Anais do 5º Encontro do Celsul, Curitiba-PR, 2003 (677-682) UMA PROPOSTA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES E COMPOSTO Juliana Bertucci BARBOSA (PG – CNPq – UNESP/Araraquara) ABSTRACT: An analysis of “Pretérito Perfeito Simples” (Simple Past Tense) and “Pretérito Perfeito Composto” (Compound Past Tense) in brazilien portuguese showed that such tenses must be distinguished according to features other than temporal; both tenses can be used to express a situation that begins inthe pastt and extends up to the present. KEYWORDS: tense; verb; aspect, semantics 0. Introdução Considerando como núcleo sintático-semântico da frase o verbo, que atribui aos seus argumentos papéis temáticos e casos sintáticos, e admitindo que as interpretações dos tempos verbais no sintagma, na frase e no texto são solidárias, partimos das seguintes hipóteses para a elaboração do trabalho: (i) as categorias modo, tempo e aspecto não são apenas morfologicamente almagamadas no português, relacionam-se estruturalmente também do ponto de vista semântico, ainda que muitas vezes seja possível identificar a predominância de uma delas na realização dos enunciados. (ii) os tempos verbais têm significados básicos, sobre os quais podem operar adjuntos para dar origem aos valores que prevalecem nos diferentes contextos. A primeira hipótese parece ser consensual na bibliografia consultada. Das diferentes conceituações apresentadas pelos autores, podemos extrair alguns pontos fundamentais: • Para Ilari (1997), uma das dificuldades para o estudo semântico das formas verbais está na ausência biunívoca entre os recursos expressivos e os conteúdos expressos, somada ao fato de que as construções que expressam tempo também podem exprimir modo e aspecto. Nem sempre é fácil separar os valores autenticamente temporais das expressões lingüísticas de seus valores aspectuais e modais. (p. 11) • Aspecto e tempo são categorias estreitamente relacionadas, mas que não se confundem, porque o aspecto não leva em conta o processo da enunciação, e o tempo sim. Em outras palavras, somente o tempo é categoria dêitica; o aspecto leva em conta o intervalo de tempo em que se desenvolve o estado de coisas expresso pelo tempo.quanto às categorias modo e tempo, afirma Fonseca (1977: p. 110-11) que: Longe da haver incompatibilidade, há pelo contrário intima ligação entre o que era tradicionalmente designado por valores modais e valores temporais: a escolha de tempos verbais tem uma incidência em toda a organização do discurso por parte do locutor e constitui, pois, um meio importante de modalização do enunciado. Só esta observação pode levar a uma efetiva compreensão dos chamados ‘empregos modais’ de alguns ‘tempos’, como o futuro , o imperfeito o condicional (uso modal neste caso, já consagrado pela própria designação da forma). Se a ligação intrínseca entre as três categorias em geral não é questionada, a hipótese de valores não-ambíguos é fonte de divergências. Para autores como Lyons (1977) e Mira Mateus et al. (1989), as formas verbais são polissêmicas. O caso típico é o Presente do Indicativo que pode ser empregado para expressar futuro e na afirmação de fatos atemporais ou onitemporais. Apoiamo-nos em Ilari (1997) para discutir a questão da ambigüidade das formas verbais. Para o semanticista, tal alternativa de abordagem seria problemática, pois, à falta de adjuntos, os tempos verbais não são realmente polissêmicos, havendo interpretações privilegiadas, se não obrigatórias (p. 25). A alternativa pressuposta em (ii) encontra um obstáculo na abstração que seria exigida para se formularem os valores básicos (p. 25). Outra dificuldade discutida por Ilari (1997) é que, às vezes, é o verbo que opera sobre o adjunto e não o contrário, como na frase (1), em que segundo o autor, agora indica um momento passado: (1) Agora, o paciente já não sentia dores, só um leve cansaço. Excepcionalmente, as interpretações do adjunto e do verbo podem até ser não-equivalentes, como na frase Eu sou você amanhã, de um antigo comercial de uísque. Em vista disso, concluímos que a interpretação semântica do sintagma verbal nem sempre está subordinado à interação com os adjuntos, e preferimos não adotar a hipótese da polissemia, caminhando portanto em busca de representações mais abstratas. 