Desafios Enfrentados pela
Inteligência Artificial
Considerações para construção
de um sistema especialista
Marvin Minsky
Entrevista retirada de www.lummni.com.br/TECNOLOGIA_ARTIGOS_JORNAIS.HT
 Algum
dia os computadores serão
capazes de pensar?
R
Eles já pensam de uma maneira, mas
para que passe a pensar de outras, é
preciso que passemos a entender como
se dá o processo do pensamento;

Muitos dizem que cpu’s apenas seguem
instruções mais rapidamente que os
humanos . O que pode compensar esta má
reputação da IA?
R Estão errados pois os cpu’s podem seguir
outros tipos de processos, pois podem ser
programados para fazerem uma “pesquisa
evolutiva”, ou resolverem problemas por
“tentativa e erro”;
 Algum
dia as máquinas poderão
desenvolver algo comparável à
consciência?
R
Se a habilidade do cérebro refletir sobre
suas ações pode ser chamada de
consciência, muitos programas já fazem
algo do tipo, pode-se dizer que já possuem
um certo grau de consciência;
 Qual
será o impacto disso sobre os
negócios?
R
Aumento na produtividade em todos os
setores e não se pode imaginar a tamanha
transformação no mercado de trabalho;
 Os
defensores da IA não cometem um
erro ao descartar o livre arbítrio como
ilusão?
R
Quando se diz que “usei meu livre arbítrio
para tomar uma decisão”, isso só quer
dizer “ não sei o bastante sobre minha
mente para entender como tomei esta
decisão”;
Hubert Dreyfus vs Edward
Feigenbaum
Um artigo baseado em opiniões de Dreyfus e Feigbaum
 Segundo
 Pode
Dreyfus IA:
ser considerada a alquimia do século
passado;
 Quando passa a realizar tarefas de
maneira tão eficiente quanto um humano,
é comum considerar esta atividade como
não inteligente;
O
senso comum é inatingível;
 É praticamente impossível alcançar a
inteligência plena devido ao fato de que o
homem não é formado não só por espírito
mas por um corpo também, ou seja, as
máquinas não recebem influências do
meio sobre seu pensamento;
 “ Ser inteligente é ver as relações
analógicas existentes entre as situações
novas e antigas das quais já sabemos
como agir”;
 Enquanto
que Feigenbaum acredita
que:
 Um
dia existirão robôs “perfeitos”;
 Até o senso comum poderá vir a ser
armazenado no banco de dados de um
sistema, valendo o mesmo para intuição e
imaginação;
 É possível a produção em larga escala de
mentes brilhantes, basta oferecer aos
computadores a capacidade de autoaprendizado;
 “Qual a influência do corpo de Einstein
sobre seu pensamento?”
A
humanidade é mecânica;
 O sucesso da IA está no conhecimento
armazenado no sistema;
 Não são perfeitos ainda devido ao senso
comum humano que abrange um grande
universo de fatores, entretanto não é
infinito;
Desafios da IA
 Comunicação
 Linguagem
e Percepção:
Natural,
 Visão,
 Manipulação;
 Raciocínio
Simbólico;
 Engenharia do Conhecimento;
Comunicação
 Desde
o início tentou se desenvolver
um sistema de tradução simultânea;
 Projetos atuais:
 Tradutor
multilíngüe com vocabulário de
100.000 palavras;
 Sistema de consulta com diversos temas;
 Sistema capaz de falar e entender a
linguagem natural com cerca de 10.000
palavras;
Problemas no processamento
da linguagem natural
 Análise
sintática
e
semântica
das
orações;
 Ambigüidade das palavras;
 Significados de palavras simples cujos
significados estão associados ao
contexto;
Raciocínio Simbólico;
 Sistemas
inteligentes são baseados em
regras heurísticas ao contrário das
equações analíticas dos programas de
cálculo;
 Resultado: o programa segue uma linha
de raciocínio ao invés de uma
seqüência de passos fixos;
Engenharia do Conhecimento
 Sub-dividido
em diversas áreas:
 Representação
do conhecimento;
 Aquisição do Conhecimento, a qual pode
ser feita através de aprendizado por
experiência, regras lógicas e atualmente
por sessões de ensino;
 Método de Inferência: conforme a
quantidade e o manejo dos dados pode-se
usar a lógica difusa;
Engenharia do Conhecimento
 Processamento
da linguagem natural, a
qual facilita a inter-relação homem
computador. Possibilita que um perito de
qualquer área trabalhe e desenvolva, de
maneira prática, um sistema.
Criação de um SE
 Os
conhecimentos devem ser ajustados
de maneira que sua análise seja menos
complexa possível;
 Ao delimitar o problema deve-se então
determinar o tipo apropriado de
ferramenta para o desenvolvê-lo;
 Em seguida deve-se implementar um
pequeno modelo, que deve ser
experimentado e resolvido as falhas
encontradas, depois de solucionado
deve-se aumentar aos poucos sua
complexidade;
Criação de um SE
 Os
engenheiros de conhecimento
devem acompanhar os seguintes
passos:
 Seleção
da ferramenta e estratégia para
enfrentar o problema;
 Analisar o conhecimento necessário para
resolução do problema;
 Construir um rascunho do sistema;
 Escrever
o banco de conhecimento e
prová-lo em um número amplo de casos;
 Ampliar e modificar o programa até que
funcione tal e como queremos que o faça;
 Manter e atualizar o sistema, conforme se
necessite;
Consideração Final
Um conceito interessante de IA
pode ser
encontrado em"Artificial Intelligence, