SANTA CRUZ DO SUL
DOM LEOMAR BRUSTOLIN
MAIO DE 2015
Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer
pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor
que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com
nossa palavra e obras é nossa alegria”
?????????????????????????????
 ADEPTOS OU DISCÍPULOS
 DEVOÇÕES OU SEGUIMENTO
 PRÁTICA RELIGIOSA OU FÉ PASCAL
 FUNCIONÁRIO DO SAGRADO OU
MISSIONÁRIO
REFLEXÃO
 1 O FUTURO DA PARÓQUIA E A
COMUNIDADE
 2 A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
COMO FONTE DE RENOVAÇÃO DE
TODA VIDA PAROQUIAL
 3 ENFFRENTANDO RESISTÊNCIAS E
ABRINDO CAMINHOS
FONTES DA REFLEXÃO
 2015-2019
O FUTURO DA PARÓQUIA
E A COMUNIDADE
Riscos e consequências
de uma mudança de época
 constata-se o aumento progressivo do relativismo,
 a ausência de referências sólidas,
 o excesso de informações,
 a superficialidade,
 o desejo a qualquer custo de conforto e facilidades,
 a aceleração do tempo,
 trazendo desafios existenciais e produzindo
incertezas, precariedade, insegurança, inquietação.
(DGAE n.21)
Tendências desafiadoras
 individualismo,
 o fundamentalismo
 e diversas formas de unilateralismos.
 A atual crise cultural atinge, de modo particular, a família.
 “Difunde-se a noção de que a pessoa livre e autônoma
precisa se libertar da família, da religião e da sociedade”.
 Fortes ideologias apresentam, por exemplo, noções
confusas da sexualidade, do matrimônio e da família.
 o laicismo militante,
No campo social e econômico,
Crescem as ofertas de felicidade, realização e sucesso
pessoal, em detrimento do bem comum e da solidariedade.
Os pobres são considerados supérfluos e descartáveis,
“resíduos e sobras”.
Economia caracterizada pela “negação da primazia do ser
humano”,
É uma “nova idolatria do dinheiro”, sustentada pela ideologia
da autonomia absoluta dos mercados, comandada pela
especulação financeira. (DGAE n.22)
Em consequência, surgem práticas preocupantes de
banalização da vida. (DGAE n.23)
No âmbito religioso,
 forte pluralismo,
 fundamentalismo,
 emocionalismo e sentimentalismo. I
 reação contra a sociedade materialista, consumista e
individualista, diante do racionalismo secularista
 a salvação em Cristo é apresentada como sinônimo de
prosperidade material, saúde física e realização afetiva.
 corrente secularista : negação da transcendência,
indiferença religiosa e generalização do relativismo.
 Diluição do sentido de pertença eclesial e do vínculo
comunitário ( DGAE n.25)
No âmbito católico
 um considerável número de pessoas se afasta da comunidade









eclesial
a persistência de uma pastoral de manutenção
a compreensão da comunidade como mera prestadora de
serviços religiosos
a passividade do laicato
a concentração do clero em determinadas áreas
o mundanismo sob vestes espirituais e pastorais
sinais de apegos a ‘vantagens e privilégios
celebrações litúrgicas que tendem mais à exaltação da
subjetividade do que à comunhão com o Mistério; a
utilização de uma linguagem inadequada
necessidade de encontrar uma nova figura de comunidade
eclesial, acolhedora e missionária. (DGAE n.26)
INTRODUÇÃO doc 100
 A paróquia é referência para os batizados.
 Sua configuração social, entretanto, tem sofrido
profundas alterações nos últimos tempos.
 Há dificuldades para que seus membros se sintam
participantes de uma autêntica comunidade cristã.
 Cresce o desafio de renovar a paróquia em vista da sua
missão.
A
PÁROQUIA
 “não é uma estrutura caduca, precisamente porque
possui uma grande plasticidade, pode assumir formas
muito diferentes que requerem a docilidade e a
criatividade missionária do pastor e da comunidade.”
EG, 28
Novos cenários da fé e da religião
Doc 100
 vivência da fé na sociedade atual é geralmente exercida
numa religiosidade não institucional e sem
comunidade, mais ligada aos interesses pessoais.
 pluralismo liberta as pessoas de normas fixas, mas
também as desorienta pela perda das referências
fundamentais e gera fragmentação da vida e da cultura.
Os meios de comunicação
Doc 100
 mudam hábitos e atitudes
 criam necessidades a partir de desejos e influenciaram
no consumo e na religião.
 A internet é um território sem fronteiras que entra
diretamente em todos os espaços
 Novos conceitos de espaço são gerados
E os afastados? A missão
Doc 100
 algumas não conseguem atingir a maior parte das
pessoas de sua jurisdição, em vista da grande
população ou extensão territorial.
 Ainda lhes falta ampliar a ação evangelizadora
fortalecendo pequenas comunidades que, juntas,
formam a única comunidade paroquial.
Vencer a mesmice!
 “A pastoral em chave missionária exige o abandono
deste cômodo critério pastoral: ‘fez-se sempre assim’.
Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa
de repensar os objetivos, as estruturas, o estilo e os
métodos evangelizadores das respectivas
comunidades.” EG 33
Capelas fechadas
Doc 100
 Na fé cristã não há lugar para capelas fechadas, em
forma de sociedade ou clube.
 Algumas têm diretorias e outras vivem em função de
festas, almoços e bailes.
 Parecem mais um clube social que não tem como
finalidade principal a evangelização.
 Cabe se questionar sobre a identidade de tais
comunidades que se esforçam tanto para eventos e
quase não há iniciativas missionárias.
Falta a cultura da proximidade
Doc 100
 Há paróquias que projetam a imagem de uma Igreja
distante, burocrática e sancionadora.
 Igualmente os planos pastorais diocesanos e paroquiais
precisam ser mais evangélicos, comunitários,
participativos, realistas e místicos.
 reuniões longas, encontros prolixos, metodologias
sem interação.
Há diferentes cenários de
comunidade
 comunidade centrada no padre
2. Comunidade centrada em trabalhos
pastorais e movimentos
Comunidade de comunidades
Revisão de estruturas obsoletas
Doc 100
 Cuidar demais das estruturas e da prática levou-nos a
muitas formas de ativismo estéril.
 A primazia do fazer ofuscou o ser cristão.
 Há muita energia desperdiçada em manter estruturas
que não respondem mais às inquietações atuais.
 O Documento de Aparecida propõe “abandonar as
ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a
transmissão da fé”
Linguagem
 Somos chamados a anunciar Jesus Cristo em
linguagem acessível e atual.
 Porém, o fazemos mediante abstrações e fórmulas,
sem comunicar experiências de fé. Presos a conceitos
de difícil compreensão, muitas vezes, não somos
capazes de estabelecer relações entre a vida dos que
creem e o Mistério de Deus.
Novo ser paróquia
doc 100
 “O problema não está sempre no excesso de atividades,
mas sobretudo nas atividades mal vividas, sem as
motivações adequadas, sem uma espiritualidade que
impregne a ação e a torne desejável.”
Comunidade: casa dos cristãos
 A comunidade cristã é a experiência de Igreja que
acontece ao redor da casa [domus ecclesiae]: “Paróquia:
esta é a última localização da Igreja; é, em certo
sentido, a própria Igreja que vive no meio das casas dos
seus filhos e das suas filhas.” É a Igreja que está onde as
pessoas se encontram
Paróquia é lar - casa
4.6.1 Casa da Palavra
4.6.2 Casa do pão
4.6.3 Casa da caridade – ágape
A INICIAÇÃO À VIDA
CRISTÃ COMO FONTE
DE RENOVAÇÃO DE
TODA VIDA PAROQUIAL
3.2. Igreja: casa da iniciação à vida
cristã
 O estado permanente de missão implica uma efetiva
iniciação à vida cristã. Cada tempo e lugar têm um
modo característico de apresentar Jesus Cristo e
suscitar nos corações o seguimento apaixonado à sua
pessoa, que a todos convida para com Ele vincular-se
intimamente (DGAE n.41)
Catequese catecumenal
 Trata-se de uma catequese de inspiração catecumenal.
A adesão que tal processo de inspiração catecumenal
promove deve ser feita pela primeira vez, mas refeita,
fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o
cotidiano exigir. Nossas comunidades precisam ser
mistagógicas, lugar por excelência da catequese,
preparadas para favorecer que o encontro com Jesus
Cristo se faça e se refaça permanentemente. (n.43)
Atitudes e estruturas
 Requer uma série de atitudes: acolhida, diálogo,
partilha, escuta da Palavra de Deus e adesão à vida
comunitária. Implica estruturas eclesiais apropriadas,
nos mais diversos lugares e ambientes, sempre
disponíveis a acolher, apresentar Jesus Cristo e dar as
razões da nossa esperança (1Pd 3,15). (n.45)
o lugar da liturgia,
 celebrada na comunidade dos fiéis, ocupa na ação
missionária da Igreja e no seguimento de Jesus Cristo.
