Nematóides Pulmonares
Solange Maria Gennari
Depto. de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
USP
HD
Agente
Fezes
HI
Localização
Bovinos
Dictyocaulus viviparus
L1
Eqüinos
Dictyocaulus arnfield
ovo + L1
brônquios
Ovinos
Dictyocaulus filaria
L1
traquéia-brônquios
traquéia – brônquios
Caprinos
alvéolos
Muellerius cappilaris
L1
caramujos
alvéolos-tecido
lesmas
pulmonar
Suínos
Metastrongylus sp
Ovo
Felinos
Aelurostrongylus
abstrusus
L1
minhoca
brônquios-bronquíolos
moluscos
bronquíolos-tec. pulmonar
roedores-aves (HP)
Dictyocaulus viviparus
SMGennari
Dictyocaulus spp
Superfamília Trichostrongyloidea
Ciclo de vida direto
Muellerius cappilaris
Metastrongylus apri
Aelurostrongylus abstrusus
Superfamília Metastrongyloidea
Ciclo de vida indireto
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Pneumonia Verminótica dos Bovinos ou
Bronquite Parasitária
• Bovinos - jovens
(1o. ano de pastoreio)
• Forma infectante: L3
• Acomete: alvéolos,
brônquios, bronquíolos,
traquéia
• Fezes: L1
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Ciclo
L1-L3
1-3 semanas
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Patogenia
 Fase de Penetração - 1o. ao 7o dia
sem sintomas

Fase de pré-patência - 8o. ao 25 o dia
Larvas nos alvéolos e bronquíolos
infiltrado eosinofílico
( espumoso)
(eosinófilos, macrófagos e neutrófilos)
Alveolite
Bronquite
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Patogenia

Fase de Patência - 25o. ao 60o dia
grande quantidade de muco, adultos eliminando ovos
que são aspirados com as larvas
pneumonia
enfisema
edema
freqüência
respiratória
tosse
mortes
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Patogenia

Fase de Pós-Patência - 61o. ao 90o dia
eliminação dos vermes adultos
epitelização pulmonar
fibrosamento dos brônquios
edema e enfisema
pneumonia intersticial aguda (aspiração de produtos
de vermos mortos)
antígenos produzidos pelos vermes mortos estimulam
a formação de IgE
mortes
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Sinais Clínicos
• Tosse
• Freqüência Respiratória
• Perda de peso
• Apatia
• Infecções secundárias
(raras em bovinos)
• Mortes
SMGennari
Posição típica
Dictyocaulus viviparus
Diagnóstico diferencial
Sintoma
Febre
Tosse
D. viviparus
Pneumonia
infecciosa
ausente ou moderada
presente
presente, exacerbada
variável
após exercício
não se altera
após exercício
Taquipnéia
presente
variável
Corrimento Nasal
ausente
geralmente
presente
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Epidemiologia

Bezerros jovens - primeiro ano

Acomete vários animais da mesma idade

Adultos introduzidos de regiões livres do agente

Climas amenos e úmidos

Regiões serranas e vales próximos a serras

Região sudeste - outono-inverno

Adultos - fonte de infecção

Imunidade sólida - contato com o agente

Pilobolus (Brasil ?)
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Epidemiologia
Pilobolus
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Epidemiologia
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Controle

Portadores Assintomáticos

Permitir que o bezerro adquira imunidade

Larva sensível a temperaturas altas e pouca umidade

Tratamento após início dos sintomas
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Diagnóstico

Histórico da região

Sintomas clínicos

Período do ano

Laboratorial - Método de Baermann

L1 nas fezes
Pós-mortem - necrópsia com o encontro do verme nos pulmões
Pulmão
SMGennari
Baermann
L1 - fezes
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Necrópsia
Pulmão
SMGennari
Dictyocaulus viviparus
Tratamento
 benzimidazóis

levamisol

lactonas macrocíclicas
VACINA
Reino Unido - 1961 - DICTOL®
vacina irradiada (radiação  - 400 Gy) - oral
2 doses de vacina com intervalo de 4 semanas entre doses
1000 L3 vivas - atenuadas
bezerros à partir de 3 meses de idade
SMGennari
Dictyocaulus arnfield
Brasil (Silva et al., 1995)
Espécie
Prevalência
asininos
65%
muares
23%
eqüinos
4,5%
Asininos - hospedeiros naturais
Eqüinos - infecção quando em contato com asininos e
muares
SMGennari
Dictyocaulus arnfield

Brônquios e bronquíolos

ovos larvados nas fezes ou L1

Jovens - mais susceptíveis

Adultos - não atingem a patência - imunidade

Infecção assintomática - eqüinos

Tosses e hiperpnéia - asininos e muares (pós exercícios)

Adultos - pequenos brônquios (muco purulento)

Controle de GEP - tratamento de vermes pulmonares

No tratamento não esquecer de tratar os asininos e
muares
SMGennari
Dictyocaulus filaria

