ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental IX - 032 APLICAÇÃO DO MÉTODO DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS “QC STORY” PARA REDUÇÃO DA INADIMPLÊNCIA NA SANESUL DE CAMPO GRANDE - MS Luiz Eduardo Amaral de Oliveira(1) Administrador, Chefe do Setor Comercial da Sanesul na Regional de Campo Grande, bons conhecimentos sobre cadastro de consumidores, faturamento e cobrança, participou da equipe que efetuou e implantou o Procedimento Operacional Padrão de Campo Grande e atua como instrutor interno do curso de Administração Por Resultado. Paulo César Barbosa Pereira Engenheiro, exerce o cargo de Diretor Comercial e de Operações da Sanesul, com experiência na área operacional e comercial da capital e interior, responsável pela execução e implantação do atual sistema comercial da Empresa e atualmente iniciou a implantação do Programa de Controle de Qualidade na Operação, na Regional de Naviraí. Norma Bocollato de Moura Lacerda Administradora e contadora com amplos conhecimentos da área financeira e contábil. Experiência em informática, boa atuação em treinamento e O&M. Características pessoais de criatividade, dinamismo, capacidade de liderança e gosto pelo desafio profissional. Franco Santana Treu Administrador, com grandes conhecimentos de cadastro de consumidores, participante do desenvolvimento do Sistema Comercial, facilitador e instrutor comercial, atualmente lidera a equipe de micromedição, gerenciando o sistema de coleta de leitura de Campo Grande. Endereço(1): Rua Rio Vermelho, Lote 9 - Quadra 20 - Jardim Veraneio - Campo Grande Mato Grosso do Sul - CEP: 79037-110 - Brasil - Tel: (067) 724-5475. RESUMO Este trabalho foi desenvolvido através do “Método de Solução de Problemas - QC STORY” descrevendo as etapas do processo, como identificação das causas do problema e propondo soluções para resolver o alto índice de inadimplência na regional de Campo Grande. Os resultados finais de qualquer plano de ação, estão amplamente suportados no método adotado no diagnóstico das causas mais influentes, e este método demonstrou claramente estas “causas”, bastando somente ações objetivas para eliminação das não conformidades detectadas. A recuperação de débitos é fator determinante para a saúde financeira, não somente da Sanesul S/A mas também de todas as organizações, para que haja o reinvestimento essencial na prestação de um serviço com qualidade. PALAVRAS -CHAVE: QC STORY - Método de Solução de Problemas, CICLO PDCA Planejamento, Execução, Verificação e Atuação Corretiva, TQC - Controle de Qualidade Total, ICP - Índice de Cobrança Particular. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2897 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental INTRODUÇÃO O objetivo básico deste trabalho é apresentar a experiência da SANESUL S/A na utilização do Método de Solução de Problemas “QC Story” ou ciclo PDCA de melhorias para redução do alto índice de inadimplência no Sistema de Abastecimento de Água de Campo Grande MS. O combate à inadimplência numa empresa pública de fornecimento de água é um tema um tanto complexo, pois envolve devedores das mais diversas características e como agravante enfrentam diversos desafios dentro de uma economia estagnada, defrontando-se com salários em atraso, elevadas taxas de desemprego e o não crescimento da renda “per capita”. Diante deste quadro caótico, recuperar débitos se torna uma missão um tanto espinhosa. O Ciclo PDCA é suportado por uma “análise de processo”, baseado em fatos e dados que são os únicos critérios do verdadeiro conhecimento. As decisões “corajosas” baseadas em “bom senso” e “arrojo” são totalmente desprezíveis neste método. Portanto o Ciclo PDCA exerce “controle” sobre o processo analisado, determinando as causas do mau resultado, atuando de forma corretiva, padronizando e estabelecendo itens de controle que garantam que o resultado anterior não volte a ocorrer. Resumindo o Ciclo PDCA é o instrumento mais adequado para a análise e melhoramento de modo sistemático e contínuo dos processos. A