis quanto possível. Os serviços de saúde são, em todos os Estados-Membros, sectores pesados, dispendiosos e complexos na sua gestão. O principal objectivo desta acção consiste em desenvolver uma infra-estrutura de sistemas conviviais, 6 validados e inter-operáveis de educação no domínio da saúde, prevenção de doenças e cuidados médicos. Muitos dos instrumentos necessários para construir esta infra-estrutura existem já, mas são necessários esforços a nível dos Estados-Membros para avançar na implantação desta infraestrutura de modo coerente, para que, recorrendo à tecnologia, alcancem os seus objectivos no domínio da saúde. Para além de ser necessária uma infra-estrutura que ligue em linha os cidadãos, os médicos e as autoridades, restam ainda quatro desafios essenciais para a plena exploração dos cuidados de saúde on line: - os serviços electrónicos de cuidados de saúde estão em crescimento em toda a Europa e no mundo. Assim, há que identificar e difundir as melhores práticas. Paralelamente, devem ser desenvolvidos critérios europeus de avaliação do desempenho; - as informações ligadas à saúde são das mais consultadas na Internet. No entanto, os cidadãos europeus possuem muito poucos meios para avaliar a qualidade e autenticidade destas informações vitais; - a despesa pública em instrumentos e dispositivos telemáticos para a saúde constitui uma rubrica importante nos orçamentos da saúde. No entanto, existem muito poucas avaliações independentes das tecnologias que sirvam de guia à tomada de decisões dos compradores. Analogamente, os médicos necessitam de acesso a orientações actualizadas sobre dados de saúde pública em rede que possam auxiliá-los na tomada de decisões relativas à gestão de doenças; - a Europa tem actualmente uma posição forte na nova indústria dos cuidados de saúde on line, que representa cerca de 6% do mercado das Tecnologias de Informação (TI). No entanto, persistem as incertezas no sector da telemática na saúde acerca da responsabilidade e da protecção de dados, da legitimidade legal da oferta de conselhos médicos em linha e ainda da oferta de informações e produtos farmacêuticos em linha. A gestão e o funcionamento dos serviços de saúde são da competência dos Estados-Membros, embora a Comunidade tenha uma função complementar destinada a melhorar a saúde, prevenir as doenças e afecções humanas e reduzir as causas de perigo para a saúde humana (artigo 152.º do Tratado de Amesterdão). Será lançada, através do programa IST, uma acção destinada a identificar e difundir as melhores práticas nos cuidados de saúde em linha e elaborar 7 critérios de avaliação do desempenho. Será ainda estabelecida, em colaboração com especialistas reputados, uma série de critérios de qualidade para sítios Web relacionados com a saúde, que constituirá a base para uma marca de confiança a nível europeu. Serão realizadas avaliações em profundidade e à escala europeia das tecnologias das aplicações telemáticas essenciais no domínio da saúde, para verificar a sua viabilidade em termos de interoperabilidade e relação custoeficácia. Além disso, serão criadas redes específicas de avaliação de dados, incluindo uma rede de informações sobre a eficácia relativa dos medicamentos, que ajudará os sistemas de saúde dos Estados-Membros a tomarem decisões de compra fundamentadas, e bancos de dados ligados em rede relativos à incidência de doenças contagiosas nos Estados-Membros. A Comissão facilitará a criação de redes pelos Estados-Membros a nível europeu, oferecendo uma garantia de qualidade à escala europeia. Acção Garantir que os fornecedores de cuidados de saúde primários e secundários tenham implantado infra-estruturas telemáticas para os cuidados de saúde, incluindo redes regionais Identificar e difundir as melhores práticas nos cuidados de saúde on line na Europa; estabelecer os critérios de avaliação do desempenho Estabelecer um conjunto de critérios de qualidade para os sites Web relacionados com a saúde Criar redes de tecnologias e avaliação de dados no domínio da saúde Interveniente (s) Estados-Membros Prazo final de 2002 Estados-Membros, Comissão Europeia, Sector privado final de 2001 Comissão Europeia, Estados-Membros, sector privado, Comissão Europeia, Estados-Membros, Sector privado final de 2001 final de 2002 Recentemente, foi publicado um relatório da iniciativa eEurope que está disponível em: http://europa.eu.int/comm/information_society/eeurope/actionplan/draft/in dex_en.htm. Entre as conclusões apresentadas neste relatório de Benchmarking- onde se nota uma distância a nível tecnológico entre o Norte e o Sul da Europa destaca-se a taxa de penetração da Internet nos lares que aumentou de 18 por cento em Março de 2000 para 28 por cento em Outubro de 2000, 36 por cento em Junho de 2001 e 38 por cento no final do ano passado. Quanto às percentagens de cada Estado Membro, a Grécia tem apenas 10 por cento da 8 população online, enquanto que a região da Escandinávia e a Holanda alcançam os 60 por cento. Estes valores poderão ser explicados pela saturação nos países com maior taxa de penetração e com o facto do número de computadores em casa limitar o desenvolvimento da Internet na ausência de outras formas de ligação como através da televisão ou de equipamentos móveis. 9 3- Conceito Operacional de Telemedicina Em sentido lato, será a utilização da informática e das telecomunicações aplicadas às três tarefas tradicionalmente executadas por médicos e outros profissionais de saúde, assistência clínica, ensino e investigação biomédica. Em sentido estrito será a prestação de cuidados de saúde quando os intervenientes se encontram física ou temporalmente afastados. Diversas iniciativas evidenciam a crescente aplicação das telecomunicações na prestação de cuidados de saúde, educação médica e na gestão e administração dos cuidados de saúde. O termo Telemedicina tem estado associado à sua utilização mais comum que invoca a Video Conferência e a Tele-consulta, que tem origem no apoio remoto a populações ou doentes distantes dos centros de cuidados, permitindo a troca de informações entre médicos e enfermeiros. Hoje as experiências são inúmeras, desde a ligação interna entre todos os médicos de um grande Hospital, como forma de discussão de casos de pacientes, passando pela videoconferência para suportar programas de educação médica (Cardiology Today and Tomorrow - Clinica Mayo, EUA) abertos a todo o mundo, ou a transmissão e partilha de imagens e pequenos “clips” videos entre médicos e prestadores das mesmas Redes de Cuidados. É referido e aceite na generalidade a grande poupança de recursos humanos e financeiros que a Telemedicina pode proporcionar, mas alguns críticos argumentam que a Telemedicina é mais uma conveniência médica que a prestação de cuidados aos pacientes, o que levanta importantes questões sobre a ética médica. A Telemedicina tem alargado o seu âmbito e objecto, e hoje fala-se em TeleMamografia, Tele-Oftalmologia ou Tele-Dermatologia como aplicações práticas de transmissão e partilha de informação sobre pacientes, não importando mais a sua localização física. A barreira de espaço e geografia, bem como a barreira do tempo são ultrapassadas com as tecnologias de informação aplicadas à medicina, que pode colocar um médico ou uma equipa à distància de um simples acesso à internet. Alguns autores consideram que esta área ou Indústria dos Cuidados de Saúde é uma actividade de “informação intensiva” com enormes necessidades de informação e comunicação entre diversos parceiros – pacientes, prestadores, prescritores, financiadores e produtores de equipamentos e medicamentos - e que nesse sentido a utilização das tecnologias de informação e das telecomunicações se devem designar sob 10 um conceito mais abrangente, o “e-health”, conceito que deverá conter a Telemedicina como uma das suas aplicações principais, mas limitando-a ao campo da Prestação de Cuidados. De uma forma mais simples, “e-health” é a prestação de cuidados de saúde, nas suas múltiplas formas, através da Internet. Vem nesse sentido a matriz proposta pela Goldman Sachs (Health-e, Opportunities in e-Health?), que arruma em cinco áreas (os cinco C’s) as oportunidades ligadas ao “e-health” – conteúdos, comércio, aplicações de computador, conectividade e cuidados. Nesta matriz, consideram-se as áreas de Content e Commerce como áreas de Produto, e as áreas de Computer Applications, Connectivity e Care como áreas de Processo, o que desde logo relativiza o conceito de Telemedicina, como um meio ou um processo e não um fim. Nesta perspectiva a Telemedicina é um segmento da “virtualização” do sector dos Cuidados de Saúde, com um enfoque total nas técnicas e meios que permitem a “prestação de cuidados à distância”, reservando para a designação de “e-health” a globalidade das aplicações que podem agilizar e virtualizar todos os processos associados à gestão e prestação de cuidados Os Cinco C’s do eHealth Content Commerce Comp. Apps Connectivity Care Disponibilização Transacções Soluções Troca de Serviços de de informação de através dos aplicacionais informação com Internet que saúde emarkets web based redes abertas ou potenciam novas fechadas formas de prestar Comunidades de Doentes Comunidades de Profissionais B2C Compra de Produtos Online B2B Marketplaces cuidados de saúde Aplicações ASP para Profissionais Claims Soluções de gestão de Clínicas/hospitais Prescrição Processo Clínico Virtual Management Electrónica Resultados de Laboratório Telemedicina Disease Management Contact-Centres Elegibilidade de saúde. Trata-se então de avaliar se de