 Por isso, “nenhuma atividade pastoral pode se realizar
sem referência à liturgia”. Enfim, ela, fonte de
verdadeira alegria (At 2,46), tem um papel
fundamental na missão evangelizadora da Igreja, na
consolidação da comunidade cristã, e na formação dos
discípulos missionários. (n.46)
Referenciais
 Concílio Vaticano II: Ritual de Iniciação Cristã de
Adultos 1972 (RICA)
 Catequese Renovada 1986
 Diretório Geral para Catequese 1997
 Diretório Nacional para Catequese 2006
 Documento d e Aparecida
 Evangelli Gaudium
A Palavra Catecumenato
 Estado de Catecúmeno
 Tempo de iniciação
 Catecúmeno = aquele que se prepara para receber o
Batismo
 Catequese: fazer ecoar aos ouvidos
 Catecumenato é uma iniciação à fé cristã para ressoar a
mensagem de Cristo na pessoa.
A iniciação Cristã
 No início da Igreja,quem abraçava a fé devia percorrer
um caminho em preparação à vida cristã.
 Era um processo progressivo que unia Catequese
(instrução), Liturgia (Celebração) e Conversão
(vivência da fé).
 Após um tempo de cerca de três anos a pessoa recebia
na Vigília Pascal o Batismo, a Crisma e a Eucaristia.
O processo de inspiração
Catecumental
QUERIGMA : Anúncio alegre e dinâmico das
realidades principais de nossa fé: querigma
(primeiro anúncio sobre Jesus Cristo, capaz de
transformar a vida de quem acolhe a mensagem).
Introdutores = padrinhos; acompanhamento
personalizado.
1.
1. QUERIGMA: 1)Deus nos
ama, mas 2) nosso pecado
nos impede de acolher este
amor, por isso ele 3)enviou
seu Filho Jesus Cristo que
morreu na cruz e ressuscitou
e assim 4)nos salvou.
5) Jesus Cristo é a nossa vida,
nossa alegria: Ele é tudo para
nós.
6) O QUE JESUS FEZ POR
MIM, PODE FAZER POR
VOCÊ TAMBÉM
.
2. PRÉ-CATECUMENATO
SUPÕE OS INTRODUTORES
3.RITO DE ENTRADA NA
CATEQUESE
COMUNIDADE ENVOLVIDA
4. CATECUMENATO:
Processo de conhecer mais a
fé.
Aprofundar a fé
Creio
Pai Nosso
Celebrações da Palavra
Entrega do Creio
Entrega do Pai-Nosso
CATEQUISTA
5. PURIFICAÇÃO:
Quaresma, revisão de vida e escrutínios e
exorcismos. Conversão e mudança de vida (em
comunidade)
6. CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS: Vigília Pascal.
Vivência de acolhida do mistério com a comunidade
7. MISTAGOGIA: Tempo Pascal
até Pentecostes: viver a Páscoa.
Conduzir ao mistério.
QUESTÕES PASTORAIS
 Trabalho personalizado ( desafio, pois trabalhamos




mais rebanho do que ovelhas)
Acolher melhor as pessoas nas suas angústias e
esperanças
Acolher o adulto sem idealizá-lo, perceber suas
dificuldades ( seus ritmos de trabalho, estudo e
família)
Propor um itinerário de iniciação e não de
sacramentalização ( mesmo que a demanda seja pelo
sacramento_)
Aceitar a dinâmica do caminho
QUESTÕES PASTORAIS
 Rever as celebrações litúrgicas: devem ser mais
mistagógicas
 Acreditar no pequeno grupo, resultados pequenos mas
sólidos
 Envolver 0 catecúmeno/catequisando para viver em
comunidade ( não apenas par atuar numa pastoral)
QUESTÕES PASTORAIS
 Ministério do Introdutor, acompanhante, padrinho.
 Formar catequistas de acordo com o método
catecumenal, com os conteúdos do CREIO e do PAI
NOSSO e com didática
 Envolver a comunidade integralmente
 FUNDAMENTO: Leitura Orante da Bíblia
RICA
 Em 6 de janeiro de 1972, foi promulgado o Ritual de
iniciação cristã de adultos (RICA), que se configura
como um específico e completo itinerário de iniciação.
 O RICA, herdeiro da reflexão do Concílio, assume a
iniciação como um itinerário de fé que começa no
catecumenato e culmina na participação do mistério
da fé celebrado nos sacramentos da vigília pascal.
catecumenato
 O catecumenato é tomado não como
uma escola, mas como uma iniciação
de discípulos que descobrem um
caminho, por isso contempla o
primeiro anúncio. QUERIGMA
DISCIPULADO
 A formação catecumenal, mais do que ser doutrinária é
enfocada como discipulado, cuja característica
principal consiste em adquirir um modo de ser e de
viver consoante ao de Jesus. É preciso escutá-lo, viver
em comunidade e cumprir o mandamento
fundamental: amar a Deus e ao próximo.
Método: vida, catequese e liturgia
 A metodologia combina três componentes fundamentais
e
proporciona
aos
catecúmenos
serem
iniciados/introduzidos:
•
Por uma catequese apropriada, disposta em etapas,
relacionada com o ano litúrgico e apoiada nas celebrações
da Palavra, os catecúmenos chegam à íntima percepção do
mistério da salvação.