adoção deste método faz com que o aperfeiçoamento vire rotina nas organizações. PROCESSO 1 - IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ESCOLHA DO PROBLEMA ? ALTO ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA A sequência no desenvolvimento do método PDCA inicia -se com a identificação do problema, passo importante para a definição clara das causas que influenciam no efeito indesejável que escolhemos como inadimplência. HISTÓRICO DO PROBLEMA Figura 1: Evolução do Índice de Cobrança Particular em Campo Grande. COMPORTAMENTO DO I.C.P. - CAMPO GRANDE (%) COMPORTAMENTO ICP - CAMPO GRANDE FEV MAR ABR MAI JUN JUL 36,14 40,82 43 40,66 ANO E 1995 A G OS E TOUTNOVD Z 1996 42 42 3 9 ANO 39 42 38 39 3 8 35 34 DEZ 37,55 NOV 36 OUT 37,75 SET 32,97 AGO 36,73 JUL 37,39 JUN 42,52 MAI 36,2 ABR MAR FEV JAN 50 40 30 JAN 20 ANO 1995 39,78 10 ANO 1996 39,52 0 MÊS ICP = Arrecadação / (Faturamento + Débito Particular) 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2898 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental O histórico do problema é um fator determinante para busca do comportamento da inadimplência (sazonalidade). ANÁLISE DO PROBLEMA Buscamos analisar neste item o comportamento dos débitos de Campo Grande em relação ao faturamento do mês, nos períodos de janeiro/95 à outubro/96. Análise se restringe aos consumidores de economias residenciais, comerciais e industriais, conforme Figura 2. DÉBITO X FATURAMENTO (PARTICULAR) Figura 2 - Comparativo de Débitos com Faturamento. TOTAL DÉBITO X FATURAMENTO PARTICULAR 2.845 2.289 1.000 SET/95 2.973 2.266 0 OUT/95 2.902 2.424 DEZ/95 JUN/95 ABR/95 FEV/95 JAN/95 NOV/95 JAN/96 2.838 2.760 2.879 MESES 2.634 2.766 2.930 OUT/96 2.354 AGO/95 2.000 SET/96 2.658 JUL/96 2.162 JUL/95 AGO/96 2.541 FEV/96 JUN/95 MAR/96 2.504 3.000 JAN/96 2.325 DEZ/95 MAI/95 NOV/95 1.926 4.000 SET/95 1.619 OUT/95 1.890 ABR/95 5.000 JUL/95 1.512 AGO/95 1.822 MAR/95 6.000 MAI/95 1.886 1.607 MAR/95 1.569 MAI/96 DÉBITO JAN/95 ( R$ ) EM MILHARES FEV/95 JUN/96 FATURAM. ABR/96 ANO/MÊS FATURAM. DÉBITO PERDAS DE RECEITAS ATUAIS E GANHOS VIÁVEIS Por sermos conhecedores das Perdas de Receitas nos últimos períodos, podemos traçar ações visando atingir 85% do ICP - Índice de Cobrança Particular. O índice proposto baseia -se em diretrizes da Empresa. Figura 3 - Perdas Atuais e Ganhos Viáveis. O U NT O /D 9V6E/ J9ZFA 6/ E9 NV 6/ 9 7 DÉBITOS M E T A # # # # # # # # # # M A R ABR M A I JUN JUL A G SO EOTUNTO DV E Z PERDAS ATUAIS E GANHOS VIÁVEIS 4.192 3.782 3.372 2.962 2.552 C A M P O G R A N D E 460 460 460 460 460 # # # # # # # # # DÉBITOS DEZ OUT AGO JUN ABR FEV /96 META DEZ /96 OUT R$ (EM MILHARES) 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 # M E S E S 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2899 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental PROCESSO 2 - OBSERVAÇÃO Nesta etapa procuramos ampliar as discussões, principalmente com os colaboradores mais experientes, visando buscar maiores informações a serem utilizadas na etapa seguinte. Através da Análise de Pareto, verificamos que a maioria dos débitos estão localizados em 15 setores comerciais. Estratificamos estes consumidores visando conhecer suas características, bem como sua situação junto ao nosso sistema de operação. Figura 4 - Localização dos Inadimplentes e suas características no sistema operacional. LOCALIZAÇÃO DOS DÉBITOS CAMPO GRANDE MÊS 10/96 ( R$ ) 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 15 SETORES 500.000 0 20 SETORES 54 SETORES 15 SETORES 20 SETORES 54 SETORES 2.654.000 1.312.000 1.100.000 SETORES No. LIGAÇÕES DOS SETORES CAMPO GRANDE MÊS 10/96 No. LIGAÇÕES 40.000 LIG. ATIVAS #### LIG. ATIVAS LIG. INATIVAS #### 30.000 LIG. INATIVAS 20.000 10.000 0 No. LIGAÇÕES COMPOSIÇÃODOSDÉBITOSCAMPOGRANDE MÊS10/96 DÉB.LIG.ATIVAS COBRÁVEIS 1000000 DÉB.LIG. INATIVAS 500000 R$ 0 DÉB.LIG.ATIVASCOBRÁVEI 994.0S00 1 DÉB.LIG.INATIVAS 875.000 R$ DÉB.LIG.ATIVASINCOBR432. ÁVE 000 IS(MATERNIDADE) DÉB.LIG.ATIVASINCOBR358. ÁVE 000 IS(STA.CASA) 2 DÉB.LIG.ATIVAS INCOBRÁVEIS (MATERNIDADE) DÉB.LIG.ATIVAS INCOBRÁVEIS (STA.CASA) continuação 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2900 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental continuação No. LIGAÇÕES ESGOTO DOS SETORES CAMPO GRANDE MÊS 10/96 40.000 20.000 ESGOTO TOTAIS No.LIG. LIGAÇÕES CAMPO GRANDE LIG. ESGOTO TOTAIS 30.700 CAMPO GRANDE No. LIGAÇÕES ESGOTO LIGAÇÕES 19.500 NOS ESGOTO SETORES ESTRATÉGICOS LI 0 NOS SETORES GA 3.500.000 COMPOSIÇÃO QUANTO AO FATURAMENTO MÊS 10/96 3.000.000 R$ 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 FATURAMENTO TOTAL CAMPO GRANDE 3.134.000 FATURAMENTO DOS SETORES 1.452.000 ESTRATÉGICOS FATURAMENTO TOTAL CAMPO GRANDE 500.000 0 R$ FATURAMENTO DOS SETORES ESTRATÉGICOS COMPARAÇÃO QUANTO AOS SETORES CAMPO GRANDE MÊS 10/96 100 80 60 40 20 0 No. SETORESNo. SETORES DE CPO GDE 99 No. SETORES DE CPO GDE No. SETORES ESTRATÉGICOS15 No. SETORES ESTRATÉGICO No. S SETORES Após pesquisa realizada pelos colaboradores envolvidos no diagnóstico, através de simples observação no próprio local do problema, realizamos o “Brainstorming”, visando identificar as causas mais possíveis, conforme abaixo: DESCOBERTA DAS CARACTERÍSTICAS DO PROBLEMA ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO NO LOCAL ? ? ? ? ? ? ? Procedimento de corte no ramal deficiente; Ineficiência nas fiscalizações das ligações cortadas; Inexistência de política de cobrança; Deficiência na cobrança dos débitos das ligações inativas; Falta autonomia em negociações com grandes devedores (flexibilidade); Definir procedimento de corte no serviço de coleta de esgotamento sanitário; Deficiência nas orientações aos consumidores quanto à política da Empresa. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2901 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental CRONOGRAMA, ORÇAMENTO E META Cronograma Como o nosso problema (alto índice de inadimplência) está comprometendo a Empresa no reinvestimento de melhorias operacionais e de expansões, estimamos um cronograma e meta agressivos, em nível de prazo e objetivos. Planilha 1 - Cronograma de acompanhamento do Plano de Ação. FASE ANÁLISE AÇÃO 11/96 12/96 01/97 02/97 03/97 04/97 05/97 06/97 07/97 08/97 09/97 10/97 11/97 12/97 _---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- VERIFICAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ NORMATIZAÇÃO ------------------ CONCLUSÃO ------ Orçamento O débito particular da Empresa cresceu 170,9 % no período 01/95 à 12/96, e considerando que as ações conforme cronograma são de curto prazo, os custos para a operacionalização do plano de ação se torna elevado. CUSTO ESTIMADO R$ 186.400,00 Meta “AUMENTO NO ÍNDICE DE COBRANÇA PARTICULAR (ICP) DE 39% PARA 85% NO PERÍODO DE JANEIRO /97 À DEZEMBRO /97”. PROCESSO 3 - ANÁLISE DEFINIÇÃO DAS CAUSAS INFLUENTES De posse das informações e observações até então adquiridas, a equipe reuniu-se a fim de identificar as possíveis causas através da “Tempestade Cerebral”, onde elaboramos o diagrama Espinha de Peixe, para verificação dos motivos das não conformidades. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2902 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Figura 5 - Diagrama Espinha de Peixe. Governo Estadual Não crescimento de renda Alto índice desemprego Salário em atraso Economia estagnada MEIO AMBIENTE ALTO ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA Falta de crédito para Gov. Estaduais Economia estagnada Governo Federal Serviço de Terceiros Não faz corte em esgoto Não executa Supressão de ligação MÃO-DE-OBRA ALTO ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA Sem estrutura para atender A execução está em outra área Não é prioridade da área Serviços Próprios Parâmetros (ICP) Alto índice de ligações cortadas e não religadas MEDIDA Falta ICP por setor ALTO ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA Valor das faturas em débitos Falta de controle do retorno do corte Faturas parceladas 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Valor das faturas 2903 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Gerenciamento