UMA ATITUDE REFLEXIVA FILOSÓFICA ACERCA DA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA: CRÍTICAS E POSSIBILIDADES Sidnei Lopes Dos Santos Junior1 Resumo: O presente estudo que procura refletir acerca das varias questões que permearam a Educação Física brasileira no ultimo século. A verdade e que desde a fatídica pergunta “o que é educação física” em meio a um cenário de crescente fragmentação desta área, a educação física nunca mais foi a mesma. Envolta em discussões de toda ordem e que surgem desce grandes pensadores de diversas correntes de conhecimento à políticas governamentais ora elitista ora populista, cada qual com um interesse próprio, gerou algumas inquietudes que se traduziram por instaurar ao que parece uma crise de identidade permanente e que portanto abre margem para reflexões polêmicas aqui apresentadas sobre a relação entre educação física e prática pedagógica, educação física e ciência, educação física e alienação, almejando lançar nesta conjuntura, através de bases filosóficas de discussão críticas O estudo aponta para a necessidade de adoção de posturas e práticas pedagógicas no trabalho docente voltadas para além da pura e simples transmissão de técnicas. É fundamental que realmente a aula de Educação Física se transforme num espaço de discussão e reflexão crítica, onde o respeito a diversidade cultural se estabeleça como trampolim para a consciência, ou seja, pode transformar-se num real complexo educacional capaz de efetivamente possibilitar o desenvolvimento das inúmeras potencialidade humanas de forma critica, reflexiva e portanto consciente. Palavras–chave: Educação Física. Educação. Filosofia. Este estudo caracteriza-se por uma atitude reflexiva filosófica acerca da Educação Física. Queremos, outrossim, encaminhar este estudo dentro de uma abordagem criticoreflexiva, enfocando os vários e complexos fenômenos que envolvem a Educação Física brasileira, que salvo raras e oportunas exceções, são marcadas, pelo academicismo e por posturas e políticas educacionais equivocadas, ingênuas quando não populistas. 1 Professor de Educação Física, especialista em Ciência do Movimento Humano, sub-área Pedagogia do Movimento Humano e Mestrando em Educação PPGE/CE/UFSM. e-mail: [email protected]. 2 Já aqui podemos salientar o entendimento da Educação Física, como um prática pedagógica, concordando assim com Bracht (1999) e Libâneo (2001). Segundo Libâneo (2001) se a Educação Física não tiver esse caráter pedagógico ela é inócua enquanto prática educativa intencional. O mesmo autor elucida este ponto ao afirmar que “a educação, as práticas educativas, é a ação, os processos de formação das pessoas, a pedagogia é a reflexão e decisão sobre essa ação para definir objetivos e formas de realizar o trabalho educativo. Como a educação refere-se a assimilação e reconstrução da cultura, a pedagogia lida com tudo o que diz respeito à transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, como são os conceitos, os códigos, as técnicas, as habilidades, as atitudes, os valores. Se temos saberes, modos de agir, modos de fazer, atitudes em relação à motricidade, ao corpo, ao desenvolvimento físico, a serem internalizados pelas pessoas, então posso falar de uma educação física e de uma pedagogia da educação física ou da dimensão pedagógica da educação física”. Este modo de compreender a dimensão pedagógica da Educação Física apoia-se na idéia de que a escola é um lugar em que os alunos aprendem a desenvolver a razão crítica e a se construírem como sujeitos autônomos e críticos (Libâneo, 2001). Por outro lado, constata-se que a alienação consiste num importante obstáculo a ser superado quotidianamente, pois de certa forma, opõe-se ao pensamento crítico-reflexivo e a consciência individual, se baseando numa relação acritica fora da realidade numa concepção de mundo ocasional e desagregada. Caracteriza-se portanto, pela sua adesão total e sem restrições a uma concepção de mundo fragmentada incompreendida e elaborada fora dele próprio, que se realiza num conformismo cego e numa obediência irracional a princípios e preceitos indemonstráveis (Codo, 1985). Em contra partida, tem-se uma concepção de mundo unitária, coerente e homogênea é formada de uma maneira crítica e consciente, num processo critico-reflexivo, questionador da realidade. Esclarecendo esta discussão, Chauí (2001), identificou na sociedade moderna a existência de pelo menos três formas básicas de alienação: a social, a econômica e a intelectual. Num esforço de aproximação destas ao contexto da Educação Física encontramos as mesmas sem maiores dificuldades, principalmente a alienação social, na qual os docentes e discentes não se reconhecem como construtores das relações e instituições sócio-políticas. Da mesma forma existe alienação intelectual, que resulta da separação social entre o trabalho material e o trabalho intelectual, evidenciada com maior significância no corpo docente, onde o taylorismo aliado ao positivismo fragmentou o mesmo em departamentos, e mais adiante em laboratórios. Sendo que a principal conseqüência do taylorismo é a fragmentação do trabalho que conduz a uma fragmentação do saber, e em função desse processo de 3 especialização não tardou a instalar-se no seio da Educação Física brasileira um "dialogo de surdos" (Bracht, 1999) e um isolamento tanto da realidade como do conhecimento. Interessante é observar que, apesar da flagrante necessidade de mediação e entre os saberes disciplinares no campo da Educação Física, os especialistas nas diferentes subdisciplinas do nosso campo não conseguem dialogar a partir de sua especialidade com outra (Bracht, 1999). As razões que nos faz indagar estas contradições e incoerências e apontam para a dificuldade que a maioria dos acadêmicos e professores tem de "ler o mundo" a sua volta ( na ótica de Paulo Freire), ir do fragmentado ao holístico, da alienação à consciência filosófica, do senso comum à autonomia crítica de pensamentos, ou seja, não conseguimos ter uma visão crítica da realidade, do todo universal, indissolúvel e indissociável, mas apenas de suas dependentes e alienantes partes. Nesse sentido, somos conduzidos a um processo ingênuo de alienação que atinge o campo social, pessoal e do trabalho, talvez pela nossa já denotada incapacidade de refletir e criticar as intenções, as atitudes, as decisões vivenciadas e/ou tomadas por nós durante o processo de formação acadêmica. Nessa perspectiva, poucos acadêmicos conseguem romper a barreira do senso comum e avançar até a autonomia crítica de pensamentos, e isto me leva a crer que "muitos" de nós não se preocupam em construir uma consciência filosófica que permita-lhes, ao menos, serem críticos sem serem incoerentes com suas ações e concepções de educação, saúde, escola, sociedade, cultura, política e de mundo. Segundo Mochcovictch (1988) para passar da consciência ocasional e desagregada para a consciência coerente e homogênea é preciso criticar as concepções que se tem, partindo da consciência daquilo que somos e chegando a consciência social. Voltando ao senso comum, Gramsci apud Mochcovictch (1988) diz que ele é a filosofia dos não-filósofos, isto é, a concepção de mundo absorvida acriticamente pelos diferentes meios sociais e culturais, em que se desenvolve a individualidade, pois não se baseia numa reflexão crítica, numa interrogação. E porque tão poucos estariam preocupados em se constituírem em sujeitos críticos e conscientes, a luz filosofia? As respostas a esta indagação são amplas e complexa, mas analisando-a de perto, ela parece flutuar entre o campo dos conhecimento relacionados ao "ser" e ao do "ter", estabelecendo a seguinte relação na atual conjuntura da sociedade capitalista: quanto mais nós preocupamos em "termos", menos preocupamos em "sermos" ou seja, hoje cada vez mais somos levados pela lógica do mercado a primeiro "termos" e após, que sabe, "sermos". O "ser" aqui enfocado é constituído por saberes filosóficos, sociológicos, 4 antropológicos e históricos. Que via de regra, na sociedade atual, por razões econômicas obvias, são tidos para "muitos" como conhecimentos "inúteis", de pouca valia, pois não dão um bom retorno material. Ao passo que o "ter", composto pelas ciências positivas