EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA: A REALIDADE DO SETOR PÚBLICO E PRIVADO – ESTUDO DE CASO Paulo Afonso Arrais de Morais Moreira 1 Leandro Morais e Silva 2 Marta Pereira da Luz 3 Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental Av. Universitária, nº 1440 – Setor Universitário – Fone: (62) 3946-1351 CEP: 74.605-010 – Goiânia – GO. RESUMO A presente pesquisa foi desenvolvida em duas escolas de ensino fundamental, com alunos entre 3 e 14 anos de idade, sendo uma pública, na qual denominamos de Escola A, e outra privada denominada Escola B, localizadas na Região Metropolitana de Goiânia. O objetivo da pesquisa foi diagnosticar a visão dos professores, assim como suas características básicas de formação e perfil social e as correlacionar com os fatores que interferem no processo de Educação Ambiental (EA) vigente na instituição de ensino público e privado para comparar o ambiente escolar desses dois casos avaliados. Para realização da pesquisa, foi aplicado um questionário com doze questões abordando a prática da EA, Desenvolvimento Sustentável (DS), problemas ambientais e as leis que reforçam a introdução da EA na estrutura curricular, para uma amostra de onze professores da Escola A e dez professores da Escola B. Conforme os resultados obtidos, a EA já faz parte da estrutura curricular das duas instituições. O perfil e qualificação dos professores das duas escolas trazem semelhança. A diferença entre as duas escolas está relacionada ao espaço físico e condições financeiras. A Escola B possui recursos financeiros suficientes, é uma instituição melhor estruturada com mais facilidades para desenvolver projetos. A escola A não possui recursos financeiros e as condições físicas do estabelecimento encontram-se prejudicadas. No entanto, percebeu-se que os professores da Escola A, com todas as dificuldades enfrentadas e os recursos escassos, parecem mais preparados e com maior disposição para desenvolverem os conteúdos e as atividades propostas sobre EA. Palavras-chave: Educação Ambiental, Escola, Estrutura Curricular, Desenvolvimento Sustentável 1 Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás. ([email protected]) Orientador, Prof. MSc. Leandro Morais e Silva, Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás – UCG e Silva. ([email protected]). 3 Co-orientadora, Prof. Dra. Marta Pereira da Luz, Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás – UCG, - ([email protected]) 2 ABSTRACT This search was developed in two elementary schools with students between 3 and 14 years old. The School A is public and the School B is private, both of them located in the metropolitan region of Goiânia. It’s a descriptive search that aims to diagnose the teachers’ point of view, their social profile characteristics and correlate with the factors that interfere in the environmental education (EE) process to compare the both schools environments. A questionnaire with twelve open and closed questions was used to get information about the environmental education practice, sustainable development (SD), environmental problems and laws which reinforce the introduction of EE in the curricular structure. Eleven teachers answered the questionnaire in the School A. In the School B, ten teachers answered it. The results showed that the curricular structure of both schools has the EE included on it and the teachers profiles and qualification are similar. The most difference between them is related to the physical and financial conditions. The School B has enough financial resources and has better conditions to develop nice EE projects. Unlikely, the School A doesn’t have enough financial resources and its physical conditions are damaged. However, with all these negative points, the teachers from School A seem more prepared and available to develop contents and activities related to the EE. Key-words: Environmental education, school, curricular structure, sustainable development. 3 1 INTRODUÇÃO O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. São comuns, atualmente, a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente. Dentro deste contexto, é clara a necessidade de se mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável, processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades das gerações atuais (ANDRADE, 2001), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos junto à qualidade de vida de todos. O papel da Educação Ambiental (EA) para a sustentabilidade deve ser alimentada com todas as formas de pensamento, em busca de um bem comum. Preparar o indivíduo para que ele perceba que as relações sociais e econômicas, socialmente construídas pela humanidade, devem ser justas e considerar a Terra a partir da finitude dos seus recursos naturais existentes. Nesse sentido, a escola é um agente social na promoção de novos valores éticos, de transformação de utopias em ações alternativas concretas e viáveis. A Educação Ambiental deve ser tratada como uma componente essencial no processo de formação e de educação permanente da sociedade, possuindo uma abordagem direcionada para a resolução de problemas e contribuindo para o envolvimento ativo do público. Desta maneira, deve ser considerada como o sistema educativo mais relevante e mais realista para se estabelecer uma maior interdependência entre estes sistemas, o ambiente natural e o social, tendo como objetivo o desenvolvimento de um crescente bem estar das comunidades humanas (ROSA, 2001). As finalidades desta educação para a humanidade foram determinadas pela UNESCO após a Conferência de Belgrado realizada em 1975: {...} Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam (UNESCO, 1999). 4 Vigotski1 apud Bock (2002) relatam que as mudanças ocorridas em cada um de nós têm sua raiz na sociedade e na cultura, sendo a escola o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de aprendizagem e de socialização. O que nela se faz representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática durante o cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Considerando a importância da temática ambiental para desenvolvimento do senso crítico e da construção de um saber ambiental, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e as suas conseqüências para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e para o meio ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. Para tanto, o objetivo deste trabalho é diagnosticar a visão dos professores, assim como suas características básicas de formação e perfil social, e as correlacionar com os fatores que interferem no processo de Educação Ambiental vigente nas instituições de ensino pública e privada avaliadas, sendo estas localizadas na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). A partir dos resultados obtidos, será possível comparar o ambiente escolar desses dois casos avaliados. No que tange o processo de Educação Ambiental, vale lembrar que este trabalho, como estudo de caso, limita-se à ótica das duas instituições de ensino avaliadas e não poderá ser um modelo de funcionamento considerado generalizado do sistema. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 O Homem e o Meio Ambiente Durante toda a trajetória da humanidade, a ocupação e o uso espacial da terra aconteceu com a utilização dos recursos naturais e destes depende a sua sobrevivência. No entanto, os problemas ambientais só começaram a ser identificados como sendo impactantes ____________________ 1 REFERÊNCIA VIGOTSKI 5 a partir de dois fatores básicos: a revolução industrial, ocorrida a partir da metade do século XVIII, por volta do ano de 1750, produzida pela passagem do artesanato e da manufatura à fábrica, pela criação das máquinas de fiar (tear mecânico), o que ocasionou uma grande mudança no processo de produção. O outro fator que causou grande impacto ao meio-ambiente foi a organização urbana, representada pelas construções das grandes cidades, sem nenhum planejamento, originadas com a revolução industrial. Neste contexto, Geddes2 apud Dias (2002), considerado o “pai” da educação ambiental, já expressava a sua preocupação com os efeitos da Revolução Industrial iniciada em 1779 na Inglaterra e pelo seu desencadeamento no processo de urbanização com conseqüências para o ambiente natural. Atualmente, a maior parte da população humana vive em ecossistemas urbanos, influenciando toda a biosfera. As cidades atraem cada vez mais pessoas, sendo que a população urbana mundial aumenta cerca de 70 milhões todos os anos. Os seres humanos constituem uma espécie majoritariamente urbana, sendo que mais de 70% das populações dos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental e Japão são urbanas, cerca de 74% na América Latina e 81% no Brasil (DIAS, 2002). Percebe-se que a humanidade não tem o devido cuidado com o planeta, nem com os seres que nele vivem. A ocupação desordenada do solo e a pressão exercida sobre os recursos naturais têm provocado grandes impactos na natureza, a partir da retirada da cobertura vegetal, contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada, aterramento de margens de rios, riachos, assoreamentos dos mananciais, queimadas e outros. Ao contrário de outros seres vivos, que possuem seu crescimento controlado pela simbiose das cadeias alimentares, a espécie humana tem dificuldade em estabelecer o seu limite de crescimento, assim como para relacionar-se com outras espécies e com o planeta. Essa é a fronteira entre o conhecimento e a ignorância humana sobre o Planeta Terra (PÁDUA & TABANEZ, 1997). Considerando essa dificuldade do homem conviver de forma equilibrada com o meio ambiente, em 1972 um estudo do Clube de Roma entidade formada por intelectuais e ____________________ 2 REFERÊNCIA GEDDES 6 empresários que não eram militantes ecologistas, incentivou o surgimento das discussões a respeito da preservação dos recursos naturais do planeta Terra, apontando pela primeira vez “Os Limites do Crescimento”, que relacionavam quatro grandes questões que deveriam ser solucionadas para que se alcançasse a sustentabilidade: controle do crescimento populacional, controle do crescimento industrial, insuficiência da produção de alimentos e o esgotamento dos recursos naturais (CAMARGO, 2002). Após a publicação da obra “Os Limites do Crescimento” pelo Clube de Roma em 1972, este conceito toma um grande impulso no debate mundial, atingindo o ponto culminante na Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, naquele mesmo ano. A idéia de um novo modelo de desenvolvimento para o século XXI, compatibilizando as dimensões econômicas, sociais e ambientais, surgiu para resolver, como ponto de partida no plano conceitual, o velho dilema entre crescimento econômico e redução da miséria, de um lado, e preservação ambiental de outro. O conflito vinha, de fato, arrastando-se por mais de vinte anos em hostilidade contra o movimento ambientalista, enquanto este, por sua vez, encarava o desenvolvimento econômico como naturalmente lesivo aos empresários, como aos seus agentes mais representativos (CAMARGO et. al, 2004). Em 1987, a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, na Noruega, elaborou um documento denominado “Nosso Futuro Comum” também conhecido como Relatório Brundtland, onde os governos signatários se comprometiam a promover o desenvolvimento econômico e social em conformidade com a preservação ambiental. (CAMARGO, 2002). Nesse relatório foi elaborada uma das definições mais difundidas do conceito: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”. Quatro décadas depois, a destruição das florestas, a degradação ambiental e a poluição aumentaram de forma vertiginosa, gerando o aquecimento do planeta pelas emissões de gases causadores do efeito estufa. O desenvolvimento sustentável se mostra pouco duradouro, porque não é considerado ecologicamente sustentável. Tanto o Relatório Brundtland quanto os demais documentos sobre o Desenvolvimento Sustentável produzidos pelo Clube de Roma, foram fortemente criticados porque creditaram a situação de insustentabilidade do planeta, principalmente, à condição de descontrole da população e à miséria dos países do Terceiro Mundo, efetuando uma crítica muito branda à poluição ocasionada durante os últimos séculos pelos países do Primeiro Mundo (GONÇALVES, 2005). 7 Em 1997, na cidade japonesa de Kioto, foi assinado um acordo por 189 nações, chamado Protocolo de Kioto, que se comprometeram em reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa em 5%, na comparação com os níveis de 1990. O principal alvo é o dióxido de carbono (CO2). Especialistas acreditam que a emissão desenfreada desse e de outros gases esteja ligada ao aquecimento global, fenômeno este que pode ter efeitos catastróficos para a humanidade durante as próximas décadas. O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005 e prevê que suas metas sejam atingidas entre 2008 e 2012. A principal crítica ao Protocolo de Kioto é que as metas instituídas representam pouco na luta contra o aquecimento global, causando um impacto pequeno na mudança do panorama atual. Hoje, diante do fracasso dos esforços para deter o aquecimento global, surge novamente a consciência dos limites do crescimento e a chamada ao decrescimento. Neste sentido têm-se observado ao longo das décadas comportamentos específicos por parte da sociedade e respostas político-econômicas variadas, conforme Figura 1. Muitos acidentes causando poluição Chaminés fumacentas símbolos de Rápido crescimento industrial Atuação de grupos ambientalistas esperança contra o desemprego e a miséria Poucas leis ambientais Pouca ação das autoridades Aumento do interesse por aspectos qualitativos da vida, como a pureza da água e do ar Nova legislação Consciência pública limitada anos 50 Aumento da consciência pública anos 60 - 70 Incidentes com poluição do solo e disposição de resíduos Criação de selos verdes e surgimento da idéia de “ciclo de vida” dos produtos Intensificação na criação de selos verdes em vários países Conceito de desempenho ambiental dos produtos Regulamentos para rótulos ecológicos, Aumento crescente da legislação ambiental existente Aumento da consciência ambiental eco-auditorias Meio ambiente versus desenvolvimento sustentável Aumento da consciência ambiental anos 80 anos 90 ..... Figura 1: Quadro evolutivo das questões ambientais Fonte: Bertolino, 2007. www.universidadeabertasantosdumont.com.br, acesso em 03 set 2008 Desta maneira, mundialmente, observa-se que nos anos 50, a prioridade era em combater o desemprego e a miséria. Não havia preocupação, nem da população e nem das autoridades, com as questões ambientais. Houve um rápido crescimento industrial, nos anos 60 e 70, surgindo a atuação de grupos ambientalistas que demonstraram interesse pela qualidade de vida e os cuidados com a água e o ar. Foi criada uma nova legislação objetivando o aumento da consciência pública, em relação aos problemas ambientais. 