de cobrança Quantidade e Valor recebidas após corte continuação continuação Alto índice de fraude Ligações inativas com débitos Falha no procedimento MÉTODO ALTO ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA Só é feita a Cobrança através do corte Faltam procedimentos de cobrança Corte passível de violação Falha do procedimento de corte Não há política de cobrança sistemática Utiliza-se ligação de água para medir esgoto Não há gerenciamento das ligações inativas Desatualiza-se dados do cadastro de água Não está sendo acionado cobrança de débito pendente Ligações só com esgoto A conta é retida mas não se baixa débito Aumento do débito real Procedimento de consumo final não cumprido Procedimentos 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2904 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ESCOLHA DAS CAUSAS MAIS PROVÁVEIS Após exaustiva discussão com todos os envolvidos, notamos que as possíveis causas coletadas durante o processo até então convergiam para 08 evidências. Planilha 2 - Identificação e análise de não conformidade. CAUSA Faltam Novos Procedimentos ANÁLISE Provável de Cobrança MOTIVO O único método de cobrança da Empresa é o corte da ligação. Não há uma política de cobrança sistemática, ou seja, o consumidor deveria ser comunicado quando houver atraso de pagamento, bem como as penalidades passíveis. Falha no Procedimento de Provável Combate a Fraude A Empresa não possui uma área específica de combate à fraude, bem como há a necessidade de reavaliação dos procedimentos de combate à fraude e do regulamento de serviços que norteiam as ações da Empresa para adequação com o Código Penal Brasileiro. Desta forma, as ligações inativas com débitos são violadas aumentando a inadimplência em decorrência da falta de penalidades aos infratores. Falta Gerenciamento das Provável Ligações Inativas A Empresa é deficiente na fiscalização das ligações inativas. Não há acompanhamento e coleta de informações desses usuários visando identificar os consumidores com abastecimento próprio e imóveis com anexação de lotes, acionando-se assim , o sistema de débito pendente com ações jurídicas. Falta Gerenciamento de Provável de Cobrança O índice de religação das ligações cortadas é baixo. Não há controle do retorno do corte como: valor dos débitos das ligações cortadas, valor das faturas recebidas após o corte, valor parcelado, bem como quantidade de parcelas e valor médio das parcelas. Falha no Procedimento de Corte Provável O procedimento de corte no ramal e no cavalete está ineficiente para a Empresa, de forma que possibilita ao usuário a intervenção indevida para abastecer seu imóvel, acarretando débitos pendentes para a Empresa. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2905 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental continuação CAUSA Serviços Próprios ANÁLISE Pouco Provável MOTIVO Os serviços não contemplados nos contratos de terceiros da área comercial como supressão de ramal e corte do serviço de coleta de esgoto são encaminhados para a área de manutenção, porém não é dada prioridade a este serviço em virtude da estrutura estar voltada para a área específica. Melhoria nas Especificaçoes de Contratos de Serviços de Terceiros Pouco provável Os contratos de serviços de terceiros apresentam algumas falhas, pois não contemplam o fornecimento de alguns materiais estratégicos na execução dos serviços de corte de ligação, exigindo desta forma o uso da conta custeio da regional, onde não há uma previsãopara suprimento desses materiais. Os contratos de serviços de terceiros (corte / religações não abrangem a execução de supressão de ligação bem como não faz corte nos serviços de coleta de esgoto, contribuíndo desta forma para o descaso com o patrimônio público e de certa forma para o aumento da inadimplência. Falta ICP (índice de cobrança particular) por setor Provável Devido ao grande volume de contas em débitos, a Seção de Cobrança não tem condições de acompanhar passo a passo as evoluções das inadimplências e em consequência disso as atividades operacionais tornam-se ineficicazes diante das necessidades, portanto o controle geral não é eficiente. ICP (índice de cobrança particular) por localidade. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2906 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental PROCESSO 4 - PLANO DE AÇÃO PARA ATINGIMENTO DA META Planilha 3 - Plano de Ação para alcance da Meta. O QUÊ QUEM ONDE Elaborar - Sec Campo Procedimento - Geco Grande de Cobrança - Geinf QUANDO Dez / 96 COMO - Alterar os programas do Procis no sentido de emitir: - Aviso de cobrança após vencimento da - Consultoria conta do mês; PORQUÊ Para melhorar o sis- QUANTO R$7.000 tema de cobrança, pois o existente não atende com eficiência. - Conta salmão com todos os débitos e com data limite para pagamento e posterior emissão de Ordem de Corte. Alterar o - Gejur Campo Procedimento - Sec Grande de Combate - Geco à Fraude - Consultoria Dez/96 - Adequar o regulamento de serviço da Para dar à área comer- Sanesul e os procedimentos comerciais cial instrumentos jurí- de combate a fraude com o Código Penal. dicos para combater as - Criação da central de combate à fraude. fraudes - Definição do local. Fixo R$8.000 Variável R$2.200 - Definição de recursos humanos, materiais e equipamentos. - Treinamento dos recursos humanos. Gerenciamento - Sec das Ligações Campo Jan / 97 Grande - Rever o sistema Procis para ativar o controle de débitos pendentes. Inativas - Implantação de relatórios com informações por setor: ICP, cadastro das ligações, Para melhor administrar as ligações inativas, Fixo R$18.000 evitando perdas de consumidores. inativas, cadastro de ligações ativas, fatu- Variável R$10.000 ramento, arrecadação, cortes, parcelamen- mês tos e inadimplências. - Implantação das unidades de negócios com definição de: - Local para instalação; - Recursos humanos; - Materiais e equipamentos; - Treinamentos. Gerenciamento - Sec de Cobrança Campo Dez / 96 Grande - Modificar o sistema Procis para dar suporte Para dar mais subsídios no gerenciamento das cobranças como: na administração - ligações cortadas e religadas, R$7.000 de cobrança - valores emitidos, - valores arrecadados pelas ligações cortadas, - valores parecelados Modificação - Sec Campo nos - Sefc Grande Dez/96 - Alterar a forma de corte no ramal, executando na calçada, entre o muro e o meio Procedimentos O sistema atual mostra- ------ -se ineficiente. fio. de Corte Melhoria nos - Sec Campo Contratos de - Geco Grande Serviços de Terceiros Dez/96 - Rever os contratos de serviços de corte e O contrato atual não religação nos seguintes ítens: atende as necessidades - incluir serviços de supressão de ligação de atuais. ------ água e corte de ligação de esgoto; - incluir fornecimento de materiais; - instituir controle de prazo e aditamento dos contratos antes do vencimento. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2907 IX - 032 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental continuação O QUÊ QUEM ONDE QUANDO COMO TOTAL DO INVESTIMENTO......................................... PORQUÊ R$ 52.200,00 FIXO................................................... R$ 40.000,00 VARIÁVEL.......................................... R$ 12.200,00 CUSTO FINAL (12 MESES)........................................... QUANTO R$ 186.400,00 CONCLUSÃO As etapas seguintes do Ciclo PDCA: Ação, Verificação e Padronização estão sendo gerenciadas pela própria equipe que efetuou o plano de ação com base no diagnóstico do problema. Ressaltamos que os aspectos técnicos do desenvolvimento do método propiciou um maior amadurecimento dos conceitos e das ferramentas utilizadas, gerando um envolvimento maior na busca dos resultados principalmente nas fases de consistência onde estão sendo apresentadas várias idéias de suporte e melhorias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMPOS, VICENTE FALCONI, TQC - Controle da Qualidade Total (no estilo japonês), Belo Horizonte: 1992 - cap. 4 e 5, pág. 29 - 66. 19o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2908