Método...
 A partir das disposições interiores manifestadas
durante o catecumenato, os candidatos adquirem a
maturidade espiritual; graças aos ritos litúrgicos,
purificam-se pouco a pouco e conservam-se pelas
bênçãos divinas.
 A relação anúncio do anúncio, celebração e vivência do
mistêrio, ressalta a unidade que se dá entre celebração
da fé e vivência cristã.
Sacramentos de Iniciação: batismo,
crisma e eucaristia
 O RICA repropõe o lugar e o sentido tradicional do
sacramento de iniciação. O ritual tem a tríplice
finalidade: significar de
unidade
maneira nova a
da iniciação, marcar ritualmente os
tempos do catecumenato e sublinhar o caráter
pascal do batismo.
 O eixo de sentido do processo de iniciação é dado
pela celebração sacramental, não isoladamente,
mas como ápice de toda a tarefa evangelizadora.
Ritos preparatórios
 Todo o processo preparatório, em sua fase catecumenal
e de purificação, converge para a recepção
sacramental, as bênçãos, os exorcismos menores, como
também aqueles relacionados aos escrutínios pedem a
purificação e o crescimento do indivíduo para que
possa receber os sacramentos e os seus frutos pela
misericórdia do Pai.
Quaresma, vigília e Páscoa
 Os sacramentos são um ponto de chegada da
preparação do cristão, mas eles constituem
também o ponto de partida para o maior
aprofundamento. A índole pascal, a Vigília Pascal,
centro da liturgia cristã, com sua espiritualidade
batismal será o ápice desse processo, preparada
com seus quarenta dias de teor penitencial. O
processo ainda contempla o caminho de
aprofundamento da experiência sacramental e da
progressiva inserção em Cristo e na Igreja nos
cinquenta dias de alegria pascal.
Linguagem
 Entendemos por iniciação cristã, todo o processo
que percorre o candidato para ser cristão.
 Este tem uma fase inicial catecumenal, culmina na
participação do mistério de fé celebrado nos
sacramentos do batismo, confirmação e eucaristia
e tem uma fase posterior, chamada mistagogia.
 O catecumenato é apenas uma fase do processo.
Ainda sobre a linguagem
 O batismo, mesmo sem um processo de fé, inicia a
criança.
 Ao ser batizada na infância, a pessoa já foi iniciada,
uma vez que recebeu a luz da fé de forma infusa;
resta completar a iniciação com a recepção dos
outros dois sacramentos e submeter-se à conversão
do período catecumenal.
catequizandos
 Assim, não consideramos exatas as expressões:
“batizado, mas não iniciado”; ou “reiniciar os
batizados”; ou então, chamar de “catecúmeno” quem já
foi batizado e, portanto, é cristão. Nesses casos é mais
apropriado dizer: “completar a iniciação dos
batizados” ou “batizados não evangelizados”.
Método mistagógico
 A iniciação nos mistérios, é um método largamente
utilizado pelos Padres da Igreja: é“um ensinamento
organizado para fazer entender aquilo que os
sacramentos significam para a vida, mas que supõe a
iluminação da fé que brota dos sacramentos; aquilo
que se aprende na celebração ritual dos sacramentos
e aquilo que se aprende vivendo de acordo com o que
os sacramentos significam para a vida”.
3 elementos do método
 a interpretação dos ritos sacramentais celebrados à luz
da história da salvação (o que aconteceu no Primeiro
Testamento torna-se plena realidade em Cristo);
 a valorização dos sinais sacramentais (água, óleo,
pão...) que possibilitam a introdução dos fiéis no
mistério celebrado;
 a abertura que o fiel deve manifestar para as tarefas
eclesiais e de transformação do mundo como
expressão da nova vida em Cristo.
Mistagogia na catequese
 Voltemos a uma catequese que privilegie o uso de
símbolos, assim como estes são celebrados no culto
litúrgico.
 Do
contrário, todo sinal ou simbologia
indiscriminadamente terá lugar na catequese,
porém, o catequizando não encontrará elementos
para fazer a ligação com o gesto propriamente
litúrgico e a celebração continuará enigmática, algo
especializado e fastidioso.
 A educação dos gestos e dos símbolos empregados na
liturgia leva-nos a valorizar o significado do rito
celebrado. Um bom método é partir do sentido
antropológico daquele sinal (do significado corriqueiro
e cotidiano), em um segundo nível notar como este
aparece na bíblia e depois analisar o significado que
adquire ao ser usado na celebração. Destes três níveis
chegamos a um quarto: extraímos o compromisso
cristão que o mesmo rito anuncia, celebra para suscitar
a fé vivida.
Formar discípulos e missionários
 Vemos que o catecumenato adquire feições próprias de
um discipulado, do seguimento de Cristo e consegue,
assim, superar a histórica barreira da catequese
concebida unicamente como doutrina e da liturgia
como ato devocional ou cumprimento do dever de
religião. O objetivo é um só: ser configurado no
mistério da páscoa de Cristo.
TEMPOS E ETAPAS
ENFRENTANDO RESISTÊNCIAS E
ABRINDO CAMINHOS
Doc100 início do capítulo 6
 É preciso recuperar o primado de Deus e o lugar do
Espírito Santo em nossa ação evangelizadora, pois
“nunca será possível haver evangelização sem a ação do
Espírito Santo”.
Conversões doc 100
 A conversão pessoal e a pastoral andam juntas, pois se
fundam na experiência de Deus realizada por pessoas e
comunidades. “Temos consciência de que a
transformação das estruturas é uma expressão externa
da conversão interior. Sabemos que esta conversão
começa por nós mesmos. Sem o testemunho de uma
Igreja convertida, vãs seriam nossas palavras de
pastores.” ( Puebla)
Conversão para a missão doc 100
 A paróquia missionária há de ocupar-se menos com
detalhes secundários da vida paroquial e focar-se mais
no que realmente propõe o Evangelho.
 A conversão e a revisão das estruturas não se realizam
para modernizar a Igreja, mas para buscar maior
fidelidade ao que Jesus quer da sua comunidade.
 É exigência da missão a renovação dos costumes,
estilos, horários e linguagem.
4.2. Igreja:
casa da iniciação à vida cristã
 um processo de iniciação à vida cristã, que conduza ao
“encontro pessoal com Jesus Cristo”, no cultivo da
amizade com Ele pela oração, no apreço pela
celebração litúrgica, na experiência comunitária e no
compromisso apostólico, mediante um permanente
serviço ao próximo. (DGAE n.83)
Capítulo 5 - doc 100
SUJEITOS E TAREFAS DA CONVERSÃO PAROQUIAL
 Na renovação paroquial, todos estão
envolvidos em diferentes tarefas. O
fortalecimento das comunidades supõe
a multiplicação de ministérios e
serviços dos discípulos e discípulas
missionários.
5.1 Os bispos
 Os bispos serão os primeiros a fomentar, em toda a
diocese, a conversão pastoral das paróquias. Eles são os
responsáveis por desencadear o processo de renovação
das comunidades, especialmente na missão com os
afastados, chamados a fazer da Igreja casa e escola de
comunhão
5.2 Os presbíteros
 Todo presbítero é chamado a ser padre-pastor, dedicado, generoso,
acolhedor e aberto ao serviço na comunidade. Há, contudo, uma
sobrecarga de múltiplas tarefas assumidas, especialmente pelos
párocos, impostas ou solicitadas pelo bem da comunidade
 A conversão pastoral da paróquia depende muito da postura do
presbítero na comunidade.
 Será fundamental acolher bem as pessoas, exercer sua paternidade
espiritual sem distinções, renovando sua espiritualidade para ajudar
tantos irmãos e irmãs que buscam a paróquia. Desse modo estará mais
disponível para ir ao encontro de tantos sofredores que nem sempre são
bem acolhidos na sociedade e na comunidade eclesial.
5.3 Os diáconos permanentes
 Aparecida sugere que os diáconos permanentes,
acompanhem “a formação de novas comunidades
eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e
culturais, aonde ordinariamente não chega a ação
evangelizadora da Igreja
 a conversão paroquial supõe oportunamente a atuação
de diáconos permanentes, preferencialmente se eles
estiverem morando nessas comunidades urbanas ou
rurais.
5.4 Os consagrados
 Reconhece-se o importante papel dos consagrados e consagradas
que desenvolvem seu apostolado nas paróquias, comprometidos
diretamente com a ação pastoral, de acordo com seus carismas.
 Atuem em plena comunhão pastoral com a Igreja Particular,
evitando toda ação paralela.
 Suas promoções vocacionais, seu trabalho em hospitais e escolas
e suas diferentes atuações devem estar alinhados com a diocese,
para que o vínculo da comunhão seja mantido.
 Tal vínculo não é apenas jurídico, mas, especialmente, pastoral e
missionário.
5.5 Os leigos
 “A sua ação dentro das comunidades eclesiais é tão
necessária que, sem ela, o próprio apostolado dos pastores
não pode conseguir, na maior parte das vezes, todo o seu
efeito.”
 é urgente desencadear um processo integral de formação,
que seja programada, sistemática e não meramente
ocasional, considerando especialmente a Doutrina Social
da Igreja. Assim leigos e leigas se compreenderão como
sujeitos da comunhão eclesial e engajados na missão.