8 Já nos anos 80, ocorreram muitos acidentes causando poluição do solo e disposição de resíduos. Com isto, surge a idéia de criação de selos verdes a fim de incentivar os produtores a respeitar o meio ambiente e aumentar a consciência ambiental. Nos anos 90, percebe-se um aumento da consciência ambiental e discussões em todo o mundo sobre desenvolvimento sustentável. Há intensificação da valorização de produtos ecologicamente corretos e com isto o aumento da criação de selos verdes. Neste contexto, faz-se necessária a constante busca para se atingir um novo estilo de vida, uma necessidade de mudança do comportamento humano em relação à natureza, no sentido de promover um modelo de desenvolvimento sustentável, baseado numa ética global, regida por valores humanitários harmonizadores. O papel da educação atual, se não for o de resgatar o ser humano, será nenhum, especialmente o da chamada Educação Ambiental, pois esta só foi criada pelo reconhecimento da ineficácia da educação. Não se consegue ver relevância em qualquer atividade de Educação Ambiental que não foi conduzida às pessoas para essa reflexão (DIAS, 2002). 2.1 Educação Ambiental 2.2.1 Conceito O Conceito de EA vem se aprimorando ao longo do tempo, assim como outros conceitos que tratam da relação do homem com o meio ambiente, tal como o desenvolvimento sustentável, e se adaptando à realidade social que o homem se encontra. Desta forma, diversos autores conceituam a EA a partir da função que se atribuem à esta nomenclatura, destacando-se alguns destes autores. Para Antunes (2004), a EA baseia-se em uma prática de educação para a sustentabilidade, sendo a tradução das relações humanas com o ambiente. É também um processo contínuo de ajuda ao ser humano na identificação dos sintomas e das causas reais dos problemas ambientais. Procura ainda desenvolver conhecimentos, aptidões, atitudes, motivações e a disposição necessária para o trabalho individual e coletivo na busca de soluções. Já para Morales (2004), a EA é a condição básica para alterar um quadro crítico, perturbador e desordenado recheado de crescente degradação sócio-ambiental, mas que só ela não é suficiente para tanto. Portanto, não deve ser vista como o único caminho a ser trilhado, porém ela interrompe como mais um importante caminho, de mediação entre a 9 relação sociedade x natureza, buscando construir uma sociedade sustentável que privilegie a racionalidade e o saber sócio-ambiental. Na concepção de Medina (1999), a Educação Ambiental visa a construção de relações sociais, econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças, como por exemplo, minorias étnicas, populações tradicionais, assim como a perspectiva da mulher e a liberdade para decidir entre os caminhos alternativos de desenvolvimento sustentável, sempre respeitando os limites dos ecossistemas, que são substrato de nossa própria possibilidade de sobrevivência como espécie. Para Sauvé (2002), a Educação Ambiental visa a induzir dinâmicas sociais, de início na comunidade local e, posteriormente, em redes mais amplas de solidariedade, promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma compreensão autônoma e criativa dos problemas que se apresentam e das soluções possíveis para eles. De acordo com a Lei nº 9795/99 que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental (ANDRADE, 2001) no seu artigo 1º, entende-se por educação ambiental o processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Portanto, a Educação Ambiental pode ser entendida como um processo participativo, no qual o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente do diagnóstico de problemas ambientais buscando as suas soluções, sendo preparado como agente transformador das atuais condutas populares, através do desenvolvimento de habilidades e da formação de atitudes, ou através de uma conduta ética condizente ao exercício da cidadania. Nesta temática, a EA constituiu-se em uma forma abrangente de educação, cuja proposta visa atingir todos os cidadãos, com um processo pedagógico e participativo permanente, procurando incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais (SOUSA, 2007). Segundo Philippi (2001), a Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa das espécies que habitam o planeta com o meio ambiente. É preciso considerar que a natureza não é fonte inesgotável de recursos e suas reservas são finitas, devendo ser utilizadas de maneira racional, evitando-se o desperdício e 10 considerando-se a reciclagem como processo vital. As demais gerações merecem nosso respeito, sendo a manutenção da biodiversidade fundamental para a nossa sobrevivência. 2.2.2 Eventos Históricos de Educação Ambiental As reflexões emergentes sobre o desenvolvimento econômico, associadas a uma grande intervenção no meio ambiente, transformaram os anos 60 num período pródigo de reflexões e eventos relacionados com a questão ambiental. A partir do livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa”, referindo-se ao som do silêncio causado pela ausência de insetos e de pássaros na primavera, promoveu-se uma discussão na comunidade internacional relacionando-se a diminuição da qualidade de vida, com o uso exacerbado de produtos de síntese química na produção agrícola, contaminando os alimentos e deixando resíduos no meio ambiente (ROSA, 2001). Os problemas ambientais já mostravam a irracionalidade do modelo econômico vigente, mas ainda não se falava em Educação Ambiental. Em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele Inglaterra, colocou-se pela primeira vez a expressão “Educação Ambiental”, com a recomendação de que esta deveria se tornar parte essencial da educação de todos os cidadãos (LEONARDI, 2002). Em 1968, foi criado o Clube de Roma e publicado o livro de Ehrlich, ”Population Bomb”, que, segundo Cohen e Leff apud Andrade (2001) expunham de forma contundente a interferência da explosão demográfica sobre o meio ambiente. Ainda nesse ano, foi instituído na Grã-Bretanha o Conselho para Educação Ambiental dos Países Nórdicos e França, cujas políticas educacionais introduziram esta temática nos currículos das suas escolas. Ao final do ano, a UNESCO havia relacionado 79 países que já incluíam a EA nos seus currículos escolares (LEONARDI, 2002). Em 1972, acontece na Suécia a Conferência de Estocolmo na qual a Educação Ambiental passou a ser considerada como campo de ação pedagógica, adquirindo relevância e vigência internacionais. Os representantes de 113 países participantes da Conferência declaravam a necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns para a preservação e melhoria do ambiente humano. Como orientação aos governos, estabeleceu-se ________________________ 3 REFERÊNCIA COHEN e LEFF 11 o Plano de Ação Mundial que recomendou um Programa Internacional de Educação Ambiental. Já em 1974, aconteceu em Haia-Holanda o I Congresso Internacional de Ecologia cuja principal discussão girou em torno da redução da camada de ozônio. Nesta atmosfera, as discussões em relação à natureza da Educação Ambiental passaram a ser desencadeadas