um ponto de vista operacional, isto é, se em termos de capacidades instaladas, viabilidade de implementação e 11 benefícios para o Sistema de Saúde português o conceito deverá restringirse à Telemedicina como “prestação de cuidados à distância” ou se as oportunidades existentes deverão ir para além disso e ampliar o conceito para um domínio mais abrangente como o descrito “e-health”? Por um lado, a Telemedicina constituíu o ponto de partida da utilização das telecomunicações ao serviço da prestação de cuidados. Mas os desenvolvimentos ocorridos na área da Internet vieram potenciar a utilização das tecnologias de informação e das telecomunicações para níveis inimagináveis e por isso a Telemedicina já não será o ponto de chegada. Portanto, a análise da Telemedicina ao longo deste relatório será sempre de carácter mais lato, descrito como “e-health” e deverá incluir áreas como a Prescrição Electrónica, Agendamento de Actos, o Procurement, os Market Places aplicados ao sector da Saúde, e o Processo Clinico Electrónico, assegurando a comunicação biunívoca entre prestadores e utentes e, oferecendo muitos outros serviços e conteúdos com implicações na acessibilidade e na qualidade dos cuidados. Assim, entende-se a Telemedicina como um compósito de possibilidades de uso da informática e telecomunicações que permite apoio a processos assistenciais à distância, apoio à gestão e administração em Saúde, formação de profissionais e informação e formação de utentes. Quer isto dizer que o recurso a correio electrónico, ligação em rede exclusiva dos prestadores e acesso a Internet são necessidades básicas de qualquer projecto de Telemedicina obrigatórias e anteriores a formas de consulta clínica à distância. A “mobilidade” e o “wireless” são duas das grandes tendências das Tecnologias de Informação e Comunicação para os próximos anos. A cadeia de valor da Saúde passará pelo aproveitamento destas tecnologias que tornarão a informação sempre disponível, a qualquer hora, e sempre acessível, em qualquer lugar. TELEMEDICINA Utilização da informática e das telecomunicações aplicadas às três tarefas tradicionalmente executadas por médicos e outros profissionais de saúde, assistência clínica, ensino e investigação biomédica. 12 4- Enumeração e Avaliação telemedicina já efectuadas das experiências de Para feitos de elaboração deste relatório consultámos o material disponível no site da CIEDT, solicitamos informação a responsáveis de projectos, nomeadamente ao Grupo de Trabalho para os Centros de Saúde de 3ª Geração e da Qualidade na Prescrição e enviamos às 5 ARS do continente um questionário tipo que se apresenta: Ficha de Descrição de Projecto de Tele-Medicina Designação do Projecto: Descrição Geral do Projecto: (incluir descrição dos objectivos, técnicas e tecnologias utilizadas; incluir em anexo descrição técnica, se adequado) Data de Início: Zona geográfica Abrangida: Orçamentos de Investimento: (incluir custos dos equipamentos e das adaptações aos locais eventualmente necessárias) Gastos de Operação / Exploração: (custos de pessoal, comunicações, manutenção, ...) Descrever Adaptações dos Locais de Instalação dos Sistemas: Impactos sobre o Pessoal: (descrever modo de selecção do pessoal, formação e outros aspectos de pessoal considerados relevantes) Impacto sobre Custos; (descrever gastos adicionais e economias feitas com a introdução do projecto) Impactos sobre o Sistema de Saúde: (descrever as melhorias conseguidas através da concretização do projecto; incluir indicadores sobre a utilização do sistema: quantos utentes; quantos exames; melhorias nos tempos de atendimento; melhorias na qualidade dos serviços) Modelo de Tratamento dos Actos Médicos feitos por Tele-Medicina: (incluir descrição dos seguintes aspectos: remuneração dos actos médicos e de outro pessoal afecto ao sistema, responsabilidade médica, tratamento da confidencialidade da informação) 13 O modelo seguido, bem como parte importante das apresentadas, foi retirado do endereço da Internet do CIEDT. informações As informações colhidas estão disponíveis em anexo I. Infelizmente, a colaboração dos responsáveis pelas ARS com o grupo de trabalho oi escassa e muito limitada. Apenas as ARS do Centro e Alentejo forneceram respostas e apenas parciais. Existem já alguns portais privados vocacionados exclusivamente para a saúde, com propostas de apoios à prescrição, ao processo clínico e á gestão de consultas. Alguns estão enumerados no anexo II. A avaliação das mesmas está fora do âmbito deste relatório. 14 5- Aplicações e áreas a desenvolver Reconhecimento de áreas a desenvolver, nomeadamente diagnóstico, consultas, peritagens, avaliação de terapêuticas, telemetria e ensino e outras que possam ser identificadas; Tem havido vontade expressa pelos profissionais de garantirem acesso generalizado à comunicação electrónica ou mesmo à teleconsulta. Este argumento, para lá de outros mais robustos já justificaria o interesse do Estado em desenvolver uma política de desenvolvimento da Telemedicina em sentido lato. Contudo, nas justificações para os projectos de Telemedicina em Portugal têm sido referidos a melhoria da acessibilidade e da qualidade, a quebra do isolamento dos profissionais e a possibilidade formação, a racionalização de recursos e o potencial descongestionamento dos serviços, permitindo respostas mais rápidas. Além de todos estes argumentos válidos, dever-se-á referir a redução de custos de transportes e a competitividade imposta pelo enquadramento Europeu. Em fases mais avançadas, a comunicação electrónica poderá ser um meio de aproximação eficaz da generalidade das pessoas às instituições ou ao seu médico. No quase imediato, o recurso à ehealth pode contribuir para a humanização dos serviços. Na realidade, dentro desta perspectiva, as verbas disponíveis no âmbito do Programa Humanização, Acesso e Atendimento no SNS (Resolução do Conselho de Ministros nº 8/2000 de 19 de Dezembro) prevêem a modernização dos meios de comunicação à distância, designadamente por recurso às novas tecnologias, a partir do domicílio, que facilitem a marcação de consultas, de exames complementares de diagnóstico e de informações úteis aos utentes do SNS. O desenvolvimento da Telemedicina em Portugal deverá fazer-se em todos os níveis do SNS, servindo para a integração dos Centros de Saúde com os Hospitais. Além das várias especialidades em que seja possível encontrar aplicações no imediato, como será o caso da Imagiologia, Cardiologia e Dermatologia, em que o “transporte” de imagens pode ser instantaneamente resolvido com o suporte actual de telecomunicações, parece-nos evidente que esta capacidade de transmissão imediata de informação terá um papel decisivo na organização dos serviços de emergência. De igual modo, o acesso às urgências poderá ser racionalizado e operacionalizado através de contact centres com suporte na Internet. Numa abordagem lata da Telemedicina – “e-health” - deverão ser consideradas medidas estruturantes (plano estratégico, definição de redes e plataformas, infraestrutura organizativa etc) para além de fixar um conjunto de aplicações para desenvolvimento imediato, tais como: • O Contact Centre, de que o exemplo do Reino Unido é já um case-study; 15 • Um Sistema integrado de Prescrição Electrónica, com apoios ao prescritor, tal como constará do relatório do Grupo de Trabalho para a Qualidade na Prescrição; • Conferência de facturas de Farmácia, que permitia uma redução na factura dos Medicamentos e um controlo da fraude; • Um Market Place para a Saúde, que começaria por criar uma base de dados nacional sobre aquisições no sector da saúde e agilizava todo o processo de Procurement; • Um Portal para o Ministério da Saúde com versões para os Utentes, Prestadores e Funcionários. Deverá ser bem organizado, fácil de usar, com ligações a todos os serviços dependentes do Ministério e outros considerados pertinentes, com publicação da informação considerada relevante para a Saúde Pública e prática assistencial; • Processo Clinico Electrónico – como projecto experimental de adopção e implementação faseada nas várias instituições e regiões de saúde do País, seguindo o desenvolvimento proposto para os Centros de Saúde de 3ª geração; • Estabelecimento de estrutura nacional e universal para os médicos do SNS com correio electrónico para todos, apresentado em directório actualizado, permitindo a troca e partilha de informações clínicas; • Disease Management - aliado ao HomeCare como forma de seguir os doentes com patologias especiais ou tratados em casa e lares, a ser dinamizado pelos Centros de Saúde de Terceira Geração; • E-Learning através de uma plataforma a ser disponibilizada a todas as instituições de ensino ligadas à saúde, promovendo a partilha do conhecimento e o repositório da investigação nacional, garantindo acesso permanente à Internet a todos os profissionais de saúde; • Um Programa especial de Telemedicina para suprir as carências de especialistas em regiões mais periféricas e para partilhar a informação dentro dos Hospitais do SNS com os Centros de Saúde, em particular com apoio à urgência/emergência; Neste sentido, termos de distinguir aplicações “low-tech”, como sejam o correio electrónico encriptado e acesso á Internet, que devem ser garantidas a todos os médicos do SNS, de aplicações “high-tech”, como sistemas sofisticados de vigilância electrónica de arritmias e outros. Garantidos os recursos mínimos, será então possível avançar para sistemas sustentados, técnica e financeiramente mantidos de Videoconferência, 16 