Ovinos e Caprinos

Forma infectante: L3

Fezes: L1

Caprinos são mais susceptíveis

Ciclo, Tratamento e Diagnóstico = bovinos

Patogenia - menos grave, porém é mais
freqüente o aparecimento de corrimento nasal
e infecção secundária
SMGennari
Muellerius cappilaris

Ovinos e Caprinos

Fezes: L1

HI: moluscos gasterópodes (mais de 40 espécies)
SMGennari
Muellerius capillaris
ppp - 6 SEMANAS
ECLOSÃO DAS LARVAS
TECIDO PULMONAR
ADULTOS
MIGRAM VIAS AEREAS
FARINGE
DEGLUTIDAS
ELIMINADAS - FEZES
MUDA – L5
PULMÕES
CIRCULAÇÃO
L1
( AMBIENTE)
INGERIDA POR MOLUSCO
(L1 – L2 – L3 )
VIA LINFÁTICA
GÂNGLIOS
MESENTÉRICOS
MUDA - L4
L3
ATRVESSA A PAREDE
INTESTINAL
OVINOS
INGERE MOLUSCO ( L3 )
Muellerius cappilaris
 Geralmente - achado de necropsia
 Adultos no tecido pulmonar
 Formação de nódulos
 Calcificação dos nódulos
 Lesões nodulares na superfície do pulmão
SMGennari
Muellerius cappilaris
Diagnóstico
Baerman
L1 Muellerius sp
L1 D. filaria
SMGennari
Metastrongylus apri

HI - minhocas

Adultos: traquéia, brônquios e bronquíolos

Jovens - mais susceptíveis

Fezes: ovos
SMGennari
Metastrongylus sp
EXPECTORADOS
OVOS
EMBRIONADOS
VIAS AÉREAS - FARINGE
DEGLUTIDOS
ELIMINADOS
ADULTOS (30 dias)
MUDA – L 5
PULMÕES
NAS FEZES
OVOS
INGERIDOS
VIA LINFÁTICA
GÃNGLIOS MESENTÉRICOS
MUDA - L4
MINHOCAS
SUÍNOS:
L3 – ATRAVESSA A
PAREDE INTESTINAL
INGESTÃO MINHOCAS
(L3)
MINHOCA: 10 dias
(L1 – L2- L3)
Metastrongylus sp
Ambiente:
Não
adequado
Adequado
SMGennari
Metastrongylus sp
• leitões jovens - menores de 6 meses
• tosse ruidosa, dispnéia, corrimento
nasal
• pneumonia secundária
• minhocas infectadas por vários anos
• Nódulos acinzentados na mucosa (2-4 mm)
• Diagnóstico: ovos larvados nas fezes
(flutuação)
• Tratamento: benzimidazóis, levamisol,
lactonas macrocíclicas
SMGennari
Aelurostrongylus abstrusus
PARÊNQUIMA PULMONAR
Felídeos – Pneumonia granulomatosa
CICLO HETEROXÊNICO
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: MOLUSCOS
HOSPEDEIRO PARATÊNICO: ROEDORES, AVES E RÉPTEIS
SMGennari
PPP: 4-6 SEMANAS
OVIPOSTURA
ARTÉRIA
PULMONAR
Aelurostrongylus sp
PULMÃO
ECLOSÃO L1
PARASITOS
ADULTOS (8-9 dias)
ATINGE O PULMÀO
L4 (5-6 dias)
L3 ATRAVESSA A
PAREDE INTESTINAL
L1
(Bronquíolos –Brônquios- Faringe)
L1
EXPECTORADAS
DEGLUTIDAS
ELIMINADAS NAS FEZES
L1 PENETRA
REGIÃO PODAL
MOLUSCO
MOLUSCO
(L1 – L2 – L3 )
INFECÇÃO GATO:
INGESTÃO MOLUSCO OU
HOSP. PARATÊNICO
AVES, RÉPTEIS E ROEDORES
(H. PARATÊNICO)
VERMINOSE PULMONAR DOS FELINOS
• FORMAÇÃO DE TROMBOS
OVOS NOS RAMOS DAS ARTÉRIAS
• HIPERTROFIA MUSCULAR
(BRONQUIOS)
• ACHADOS DE NECRÓPSIA
• BAIXA PATOGENICIDADE
• BOA RECUPERAÇÃO APÓS
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO:
MÉTODO DE BAERMAN
EXAME DO ESPUTO E ESFREGAÇOS
FARÍNGEOS
NECRÓPSIA
NÓDULOS PEQUENOS NA SUPERFÍCIE DO PULMÃO
Aelurostrongylus sp
•
TOSSE, ESPUTO MUCOIDE, ESPIRROS
•
DIFICULDADE
RESPIRATÓRIA
FREQÜENTE APÓS EXERCÍCIOS
TRATAMENTO
Fembendazole (50 mg/kg, PO, BID por 10 a 14 dias)
Ivermectina (400 μg/kg, SC, 1x)
SMGennari
• OBRIGADA.
SMGennari
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Nematóides Pulmonares