que segundo Santin (2002) "dispensam a reflexão filosófica por entendê-la com uma atividade estéril, improdutiva e por vezes incômoda e inútil" encontra-se em uma situação privilegiada, confortável, cômoda, hegemônica, ideológico e extremamente "útil", sendo o influenciador determinante de uma sociedade capitalista excludente, marcada por significativas desiguales sociais, econômicas e sobretudo de saberes. Sendo assim, interessante! para "poucos" e alienante! para "muitos". Recorrendo-se Chauí (2001) a mesma nos ensina que o primeiro ensinamento filosófico é justamente perguntar: o que é útil? Para que e para quem algo é útil? O que é o inútil? E por que e principalmente para quem algo é inútil? O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá e/ou representa simbolicamente prestígio, poder, fama, riqueza e poder nas relações sociais. Julga o útil pelos resultados quantificáveis e visíveis das coisas e das ações, identificando utilidade e a famosa expressão "levar vantagem em tudo". Desse ponto de vista, a filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser inútil (Chauí, 2001). A autora indaga então, qual seria a ‘utilidade’ da História, da Sociologia e sobretudo da Filosofia? Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações e ações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade, a eqüidade e a felicidade para todos para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes. Entretanto, Saviani (1996) adverte que "passar do senso comum à consciência filosófica significa passar de uma concepção fragmentária, incoerente, desarticulada, implícita, degradada, mecânica, passiva e simplista a uma concepção unitária, coerente, articulada, explícita, original, intencional, ativa e cultivada". Para passar da consciência ingênua e desagregada para a consciência coerente e homogênea é preciso criticar a concepções que se tem, partindo da consciência daquilo que somos e chegando à consciência do que podemos "ser." 5 Santin, (1988) reforça este aspecto ao afirmar que a consciência crítica, não é uma conquista, nem um fato dado, nem um bem adquirido, mas ela é uma atitude é um comportamento que se refazem e se renovam a cada momento. Por isso mais do que "ter" consciência crítica, é preciso "ser" consciência crítica. Portanto, "ser" consciência crítica não é fixar-se em uma perspectiva, mas mergulhar no movimento que conduz a estabelecer várias e distintas relações e direções. Entendendo-a como uma eterna inquietude de quem não quer repetir-se, de quem não quer ser sempre o mesmo, de quem quer evoluir nas mais variadas formas de conhecimentos e sentimentos. Diante do exposto, destaca-se neste processo, a indubitável importância da educação. E cabe entendê-la não como um processo passivo e autoritário de fragmentação e transmissão de conhecimento e, portanto da realidade social, mas como um instrumento pedagógico de conscientização, reflexão, crítica, indagação e é claro curiosidade, realçando sempre a importância dos porquês de certas iniciativas, leis e reivindicações, pois na opinião de Freire (1996) a raiz da educação consiste basicamente em oportunizar ao ser humano a reflexão sobre si mesmo e colocar-se, num determinado momento, numa certa realidade: é um ser na busca constante de ser mais e, como pode fazer esta auto-reflexão, pode descobrir-se como um ser inacabado, que esta em constante de busca. Neste momento, é oportuno lembrar que estranhamente a Educação Física não está ainda atrelada de fato a área da educação, mas sim a área da saúde que etimologicamente consiste em um erro. No entanto, os conhecimentos desenvolvidos curricularmente nas instituições de ensino superior fazem jus a tal vinculação, pois os mesmos não são oriundos na sua imensa maioria, nem da educação e muito menos da Educação Física, mas da física, bioquímica, medicina e outras áreas de produção conhecimentos. O que é importante ressaltar aqui que o campo da Educação Física historicamente tem sido marcado menos como um campo de construção do conhecimento, e mais como aplicação do conhecimento (Bracht, 1999). O mesmo autor, exterioriza suas