 5.5.1 A família :
 Nas paróquias participam pessoas unidas sem o vínculo sacramental,






outras estão numa segunda união, e há aquelas que vivem sozinhas
sustentando os filhos.
5.5.2 As mulheres
A Evangelii Gaudium insiste que a presença das mulheres deve ser
garantida nos diversos âmbitos onde se tomam as decisões importantes
na Igreja e na sociedade
5.5.3 Os jovens
Trata-se de fazer uma opção afetiva e efetiva pelos jovens, considerando
suas potencialidades. Para isso, é importante garantir espaços adequados
para eles nas paróquias, com atividades, metodologias e linguagem
próprias, assegurando a participação e o engajamento comunitário.
5.5.4 Os idosos
Nas comunidades encontram-se muitos idosos que participam da vida
paroquial. Nem sempre eles são escutados em suas preocupações.
5.6 Comunidades Eclesiais de Base
 Elas “trazem um novo ardor evangelizador e uma
capacidade de diálogo com o mundo que renovam a
Igreja”, mas para isso é preciso que elas “não percam o
contato com esta realidade muito rica da paróquia
local. “Mantendo-se em comunhão com seu bispo, e
inserindo-se no projeto da pastoral diocesana, as CEBs
se convertem em sinal de vitalidade na Igreja
Particular.
5.7 Movimentos e associações de fiéis
 Os movimentos e associações de fiéis, por terem organização
supradiocesana, muitas vezes, recebem orientações
independentes da diocese, e não raras vezes surgem desconfortos
nas suas relações com as paróquias e as comunidades. Tais
grupos têm direito de reivindicar sua presença nas dioceses, mas
alguns têm receio de que o plano de pastoral lhes prive do
carisma especifico.
 “movimentos e associações não podem colocar-se no mesmo
plano das comunidades paroquiais como possíveis alternativas.
Ao contrário, têm o dever de serviço na paróquia e na Igreja
particular. E é nesse serviço que é dado na estrutura paroquial ou
diocesana que se revelará a validade das respectivas experiências
no interior dos movimentos e associações.”
Critérios
 não uma catequese ocasional, como preparação para
receber algum sacramento, mas continuada.
 Isso implica melhor formação dos responsáveis
 um itinerário catequético permanente, assumido pela
Igreja Particular
 que não se limite a uma formação doutrinal, mas
integral. (DGAE n.84)
Considerar
 A inspiração catecumenal implica em uma estreita
relação entre Bíblia e catequese.
 Essa mesma inspiração implica, também, uma estreita
relação entre a catequese e a liturgia. A catequese
assume o caráter de eco do mistério experimentado e
vivenciado na liturgia e se abre para a missão (DGAE
n.85-86)
Catequese e liturgia
 animar a vida litúrgica de uma comunidade supõe:
 formar permanentemente a assembleia litúrgica,
dedicando especial atenção aos ministros ordenados e às
equipes de celebração;
 preparar as celebrações, respeitando-se as partes que
compõem o rito;
 realizar com dignidade e competência as ações
celebrativas;
 avaliar a preparação e a realização em busca do
crescimento na qualidade das celebrações. (DGAE n.87)
Formar discípulos
 A formação dos discípulos missionários precisa






articular fé e vida e integrar cinco aspectos
fundamentais:
o encontro com Jesus Cristo,
a conversão,
o discipulado,
a comunhão,
a missão.
(DGAE n.91)
O processo formativo se
 constitui em alimento da vida cristã e precisa estar
voltado para a missão, que se concretiza no anúncio
explícito de Jesus Cristo, vida plena, para todos, em
especial para os pobres.
 A formação não se reduz a cursos.
 Ela integra a vivência comunitária, a participação em
celebrações e encontros, a interação com os meios de
comunicação, a inserção nas diferentes atividades
pastorais e espaços de capacitação, movimentos e
associações. (DGAE n.91)
Nova formação
 “É preciso ter a coragem de levar a fundo uma revisão
das estruturas de formação e preparação do clero e do
laicato da Igreja que está no Brasil. Não é suficiente
uma vaga prioridade da formação, nem documentos
ou encontros. Faz falta a sabedoria prática de levantar
estruturas duradouras de preparação em âmbito local,
regional, nacional e que sejam o verdadeiro coração
para o Episcopado, sem poupar forças, solicitude e
assistência. A situação atual exige uma formação
qualificada em todos os níveis”.
 PAPA FRANCISCO.
4.3. Igreja: lugar de animação
bíblica da vida e da pastoral
 Seus principais objetivos são:
 propiciar meios de aproximação das pessoas à Palavra
de Deus, para conhecê-la e interpretá-la corretamente;
 entrar em comunhão e com a Palavra de Deus por meio
da oração;
 evangelizar e proclamá-la como fonte de vida em
abundância para todos.
(DGAEn.93)
Homilia
 Especial atenção merece a homilia que atualiza a
mensagem da Bíblia de tal modo que os fiéis sejam
levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de
Deus, no momento atual de sua vida. Ela pode ser
“uma experiência intensa e feliz do Espírito, um
consolador encontro com a Palavra, uma fonte
constante de renovação e crescimento”
(DGAE n.95)
Sugere-se
 sejam criadas e fortalecidas equipes de animação
bíblica da pastoral.
 a necessidade de que as pessoas possuam a Bíblia.
 É necessário ajudar a ler e interpretar corretamente a
Escritura,
 Merece destaque a leitura orante, que favorece o
encontro pessoal com Jesus Cristo, o Verbo de Deus
(n.96-98)
 utilizar o espaço “dos novos meios de
comunicação social, especialmente a
internet com inúmeras redes sociais, que
constituem um novo fórum onde fazer
ressoar o Evangelho” (DGAE n.100)
 instituição de ministros e ministras da
Palavra e à sua formação continuada
(DGAE n.101)
6.1 Comunidades da comunidade
paroquial
 A grande comunidade, praticamente impossibilitada de
manter os vínculos humanos e sociais entre todos, pode ser
setorizada em grupos menores. A paróquia descentraliza
seu atendimento e favorece o aumento de líderes e
ministros leigos e vai ao encontro dos afastados.
 A setorização é um meio. Não basta a demarcação de
territórios, é preciso identificar quem vai pastorear, animar
e coordenar as pequenas comunidades. Sem essa
preparação, a simples setorização não renova a vida
paroquial.
6.2 Acolhida e vida fraterna
 A missão que se impõe às comunidades paroquiais é
rever o relacionamento humano que nelas se
estabelece. A alegria, o perdão, o amor mútuo, o
diálogo e a correção fraterna são apenas alguns
indicativos para essa revisão. Não será possível acolher
os afastados se aqueles que estão na comunidade
vivem se desencontrando.
6.3 Iniciação à vida cristã
 Para que as comunidades sejam renovadas, devem ser casa
de Iniciação à vida cristã, onde a catequese há de ser uma
prioridade. Um novo olhar permitirá uma nova prática. A
catequese, como iniciação à vida cristã, ainda é
desconhecida em muitas comunidades. Um dos grandes
desafios da pastoral paroquial é fazer com que os membros
das comunidades cristãs percebam o estreito vínculo que
há entre Batismo, Confirmação e Eucaristia.
 Só haverá revitalização das comunidades com uma
catequese centrada na Palavra de Deus, expressão maior da
animação bíblica da pastoral.
6.4 Leitura Orante da Palavra
 Sendo Casa da Palavra, a paróquia há de promover
uma nova evangelização. Muitos paroquianos ainda
não se familiarizaram com a Bíblia. A Palavra é
saboreada na experiência comunitária da Leitura
Orante.
6.5 Liturgia e espiritualidade
 Após o Concílio Vaticano II, nas celebrações litúrgicas
buscou-se maior participação da assembleia.
Entretanto, algumas experiências têm mostrado que às
vezes se fala demais e se reza pouco. Corre-se o risco de
algumas celebrações serem realizadas sem a
espiritualidade devida. Tanto os ministros ordenados
quanto as equipes de liturgia precisam vivenciar o que
celebram.
6.6 Caridade
 As comunidades da paróquia precisarão acolher a todos, em
especial os moralmente perdidos e os socialmente
excluídos,
 Sem dispensar as muitas iniciativas já existentes na prática
da caridade, as paróquias precisam acolher fraternalmente
todos:
 Dependentes químicos, migrantes, desempregados,
dementes, moradores de rua, sem-terras, soropositivos,
doentes e idosos abandonados
6.7 Conselhos, organização
paroquial e manutenção
 . O Conselho de Assuntos Econômicos
também é determinante para a
administração dos bens, manutenção e
planejamento financeiro da paróquia.
Esses conselhos são organismos de
participação do laicato.
 Do Conselho de Pastoral Paroquial deve
fazer parte o coordenador do Conselho de
Assuntos Econômicos.
Álcool
 Algumas iniciativas não são fáceis de ser aplicadas, mas são
urgentes. Uma delas é evitar a comercialização e o consumo de
álcool nos espaços da comunidade. Especialmente nas festas dos
padroeiros e outros eventos religiosos, a venda de bebida
alcoólica contrasta com os programas de defesa da vida e
combate à drogadição que a Igreja promove. Uma das drogas
mais ameaçadoras da sociedade é o álcool. Entretanto, algumas
paróquias, em razão de questões financeiras, culturais ou porque
“sempre foi assim”, caem nessa contradição grave. Será preciso
encontrar saídas alternativas para a manutenção da comunidade,
como a partilha do dízimo. É urgente a conversão das
comunidades paroquiais para evitar o contratestemunho de
promover o consumo de álcool em quermesses ou outras
DÍZIMO
 Há paróquias que já avançaram na organização do
dízimo, outras estão formando a consciência dessa
participação. É muito importante, porém, que a
implantação do dízimo garanta o seu sentido
comunitário: “Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor
9,7). É a alegria de doar com liberdade e consciência de
ser um sinal de partilha.