Teleconsulta, Telediagnóstico, Telemonitorização ou outros que entretanto venham a surgir. O desenvolvimento do SNS pressupõe já aplicações do âmbito da Telemedicina de que são exemplo os Centros de Saúde de 3ª Geração que pretendem implementar sistemas de informação para suporte administrativo, da gestão e da decisão clínica. As administrações regionais de saúde irão ter um sistema de informações – SIARS – que estará ligado a um nó central, segundo uma lógica de “Executive Information System”. Competirá ao Estado assegurar e manter o funcionamento das redes de comunicação, que deverão ser contratadas com terceiros quando conveniente ou necessário. Idealmente, todo o sistema deverá funcionar numa lógica de rede própria, Intranet. Contudo, o recurso a outras vias, p.e. RDIS, poderá ser mais barato em situações de uso essencialmente intermitente com longos períodos de interrupção, embora o seu uso deva ser entendido com carácter supletivo. Em qualquer caso, será sempre desejável o aparecimento de situações que permitam acesso, a qualquer hora, por todos os profissionais devidamente credenciados, sem limitações na quantidade de informação a que se pretenda aceder. Independentemente do recurso a outras formas de ligação, a RIS deve ser suficientemente estável, adaptável e robusta para permitir a prática da Telemedicina, ligando todas as instituições do SNS. 17 6 - Avaliação das soluções técnicas instaladas e a implementar O conceito de tele-medicina assenta no paradigma básico de usar os meios de telecomunicações para suprir as distâncias físicas entre agentes do sistema de saúde (médicos, enfermeiros, doentes, hospitais, centros de saúde, farmácias, laboratórios, administração de saúde, ...) Para conseguir estes objectivos existe uma diversidade de soluções técnicas. Apesar desta diversidade as soluções técnicas podem ser classificadas, numa primeira abordagem, de um modo simples. Apresentamos aqui uma primeira classificação: Soluções assíncronas: aquelas em que a interacção entre os agentes de uma sessão de tele-medicina não necessitam estar em actividade no mesmo instantes de tempo Soluções síncronas: aquelas em que os agentes de uma sessão de telemedicina estão, em simultâneo, a utilizar a aplicação. A diversidade de aplicações das comunicações ao sistema de saúde é extenso e incluem-se, de seguida, alguns exemplos da sua utilização. Assíncronas: - Correio electrónico – para envio de relatórios, imagens (radiografia, ECG), vídeos (Ecocardiografia), ou qualquer outro tipo de dados; - Transferência de ficheiros – utilizável para as mesmas situações que o correio electrónico mas exibindo diferente facilidade de uso e eficiência; Síncronas: - Vídeo-conferência – para partilha de comunicação (voz, imagem) com bidireccionalidade (ponto a ponto) ou envolvendo mais que 2 agentes (vídeo-conferência multi-ponto); por exemplo é usada para colocar dois médicos, em locais distintos, a discutir um assunto partilhando em simultâneo voz, vídeo e imagens (estáticas ou dinâmicas) - Tele-controlo – para controlo remoto de instrumentos (por exemplo, para intervenções cirúrgicas à distância) Requisitos técnicos As diferentes aplicações de Telemedicina têm requisitos técnicos muito diversificados e que dependem de diversos contextos de utilização. Os 18 requisitos técnicos das aplicações podem, de modo simplificado, ser resumidos em termos de: Largura de banda necessária (mede-se em bps – bits por segundo – ou nos seus múltiplos Kbps, Mbps, Gbps) – mede o ritmo de transferência dos dados entre os extremos de uma comunicação. Nalguns meios de comunicação a largura de banda pode não ser constante; Protocolos de comunicação – conjunto de regras usadas pelos sistemas terminais para ser possível uma comunicação coordenada entre os sistemas; os protocolos são estruturados em níveis e dependem de muitos factores (alguns exemplos: RDIS, IP, TCP/IP, H.321, H.323, ATM, ...) Atraso – tempo que uma comunicação demora de um extremo ao outro (regra geral mede-se em sub-múltiplos do segundo – ms) Flutuações no atraso – nalguns meios de comunicação o atraso não é constante, variando ao longo do tempo Com base nestas características, enunciadas de modo simplificado, podemos ainda acrescentar os requisitos genéricos relativos a possíveis tecnologias a ser usadas em Telemedicina: - Correio electrónico – pouco exigente do ponto de vista da largura de banda e dos tempos de atraso da rede - Transferência de ficheiros – a transferência de ficheiros assíncrona é pouco exigente em relação à rede; a transferência de ficheiros síncrona exige uma rede praticamente dedicada à transmissão - Transmissão de som – é pouco exigente relativamente a largura de banda mas exige da rede tempos de atraso entre os 2 extremos muito constantes e taxas de perda de pacotes muito reduzidas - Transmissão de imagem – é bastante exigente relativamente a largura de banda (depende da resolução das imagens e profundidade de cores); pode tolerar que a rede exiba tempos de atraso flutuantes, e algumas aplicações também toleram perdas de pacotes reduzidas Estas características podem ser comparadas na seguinte Tabela Resumo Aplicação Largura banda Tolerância a perdas Tolerância a atraso Transmissão de som (telefonia) Transmissão de vídeo (imagens em movimento OU vídeo-conferência) Pouco exigente Pouco tolerante Exigência média ou grande, dependente da qualidade da imagem a transmitir Exigência reduzida; pouca largura de banda traduz-se em maiores tempos de Moderadamente tolerante Mediamente tolerante Moderadamente tolerante Totalmente tolerante Totalmente tolerante Transmissão de imagens (em diferido) Tolerância a variações de atraso Pouco Tolerante Moderadamente tolerante Totalmente tolerante 19 Transmissão de imagens (em tempo real) Controlo remoto de instrumentação Correio electrónico transmissão mas sem degradação da qualidade Muito exigente (mas depende da resolução necessária na imagem e número de cores) Muito exigente Pouco exigente Moderadamente tolerante (idem quanto à resolução e número de cores) Moderadamente tolerante (idem quanto à resolução e número de cores) Moderadamente tolerante (idem quanto à resolução e número de cores) Pouco tolerante Pouco tolerante Pouco tolerante Totalmente tolerante Totalmente tolerante Totalmente tolerante Em anexo III descreve-se, a apreciação da RIS e o estado da Telemedicina do ponto de vista do IGIF. 20 7 - Identificação das limitações existentes, nomeadamente de ordem legal e organizacional, financeiras e tecnológicas Não há um quadro legal que regule a prática da Telemedicina e do “ehealth”, para lá das leis nacionais de protecção de dados e dos princípios reguladores da prática médica, da publicidade, e da comercialização de medicamentos. Podemos identificar algumas questões que terão de ser resolvidas: ü Responsabilidade dos actos médicos à distância, p.e. imputação do erro, capacidade de recusar a prática do acto médico; ü Responsabilidade dos expectativas criadas; ü Pagamento dos actos médicos realizados por Telemedicina; ü Segurança nas comunicações (controlo e responsabilização dos riscos de quebra de sigilo ou perturbação da informação); ü Limitação de acessos por situação profissional (p.e médicos vs enfermeiros); ü Adaptação das instalações para a realização da Telemedicina; ü Adaptação das infra-estruturas tecnológicas para a Telemedicina; ü Formação dos quadros técnicos e administrativos para a Telemedicina. operadores de telecomunicações face às Estas matérias deverão ser alvo de comissões especializadas, embora possamos apresentar algum contributo para a sua resolução. A interpretação que a Comissão Nacional de Protecção de Dados entende correcta é que deverá ser sempre efectuado (Lei n.º 67/98 de 26 de Outubro): a) Notificação à CNPD de cada pretensão de Telemedicina, com indicação da identificação dos dados a transmitir e a sua finalidade, ainda que tenha sempre um aspecto generalista do tipo, Dados pessoais de saúde relevantes para a determinação de um diagnóstico e proposta de tratamentos; b) Garantia da segurança da transmissão; c) Definição de quem pode ter acesso à transmissão, sendo eventualmente 21 necessário encontrar uma fórmula mais abrangente do tipo de Profissionais dos Serviços de Saúde, públicos ou privados, nacionais ou estrangeiros; d) Definição da responsabilidade do Diagnóstico e do tratamento; e) Garantia do direito de acesso e rectificação dos dados; f) Indicação do responsável em cada local de contacto. De um modo geral, deve referir-se que qualquer processo de Telemedicina deverá obedecer ao código da Health on Net Foundation (HON Code) que está disponível em http://www.hon.ch/HONCode/Portuguese/index.html . 22 8 - Elaboração das linhas de orientação a usar na apreciação de projectos em concurso para atribuição de verbas no âmbito dos programas de financiamento O Quadro Comunitário de Apoio III (QCA III) é uma das fontes de financiamento importantes à disposição do País e que pode ajudar ao desenvolvimento da Telemedicina. A existência de recursos financeiros importantes é uma oportunidade que pode e deve ser aproveitada, mas que também deve obedecer a rigorosos critérios de selecção dos projectos a financiar. Contrariamente a uma tradição muito comum no País, os programas de financiamento não devem ser suportados em “projectos de compra de equipamentos ou construção de instalações”, antes devem ser dirigidos à prossecução de projectos bem estruturados de criação de infraestruturas de melhoria da qualidade de vida e de desenvolvimento do País. A análise dos projectos deve ser centrada na avaliação da obediência cumulativa de uma diversidade de critérios de qualidade e de racionalidade. Assim para cada projecto de Telemedicina a ser proposto a financiamento, a sua apreciação deve ser feita através da verificação do grau de satisfação de diversos critérios. Em consequência, deverá ser feita uma descrição do projecto seguindo o modelo da “Ficha de Descrição de Projecto de TeleMedicina” incluída na secção 2 deste documento. A avaliação deve ter em consideração o nível a que a proposta satisfaz, ou não, os seguintes critérios: − Grande extensão da Zona geográfica abrangida; − Orçamentos de Investimento solicitados (e existência de recursos para as adaptações aos locais eventualmente necessárias); − Gastos de Operação / Exploração do projecto e sua sustentabilidade (custos de pessoal, comunicações, manutenção, ...); − Estrutura do Pessoal envolvido no projecto, sua formação e outros aspectos de pessoal considerados relevantes; − Descrição do Impacto sobre Custos – a proposta deve descrever gastos adicionais e economias expectáveis com a introdução do projecto; − Descrição dos Impactes sobre o Sistema de Saúde - descrever as melhorias que se esperam conseguir; incluir indicadores propostos para avaliar o sucesso do sistema: quantos utentes; quantos exames; melhorias nos tempos de atendimento; melhorias na qualidade dos serviços; 23 − Descrição do modelo de tratamento dos actos médicos feitos por TeleMedicina, incluindo a descrição dos seguintes aspectos: remuneração dos actos médicos e de outro pessoal afecto ao sistema, responsabilidade médica, tratamento da confidencialidade da informação; 24 9- Recomendações Em conclusão, enumeramos 8 recomendações que consideramos como passos essenciais a serem desde já implementados, com a máxima urgência, no sentido de evitar mais atrasos no acompanhamento pelos profissionais de saúde das novas tecnologias de informação. 1. Disponibilizar correio electrónico e acesso permanente à Internet a todos os médicos do SNS; 2. Implementar e regulamentar a publicação electrónica, em portal do Ministério da Saúde, da informação relevante, nomeadamente aquela que for entendida como norma orientadora na prestação de cuidados de saúde; 3. Legislar sobre as questões de contexto, nomeadamente o problema do pagamento e contabilização de actos médicos e os emergentes da necessidade de preservação do sigilo; 4. Instalar e manter uma Rede Informática da Saúde (RIS) com largura de banda suficiente para o cumprimento, em permanência, da ligação completa entre todas as estruturas prestadoras do SNS; 5. Instalar e manter sistemas informáticos actualizáveis, capazes de cumprirem integralmente o fim a que se destinem; 6. Instalar e manter “software” de âmbito nacional com compatibilidade total, de forma a permitir a transmissão das informações necessárias a todas as estruturas do SNS; 7. Manter programas de formação para actualização dos profissionais de Saúde; 8. Criação de uma Task-Force ou de um Observatório Telemedicina com a função de inventariar, definir monitorizar de forma sistemática o desenvolvimento, funcionamento da Telemedicina em Portugal, bem recomendações de carácter orientador e corrector. Nacional da standards e o uso e o como emitir i ANEXO I Enumeração de Experiências de Telemedicina Esta listagem é limitada porque apenas as ARS do Centro e Alentejo responderam ao inquérito enviado. Uma parte importante das informações apresentadas estão disponíveis no site da Associação para o Desenvolvimento da Telemedicina (ADT) que tem mantido o acervo de informações colhidas pela Comissão de Acompanhamento da Intervenção Estratégica para o Desenvolvimento da Telemedicina (CIEDT). ARS Norte 1. Programa de Tele-Medicina para a Sub-Região de VilaReal Descrição Resumida / Objectivos: Interligação dos Centros de Saúde do Distrito, Hospitais Distritais e H. S. António do Porto Tecnologias utilizadas:Acessos telefónicos comutados (Analógicos e RDIS); Videoconferências e teleconferências (suportadas em acessos básicos RDIS); Telefones e telecópias (suportadas em linhas analógicas). Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico,Teleformação Especialidades:Cardiologia, Materno-Infantil, Psiquiatria, Pedopsiquiatria, Neurologia, Imagiologia, Endocrinologia, Medicina interna, Cardiologia Pediátrica, Obstetrícia e Ginecologia 2. Teleradiologia em Braga - Hospital de São Marcos Descrição Resumida / Objectivos:Telediagnóstico de exames urgentes Tecnologias utilizadas:Linha RDIS (128 K). Pentium II MM mais monitor 21". Software interact. Domínios: Teleconsulta,Telediagnóstico ii Especialidades: Imagiologia 3. Telemedicina de Urgência dos Hospitais do Minho Descrição Resumida / Objectivos: Vídeoconferência Tecnologias utilizadas: RIS.Software desenvolvido pela Novabase. Domínios: Teleconsulta,Telediagnóstico Especialidades: Emergência 4. Cardiologia em Vila Nova de Gaia Descrição Resumida / Objectivos:Telecineangiografia e Eletrocardiografia no Hospital do Centro de Saúde de Vila Nova de Gaia, Hospital de Viseu e Hospital de Aveiro Tecnologias utilizadas:ATM - 8Mbps; RDIS - 384Mbps Domínios: Teleconsulta,Telediagnóstico Especialidades: Cardiologia 5. Teleradiologia no Hospital de S. Gonçalo Descrição Resumida / Objectivos:Exportação e Importação de imagens TAC, via comunicações RDIS, para interpretação e diagnóstico no exterior, em regime permanente (24h/dia). Tecnologias utilizadas:TAC; Scanner; Computador; Linha Telefónica RDIS Domínios: Telediagnóstico Especialidades: Imagiologia 6. Teleradiologia no Hospital de Chaves Descrição Resumida / Objectivos:Resposta em relatórios de TAC Tecnologias utilizadas:Dois PC´s vulgares com programa interact mais estação de tratamento Philips-easy vision-faz-se comunicação-scan/video e dicom-por linha RDIS Domínios: Telediagnóstico iii Especialidades: Outra 7. Teleradiologia em Fafe Descrição Resumida / Objectivos: Transmissão de imagens Tecnologias utilizadas:Digitalização de Peliculas e envio via RDIS Domínios: Telediagnóstico Especialidades: Imagiologia 8. Teledermatologia em Braga Descrição Resumida / Objectivos:Realização de consultas de dermatologia à distância Tecnologias utilizadas:Consulta por videoconferência com transmissão de imagem estática em alta definição. Linha RDIS. Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico,Teleformação Especialidades: Dermatologia Outras entidades envolvidas: Centro de Saúde de Vila Verde, Universidade do Minho , Centro de Saúde de Terras do Bouro 9. Teleconsultas com o IPO do Porto Descrição Resumida / Objectivos: Tecnologias utilizadas:Videoconferência Sony PCS - 5100 Plus Domínios: Teleconferência,Teleconsulta Especialidades: Oncologia Regiões: Bragança, Porto, Vila Real 10. Programa de Tele-Medicina para a Sub-Região de Bragança iv Descrição Resumida / Objectivos:Ligação dos Centros de Saúde com o Hospital Distrital de Bragança. Realização nos Centros de Saúde de exames radiológicos ósseos e pulmonares, e transmissão das imagens para interpretação e diagnóstico remotos. Tecnologias utilizadas:Digitalização e processamento imagens radiológicas e sua transmissão via RDIS. de Domínios: Telediagnóstico Especialidades: Imagiologia 11. Telecardiologia no Hospital Maria Pia Tecnologias utilizadas:Ecocardiografia em tempo real Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico Especialidades: Cardiologia Pediátrica Regiões: Aveiro,Coimbra,Porto 12. Cardiologia Pediátrica na Maternidade Júlio Dinis Descrição Resumida / Objectivos:Desenvolvimento de um sistema de tele-consulta com facilidade de videoconferência que permitisse a aquisião e visualização de imagem dinâmica proveniente de uma cãmara video ou de equipamentos auxiliares de diagnóstico dispondo de saída video, como por exemplo um ecógrafo visando a transmissão de exames ecográficos em tempo real entre as diferentes Unidades de Saúde, para além da realização de conferências clínicas Tecnologias utilizadas:Transmissão em tempo real de exames ecocardiográficos fetais para o Hospital Pediátrico de Coimbra, permitindo um diagnóstico precoce, e orientação terapeutica das cardiopatias congénitas Domínios: Teleconferência,Teleconsulta Especialidades: Cardiologia,Cardiologia Pediátrica,Obstetrícia e Ginecologia Regiões: Aveiro,Coimbra,Leiria,Porto 13 Ligação de 10 Centros de Saúde de Viana do Castelo ao Hospital de Vila Nova de Gaia v Especialidades: Cardiologia e Dermatologia A Sub-Região do Porto ( ARS N ) participou no projecto ITHACA cujo objectivo era melhorar a qualidade de cuidados prestados às pessoas através da integração e validação de serviços telemáticos capazes de suportar a partilha eficiente de informação relevante entre profissionais de saúde e dos serviços sociais. Os resultados obtidos ainda aguardam validação mas foi importante a obtenção de um modelo para ambos os parceiros, saúde e serviços sociais. ARS Centro CONSIDERAÇÕES GERAIS A nível da Região Centro existem neste momento já várias experiências em campo, algumas ainda em fase embrionária, outras já em pleno funcionamento. De entre estas últimas, sobressai o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no Hospital Pediátrico pelo serviço de Cardiologia Fetal, sendo uma das orientações estratégicas desta ARS em relação ao presente projecto, aproveitar a experiência ali obtida e desenvolver os projectos em curso. De um modo geral, esta tecnologia é ainda quase desconhecida da maioria dos profissionais de saúde, não só em termos teóricos como, ainda mais, em termos práticos. Este facto, aliado à natural resistência à novidade e à mudança de processos de trabalho, origina em alguns sectores um certo cepticismo ou mesmo resistência à telemedicina, sendo por isso primordial divulgar e informar adequadamente profissionais e público sobre as vantagens, segurança e economia desta técnica. Na ARSC foi criado em Janeiro de 200 um grupo de coordenação da telemedicina a quem caberá promover, articular, acompanhar e apoiar os projectos, servindo ainda como elemento de consultoria sobre este tema a nível da ARSC. É intenção da ARSC a criação de uma rede regional de teleconsulta ligando centros de saúde a hospitais e criando condições para a comunicação com os doentes. A ARSC respondeu a este pedido do grupo de trabalho porque, na sequência da criação da entidade coordenadora regional, já tinha efectuado, durante os meses de Abril e Maio de 2001 um inquérito a todas as instituições de saúde da área da ARS do Centro com o objectivo de inventariar as experiências existentes de modo a enquadrá-las no programa geral, e detectar quais os serviços mais vi vocacionados e sensibilizados para integrarem a fase inicial de implantação do projecto. A ARSc entendeu que na fase de instalação tecnológica inicial, para além do material básico para transmissão de audio e vídeo, será considerado caso a caso o equipamento com outra aparelhagem direccionada para várias valências que forem julgadas necessárias, como por exemplo ecógrafos, electrocardiógrafos, scanners para radiografias, etc. Numa primeira abordagem entenderam como especialmente vocacionadas para uma ligação cuidados primários/cuidados secundários as áreas de saúde materna, pediatria, dermatologia, cardiologia e urgência/SAP, dadas não só as características específicas que ali assumem as interpretações de exames complementares e a observação directa do doente, como também o interesse já manifestado por alguns serviços hospitalares relativos aquelas valências. A ARSC pretende levar a cabo acções de formação para a Telemedicina. O relatório não descreve a amplitude e o conteúdo que pretenderão abranger. ACÇÕES EM CURSO 1. Já está há alguns anos em curso uma consulta de telemedicina que tem vindo a ser desenvolvida no Hospital Pediátrico de Coimbra pelo serviço de Cardiologia Fetal em coordenação com diversos hospitais nacionais e estrangeiros. 2. Estão também já em fase de instalação ou mesmo em etapa de testes, ligações envolvendo o Hospital de Viseu e todos os Centros de Saúde do Distrito de Viseu. 3. Encontram-se em fase de consultas de rotina e devidamente programadas as ligações entre o Hospital de Castelo Branco e os Centros de Saúde de Sertã, e Castelo Branco (Alcains) – consultas de Medicina, Psiquiatria, Pediatria, Gastroenterologia e Dermatologia, e ainda o Serviço de Endocrinologia dos HUC e o Hospital de Castelo Branco (Serviço de Medicina), bem como os Centros de Saúde de Sertã, e Castelo Branco (Alcains) – consultas de Endocrinologia. 4. Está também em estruturação um projecto de ligação entre alguns centros da zona “Beira Serra”, e os serviços de vii Dermatologia e de Cardiologia dos HUC, situação que se enquadra na filosofia de privilegiar as instituições de saúde com mais difícil acesso aos centros de referência. Numa fase inicial irão ficar ligados àqueles serviços dos H.U.C. os centros de saúde de Pampilhosa da Serra, Vila Nova de Poiares e de Góis, período durante o qual se irá proceder à validação do método e avaliação da fiabilidade diagnóstica. Prevê-se em seguida a ligação dos centros de saúde de Tábua, Oliveira do Hospital, e Arganil. 5. Também está previsto criar o mais cedo possível uma rede de apoio entre serviços de urgência ou S.A.P.s dos centros de saúde e os principais centros hospitalares de modo a poder ser fornecido apoio imediato nos casos urgentes em que apresentem dúvidas de diagnóstico ou de terapêutica. Assume aqui particular importância a interpretação de exames auxiliares de diagnóstico como radiografias, electrocardiogramas, dados analíticos, ecografias ou outros. A listagem a seguir apresentada resume não só os projectos de telemedicina em fase de implementação e a realizar no decurso de 2002, como também aquelas situações já em curso, estas em sublinhado: 1- Hospital Pediátrico i. Início da consulta de ecografia trans-fontanelar, já em funcionamento regular 2- Hospitais da Universidade de Coimbra i. Aquisição (aluguer?) e instalação de hardware e software ii. Consulta de dermatologia e cardiologia com centros de saúde de Pampilhosa da Serra, Góis, Tábua, Arganil, Poiares e Oliveira do Hospital iii. Ligação da Consulta de Endocrinologia (patologia da tireóide) com os centros de saúde de Sertã e Castelo Branco (Alcains), e ainda serviço de Medicina do Hospital de Castelo Branco. (já em funcionamento regular) viii 3- Hospital de Sto. André (Leiria) i. Substituição de software ii. Aquisição de ecógrafo iii. Ligação ao pediátrica, Hosp. Pediátrico consulta de em cardiologia genética, consulta transfontanelar (em funcionamento regular). iv. Ligação, referida no CIEDT, com o CHC, sob coordenação do Dr. Francisco Pais, para leitura de TAC 4- Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) i. Instalação de hardware ii. Instalação de software iii. Instalação de rede iv. Ligações aos centros de saúde de Sertã, e Alcains v. Ligações à cardiologia CHC, cardiologia pediátrica Hosp. Pediátrico, endocrinologia HUC. (em funcionamento regular, excepto em cardiologia) 5- Hospital Distrital da Figueira da Foz i. Instalação de hardware ii. Instalação de software iii. Instalação de rede iv. Ligação ao Hosp. Pediátrico – cardiologia pediátrica, urgência pediátrica 6- Hospital Sousa Martins (Guarda) i. Ligação à cardiologia pediátrica do Hosp. Pediátrico Ligação à urgência do Hosp. Pediático (em funcionamento regular) ix 7- Hospital S.Teotónio (Viseu) i. Ligação aos centros de saúde de toda a Sub Região (consulta de dermatologia, e outras a ajustar caso a caso, nomeadamente em imagiologia). O material base (hardware) está instalado, bem como os acessos, faltam o software e os processos de articulação entre os serviços. 8- Hospital de Santa Maria da Feira i. Substituição de software e hardware ii. Aquisição de ecógrafo iii. Ligação ao Hosp. Pediátrico – cardiologia pediátrica (em funcionamento regular) iv. Ligação aos CHC - cardiologia 9- Centro Hospitalar da Cova da Beira i. Ligação à cardiologia pediátrica do Hosp. Pediátrico (em funcionamento regular) ii. Ligação à urgência do Hosp. Pediático (em funcionamento regular) 10- Maternidade Bissaia Barreto i. Ligação à cardiologia pediátrica do Hosp. pediátrica do Hosp. Pediátrico 11- Maternidade Júlio Dinis (Porto) i. Ligação à cardiologia Pediátrico 12- Hospital de Santa Marta x i. Ligação à cardiologia pediátrica do Hosp. pediátrica do Hosp. Pediátrico 13- Hospital Gregório Marañon i. Ligação à cardiologia Pediátrico (em funcionamento regular) ARS de Lisboa e Vale do Tejo 1. Teleconsulta de Neurologia no Hospital de Santa Maria Descrição Resumida / Objectivos:Teleconsulta em Neurologia na Uniodade Setentrional da ARSLVT. Apoio e Consultoria a Clínicos Gerais. Melhoria dos cuidados de Saúde com redução de custos. Melhoria da acessibilidade. Formação de Clínicos Gerais em áreas mais complexas. Tecnologias utilizadas:Video Conferência Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico,Teleformação Especialidades: Neurologia Regiões: Centros de Saúde da Unidade A, H. De Torres Vedras, Évora, Elvas, Ponta Delgada e Funchal 2. Teleconsulta Genética no Hospital Egas Moniz Descrição Resumida / Objectivos:Observação à distância de doentes do foro genético. Apoio em Genética Médica e diagnóstico pré-natal. Estabelecimento duma alternativa clinicamente válida à deslocação de doentes e profissionais. Tecnologias utilizadas:Transmissão de imagem e som, por videoconferência sobre RDIS para consulta médica à distância. Domínios: Teleconsulta,Telediagnóstico Especialidades: Genética Regiões: H. de Faro,Setúbal, Beja, Évora e Ponta Delgada 3. Telecardiologia com o Hospital de Santa Marta xi Descrição Resumida / Objectivos:Ligação por Videoconferência em H.S.M. e Urgência e Medicina Interna do H.S.J. Tecnologias utilizadas:Linhas RDIS (3 em simultâneo para transmissão de imagem e som). Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico Especialidades: Cardiologia,Cardiologia Pediátrica Entidade responsável: Hospital de Santa Marta Outras entidades envolvidas: Hospital de S. José e Hospital Curry Cabral 4. Telecardiologia Pediátrica com o Hospital de Santa Marta Descrição Resumida / Objectivos:Ligação com Hospitais Centrais e Distritais Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico,Teleformação Especialidades: Pediátrica Cardiologia, Materno-infantil, Cardiologia Entidade responsável: Serviço de Cardiologia Pediàtrica do Hospital de Santa Marta Regiões: Aveiro,Beja,Lisboa,Castelo Branco,Coimbra,Évora,Leiria,Portalegre,Porto,Setúbal 5. Teleconsulta do Hospital de Santa Maria Descrição Resumida / Objectivos:Ligação do Hospital Stª Maria com o Centro Hospitalar do Funchal e Hospital de Ponta Delgada Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Teleformação Especialidades: Materno-infantil e Outra Entidade responsável: Hospital Santa Maria Regiões: Açores,Lisboa,Madeira 6. Cardiovida - Privado xii Descrição Resumida / Objectivos:Transmissão Transtelefónica de ECG com apoio a diagnóstico à distância. Tecnologias utilizadas:Transmissão Transtelefónica "Call Center" com apoio específico de leitura e diagnóstico de ECG. Domínios: Teleconsulta,Telediagnóstico Especialidades: Cardiologia 7. Telemedicina na Península de Setúbal Existe uma ligação para vídeo-consultas entre os Hospitais do Barreiro, Setúbal e Garcia de Orta com backup do Hospital de S. José Também está em desenvolvimento um projecto de videoconferência a partir do Hospital D. Estefânia, para ligação internacional no âmbito da cirurgia pediátrica, e um projecto do Hospital de Santa Maria, com âmbito nacional,para Teleconsulta, Videoconsulta e difusão de informação. A ARSLVT através do C S da Ajuda e do Hospital Egas Moniz, nos anos de 1993/4/5 participou no projecto PRESTIGE, cujo objectivo era instalar uma infra-estrutura sustentável de telemática para a saúde que suportasse a geração, disseminação e aplicação de linhas de orientação computadorizadas, baseadas na investigação ou em consensos, que definissem a melhor prática nos cuidados clínicos e na disciplina organizacional. As áreas envolvidas eram a diabetes, cardiologia, neurologia e cancro. Em Portugal o estudo centrouse em normas para a epilepsia. ARS do Alentejo 1. Telemedicina na Subregião de Beja Descrição Resumida / Objectivos:Interligação entre Centros de Saúde e Hospital Distrital de Beja e outros. Tecnologias utilizadas:Acessos telefónicos comutados (Analógicos e RDIS); Videoconferências e teleconferências xiii (suportadas em acessos básicos RDIS); Telefones e telecópias (suportadas em linhas analógicas). Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico,Teleformação Especialidades: Cardiologia,Materno-Infantil, Psiquiatria, Pedopsiquiatria, Imagiologia, Medicina interna, Cardiologia Pediátrica, Obstetrícia e Ginecologia, Dermatologia. Entidade responsável: Administração Regional de Saúde do Alentejo Outras entidades envolvidas: Administração Regional de Saúde do Alentejo , Sub - Região de Saúde de Beja , Hospital Distrital de Beja Regiões: Beja 2. Telemedicina na Subregião de Évora Descrição Resumida / Objectivos:Interligação entre Centro de Saúde e Hospital Distrital. Domínios: Teleconferência,Teleconsulta,Telediagnóstico,Teleformação Especialidades: Cardiologia, Materno-infantil, Pedopsiquiatria, Imagiologia, Medicina interna, Pediátrica, Obstetrícia e Ginecologia, Dermatologia. Psiquiatria, Cardiologia Regiões: Évora Anatomia-Patológica Descrição Resumida / Objectivos:Interligação entre os Serviços de Anatomia Patológica dos Hospitais de Évora e Hospital Stª Maria de Lisboa, apoio a centros de saúde da região Alentejo. Outras entidades envolvidas: Hospital Santa Maria , SRS Évora , Hospital do Espirito Santo - Évora 3. Telemedicina na Subregião de Portalegre Descrição Resumida / Objectivos:Apoio em neuroradiologia, sobretudo na área de emergência e trauma Tecnologias utilizadas: Digitalização de TAC xiv ARS do Algarve 1. Telecardiologia na Subregião de Faro Descrição Resumida / Objectivos:Instalação de equipamento para a realização de electrocardiogramas e meios para transmissão telefónica dos traçados, para interpretação e diagnóstico remotos. Máxima rapidez no diagnóstico de doentes com sintomas associados a patologia cardíaca e encaminhamento para uma urgência hospitalar dos casos em que tal se justifica. Tecnologias utilizadas:Electrocardiógrafos portáteis, com memória e possibilidade de gravação e transmissão dos traçados. Comunicações telefónicas e por fax. Domínios: Telediagnóstico Especialidades: Cardiologia Entidade responsável: Sub - Região de Saúde de Faro Outras entidades envolvidas: Centro de Saúde de Albufeira , Centro de Saúde de Faro , Centro de Saúde de Portimão Regiões: Faro Âmbito Nacional O Programa Integrado de Qualidade na Prescrição está ligado ao desenvolvimento do projecto denominado “Consultório Móvel”, iniciativa do INFARMED. Este projecto, desenvolvido com uma aplicação concebida em parceria com a empresa GE Capital IT Solutions, é composta por um módulo clínico, um módulo de prescrição associado à possibilidade de impressão. Serão desenvolvidos módulos para análise estatística e meios complementares de diagnóstico. O Consultório permitirá o envio, on line, dos dados da prescrição, para o repositório geral da informação que servirá de base para o Observatório do Medicamento. Complementarmente, ou em paralelo, o IGIF desenvolveu um sistema de prescrição electrónica que se denomina de SAM – Sistema de Apoio ao Médico. xv Existem empresas privadas a investir nesta área, como por exemplo a PT Prime com a plataforma Medigraf e a NOVABASE. Esta última propõe-se desenvolver um sistema nacional de Telemedicina. Também se encontram referidas outras empresas como a TDC Tecnologia das Comunicações, Lda, TAS - Tecnologias Avançadas de Saúde, Lda. A plataforma Medigraf está instalada no Hospital Pediátrico de Coimbra, Hospital de Leiria, Maternidade Júlio Dinis, Hospital Maria Pia, Aveiro, Covilhã, Guarda, Stª Marta e Stª Maria da Feira. i Anexo II– Sites Privados de Saúde em Portugal www.vivasaudavel.pt Actualização diária Excelente base de dados Área interactiva bastante completa Qualidade dos conteúdos Credibilidade do projecto Parceria com Faculdade de Medicina de Lisboa www.vivanaturalmente.pt Actualização diária Navegabilidade Área interactiva bastante completa Qualidade dos conteúdos Credibilidade do projecto Parceria com Escola Superior Medicina Tradicional Chinesa www.clinicaviva.pt Actualização diária Interface atraente e moderno Navegabilidade Excelente base de dados de artigos científicos Contém uma área de ferramentas para profissionais inovadora Qualidade dos conteúdos Credibilidade do projecto Parceria com Faculdade de Medicina de Lisboa www.opapeldomedico.com Jornal médico (profissional) Design atraente (Tem certos conteúdos que só estão acessíveis aos assinantes (100 euros por ano) www.medicalnet.pt Interessante para busca de informação. Dá acesso ao MedLine É muito fraco ii www.saudeglobal.com Consulta fácil e boa navegabilidade Compras on-line Base de dados bastante completa Sem notícias actuais Não tem informação sobre doenças Poucos links Grafismo pouco apelativo Pouco interesse para o público em geral http://saude.sapo.pt/ Testes on-line Referência a medicinas complementares Bom interface Conteúdos bastante abrangentes Sem interesse para profissionais Sem interesse para estudantes Navegação lenta www.webcare.pt Actualização diária Base de dados bastante completa Grande quantidade de notícias Boa navegação e interface Sondagens e eventos Oferta de emprego e imobiliário Projectos inovadores Começam a desenvolver boas relações no mercado Não tem base de dados sobre doenças, medicamentos ou médicos Não tem conselhos Lento www.saudenainternet.pt Consulta médica on-line Tradução de relatórios clínicos Apoio a clientes e sua família Actualização diária das notícias Design pouco apelativo www.farmaciaesaúde.pt Links para outras páginas de interesse iii Novidades mensais da revista por mail É da ANF Aspecto pouco apelativo Não tem actualização diária www.netfarma.pt Newsletter diária Relações muito privilegiadas da empresa com o meio farmacêutico e a medicina dentária Promoção constante do site pelo meios off-line da empresa Site pobre de conteúdos Design pouco atractivo Navegabilidade www.netmedico.pt Projecto com potencial para fazer interface com redes móveis Informação para profissionais Boa navegação Design atraente www.cmv.pt Grande quantidade de notícias Boa navegação e interface Sondagens e eventos Fonte: “Medicina on-line” – Guia Prático de Internet na área da Saúde Autores: Ana Beleza e Gustavo Montanha Edições Centro Atlântico – Portugal, Maio de 2001 i Anexo III Rede de Informação da Saúde Introdução A Rede de Informação da Saúde (RIS) interliga as diversas redes locais das instituições pertencentes ao Ministério da Saúde, as quais, por sua vez, interligam, internamente, os computadores de cada Instituição. Trata-se de uma rede de telecomunicações privada, do Ministério da Saúde, constituída e gerida pelo Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF). A RIS apresenta-se actualmente como uma das maiores redes do país, abrangendo todo o território continental integrando cerca de dois milhares de redes locais em instituições tuteladas pelo Ministério da Saúde. Neste momento, interliga: • Os Serviços Centrais do Ministério; • Os Hospitais e Centros Hospitalares do SNS, (cerca de uma centena) e respectivas dependências; • As Administrações Regionais de Saúde e respectivas Subregiões de Saúde; • Os Centros de Saúde (362); • Cerca de 1750 Extensões de Saúde (ligadas aos Centros de Saúde); • Os Organismos Autónomos e suas Delegações. Ao longo dos últimos anos, tem vindo a ser implementado pelo IGIF, um programa de desenvolvimento e instalação de redes locais nas instituições do SNS, já que não fazia sentido interligar as instituições e não prever o acesso de todos os seus departamentos à rede. Actualmente, todos os computadores ligados à rede local da instituição têm possibilidade de acesso à RIS. Cabe ao serviço de informática de cada instituição, mediante autorização do seu administrador, permitir tecnicamente, a cada computador, o acesso aos serviços disponíveis na RIS. ii Nesta rede são disponibilizados serviços de telecomunicação que, normalmente, surgem aos olhos dos utilizadores sob a forma de aplicações. Estas aplicações podem ser de natureza muito diversa, como, por exemplo, o correio electrónico, a videoconferência ou a telemanutenção de equipamento e software. A RIS surgiu precisamente da necessidade de novas formas de intercomunicação entre as instituições do Ministério da Saúde. De facto, as formas tradicionais de comunicação tais como o telefone, o fax ou o correio já não satisfazem as crescentes necessidades de troca de informação que a sociedade de informação hoje requer. Um dos primeiros serviços a exigir telecomunicações por parte do próprio IGIF foi a telemanutenção das suas aplicações informáticas, na sequência do processo de descentralização dessas aplicações, no início da década de noventa, e da crescente necessidade de resposta aos pedidos de apoio dos utilizadores. Estabeleceram-se então as primeiras ligações com X.25, depressa substituídas por linhas RDIS e equipamentos de interligação de redes locais. Mais tarde, com o desenvolvimento do projecto do cartão de utente, que implicava comunicações entre os Centros de Saúde e respectivas Extensões e o resto da estrutura do Ministério da Saúde, a RIS foi alargada a todas as instituições do SNS. A utilização crescente de serviços como o correio electrónico, o acesso à internet, a marcação remota de consultas e a telemanutenção de software e de hardware levou à consequente necessidade de estruturas de comunicação mais fiáveis e financeiramente mais vantajosas, pelo que se procedeu à substituição das linhas RDIS com débitos limitados e custos variáveis, por circuitos dedicados com melhores capacidades de largura de banda e custos fixos. Objectivos A Rede de Informação da Saúde tem como principais objectivos: iii o Interligar todas as redes das Instituições do Ministério da Saúde; o Disponibilizar um conjunto de Serviços Básicos de Rede (SBR) comuns aos serviços oferecidos pela Internet, nomeadamente, o Correio Electrónico, a Transferência Electrónica de Ficheiros, os Grupos de Discussão, o alojamento de páginas WWW e o próprio acesso à Internet, entre outros; o Disponibilizar um conjunto de Serviços Avançados de Rede (SAR) que possam trazer um valor acrescentado às Instituições de Saúde, conjunto de serviços que abrange a Marcação Remota de Consultas, o Cartão de Utente, a Telemanutenção de Aplicações e o Acesso a Bases de Dados Centrais, entre outros; o Promover a utilização da infra-estrutura de rede pelas Instituições, para que estas possam integrar os seus próprios serviços de valor acrescentado, criando, desta forma, uma verdadeira Intranet da Saúde. A Direcção Geral da Saúde e outras Instituições possuem diversos projectos em que se privilegia a utilização da RIS como meio de interligação; o Promover a integração e o desenvolvimento da Telemedicina; o Promover a integração do Serviço de Voz na rede. São ainda objectivos do IGIF a disseminação da utilização da RIS e a rentabilização das suas infra-estruturas. Para isso, será fundamental uma evolução tecnológica apropriada capaz de comportar, com qualidade e segurança, todos os serviços disponibilizados através da sua infra-estrutura. Neste sentido, é dada especial atenção ao correio electrónico e à utilização de serviços associados à Internet, bem como a serviços de Telemedicina. Um ponto fundamental, que virá reduzir os custos globais de comunicação das Instituições, será a integração da voz e dados na mesma infra-estrutura de rede. Tratase de um dos grandes objectivos que se prende com a globalização da rede, integrando nela não só os dados informáticos gerados pelas iv diversas aplicações mas também a voz. Desta forma, a RIS constituirá uma rede única para todo o tipo de comunicação (voz, dados e imagem) entre as Instituições do Ministério da Saúde. Serviços A RIS disponibiliza actualmente o acesso ao correio electrónico e serviços da Internet às instituições que interliga. Disponibiliza ainda hospedagem de páginas Web nos seus servidores. É também possível a instalação de websites em servidores próprios de cada instituição. Todas as instituições ligadas têm acesso aos serviços existentes na Intranet da Saúde, podendo integrar e disponibilizar os seus próprios serviços on-line (casos do INEM e DGS). A infra-estrutura de comunicações, para além de suportar os sistemas de informação do IGIF, das Administrações Regionais de Saúde, Centros de Saúde e Hospitais, interliga serviços como: o Lojas do Cidadão e Postos de Atendimento ao Cidadão; o SARA e outros sistemas de informação da Direcção Geral de Saúde; o ROR-Sul do Instituto Português de Oncologia; o Cartão do Utente; o Sistemas de Informação e redes da Direcção Geral de Instalações e Equipamentos e respectivas delegações regionais; o Sistemas de Informação e redes do Serviço de Prevenção e Tratamento de Toxicodependência, respectivas delegações regionais e centros de atendimento e tratamento; o Sistemas de Informação e redes do Instituto Nacional de Emergência Médica e respectivas delegações regionais. o Marcação de consultas entre instituições de Saúde, mais especificamente entre Centros de Saúde e Hospitais. Outro dos serviços oferecido na RIS prende-se com a telemanutenção de software e hardware que é utilizado pelo IGIF bem como, a pedido v das instituições de saúde, pelos seus fornecedores de aplicações ou equipamentos. Pela sua relevância importa também referir que funcionam regularmente na RIS quatro aplicações Telemedicina diferentes envolvendo cerca de duas dezenas de locais. Segurança Sendo a RIS um infra-estrutura de comunicações privada do Ministério da Saúde, os riscos de segurança são menores do que se esta fosse pública. Mas isto não significa que não se devam tomar os devidos cuidados e precauções. A RIS aplica uma política de segurança básica no âmbito da segurança de perímetro. Toda a infra-estrutura se encontra protegida da Internet através de um sistema de firewall próprio. Todos as instituições são igualmente protegidas com firewalls próprios ou com filtros de acesso nos equipamentos de interligação. A nível aplicacional, à medida que surgem os sistemas web-based, os técnicos têm recomendado a adopção de certificados digitais, de modo a reforçar a segurança e confidencialidade das comunicações. A encriptação generalizada das comunicações não é uma solução adequada pois envolve custos proibitivos. A adopção de tecnologia específica para este fim, deve ser feita caso a caso. Está em curso o estudo que visa a implantação de um sistema nacional PKI para a autenticação de utilizadores e recursos. Este sistema deverá seguir as normas internacionais, para os serviços de directório (LDAP), e X.509, para os certificados digitais. Infra-estrutura tecnológica A RIS é uma rede aberta baseada em tecnologia TCP/IP. A forma de interligação apresenta uma filosofia de sucessivos nós concentradores com uma topologia em estrela. As extensões dos Centros de Saúde comunicam para as suas sedes, que por sua vez comunicam para as Sub-regiões respectivas. Estas estão conectadas aos nós do IGIF que, vi por fim, se concentram no nó de Lisboa. Esta filosofia pode sofrer algumas alterações pontuais, de forma a minimizar os custos de telecomunicação sem penalizar a performance da rede. Basicamente, a infra-estrutura da rede alargada (WAN) da RIS apresenta dois componentes físicos: os equipamentos de comutação de dados (routers) e os meios de telecomunicação. Os primeiros são colocados em cada rede local e constituem os nós da rede. Por sua vez, os nós da rede são interligados pelos meios de telecomunicação. Estes meios, que podem ser de diversa natureza, são normalmente alugados a operadores de telecomunicação, como por exemplo a Portugal Telecom. Conforme as necessidades de tráfego, e mediante os custos envolvidos, podem ser utilizadas várias tecnologias, designadamente linhas analógicas, linhas RDIS, circuitos dedicados ou acessos ATM. A RIS utiliza diferentes tipos de conexão, tais como ligações sem fios (via rádio), circuitos Frame Relay ou acessos ATM, mas os meios de comunicação são, na sua grande maioria, circuitos dedicados e, em menor escala, linhas RDIS. As linhas RDIS são utilizadas pelas extensões de saúde mais pequenas, com apenas um ou dois computadores, que se ligam à rede com pouca frequência. Nos hospitais, as linhas RDIS estão instaladas por motivos de segurança e são utilizadas apenas em caso de falha do circuito dedicado. São ainda utilizadas linhas RDIS na grande maioria dos Centros de Saúde, porque os equipamentos que se encontram nos pontos de concentração distritais não têm capacidade para acomodar o elevado número de circuitos necessários. O projecto de reestruturação da infra-estrutura da RIS, actualmente em curso, vem colmatar este problema. Os circuitos dedicados, cuja largura de banda pode variar entre 64K a 2Mb, são utilizados nas restantes situações. Os circuitos de 64K são utilizados apenas na ligação das extensões de saúde aos centros de vii saúde. Em todos os outros casos as ligações vão dos 128K aos 2Mb, conforme as necessidades das instituições. Evolução tecnológica A infra-estrutura da RIS baseia-se numa rede best-effort em que circulam todos os tipos de tráfego, sem qualquer distinção. Isto impede a integração de serviços que exijam parâmetros de funcionamento mais rígidos, como acontece, por exemplo, com o serviço de voz, que requer um tempo de resposta reduzido para poder funcionar normalmente. Para que a RIS possa suportar este tipo de serviços é necessário implementar, na sua infra-estrutura, mecanismos de qualidade de serviço que permitam gerir todos os parâmetros, por forma a garantir que a comunicação se faça de forma mais adequada, obtendo-se uma efectiva diferenciação do tráfego. Neste momento, a estrutura da RIS está a ser revista para permitir maiores débitos associados ao conceito de qualidade de serviço. A aplicação deste conceito aponta para a necessidade de separar o tráfego por tipo de informação, assegurando, assim, débitos constantes para alguns tipos de serviços considerados