UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS NO CÁLCULO DE SISTEMAS DE DRENAGEM SUBTERRÂNEA Paulo J. CASTANHEIRA Mestre em Engenharia do Solo e da Água, Esc. Sup. Agrária de Castelo Branco, Quinta da Srª de Mércules, 6000 Castelo Branco, Tel. +351272339900, mail: [email protected] RESUMO Vários processos analíticos têm vindo a ser utilizados na determinação do espaçamento dos drenos de tubos com o objectivo de determinar em regime permanente o nível freático a profundidades compatíveis com o desenvolvimento das culturas. Todavia, as limitações inerentes a esses métodos, como dificuldades em lidar com a anisotropia da condutividade hidráulica e heterogeneidade do perfil do solo, limitam a sua aplicação a condições particulares Neste trabalho utiliza-se o método numérico dos elementos finitos na resolução da equação de Richards a duas dimensões, no plano vertical, para determinação da profundidade da superfície freática entre o dreno e a meia distância dos drenos. A solução numérica é comparada pela solução analítica proposta por Hooghoudt. A flexibilidade dos elementos finitos, nomeadamente na fixação das condições de fronteira tem-se apresentado como uma alternativa superior ao método já largamente usado das diferenças finitas. Comparam-se os resultados obtidos quanto à aderência da solução analítica com a aproximação numérica e testa-se a conservação da massa a longo da solução numérica. Mostra-se um processo de cálculo numérico do caudal esperado no dreno. Verifica-se que a solução de Hooghoudt exibe valores para a profundidade da superfície freática a meia distância dos drenos idênticos aos da solução numérica, quando a distância entre drenos é baixa (10 a 25 m), porem à medida que a distância dos drenos aumenta e profundidade da superfície freática diminui na meia distância dos drenos, os valores obtidos com os dois métodos começam a divergir. PALAVRAS-CHAVE Drenagem subterrânea, métodos numéricos, métodos analíticos.