e os acordos foram posteriormente reunidos nos Princípios de Educação Ambiental, sendo estabelecidos no Seminário de Educação Ambiental realizado em 1974, em Jammi- Finlândia. Esse seminário considerou que a Educação Ambiental não se trata de um ramo da ciência ou uma matéria de estudos separada, mas permitia alcançar os objetivos de proteção ambiental através de um plano de ações integrais e permanentes. Em 1975, no Congresso de Belgrado foram estabelecidas as metas e os princípios da Educação Ambiental, presentes na chamada Carta de Belgrado, um documento histórico na evolução do ambiente. Também foi proposto, neste mesmo instante, que a Educação Ambiental deveria ser contínua, multidisciplinar, integrada às diferenças e voltadas para os interesses nacionais, cujos princípios orientaram o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA). Porém, se existe uma referência para aplicação da Educação Ambiental, esta se encontra nos documentos finais da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, realizada em 1977 na Geórgia, ex-União Soviética. Foi deste encontro que saíram as definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação Ambiental adotadas mundialmente até os dias atuais. Passados dez anos da Conferência de Tbilisi, realizou-se o Congresso Internacional sobre a Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente (1987), em Moscou - Rússia, promovido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e cultura). No texto final deste Congresso, "Estratégia Internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90", ressalta-se a necessidade de fortalecer as orientações de Tbilisi. A ênfase é colocada na necessidade de atender prioritariamente à formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino. Vinte anos após a Conferência de Estocolmo, quinze depois de Tbilisi e cinco depois de Moscou, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92), que se transformou num momento especial para a evolução da Educação Ambiental. Além dos debates oficiais, foram marcantes dois entre os incontáveis 12 eventos paralelos: a "1ª Jornada Internacional de Educação Ambiental", um dos encontros do Fórum Global que atraiu cerca de 600 educadores do mundo todo, entre 179 países que firmaram um acordo conhecido como Agenda 21 (ECO-92), sendo um plano estratégico de ação para a promoção de um novo padrão mundial de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica; o "Workshop sobre Educação Ambiental" organizado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) destacou, dentre outros pontos, que deve haver um compromisso real do poder público federal, estadual e municipal para se cumprir a legislação brasileira visando à introdução da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e também propôs o estímulo a participação das comunidades direta ou indiretamente envolvidas e das instituições de ensino superior. Em 1997, cinco anos depois da Conferência Rio-92, realizou-se uma primeira reunião internacional (não- oficial) no Rio de Janeiro, Rio +5, com a finalidade de verificar os avanços realizados a partir da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Portanto, existe a necessidade de incrementar os meios de informações e o acesso a estes meios, bem como o papel do poder público nos conteúdos educacionais como forma de alterar a degradação socioambiental e promover o crescimento da consciência ambiental. 2.3 A Inclusão Curricular da Educação Ambiental A nova Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (PHILIPPI, 2001) vêm conferir uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que este seja considerado como Educação Básica. A reforma curricular do Ensino Médio estabelece uma divisão do conhecimento escolar em áreas, pois entende que os conhecimentos estão cada vez mais imbricados aos conhecedores, seja no campo técnico-científico, seja no âmbito do cotidiano da vida social. Esta organização em áreas tem como base a reunião daqueles conhecimentos que compartilham objetos de estudo, portanto, se comunicam mais facilmente, criando condições para que a prática escolar se desenvolva numa perspectiva de interdisciplinaridade. As áreas do conhecimento são: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias (OLIVA & MUHRINGER, 2001). Neste sentido, foram criados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), como referência nacional na área de Educação, tratando-se pela primeira vez oficialmente no 13 Brasil a Educação Ambiental como um tema transversal, dando indicações de como incorporar a dimensão ambiental nos currículos do ensino fundamental. Os temas transversais permeiam toda a prática educativa que abarca relações entre os alunos, entre professores e alunos e entre diferentes membros da comunidade escolar (ROSA, 2001). Seus objetivos visam propiciar aos sistemas de ensino, particularmente aos professores, subsídios à elaboração e/ou reelaboração do currículo na construção do projeto pedagógico. Pois um trabalho com essa perspectiva aponta uma transformação na prática pedagógica, mudando a atuação dos professores às atividades pedagogicamente formalizadas e amplia a responsabilidade com a formação e cidadania dos alunos. Enquanto a interdisciplinaridade busca integrar as diferentes disciplinas através da abordagem de temas comuns em todas elas, os temas transversais permeiam todas as áreas para ajudar a escola a cumprir seu papel maior de educar os alunos para a cidadania. Isto quer dizer que a adoção dos temas transversais pode influir em todos os momentos escolares, desde a definição de objetivos e conteúdos até nas orientações didáticas. Com eles, pretende-se que os alunos cheguem a correlacionar diferentes situações da vida real e a adotar a posturas mais críticas (LEONARDI, 1999). . Nesse momento, a Educação Ambiental está vendo reforçada sua importância no ensino formal por dois caminhos: a reorientação curricular produzida pelo Ministério da Educação e Cultura-MEC, que por meio dos PCN’s, introduziu o tema Meio Ambiente como um dos temas transversais; a introdução da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, oficializada por meio da Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999, que entre outras coisas, legisla sobre a introdução da Educação Ambiental no ensino formal (OLIVA & MUHRINGER, 2001). A introdução da questão ambiental nos currículos, intitulados como PCN-Meio Ambiente, desencadeará diversos processos de sensibilização em relação à questão ambiental, por meio de atividades planejadas que permitam a inserção progressiva das crianças no meio local, regional, nacional e internacional, de forma progressiva. Deve responder aos interesses e motivações dos alunos, propiciando-lhes aquisição de conhecimentos científicos e técnicos e atitudes éticas, para que possam participar de modo eficaz na gestão dos processos de desenvolvimento de sua comunidade (OLIVA & MUHRINGER, 2001). Sendo assim, por ser um processo duradouro, a Educação Ambiental pode ajudar a tornar mais relevante a educação geral, a começar pelo ensino fundamental. Esta pode ser 14 considerada como uma base na qual se desenvolvam novas maneiras de viver sem destruir o meio ambiente, ou seja, um novo estilo de vida. É possível disseminar entre crianças e os jovens uma nova consciência e atitudes com relação ao cuidado com o Planeta que habitamos, começando pela nossa casa, escola, bairro e cidade, pois a Educação Ambiental caracteriza-se por incorporar as dimensões éticas, sócio-econômicas, políticas, culturais e históricas no processo de Ensino e de Aprendizagem. Para Vigotski apud Bock (2002), a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A criança humaniza-se através do contato com a cultura, que é mediado pelo “outro” (outra pessoa, o ambiente escolar, etc.). O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita um grande avanço no desenvolvimento e no processo de aprendizagem da criança. Portanto a Educação Ambiental, no universo escolar formal, deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar 2.4 Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável A Educação Ambiental é uma ferramenta de aprendizagem para o desenvolvimento sustentável, apesar de ser polêmico essa dicotomia entre “desenvolvimento e sustentabilidade”, tendo em vista ser o próprio desenvolvimento o causador de tantos danos sócio-ambientais (ANTUNES, 2004). Para Dias (2002), o Desenvolvimento Sustentável consiste no uso racional dos recursos naturais, para produzir e desenvolver a sociedade, sem comprometer o capital ecológico do planeta. O desenvolvimento econômico e o bem-estar do homem dependem dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável é impossível de ser alcançado se for permitido que a degradação ambiental continue. Para o balanceamento desta equação faz-se necessário o correto manejo dos recursos naturais de forma eficiente e sustentada, sendo suficientes para atender as necessidades dos atuais seres vivos e preservando uma quantia necessária para as futuras gerações. A sustentabilidade no tempo das civilizações humanas, segundo Sachs (2004), vai depender da sua capacidade de se submeter aos preceitos de prudência ecológica e de fazer _____________________ 4 REFERÊNCIA VIGOTSKI 15 um bom uso da natureza. É por isso que falamos em desenvolvimento sustentável. A rigor, a adjetivação deveria ser desdobrada em socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente sustentado. Ainda sobre a questão do desenvolvimento sustentável, Oliva e Muhringer (2001) ressaltam que não se pode haver desenvolvimento e crescimento econômico de modo a gerar na natureza sobrecargas insustentáveis para a vida em geral e para o próprio processo econômico que se alimenta de recursos naturais. Desta maneira, o mundo toma consciência de que as maiores ameaças à sobrevivência da espécie humana são as mudanças climáticas em curso e os padrões insustentáveis de produção e consumo, que já superam a capacidade de reposição do nosso planeta. O problema é como disseminar essa informação para a população, de modo que se cobre dos governantes a elaboração de políticas e programas que enfrentem essas grandes questões. Estas mudanças climáticas estão trazendo secas mais intensas, inundações, furacões, dificuldades no abastecimento de água e outras alterações ambientais. É o momento de repensar o consumo de combustíveis fósseis como o petróleo, carvão e gás, para a diminuição da emissão de gases poluentes e não favorecer as mudanças climáticas. Temos de poupar as matérias primas não renováveis e reciclá-las para não sobrecarregarmos o planeta, assim como é preciso informar e educar as pessoas. A educação ambiental é decisiva, pois mostra que há outros modos de viver, preservando a biodiversidade, a água, os recursos naturais e os seres vivos. Se a Educação Ambiental avançar como é preciso, a sociedade aprenderá a discutir esses temas com a devida apreciação dos políticos e dos governantes, transformando em questões prioritárias (NOVAES, 2006). Portanto, a noção de sustentabilidade implica em uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de desenvolvimento (ANTUNES, 2004). Nesse contexto, segundo Leonardi (1999), a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, na mudança de comportamento, no desenvolvimento de competências, na capacidade de avaliação e na participação dos educandos. Para Pádua e Tabanez (1998), a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente. 16 O desafio é o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, em dois níveis: formal- aquela que está diretamente ligada à Educação Ambiental tal como ela se apresenta nos PCNs de meio ambiente: relação ser humano-natureza; sociedade e cultura; concepção da educação e do conhecimento e não formal- a educação que se destina à comunidade como um todo, atividades educacionais que estão voltadas mais para tecnologias, como por exemplo: digitação eletrônica, pintura, aula de violão, horta e outras . Assim, a educação ambiental deve buscar uma visão holística de ação, relacionando o homem, a natureza e o universo em uma perspectiva na qual os recursos naturais são finitos e que o principal responsável pela sua degradação é o próprio ser humano. 3 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva que atende aos pré-requisitos de um estudo de caso. A pesquisa descritiva permite uma análise do problema da pesquisa em relação aos aspectos sociais, econômicos, políticos, percepção de diferentes grupos, comunidades, entre outros aspectos. E o estudo de caso se preocupa em estudar um determinado indivíduo, família ou grupo para investigar aspectos variados ou um evento específico da amostra. Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema Educação Ambiental para fundamentar os objetivos pretendidos neste artigo. Dentro do tema pesquisado, foram aprofundados diversos assuntos como Desenvolvimento Sustentável, modelo econômico, problemas ambientais e as leis que reforçam a introdução da EA na grade curricular, pelo Ministério de Educação e Cultura, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN’s e da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA. Para coleta de dados foi realizada uma pesquisa com professores de duas escolas de ensino fundamental, sendo uma escola pública e uma privada, localizadas na Região Metropolitana de Goiânia (RMG), conforme apresenta a Figura 2. Para preservar a identidade das Escolas, as identificamos como Escola A (pública), Escola B (privada). Após a definição das escolas a serem pesquisadas, elaborou-se um questionário, em anexo, com 12 questões fechadas e abertas sobre projeto de Educação Ambiental na estrutura curricular das duas escolas e as atividades desenvolvidas pelos professores, abordando a consciência ambiental e o desenvolvimento sustentável. 17 Figura 2- Mapa da Região Metropolitana de Goiânia O primeiro passo foi visitar as escolas, conversar com as coordenadoras, explicar o objetivo do trabalho, solicitar a autorização para realização da pesquisa e agendar a segunda visita. O passo seguinte foi a aplicação dos questionários e observação in loco da prática de Educação Ambiental, bem como a análise de livros didáticos e algumas buscas na internet. Participaram da pesquisa 11 professores da escola Pública (A) representando uma amostra de 37% do total de profissionais daquela instituição de ensino e 10 professores da escola particular (B) representando uma amostra de 28%. Após a coleta e seleção dos dados, estes foram tratados e analisados quantitativamente e qualitativamente para verificar a diferença entre as duas escolas, na sua forma de trabalhar a Educação Ambiental na estrutura curricular. 18 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A apresentação e discussão dos resultados seguirão a linha dos recursos disponíveis após análise dos questionários respondidos pelos professores, das entrevistas com as coordenadoras e das observações in loco. O modelo do questionário utilizado encontra-se no anexo A. A Escola pública denominada, nesta pesquisa, por Escola A, é uma escola municipal, possui 370 alunos com idade entre 5 e 14 anos e 29 professores dos quais 11 responderam o questionário, representando uma amostra de 37%. A Escola particular denominada nesta pesquisa, por Escola B, possui 1690 alunos com idade entre 3 e 14 anos, 35 professores dos quais 10 responderam o questionário, representando uma amostra de 28%. Traçou-se um perfil dos professores, que participaram da pesquisa, com relação a sexo, idade, escolaridade e tempo de atuação na área, como se pode verificar nas tabelas e gráficos de 01 a 04. Gráficos 1 e 2: Sexo dos professores que participaram da pesquisa. Escola B Escola A 0% 0% Feminino Feminino Masculino Masculino 100% 100% Gráfico 1 Gráfico 2 Conforme gráficos 1 e 2, tanto na Escola A quanto na escola B 100% dos professores que participaram da pesquisa são do sexo feminino, demonstrando assim a predominância desse sexo nos professores de Ensino fundamental. 19 Gráficos 3 e 4: Faixa etária dos professores Escola B Escola A Até 20 anos 20% 27% 21 a 30 anos 37% 21 a 30 anos 40% 31 a 40 anos 31 a 40 anos 36% Acima de 40 anos Gráfico 3 Até 20 anos 40% Acima de 40 anos Gráfico 4 Com relação a faixa etária dos professores, percebe-se que um percentual considerável de 37% da escola A e 40% da escola B possuem mais de 40 anos de idade, o que pode indicar um nível de maturidade maior. Gráficos 5 e 6 : Escolaridade dos professores Escola B Escola A 9% 37% 2°grau completo 2° grau completo 3º grau incompleto 3º grau incompleto 30% 3º grau completo Especialização 54% Mestrado Especialização 70% Mestrado Doutorado Gráfico 5 3º grau completo Doutorado Gráfico 6 Pode-se observar nos gráficos 5 e 6 que mais de 50% dos professores das escolas A e B possuem cursos de especialização e que 91% dos professores da escola A possuem o 3º grau completo e na escola B esse percentual é de 100%. Os professores das duas escolas têm boa formação escolar. Percebe-se ainda que na Escola A os professores continuam buscando aperfeiçoamento, como por exemplo o curso de mestrado, demonstrando maior qualificação. 20 Gráficos 7 e 8 : Tempo de atuação na área Escola A 18% 9% 64% 9% Escola B Menos de 1 ano 10% Menos de 1 ano 1 a 5 anos 1 a 5 anos 6 a 10 anos 30% 60% Acima de 10 anos Acima de 10 anos Gráfico 7 6 a 10 anos Gráfico 8 Os gráficos 7 e 8 demonstram o tempo de atuação na área. Tanto na Escola A quanto na Escola B mais de 60% dos professores atuam há mais de 10 anos. Esse dado é relevante considerando os graus de conhecimentos, habilidades e atitudes dos professores, adquiridos nesse período. Outros aspectos levantados na pesquisa mostram que a Escola A possui na sua grade curricular a Educação Ambiental, apesar de não ter recursos financeiros e nem patrocinadores para execução de projetos. De acordo com a coordenadora, a escola não tem área arborizada e nem coleta seletiva de lixo, apesar de ter espaço físico suficiente para viabilizar uma horta e área arborizada, conforme mostra as Figuras 3 e 4. A escola possui um convênio com a Associação de Combate ao Câncer em Goiás e com uma Indústria de refrigerantes que recolhe as garrafas PET, utilizadas pelos alunos, professores e funcionários. Figura 3: Coleta de lixo sem separação de papéis, plásticos e orgânicos da Escola A 21 Figura 4: Espaço físico da escola A Na escola A, 73% dos professores afirmaram que são incentivados e motivados para desenvolverem projetos de EA, 91% consideram importante a implantação da EA na grade curricular, 100% dos professores afirmam que sabem o que é EA, 91% afirmam que sabem o conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS), 100% confirmam que existem conteúdos relacionados à EA nos livros didáticos de ciências, português, biologia, geografia, história e inglês, porém alguns professores consideram os conteúdos superficiais e procuram inovar as propostas. Com relação ao desenvolvimento de projetos, 91% dos professores da Escola A, consideram que a escola desenvolve projetos de EA, como por exemplo o projeto “Proteger para Desfrutar” que trabalha a preservação, a redução de consumo e reciclagem. Os alunos fazem algumas visitas, esporádicas (devido a falta de recursos financeiros), em locais fora da escola como: Parque Areião, Parque Vaca Brava, Parque Mutirama, Jardim Zoológico, SANEAGO, Casa da Cultura Digital e Memorial do Cerrado. A escola utiliza outros meios para desenvolver com os alunos atividades sobre EA: teatro, desenhos, cartilhas, painéis educativos, vídeos, palestras, brincadeiras, músicas e debates. Como grande parte dos alunos moram próximo ao Rio Meia Ponte, a escola utiliza a realidade deles para exemplificar a degradação ao meio ambiente . A Escola B, também possui a EA na sua grade curricular de forma bem estruturada, possui recursos financeiros e patrocinadores para execução dos projetos. Tem área arborizada, coleta seletiva de lixo, horta e um espaço físico bem adequado, conforme demonstrados nas figuras 5, 6, 7 e 8. 22 Figura 5: Coleta seletiva de lixo da escola B Figura 6: Horta da escola B Figura 7: Área arborizada da escola B Figura 8: Área arborizada da Escola B Na escola B, 100% dos professores afirmaram que são incentivados e motivados para desenvolverem projetos de EA, 100% consideram importante a implantação da EA na grade curricular, 100% dos professores afirmam que sabem o que é EA, 100% afirmam que sabem o conceito de DS, 100% confirmam que existem conteúdos relacionados à EA nos livros didáticos de ciências, português, biologia, geografia, história e outros. Além dos livros didáticos, os professores trabalham com cartilhas, livros e textos específicos sobre EA. Quanto ao desenvolvimento de projetos, 100% dos professores da Escola B, consideram que a escola desenvolve projetos de EA, como: “Pesque uma idéia”, que está relacionado a coleta seletiva de lixo e o projeto “ Cerrado: preservação e conscientização”. Os alunos fazem viagens de estudo, excursões e passeios como: trilhas em chácaras, Parque Areião, Bio Parque Jaó, Bosque dos Buritis, Rios e Córregos, Jardim Zoológico, Fazenda Vagalume, Fazenda Santa Branca, Memorial do Cerrado e outros. A escola também utiliza outros meios para desenvolver com os alunos atividades sobre EA: teatro, desenhos, cartilhas, painéis educativos, vídeos, palestras, brincadeiras, músicas, coleta e separação de lixo. 23 Pode-se observar que o perfil e qualificação dos professores das escolas A e B traz semelhança com relação aos aspectos pesquisados: sexo, faixa etária, escolaridade e tempo de atuação na área. Tanto os profissionais da Escola A quanto da Escola B, possuem conhecimento sobre Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, de acordo com suas respostas. Sendo que na Escola A, os professores conceituaram EA e DS de uma forma mais adequada como por exemplo: “ Educação Ambiental é a mudança de hábitos e atitudes com o objetivo de preservar o meio ambiente”; “ EA é a educação voltada para o estudo dos biomas”; “EA visa conscientizar o homem a preservar o ambiente de forma sustentável, mudando de atitudes”; “ Desenvolvimento Sustentável é usufruir dos recursos naturais com responsabilidade de forma a manter o equilíbrio da natureza e preservar a vida”; “ DS consiste na busca do homem em atender suas necessidades presentes sem comprometer o meio ambiente, visando o crescimento econômico e social sem prejudicar a qualidade de vida do planeta”. Na Escola B, 50% dos professores conceituaram Educação Ambiental de forma menos elaborada: “EA é a conscientização e preservação do meio ambiente”; “EA é preparar os alunos para lidar e ter consciência de como cuidar do meio ambiente”. Já o conceito de Desenvolvimento Sustentável foi descrito de forma mais elaborada: “DS é tornar o planeta viável diante da quantidade de produtos (poluidores) que podem tornar o planeta insustentável”; “DS é aquele que possibilita o cumprimento dos objetivos do crescimento econômico e ao mesmo tempo garante a proteção do meio ambiente”. Apesar da maior parte dos professores conseguirem conceituar tanto EA quanto DS, percebeu-se que alguns deles, nas duas escolas, que afirmaram saber o significado, não souberam definir DS ou o fizeram de forma inadequada, demonstrando assim, que nem todos os professores têm conhecimento necessário para trabalhar a EA com seus alunos, necessitando de mais preparo por meio de cursos e treinamentos. Os professores das duas escolas consideram importante a inclusão da Educação Ambiental na grade curricular, encontram-se motivados para executarem os projetos, mesmo os profissionais da Escola A, que não tem recursos financeiros e nenhum tipo de patrocínio para o desenvolvimento desses projetos, mas apresentam vontade de fazer, procuram executar atividades diferentes com os alunos, reforçar o conteúdo dos livros didáticos, inovar propostas de acordo com suas possibilidades, como por exemplo: dar aula sobre a preservação do cerrado, apresentando diversas frutas típicas; passear nas ruas próximas a escola, para mostrar os riscos que os lixos espalhados trazem para a saúde das pessoas, pela falta de conscientização e educação. 24 Analisando a Escola B, percebe-se que é uma instituição bem estruturada, com mais de 1600 alunos de classe média e alta, com recursos financeiros e com patrocínio para desenvolvimento de projetos mais robustos sobre Educação Ambiental. Além dos recursos financeiros, a escola tem espaço físico e uma área verde bem adequada. Os alunos e a Escola têm condições financeiras para fazer viagens, excurções e passeios em lugares onde os recursos naturais são preservados. Assim, os professores têm mais recursos didáticos para trabalhar a EA. Além disso, a escola recebe diversas cartilhas e livros sobre EA, dos patrocinadores, o que pode aumentar a motivação tanto para quem ensina, quanto para quem aprende. Vale ressaltar que tanto na Escola A quanto na Escola B, a Educação Ambiental está inserida na estrutura curricular e que os conteúdos dos livros didáticos estão contextualizados com os temas transversais. A diferença está na forma como esses conteúdos estão sendo repassados aos alunos devido aos recursos necessários para o desenvolvimento dos projetos. Portanto, diante de tais informações pode-se reconhecer que as duas Escolas estão no caminho certo, buscando conscientizar os alunos a repensarem suas atitudes, mudando os hábitos para preservação do meio ambiente, por meio da EA. Mas vale ressaltar, que não basta incluir a EA na estrutura curricular, é necessário também propiciar aos professores, conhecimento necessário dos conteúdos a serem ministrados por meio de cursos e treinamentos, bem como fornecer recursos financeiros suficientes para o desenvolvimento de projetos, envolvimento dos alunos, professores, funcionários, pais, comunidade e governo, para que haja motivação, vontade e reconhecimento da importância da EA para a formação de cidadãos conscientes sobre o cuidado com o meio ambiente e com a sobrevivência do planeta. 5 CONCLUSÕES Considerando a temática abordada e análise do contexto das escolas pesquisadas, podemos concluir que Educação Ambiental faz parte da estrutura curricular dessas duas instituições. No entanto, existe uma diferença com relação aos recursos financeiros disponíveis, entre a escola pública e a escola privada, para viabilizar os projetos necessários no processo de aprendizagem dos alunos. 25 No entanto, percebeu-se que os professores da Escola A, como foi denominada a escola pública, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas e os recursos escassos, parecem mais preparados e com maior disposição para desenvolverem os conteúdos e as atividades propostas sobre Educação Ambiental, criando projetos de acordo com suas possibilidades, inovando conteúdos para complementarem os livros didáticos, demonstrando motivação, interesse e vontade em fazer acontecer. A escola B, como foi denominada a escola privada, apesar de todas as condições favoráveis, demonstrou menos envolvimento dos professores nesse processo de interação ensino-aprendizagem, com os alunos. Mesmo considerando que 100% dos participantes dessa pesquisa, afirmarem estar motivados, não foi percebido essa disposição com tanta intensidade. Diante da realidade das duas escolas pesquisadas é fundamental a sensibilização de todos os participantes envolvidos, professores e alunos para se obter melhores resultados. Não basta a inclusão da Educação Ambiental na estrutura curricular para se obter mudança de atitude. É necessário o comprometimento, vontade, conscientização da importância de se adotar posturas pessoais e comportamentos sociais e ambientalmente corretos que contribuam para a formação de cidadãos responsáveis (LEONARDI, 1997). Assim, é importante que a escola perceba que a Educação Ambiental assume, cada vez mais, uma função transformadora e o educador tem a função de mediador na construção de referenciais ambientais, mas é necessário saber usar como instrumento de desenvolvimento social, abordando os temas de forma sistemática e transversal em todos os níveis de ensino (ROSA, 2001). Portanto, é necessário incrementar os meios de informação e o acesso a eles, bem como envolver o poder público nos conteúdos educacionais, como meio de mudança do quadro atual de degradação do meio ambiente. Não basta somente criar leis que regulamentem a Educação Ambiental nas escolas, é necessário criar condições para que a EA seja um processo contínuo e participativo, onde o aluno possa assumir o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem, perceber a realidade e ter uma visão integral do mundo em que vive para cuidar melhor dele (SOUSA, 2007). São consideradas algumas limitações nesta pesquisa, como a dificuldade de acesso às escolas privadas e a disponibilidade dos professores para responderem os questionários. Sugere-se outras pesquisas com um número maior de escolas, tanto públicas quanto privadas, em diferentes setores do município e que sejam incluídos os alunos para que se possa aumentar o universo da pesquisa e contribuir com os questionamentos diversos. 26 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Sueli A. de. Educação Ambiental: curso básico à distância: questões ambientais, conceitos, história, problemas e alternativas. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2001. 5v. 2ª Edição ampliada ANTUNES, Marco A.M. Importância da Educação Ambiental. Instituto Teotônio Vilela, 2004. BERTOLINO, Marco Tulio. 2007. Análise do processo Evolutivo das Estratégias em Gestão Ambiental. Disponível em www.universidadeabertasantosdumont.com.br >, acesso em: 03 set 2008. BOCK, A.M.BAHIA; FURTADO O.&TEIXEIRA, M.L.Trassi. Psicologias:uma introdução ao estudo de psicologia.São Paulo: Saraiva, 2002. CAMARGO, A.L.B. As dimensões e os desafios do desenvolvimento sustentável: concepções, entraves e implicações à sociedade humana. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – UFSC, Florianópolis-SC. CAMARGO, A.; CAPOBIANCO, J.P.R.; OLIVEIRA, J.A.P. (Org) Meio ambiente Brasil: avanços e obstáculos pós-Rio-92. 2 ed. rev. São Paulo: Estação Liberdade: Instituto Sociombiental; Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2004. DIAS, G. F. Pegada Ecológica e Sustentabilidade.São Paulo: Gaia, 2002. GONÇALVES, D.B. Desenvolvimento Sustentável: o desafio da presente geração. Revista Espaço Acadêmico, Nº 51 Agosto/2005 – Mensal ISSN 1519. 6186 ANO V São Paulo. LEONARDI, M.L.A., A educação ambiental como um dos instrumentos de superação da insustentabilidade da sociedade atual. In: CAVALCANTI, C. (org.) Meio Ambiente desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2002. ______. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável. In: REIGOTA, M. (org.). Verde Cotidiano: o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 1999. MATTOS, M.G; ROSSETTO, J. A. J; BLECHER,S. Tipos de pesquisa científica. Disponível em www.leonildoc.ocwbrasil.org/metodo2.htm >, acesso em: 03 nov 2008. MEC- Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em www.mec.gov.br/pcn > , acesso em: 06 set 2008. MEDINA, N. M. Formação de Multiplicadores para Educação Ambiental. In Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental - FURG. Vol. 1. Out. - Dez/1999. 16 págs. MORALES, A.Góis. 2004. Educação Ambiental em Busca de uma Sociedade Sustentável. Disponível em www.amigosdanatureza.org.br > , acesso em: 09 set 2008. 27 NOVAES, W. 2006. Importância da Educação www.tvcultura.com.br >, acesso em: 06 set 2008. Ambiental. Disponível em OLIVA, J.T.; MUHRINGER, Sonia M. Os Parâmetros em Ação do tema Transversal Meio Ambiente. In Educação Ambiental, curso básico à distância. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2001. PÁDUA, S.M.; TABANEZ, M.F.(org.). Educação Ambiental - Caminhos Trilhados no Brasil, 1997. PHILIPPI, L. S. A Costrução do Desenvolvimento Sustentável curso básico à distância: questões ambientais, conceitos, história, problemas e alternativas. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2001. 5v. 2ª Edição ampliada – Unidade VI. ROSA, A. C. M. As grandes linhas e orientações Metodológicas da Educação Ambiental.Unidade I, in Educação Ambiental:curso básico à distância : educação e educação ambiental I.Coordenação Geral: Ana Lucia T.de A. Leite e Nana Mininni Medina. Brasília: MMA, 2001.5v.2ªed. SACHS, Ignacy. 2004. "vivemos sob as ruínas dos antigos paradigmas econômicos". Disponível em www.mercadoetico.terra.com.br/noticias.view.php > acesso em: 20 out 2008. SAUVÉ, Lucie. 2002. Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Disponível em www.scielo.br/pdf/ep/v31n2/a12v31n2.pdf >, acesso em: 20 out 2008. SILVA, Leandro Morais. As parcerias Público-Privadas como ambiente de captação de investimentos em estações de tratamento de esgotos no Brasil. Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Engenharia. São Paulo, 2006. SOUSA, M. F. 2007. Educação Ambiental. Disponível em www.ambientebrasil.com. br > acesso em: 08 set 2008. UNESCO. Educação para um futuro sustentável: uma visão transdisciplinar para uma ação compartilhada. Brasília: IBAMA, 1999. 28 7 ANEXOS Anexo A – Questionário utilizado na coleta de dados junto aos professores das duas escolas pesquisadas. QUESTIONÁRIO Prezado professor, O presente questionário tem por objetivo pesquisar sobre a Educação Ambiental na Escola, para desenvolvimento de trabalho científico de conclusão do curso de Engenharia Ambiental, da Universidade Católica de Goiás – UCG 2008/2. Sua colaboração é muito importante para o resultado desse trabalho. Desde já, agradecemos sua participação. Identificação do professor: • Sexo: ( • Idade: ( ) Até 20 anos ( ) De 21 a 30 anos ( ) De 31 a 40 anos ( ) Acima de 40 anos • Escolaridade ( ) 2º grau completo ( ) 3º grau incompleto ( ) 3º grau completo ( ) Outros: ____________________ • Quanto tempo você atua nessa área ? ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 6 a 10 anos ( ) Mais de 10 anos ) Feminino ( ) Masculino ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado QUESTÕES: 1) Você sabe qual é o conceito de Educação Ambiental? ( ) Sim ( ) Não ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2) Você sabe o conceito de Desenvolvimento Sustentável? ( ) Sim ( ) Não ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 29 ____________________________________________________________________ 3) A escola desenvolve projetos na área ambiental? Quais? ( ) Sim ( ) Não ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 4) Você considera importante a implantação da temática ambiental na grade curricular? Porque? ( ) Sim ( ) Não ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 5) Nos livros didáticos existem conteúdos relacionados à Educação Ambiental? De que forma? ( ) Sim ( ) Não _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 6) Em quais disciplinas, os livros didáticos trazem conteúdos relacionados à Educação Ambiental? ( ) Ciências ( ) Geografia ( ) Português ( ) História ( ) Biologia ( ) Outros 7) Os professores são incentivados e motivados para estarem desenvolvendo pequenos projetos ou atividades ambientais com seus alunos? De que forma? ( ) Sim ( ) Não ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 8) A escola possui área arborizada, horta ou outros espaços que podem ser utilizados para trabalhar a Educação Ambiental? ( ) Sim ( ) Não 9) Na escola existe o processo de separação de lixo produzido pela comunidade escolar? ( ) Sim ( ) Não 10) Os professores realizam atividades com os alunos fora da escola para trabalhar a realidade local sobre as questões ambientais? De que forma? ( ) Sim ( ) Não ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 30 11) Dos locais abaixo relacionados, assinale quais já foram visitados pelos alunos sob orientação dos professores. ( ) Trilhas em chácaras; ( ) Parque Areião; ( ) Parque Vaca Brava ; ( ) Bosque dos Buritis; ( ) Parque Mutirama; ( ) Nascentes de rios e córregos; ( ) Jardim Zoológico; ( ) Sistema de Tratamento e Abastecimento de Água – SANEAGO; ( ) Estação de Tratamento de Esgoto – ETE; ( ) Aterro Sanitário; ( ) Outros locais não citados ______________________________ 12) Quais os meios utilizados pela escola, para desenvolver atividades com os alunos sobre Educação Ambiental? ( ) Teatro ( ) Desenhos ( ) Cartilhas ( ) Passeios ( ) Painéis Educativos ( ) Vídeos ( ) Palestras ( ) Brincadeiras ( ) Músicas ( ) Debates ( ) Coleta e separação do lixo ( ) Outros ________________________________________ Obrigado! Você pode utilizar este espaço em branco para acrescentar alguma informação que achar necessário. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 31