prioritários. Neste momento, a informação é transmitida à medida que chegam as solicitações, não existindo, portanto, nenhuma garantia de que, por exemplo, uma imagem de vídeo tenha prioridade sobre qualquer outra transmissão de dados, nem de que verá assegurada uma reprodução com qualidade. Essa selecção de tráfego é determinante, nomeadamente para a qualidade da videoconferência e telemedicina, pois vem evitar imagens “aos soluços” ou com fraca definição. A implementação do conceito de qualidade deve ainda traduzir-se numa utilização eficiente dos telefones (voz sobre IP) sobre esta rede com vista a uma redução significativa da factura do Ministério em comunicações de voz e fax. Virá ainda permitir, mediante uma repartição eficaz dos débitos instalados, um melhor acesso a viii computadores e bases de dados residentes em centros de processamento de dados, independentemente da sua localização física. Há ainda a referir, no âmbito deste projecto de reestruturação, a mudança da tecnologia de ligação utilizada entre os pontos de concentração distritais e os pontos centrais da rede. Estas ligações fazem-se actualmente através de circuitos alugados, com larguras de banda que variam entre 512Kbps e os 2Mbps. Pretende-se substituir todas estes circuitos por tecnologia ATM, criando circuitos virtuais com larguras de banda que variam entre os 4Mbps e os 8Mbps, existindo capacidade para evolução no mesmo equipamento até aos 34Mbps, nos distritos, e 155Mbps, nos pontos centrais. O equipamento adquirido permite também a evolução para ligações em tecnologia Gigabit, quando tal se justificar. O IGIF já adquiriu o equipamento necessário a esta reestruturação, e decorre actualmente um concurso público para contratação dos acessos ATM. A conclusão deste projecto está prevista para meados do ano de 2002. A situação actual o Na Internet - Três pontos de acesso: Porto HDLC a 512K, Coimbra Frame Relay a 2Mb e Lisboa HDLC a 2Mb. Está disponível no acesso à Internet um sistema de gestão de largura de banda, de forma a garantir, por instituição, uma largura de banda mínima no acesso à Internet. Estes acessos vão ser substituídos, no mês de Março de 2002, por apenas dois acessos, concretamente ATM, no Porto, a 8Mb, e Lisboa, a 16Mb. Existem na RIS 310 domínios institucionais, e o IGIF hospeda, nos seus servidores, 73 websites. Existem mais três websites alojados em servidores próprios. Durante o último mês, a RIS recebeu da Internet cerca de 32 Gbytes de dados pelo serviço de correio electrónico e foram processadas ix 201 006 mensagens. No último mês, os cinco maiores utilizadores do correio electrónico foram o IGIF, a DGS, os HUC, o H.S.José e o IPO Lisboa. o Nos meios de telecomunicação - 1906 redes locais interligadas por 1613 circuitos dedicados, 21 acessos primários RDIS e cerca de 400 acessos básicos RDIS, uma ligação sem fios e 17 ligações VPN.IP da PT. Cerca de 400 extensões de saúde com apenas um ou dois computadores ligados por RDIS em modo “dial-up” o Nos custos envolvidos - A parte mais significativa do investimento realizado, prende-se com a aquisição de equipamento de tele-comunicações, nomeadamente routers. Estas aquisições, distribuídas ao longo dos quatro anos anteriores a 2001 importaram em aproximadamente 6 000 000 de euros. Em equipamentos finais destinados de à 2001, foram remodelação encomendados tecnológica da estrutura central da rede, no valor de 3 750 000 de euros. Os custos de funcionamento da rede de circuitos, rondam os 4 000 000 de euros anuais. A equipa de suporte à RIS, no IGIF, integra actualmente 4 engenheiros e uma dezena de técnicos de informática. x Telemedicina na RIS A telemedicina tem sido, desde há uns anos, um dos focos de interesse do IGIF. Em meados da década de noventa, a Delegação de Coimbra, conjuntamente com algumas instituições de saúde da zona centro, implementou um projecto de telemedicina baseado numa aplicação de transmissão de imagens radiológicas. Esta aplicação funcionava em RDIS num modo ponto a ponto. O equipamento, adquirido pelo IGIF, compunha-se de um computador pessoal, um monitor de boa resolução, uma impressora, um scanner normal e um scanner de película. Além deste equipamento, era necessário instalar em cada local, junto ao equipamento, três acessos básicos RDIS, para permitir a comunicação entre sistemas. Este projecto, que do ponto de vista técnico não encontrou obstáculos graves, não teve continuidade por falta de adesão dos profissionais e das próprias instituições. Tal facto, na análise do IGIF, ficou a deverse a dois factores decisivos: os custos de funcionamento do sistema e a ausência de definição funcional dos profissionais envolvidos. Com efeito, a utilização intensiva destes sistemas acarreta custos de telecomunicação significativos, principalmente para as instituições mais pequenas, o que, como se compreende, não ajuda à motivação das respectivas administrações. Por outro lado, a falta de remuneração dos actos médicos e a acumulação de funções para os profissionais envolvidos levaram ao insucesso do sistema. Mais tarde, com o aparecimento da RIS, o IGIF passou a apoiar projectos cujas aplicações suportassem o protocolo H321, ou seja, projectos que pudessem funcionar em redes TCP/IP, como é o caso da RIS. Este requisito é importante pois, além de custos controlados, implica ainda uma maior flexibilidade de localização dos sistemas nas redes locais das instituições. xi Actualmente funcionam na RIS algumas experiências com maior ou menor apoio do IGIF, e com graus de sucesso muito distintos. Em 1998 foi iniciado um projecto que envolvia na sua parte operacional o Serviço de Neurocirurgia do Hospital Garcia d’Orta, em Almada, e os Hospitais do Barreiro e de Setúbal e ainda o Hospital de S.José. Pretendia-se que as situações de urgência, por exemplo, traumatismos cranianos, nos Hospitais do Barreiro e de Setúbal, fossem analisadas pelos Neurologistas do Hospital Garcia d’Orta antes dos doentes serem enviados para Almada. Dado que aqueles hospitais dispunham de equipamento adequado (TAC, etc.), os exames efectuados em Setúbal ou Barreiro seriam analisados pelos especialistas de Almada, sendo, durante o período da noite, essa análise efectuada pelo Hospital de S.José, para, assim, se evitarem algumas deslocações de doentes. Na implementação deste projecto, a parte técnica ficava a cargo do IGIF e da Vantec, empresa hoje adquirida pela Novabase. Esta empresa dispunha de uma aplicação para envio e análise de imagens radiológicas, desenvolvida para funcionar em RDIS, que contava já com algumas instalações na Saúde, sendo inclusive a aplicação de suporte ao projecto da Delegação de Coimbra atrás referenciado. O seu envolvimento no projecto passava pela actualização do software para TCP/IP e do apoio na implementação dos sistemas. O IGIF adquiriu o equipamento necessário, idêntico ao que atrás ficou descrito no projecto do IGIF Coimbra, e comprometeu-se a alargar a banda dos circuitos de ligação envolvidos para um mínimo de 512Kb. Não eram necessárias outras especificações já que se tratava de envio de imagens estáticas. O desenrolar deste projecto não correu da melhor forma tendo inclusive sofrido sucessivos atrasos antes de, finalmente, entrar em funcionamento. No entanto, o IGIF considera que a reconversão técnica da aplicação não é a solução adequada ideal, uma vez que, embora funcione com bons níveis de performance, a aplicação xii apresenta melhores funcionalidades no funcionamento em RDIS do que na RIS. Outro dos projectos apoiados pelo IGIF é o da Cardiologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra. Trata-se de um projecto de telediagnóstico ou teleconsulta em que o cardiologista pediátrico de Coimbra apoia os pediatras do Hospital da Guarda e da Cova da Beira na análise e observação, online, dos eco-cardiogramas dos doentes, com o apoio de videoconferência. Este sistema tem vindo a expandirse e hoje conta já com mais algumas instituições como por exemplo o hospital de Santa Marta em Lisboa e o hospital de Stº André em Leiria. É um sistema extremamente interessante que tem por base uma antiga aplicação RDIS, totalmente remodelada pela PT Inovação para funcionar em redes TCP/IP como a RIS. Esta aplicação apresenta alguns pormenores simples mas eficazes, entre os quais se destaca o relatório conjunto, em que, em fecho de sessão, os dois clínicos envolvidos têm que concordar e que permite, assim, ultrapassar um pouco o problema da responsabilidade dos actos clínicos envolvidos. O sistema é bastante flexível e funciona em qualquer ponto de rede. No entanto, o sucesso deste projecto levanta o problema da compatibilidade entre sistemas. Com efeito, e segundo palavras do clínico responsável, o Dr. Castela, o ideal seria que qualquer pediatra ou outro clínico, independentemente do local e do sistema de telemedicina existente nesse local, se pudesse ligar, em caso de necessidade. Este problema aponta para a necessidade de definição de normas e de um interface comum entre as diversas aplicações de um mesmo tipo. Relativamente a este projecto e dado que a RIS não possui ainda mecanismos de qualidade de serviço que possibilitem o funcionamento dos projectos que envolvem imagens dinâmicas introduziu-se na rede um outro meio de telecomunicação em que é feita uma separação entre o tráfego de vídeo e o tráfego de dados permitindo assim que o sistema funcione. Por último, é de referir que, xiii por contraste com o projecto descrito anteriormente, os clínicos envolvidos afirmam que esta aplicação funciona melhor na RIS do que em RDIS.