A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ZONA RURAL Adriana Sacioto Marcantonio1 RESUMO --- Na grande maioria dos estudos, a educação ambiental na zona rural parte de ações direcionadas ao ambiente escolar. Este trabalho vai abranger a questão da educação ambiental na zona rural a partir dos produtores rurais, ou seja, com aqueles que lidam diariamente no campo, exposto a riscos de contaminação por efluentes, agrotóxicos e outras fontes. A forma de abordagem será através de encontros de produtores ligados ao Sindicato Rural dos seus municípios. O principal objetivo é contribuir com programas e projetos de desenvolvimento rural sustentável, disseminando e coordenando atividades ligadas à gestão ambiental, procurando integrar políticas governamentais que envolvam a participação direta das comunidades, e procurando fortalecer a capacidade técnica das instituições governamentais e das organizações da sociedade civil local organizada. ABSTRACT --- In most studies, environmental education in rural part of actions directed to the school environment. This paper will cover the issue of environmental education in the countryside from the farmers, ie, those who deal daily in the field, exposed to risks of contamination by sewage, pesticides and other sources. The form of approach will be through meetings of producers related to the Rural Union of its municipalities. The main objective is to contribute to sustainable programs and rural development projects, disseminating and coordinating activities related to environmental management, seeking to integrate government policies involving the direct participation of communities, seeking to strengthen the technical capacity of government institutions and civil society organizations organized site. Palavras-Chave: meio ambiente. educação ambiental. 1) Pesquisador Científico – APTA – SAA, Pólo Regional do Vale do Paraíba, Av. Prof. Manoel César Ribeiro, 1920, 12411-010, Pindamonhangaba – SP. E mail [email protected] 1. INTRODUÇÃO Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e a sua sustentabilidade (Brasil, 1999). A educação ambiental é um campo de conhecimento em formação, permeado por contradições (Medina, 2001), longe de ser uma atividade tranquilamente aceita e desenvolvida por implicar mudanças profundas. Quando bem realizada, alcança mudanças de comportamento pessoal, de atitudes e de valores de cidadania que podem ser fortes consequências sociais. Isso acontece porque comportamento “ambientalmente correto” é aprendido na prática do cotidiano, através de gestos de solidariedade, hábito de higiene pessoal e dos diversos ambientes etc. (Brasil, 2001). Os impactos das intervenções humanas nos recursos naturais é mais importante que o suprimento em produtos para o desenvolvimento, tendo em vista que a sobrevivência humana e inclusive, o próprio processo de desenvolvimento, dependem dos recursos naturais. Além disso, é possível conciliar produção com a conservação dos recursos naturais (Gliessman, 2000; Altieri, 2002). 2. OBJETIVOS Este estudo tem como principal objetivo contribuir com programas e projetos de desenvolvimento rural sustentável, disseminando e coordenando atividades ligadas à gestão ambiental, procurando integrar políticas governamentais que envolvam a participação direta das comunidades, e procurando fortalecer a capacidade técnica das instituições governamentais e das organizações da sociedade civil local organizada. 3. ÁREA DE ESTUDO A área de estudo será a zona rural do município de Pindamonhangaba, abrangendo a área dos bairros Ribeirão Grande e Piracuama. A Intervenção será feita através de abordagens das lideranças locais, que possam indicar algumas soluções para os problemas identificados, sugerindo, também, formas de conciliar geração de renda, recursos naturais, qualidade de vida e meio ambiente. 4. METODOLOGIA 4.1. Oficinas de Comunicação Comunitária: estas oficinas têm como objetivo estimular e intervir na organização da implantação do sistema de comunicação do território para que as comunidades rurais, organizações sociais e instituições parceiras envolvidas no processo, possam ter espaço nos meios de comunicação para divulgarem suas atividades e aos temas relacionados à implantação de modelo de desenvolvimento rural sustentável. Serão realizadas oficinas com a finalidade de promover a sensibilização, conscientização e motivação do público a respeito da problemática ambiental rural para a evolução e integração das comunidades envolvidas para a promoção do Associativismo nas comunidades rurais. 4.2. Implantação de um Banco de Dados: Será proposta a implantação de um Banco de Dados, com o objetivo de reunir informações existentes da Produção Familiar do Território sobre organização social, educação, saúde, infraestrutura, turismo, propriedade, sistemas de produção, meio ambiente, etc. 4.3. Agência de Desenvolvimento Sustentável: Será proposta a criação de uma agência para a implementação de projetos sustentáveis de base comunitária que possam contribuir com a melhoria da produção, alimentação e renda das comunidades de pequenos produtores rurais carentes. 4.4. Capacitação de Lideranças: As lideranças identificadas serão capacitadas, com as seguintes temáticas: Associativismo e Cooperativismo (Ação Solidária e Alternativa Planejamento Econômica Participativo, na Comunidade), Comunicação Gestão Ambiental Comunitária e Rural, Ecoturismo Comunitário Sustentável. BIBLIOGRAFIA ALTIERI, M. Agroecologia: bases cientificas para uma agricultura sustentável. Guaiba: Agropecuária, 2002. 592p. o BRASIL. Ministério da Educação. MEC; Ministério do Meio Ambiente. MMA. Lei n 9.795, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. 1999. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm>. Acesso: 25/04/2014. BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente/saúde. Secretaria da Educação Fundamental 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001. 128p. GLIESSMAN, S.R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: UFRGS, 2000. 653p.