preocupações e coloca um ponto que julgo ser importante, ele nos mostra que no campo da Educação Física, no tocante à produção de conhecimento científico, surgiram os especialistas, não em Educação Física , mas, em fisiologia do exercício, em biomecânica, em psicologia do esporte, em aprendizagem motora, em sociologia do esporte, etc. Neste contexto, o mesmo autor argumenta que os professores de Educação Física , enquanto "cientistas", passaram a se identificar como especialistas em fisiologia, em biomecânica, etc. E não em Educação Física. Entretanto, a fisiologia do exercício, a biomecânica e etc, continuam sendo áreas de conhecimentos importantes na 6 investigação da atividade física se houver uma perspectiva de mudança para não priorizar investigações isoladas e fragmentadas do conhecimento, distanciadas da interdisciplinaridade e de problemas relevantes. Com a sua privilegiada e impar capacidade de elaborar analogias e metáforas Rubem Alves (2000, p. 31), opina a sobre Acho que a educação freqüentemente cria antas: pessoas que não se atrevem a sair das trilhas aprendidas, por medo da onça. De suas trilhas sabem tudo, os mínimos detalhes, especialistas. Mas o resto da floresta permanece desconhecido (...). A anta descrita por pelo autor é um animal apetitoso, sem defesas e presa fácil para as onças. Contra a onça ela só dispõe de uma arma: estabelece uma trilha pela floresta, e dela não se afasta. Este caminho passa por baixo de um galho de árvore, rente às suas costas. Quando a onça ataca ela sai em desabalada corrida por sua trilha. Seu corpo passa por baixo do galho, mas o da onça não. E assim, a anta consegue fugir com ferimentos, mas viva dessa embosca feita pelo desconhecido. Considerando-se estas afirmações, pensa-se que apesar de diversos pensadores alertarem que a história é a mestra da vida, poucas pessoas despendem tempo, atenção e a preocupação merecida e necessária para o seu entendimento. E em se tratando de Educação Física a situação é ainda mais complexa, pois além de estudá-la, principalmente temos que "re" significá-la a ponto construir e/ou consolidar uma identidade pedagógica consistente e sobretudo coerente com a realidade da educação brasileira. Superando assim, o entendimento de vê-la subordinada ao eixo paradigmático da aptidão física, compreensão essa arcaica e limitada. Nesse particular, urge chamarmos a atenção de nossa academia, muito mais preocupada com as formalidades do rigor científico, banalizando-o, do que com a imperiosa necessidade de intervenção qualificada e conseqüente na nossa realidade educacional, abrindo e preservando espaços de debate e reflexão crítica em torno das questões nela presentes (Castellani Filho, 1998). Dentro da conjuntura atual da Educação Física, enquanto uma prática pedagógica, a mesma apresenta-se fortemente fundamentada e teoricamente valorizada por grandes pensadores e educadores, sendo ainda amparada por legislação específica. Entretanto, evidencia-se que entre a palavra escrita, o discurso e a situação concreta de seu ensino, incoerências, interpretações ingênuas e errôneas, ou até mesmo o desconhecimento se 7 interpõe. Em outras palavras, é no âmbito das ciências biológicas e esportivas que os profissionais da área vêm buscando o saber necessário às suas práticas pedagógicas. No Brasil, a Educação Física ainda não recebeu o tratamento adequado face a sua denotada importância no processo sociocultural, fruto de uma história marcada em sua maioria por uma total ou parcial ausência de consciências críticas capazes de coibir a manipulação de seus fins através de políticas públicas educacionais ditadoras que objetivavam o controle e a dominação social, bem como a mercantilização da educação como um todo. A Educação Física no início desse século traduz a incapacidade histórica dessa área de conhecimento para perceber e aprender as novas demandas sociais que emergem ao longo do tempo, devido à forte rigidez dos paradigmas da Educação Física conservado. Na verdade, a atual Educação Física representa a sociedade brasileira, que tenta definir novos pressupostos que possibilitem articular