A EFETIVIDADE DO TRABALHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL NO
ZOOLÓGICO MUNICIPAL DE CURITIBA E A ABORDAGEM SOBRE INVASÃO
BIOLÓGICA, COM FOCO NA TARTARUGA-DE-ORELHA-VERMELHA, Trachemys
scripta elegans Wied-Neuwied, 1839 (TESTUDINES: EMYDIDAE)
Thayana Correia¹, Cláudia Regina Bosa2, Daniele Sandra Purcino2. 1Curso de Especialização
em Conservação da Natureza e Educação Ambiental, PUCPR, 2 Prefeitura Municipal de
Curitiba/Secretaria Municipal do Meio Ambiente/Departamento de Pesquisa e Conservação da
Fauna/Divisão de Educação para a Conservação da Fauna.
E-mail: [email protected]
Palavras-chave: Espécies exóticas, espécies invasoras, atividades lúdicas.
Introdução. A introdução de espécies exóticas invasoras, causa grandes impactos ao
ambiente. Uma espécie exótica ou introduzida pode ser proveniente de um ambiente ou
localidade diferente e se torna invasora quando avança, sem assistência humana, ameaçando
habitats naturais ou semi-naturais fora do território de origem (1), atividades humanas podem
influenciar nos processos de bioinvasões, um exemplo é a tartaruga Trachemys scripta elegans,
natural dos Estados Unidos e considerada invasora no Brasil. Uma estratégia para tentar mitigar
esse problema é a Educação Ambiental. Diante disso o objetivo desse estudo foi verificar a
efetividade da Educação Ambiental no Zoológico Municipal de Curitiba junto da abordagem
sobre invasões biológicas, com foco na espécie invasora T. s. elegans, com alunos da rede
pública de ensino. Métodos. Um total de 104 alunos provenientes de quatro diferentes escolas,
que participaram do Acantonamento Ecológico, fez parte do estudo. As escolas foram
nomeadas como A. B. C. e D. Um questionário com perguntas descritivas e de múltipla escolha,
devidamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR, foi aplicado antes e
depois da realização das atividades. Os dados foram tabulados em planilhas no programa
Microsoft Office Excel 2007. O Teste de Qui-Quadrado (p<0,05), foi utilizado para verificar a
presença de diferenças significativas entre o pré e o pós-teste. Também foi desenvolvido um
manual voltado ao professor com esclarecimentos sobre invasões biológicas e sugestões de
atividades. Resultados e discussão. As atividades lúdicas proporcionaram momentos de
descontração e prazer, incertezas e exploração (2). A escola A obteve mudanças significativas
nas questões relacionadas ao conhecimento dos termos “nativo” e “exótico”, definição correta
de animal exótico e ao reconhecimento da espécie abordada. Os alunos da escola A não
demonstraram uma participação efetiva, motivando a reformulação das atividades para
aplicação às demais escolas. A escola B apresentou mudanças significativas nas questões
relacionadas ao conhecimento dos termos abordados e a definição correta de animal exótico. A
escola C mostrou mudanças significativas em todas as questões, além das citadas
anteriormente, os alunos identificaram os animais nativos do Brasil e interpretaram
corretamente uma charge disponível no questionário. A escola D obteve o mesmo desempenho
que a escola A. Na análise geral, foram observadas mudanças significativas em todas as
questões. Conclusão. As diferentes escolas analisadas responderam de maneiras diferentes à
atividade proposta, sendo observadas mudanças significativas após a reformulação destas.
Portanto, o trabalho de Educação Ambiental realizado pode ser considerado efetivo.
Referências:
1. Brand, Kobie. (2005). América do Sul invadida: a crescente ameaça das espécies exóticas invasoras. Gisp
(programa global de espécies invasoras), edição 1, Nairobi, pp. 1-80.
2. Santos, Luana M. M. dos. (2009). A importância de práticas de ensino criativas na Educação Ambiental. 8 de
novembro de 2009, Campus da Universidade Federal de Santa Catarina, VII Encontro Nacional de pesquisa em
educação em ciências (Enpec), Florianópolis, Brasil, pp. 1-9.
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