Portal ajuda na procura de emprego
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27/01/2015 - 05:00
Portal ajuda na procura de emprego
Por Martha Funke
Uma das surpresas de Ivana de Castro, dona de duas franquias Prepara em Goiás, foi a rentabilidade do negócio, em torno
de 40%. Ex-advogada trabalhista, ela chegou ao ramo ao perceber a carência de qualificação para o mercado de trabalho e
hoje atende 1,2 mil alunos em duas unidades com suporte do programa Mais Empregos, portal criado pela marca para
estimular a colocação de alunos.
Ivana tem cerca de 20 funcionários e destina 4% do faturamento à equipe de psicóloga e duas estagiárias responsáveis pela
captação de vagas na região. "É um RH social. Acredito que a educação estimula o crescimento econômico", afirma.
Já na família Hatia, a fé na educação via franquia virou herança depois que o patriarca Ismail implantou em 1962 a
primeira escola da marca em Campinas (SP), sob a batuta de Richard Hugh Fisk. A segunda geração chegou ao negócio em
1985 com o filho de Ismail, Faizel. Hoje a família toca oito unidades do negócio, com mais de 3 mil alunos ao ano, e a
terceira geração deve chegar ao negócio em breve. A expansão só é barrada por dificuldades com a mão de obra. "Há
bairros interessantes na periferia. Mas o deslocamento acarretaria em custo maior em regiões onde a mensalidade precisa
ser menor."
Os exemplos ilustram a vitalidade do setor, que mantém em alta a chegada de novas marcas - segundo a ABF, foram nove
bandeiras inauguradas entre 2013 e 2014. "Em nações desenvolvidas, de 5% a 7% das pessoas estudam inglês em escolas
de idiomas. No Brasil, somente de 2% a 2,5%", contabiliza Eduardo Pacheco, fundador da rede Talk Idiomas e criador do
método baseado na ferramenta japonesa Quality Function Deployment (QFD), atualmente com cerca de 40 unidades, mais
de 8 mil alunos e faturamento de R$ 14,5 milhões.
Pacheco acredita que o mercado possa triplicar de tamanho - no ano passado a empresa cresceu 13,6% e sua meta é abrir
94 unidades nos próximos três anos. Índices vigorosos também foram registrados pelo Instituto da Construção, do grupo
Resolve, de São José do Rio Preto (SP), rede especializada em serviços de manutenção que criou a escola em 2011 para
atender sua própria carência de mão de obra em áreas como mestre de obra ou pedreiro.
As 160 matrículas registradas no primeiro mês apontaram o tamanho da demanda. Hoje são 80 unidades, mais de 20 mil
alunos na base e um portfólio de cursos com novidades como ar condicionado split e eletricista manual. "80% do público
atendido já trabalhava no setor. Hoje são 50%", diz o fundador do grupo, David Pinto. No ano passado, o crescimento foi
de 30%. Em 2015 o objetivo é chegar a 120 unidades, com faturamento de R$ 50 milhões, 14% acima de 2014.
A Microcamp, por sua vez, especialista em informática nascida em 1977, recentemente lançou programas como web design
para sites e games e, em 2011, criou a Nctech com foco em softwares para Apple. No ano passado contabilizou cerca de 65
novos alunos em suas 136 unidades, 3% mais que em 2013. A terceira marca da rede é a escola de idiomas ABC, com 118
unidades. A novidade é o curso de inglês on-line. "Nossa intenção é crescer 5%", diz o diretor de expansão José Abbade.
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28/01/2015 09:22
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