os interesses, não de uma minoria privilegiada, mas de uma maioria excluída. Nesta conjuntura, não é mais compatível que o intelectual mantenha uma postura de alienamento completo com relação a sociedade. Querendo encaminhar à finalização deste texto, na perspectiva apontada até este momente, cabe a citação de Libâneo apud Ghiraldelli Junior (1988) que também considera a Educação Física como uma atividade educativa que será tanto mais conseqüente em relação aos seus objetivos político-pedagógicos, quanto mais os professores, como intelectuais critico-reflexivos, desenvolverem a capacidade de descobrir a todo o instante, na sua prática de vida e trabalho, as relações sociais reais que estão por trás das tendências, das técnicas, dos discursos, dos programas de ensino e, por aí, dar uma dimensão política à sua pedagógica. Nesse sentido, o mesmo autor destaca que o trabalho docente deve buscar ao invés do condicionamento à ordem social, formar alunos críticos e participativos, ao invés de adestramento físico, a compreensão sociocultural do corpo, ao invés do esporte-espetáculo e ufanista, o esporte educativo, ao invés da disciplina imposta e da repetição mecânica e autoritária de ordens do professor, o autodomínio, a formação do caráter, a autovalorização da atividade física, ao invés do corpo-instrumento, o corpo como ser social crítico e consciente. Ainda nessa direção, Castellani Filho (1998) aponta que seja na faculdade, no nosso local de trabalho (faculdade, escola, clube, administração pública...), enfim, seja lá onde for, devemos estar cientes de que é no nosso cotidiano que podemos e devemos construir as condições objetivas (na extrapolação dos limites impostos pelas reformas educacional e política imperantes), tanto para a superação da forma atual de ser da Educação Física, enquanto (num alargado horizonte) da forma de organização social brasileira o que, em última instância, defendemos e almejamos. 8 Em suma, o trabalho do professor de Educação Física como vai além da pura e simples transmissão de técnicas. É fundamental que realmente a aula de Educação Física se transforme num ambiente crítico, onde a riqueza cultural se estabeleça como trampolim para a consciência. Ou seja, a Educação Física deverá deixar de ser uma prática inócua, para transformar-se num real complexo educacional capaz de efetivamente oportunizar o desenvolvimento das inúmeras potencialidade humanas de forma critica, reflexiva e portanto consciente. Dentro desse quadro, cabe perguntar, porém, longe de dar por inteiramente respondidas às questões aqui levantadas. Quem vai assumir o papel de ser o cultivador, semeador e alimentador de curiosidade e criticidade, de que a Educação Física brasileira tanto necessita? Olhando mais de perto, suspeito que comecemos, talvez, a priori pelo exercício continuado da autoconsciência critico-filosófica, para a posteriori levá-la até o senso comum, "extraindo o seu núcleo válido (o bom senso)" (Saviani, 1996), com vistas à elaboração e consolidação de uma concepção pedagógica de Educação Física impregnada de paradigmas socio-humanos, identidade, autonomia e reflexão. Oportunizando a construção de consciências, capazes de construir outras, novas e necessárias perspectivas educacionais. "Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado até que se enfrente". James Baldwin Referências bibliográficas ALVES. Rubem; A alegria de ensinar. Campinas: Papirus, 2000. BRACHT, V. Educação Física e Ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: Uniijuí, 1999. CASTELLANI FILHO, Lino; Política educacional e Educação Física. Campinas: Autores Associados; 1998. CODO, Wanderley. O que é alienação. São Paulo: Brasiliense, 1985. CHAUÍ, Marilene, Convite à Filosofia. , 12°ed, São Paulo: Ática, 2001. FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 20° ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GHIRALDELLI JUNIOR. P. Educação Física Progressista: a pedagogia crítico-social dos conteúdos e a Educação Física Brasileira. São Paulo: Edições Loyola, 1988. 9 LIBÂNEO, José Carlos. 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