678 UMA PROPOSTA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES E COMPOSTO 1. A interpretação semântica dos tempos verbais Assim como nós, também Corôa (1985), procurou atribuir a cada tempo verbal do português uma definição única e não-ambígua. Fundamentadas nos estudo de Reichenbach (1980), suas definições não levam em conta a interação verbo/adjunto temporal, nem o uso de auxiliares na expressão do tempo, centrando-se na interpretação fornecida pelo morfema-temporal do verbo. Partindo das possibilidades combinatórias dos três pontos temporais reichenbachianos - que ela denomina de momentos do evento (ME), da fala (MF), e da referência (MR) – tenta verificar quais delas estão gramaticalizadas em nossa língua, admitindo graus diferentes de abstração para os momentos: Dos três momentos, é o ME que se manifesta mais concretamente por ter um referente definido e captar mais objetivamente o intervalo de tempo em que decorre o processo, evento, ação ou estado descrito. É, como diz Ilari (1981), o tempo da realização do predicado. O MF, por estar ligado mais diretamente ao ato de comunicação e à pessoa do discurso, tem seus limites um pouco mais ambiguamente colocados (...). Entretanto, é o MR o mais complexo desses construtos. Sua natureza quase que estritamente teórica faz com que esteja mais afastado do ato de comunicação do que o MF e seus contornos sejam ainda menos concretamente percebidos. (Corôa, 1985: p. 42) Desse reconhecimento de não concretude dos momentos resulta uma grande riqueza de possibilidades para o aproveitamento do esquema de Coroa na explicação dos diferentes usos e valores dos tempos verbais.Aceitando-se a não concretude dos momentos, elimina-se a necessidade de derivar contextualmente a sua interpretação. Pode-se considerar que a localização dos momentos já está contida nos morfemas flexionais isolados. Caso contrário, parece-nos que a fixação dos momentos seria parte das implicaturas1 dos tempos verbais e não do seu significado. Corôa apresenta as seguintes definições para os tempos do Indicativo português (as vírgulas indicam simultaneidade e os hífens, anterioridade): Presente: ME, MR, MF Imperfeito: ME, MR – MF Perfeito: ME – MR, MF Mais-que-Perfeito: ME – MR – MF Futuro do Presente: MF, MR – ME Futuro do Passado: MR – MF – ME A autora afirma, considerando que os momentos são conjuntos de pontos ou intervalos de tempo, que não é preciso haver coincidências extensional entre o ME, MR, e MF para que os consideremos simultâneos, basta que haja um ponto de coincidência. Por exemplo, no casos de presente histórico ou dramático, o MR se amplia, deslocando-se para o passado e abrangendo-o de tal modo que tanto o MF como o ME se incluem no MR (...) e o ME e MF não têm necessariamente pontos em comum, mas ambos o têm como o MR. (p.47). 2. O Pretérito Perfeito no português brasileiro Como visto, ao Pretérito Perfeito corresponde, segundo Coroa, a definição [ME – MR, MF], que permite explicar os usos registrados nas gramáticas e manuais: para descrever o passado tal como aparece a um observador situado no presente e que o considera presente (Cunha, 1972: p. 434). Corôa nada diz a respeito de uma possível distinção entre a forma simples e a forma composta do Pretérito Perfeito, levando-nos a deduzir que ambas possuem a mesma interpretação semântica. Porém esta posição não é compartilhada por todos os que se dedicam ao estudo dos tempos verbais. Em gramáticas como as de Pereira (1927), Said Ali (1964), Chaves de Melo (1968), Dias (1970), Cunha (1972), a diferença está em que o Perfeito Simples (PPS) expressa uma ação completa ou concluída, enquanto a forma composta (PPC) expressa a continuidade ou repetição de uma ação até o momento em que falamos. Dias (1970: p. 188-89) chama ao Perfeito simples de definido, e ao Composto de indefinido. 1 Como Conmrie (1985), definimos implicatura como parte do significado que extrapola o núcleo semântico. Juliana Bertucci BARBOSA 679 Soares Barbosa (1803), no final do século XVIII, dá o nome de Presente Perfeito à forma que chamamos de Perfeito Composto. Para esse autor, na forma “tenho sido”, o auxiliar denota um tempo presente e o particípio um evento acabado (que não existe mais) em relação à época atual (momento em que o enunciador fala). Segundo Soares Barbosa, “posso dizer ‘hoje, este anno, esta semana, muitos annos’ tenho sido espectador...” (Soares Barbosa, 1803: p.147), pois esta forma verbal pode fazer referência a qualquer tempo passado, cujo o período de existência venha acabar no presente. Já o Pretérito Perfeito Simples (chamado de “absoluto”), segundo esse gramático, expressa ação de um tempo passado, de existência acabada em relação à atual, porém “absoluta e indeterminada pois não se sabe quando foi acabada” (Barbosa, 1803: p. 149). Ilari (1997) afirma que o Perfeito Composto possui diferenças semânticas relevantes, distinguindose dos demais tempos em relação ao seu sentido, não só em relação à sua forma. Fiorin (1995), ao comparar os usos dos tempos do pretérito no francês e no português, comenta que o Passé Simple perdeu a sua vitalidade, mas o Perfeito Simples a conserva, porque o tempo composto correspondente não tem no português propriamente uma função temporal, e sim aspectual. Para ele, o PPC tem valor durativo e inacabado, só conservando valor de anterioridade em contextos restritos, como por exemplo, Tenho dito. Neves (2000) também salienta o valor aspectual do Perfeito Composto, introduzindo-o na exemplificação de operadores de iteração Finalmente, autores que, como Koch (1984, 1997), se dedicaram ao estudo da progressão temporal em textos do português, procurando opor os tempos segundo o modo de enunciação (experimental ou narrativo), costumam incluir o perfeito simples no grupo da narrativa (pretérito) e o composto, no do comentário (presente). Comparando as diferentes propostas, vemos que quase todos os autores se concentram nos valores de duração/continuidade e iteração da forma composta, mas não se posicionam claramente quanto ao seu valor temporal, com exceção de Soares Barbosa (1803), que lhe atribui valor de presente. Quanto ao Perfeito Simples, todos ressaltam o valor de pretérito e de evento concluído. Essas considerações trazem à tona questões que nos pareceu importante elucidar quanto aos dois pretéritos do português brasileiro (PB): (a) É possível distinguir os dois tempos do ponto de vista semântico? O Perfeito Simples possui interpretação temporal distinta da do Perfeito Composto? (b) Poderíamos enquadrar o Perfeito Composto entre os tempos pretéritos do PB ? (c) Os empregos dos tempos do pretérito apontados nas gramáticas normativas correspondem à realidade do nosso sistema lingüístico? Ou as variações e rearranjos já provocaram um distanciamento entre o prescritivo e o descritivo? Em outras palavras, o Perfeito Composto tem valor aspectual ou temporal, e se puder ser caracterizado como tempo, é presente ou pretérito? Uma característica do Perfeito Composto, segundo autores citados, é expressar um evento que tem início no passado e se estende/continua até o presente. Entretanto, Comrie (1985) argumenta que a forma composta expressa um período que começa no passado e termina antes do momento da fala (pode ser até um “milésimo” antes do presente, por isso o autor o chama de “passado próximo”). Sendo assim, Comrie (1985: p.119-20) estudando o PC no português, conferiu a esse tempo a mesma função do Perfeito Simples, a expressão de um fato concluso no passado: “ A sentença ele tem estudado muito ultimamente indica que ele começou a estudar num passado não muito distante, fez disso um hábito e que esse hábito continuou até o momento presente – embora o hábito possa ter terminado imediatamente antes do momento presente. Assim a referência temporal do perfeito do português é passada; precisamos identificar um ponto temporal num passado não muito distante (a forma verbal não especifica que ponto no tempo) e um ponto temporal infinitensimamente anterior ao momento presente; a referência temporal do perfeito português abrange o período completo entre esses dois pontos. Segundo Comrie, se desejamos indicar explicitamente que o hábito inclui o momento presente, utilizamos o Presente do Indicativo. Ao contrário, Fiorin (1995) e Cano (1998), postulam que não é necessário que o evento esteja inacabado para expressar um hábito. Observe agora as frases abaixo, extraídas do córpus principal do Laboratório de Lexicografia da Unesp / Araraquara: (2) Della Grace vive há dez anos em Londres. (3) Não o vejo desde novembro quando me chamou para uma conversa. 680 UMA PROPOSTA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES E COMPOSTO Nessas frases os verbos aparecem no Presente, indicando que os eventos ocorreram no passado e se prolongaram até o momento da fala, expressando ações habituais. O Presente tem assim, uso análogo ao do PC. Nesta outra oração: (4) Nos últimos anos, a vida de Gabrielle, 172 m e 66 kg, tem sido assim, dividida entre o Brasil, país pelo qual compete, e Memphis, nos estados Unidos, onde sempre viveu. Observamos que o Perfeito Simples indica que Gabrielle nasceu e continua morando nos EUA, mostrando que, assim como o PC e o Presente do Indicativo, o Perfeito Simples também pode expressar um evento que começa no passado e continua até o momento presente. Desse modo, o uso do Perfeito Composto nesses mesmos contextos não pode ser critério para sua inclusão entre os tempos do presente. Por outro lado, Dias (1970: p.184) também registrou exemplos, em sua Sintaxe histórica portuguesa, mostrando que nem sempre se pode empregar o Perfeito Composto em uma situação que se prolonga do passado até o presente: (5) * Tenho morado aqui há dez anos. (6) * Esta casa tem estado para alugar até hoje. Segundo o autor, nessas sentenças, o falante do português seleciona a forma presente para indicar continuidade: (7) Moro aqui há dez anos. (8) Esta casa está para alugar até hoje. Tudo isso nos mostra que tanto o PPC quanto o PPS podem receber a mesma definição temporal: ME – MR, MF. Portanto, concluímos que as diferenças entre esses dois tempos do PB devem ser buscadas em outros componentes do seu significado. Uma solução possível nos é indicada por Ilari (s/d), que analisando frases com o PPC no português brasileiro aponta várias característica dessa forma, das quais selecionamos algumas: • expressa iteração independentemente de estar presente na oração um advérbio indicando freqüência, podendo eventualmente assumir valor de continuidade, por exemplo: (9) Ele nos tem visitado. (= mais de uma vez) (10) Tenho estado doente (= continuidade) • expressa um período que começa no passado mas não se conclui no passado: (11) Le Monde tem sido entregue em São Paulo pelo correio aéreo desde 1927. /* desde 1927 até 1968. • é inadequado para descrever repetição quando se quer ao mesmo tempo explicitar quantas vezes e quando o fato se repetiu: (12)* Eles têm vindo três vezes. (13) Eles têm vindo muitas vezes / milhares de vezes. • expressa a iteração, que o autor compara à pluralização de eventos, pode ser entendida como um escalonamento de eventos no tempo, não necessariamente regular. Na tentativa de explicar de maneira unitária tais propriedades, Ilari propõe que o PPC seja tratado como uma função que se aplica a diferentes tipos de predicados, de maneira semelhante a certos operadores quantificacionais do português, que podem incidir sobre os nomes indicativos de quantidade continua e descontinua (mais livros vs. mais livros). Aplicando tal proposta ao PPC, poderíamos dizer que além de gramaticalizar tempo pretérito e aspecto perfectivo, constitui-se em operador quantificacional, que , atuando sobre predicados de natureza diversa, produz como resultado eventos plurais relacionáveis à continuidade (duração) ou descontinuidade (iteração). Aproveitando a formalização sugerida por Mira Mateus et al. (1989), podemos propor para esse aspecto a representação [pn em It ], onde p simboliza o evento e It intervalo de tempo em que esse evento se realiza (de maneira ilimitada e contínua ou descontínua). Juliana Bertucci BARBOSA 681 O PPS também pode expressar a pluralização de ventos, mas não assinala explicitamente como a forma composta. Atribui-se então ao PPS o valor de forma não marcada em relação ao PPC2. Desse modo, a explicitação estaria condicionada à interação com adjuntos: (14) As crianças choraram (várias vezes) (durante a viagem). Em vista disso, concluímos que é possível distinguir os pretéritos do ponto de vista aspectual. Para tanto, aproveitamos a conceituação de Corôa (1985, p.74), segundo a qual o aspecto é a quantificação dos subeventos de um evento. Um subevento é qualquer dos estágios intermediários de um evento, inclusive o inicial e o terminal. O Perfeito Simples se opõe ao Imperfeito porque no primeiro todos os estágios se realizam no intervalo de tempo compreendido pelo evento em questão, no segundo ao menos um subevento se localiza nesse intervalo de tempo. Conciliando a distinção de Corôa com a função de pluralização de eventos atribuída por Ilari ao PPC, podemos dizer que no Perfeito Composto mais de um (sub)evento está necessariamente incluído no It. Se a interação do auxiliar com base resulta em interpretação iterativa, temos a pluralidade de eventos; numa interpretação durativa, os produtos são subeventos plurais. Essa concepção ajuda a entender porque os (sub)eventos expressos pelo PPC podem ser interpretados como estendendo-se até o presente ou futuro: o fato de alguns estágios se localizarem no intervalo de tempo em questão deixa aberta a possibilidade de que outros estágios venham a se realizar fora desse It. Como se verifica, a analise aspectual nos permite distinguir semanticamente o PPS do PPC. 3. Conclusão Finalizando podemos dizer que os resultados desse trabalho mostraram que o Pretérito Perfeito composto do PB situa-se, ao menos atualmente, em desvantagem em relação ao seu rival mais próximo, por estar mais sujeito a restrições de ordem semântico-discursiva. Um estudo mais aprofundado, que comtemple a variação diacrônica, e todo o seu conjunto de tempos, poderá trazer mais força às hipóteses aqui aventadas e levar-nos a estabelecer com mais clareza as diretrizes que norteiam as mudanças no sistema verbal do português brasileiro. RESUMO: Realizou-se um estudo a respeito do significado e do uso do Perfeito Simples e ao Perfeito Composto (PC) do modo Indicativo no português brasileiro Observou-se, em exemplos da modalidade escrita, que a distinção entre esses tempos deve ser buscada em seus traços semânticos e/ou pragmáticos, pois ambos podem expressar um evento que começa no passado e continua até o momento presente. 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V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 1997 2 Da mesma maneira que se considera o singular e o masculino formas não marcadas em relação ao plural e ao feminino (formas marcadas). 682 UMA PROPOSTA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES E COMPOSTO LONGO, B. N. O. A auxiliaridade e a expressão do tempo em português. Doutorado. Araraquara: UNESP, 1990. LONGO, B. N. O. et al. Uma abordagem contrastiva do tempo verbal. Alfa, n.36, p.157-169, 1992. LONGO, B. N. O. Perífrases temporais no português falado. Veredas,2 (2), p. 9-24, jul/dez 1998. LYONS, J. Semantics. Cambridge: CUP, 1977. MELO, G. C. Gramática fundamental da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1968. MIRA MATEUS, M. H. M. et. al. Gramática da língua portuguesa. 2ª ed. Coimbra: Almedina, 1989. NEVES, M. H. M. Gramática de usos do português. São Pa ulo: Editora Unesp, 2000 PEREIRA, E. C. Gramática histórica. 5ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1927. SAID ALI, M. 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