PARTILHA
 Evite-se, entretanto, o sentido de taxa ou mensalidade e
a ideia de retribuição, segundo a qual é preciso doar
para receber a bênção. Igualmente cuide-se para não
exagerar nas campanhas de conscientização que
muitas vezes causam reação negativa, especialmente
entre aqueles que estão afastados da comunidade
eclesial. A participação financeira na partilha de
recursos com a comunidade paroquial deverá ser um
processo desencadeado pelas pequenas comunidades
que formam seus discípulos missionários.
Conselhos
 . O Conselho de Assuntos Econômicos
também é determinante para a
administração dos bens, manutenção e
planejamento financeiro da paróquia.
Esses conselhos são organismos de
participação do laicato.
 Do Conselho de Pastoral Paroquial deve
fazer parte o coordenador do Conselho de
Assuntos Econômicos.
PARTICIPAÇÃO
 A sociedade atual vive na interatividade. As pessoas
participam, opinam e se posicionam sobre diferentes
realidades do mundo. A conversão pastoral supõe
considerar a importância dos processos participativos
de todos os membros da comunidade paroquial. Para
desencadear essa participação, é preciso estimular o
funcionamento do Conselho de Pastoral Paroquial
Sintonia
 É necessário, contudo, haver concordância entre o
Conselho Pastoral Paroquial e o Conselho de Assuntos
Econômicos. Para isso, ambos os conselhos precisam ser
formados por discípulos missionários, pessoas que
participam ativamente da vida da Igreja. Especialmente o
Conselho de Assuntos Econômicos não pode ser uma
“diretoria” ocupada apenas com construções e reformas. Os
leigos precisam ser apoiados financeiramente em suas
comunidades, seja para a realização de cursos e encontros,
seja para manter a unidade com a diocese, seja para
aprofundar o conhecimento de seu serviço e pastoral.
Nova mentalidade
 Para superar uma mentalidade que reduz a
administração à manutenção e construção de bens
materiais é preciso proporcionar formação específica
para os membros do conselho de assuntos econômicos.
As decisões sobre reformas e construções, e o
investimento a ser feito na pastoral, na missão e na
formação de pessoas da comunidade será de
responsabilidade do Conselho de Pastoral Paroquial e
sua execução caberá ao Conselho de Assuntos
Econômicos
6.13 Sair em missão
 É urgente ir ao encontro daqueles que se afastaram da
comunidade ou dos que a concebem apenas como uma
referência para serviços religiosos. Ocasião especial para
acolher os afastados pode ser a preparação de pais e
padrinhos para o Batismo, a preparação de noivos para o
Sacramento do Matrimônio, as Exéquias e a formação de
pais de crianças e jovens da catequese. Todas essas
situações supõem um olhar menos julgador e mais
acolhedor, para receber aqueles que buscam a comunidade
pensando apenas no sacramento.
6.14 Breve conclusão
 Para que a paróquia se converta em comunidade de




comunidades, será preciso manter algumas
características fundamentais:
a) formar pequenas comunidades a partir do anúncio
querigmático, unidas pela fé, esperança e caridade;
b) meditar a Palavra de Deus pela Leitura Orante;
c) celebrar a Eucaristia, unindo as comunidades da
Paróquia;
d) organizar retiros;
 E) estabelecer o Conselho de Pastoral Paroquial e o




Conselho de Assuntos Econômicos, garantindo a comunhão
e participação;
f) valorizar o laicato e incentivar a formação para os
ministérios leigos;
g) acolher a todos, especialmente os afastados, atraindo
para a vida em comunidade, expressão da missão;162
h) viver a caridade e fazer a opção preferencial pelos pobres;
i) estimular que a igreja matriz e as demais igrejas da
paróquia tornem-se centros de irradiação e animação da fé
e da espiritualidade;
 maior atenção aos condomínios e conjuntos de
residências populares;
 k) garantir a comunhão com a totalidade da
diocese;163
 l) utilizar os recursos da mídia e as novas formas de
comunicação e relacionamento;
 m) ser uma Igreja “em saída missionária”.
Refletir
 Quais as urgências e encaminhamentos que devemos
identificar para ocorrer um processo de renovação da
catequese e da comunidade?
MUITO OBRIGADO
Dom Leomar Brustolin
[email protected]
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A RENOVAÇÃO DA COMUNIDADE PELA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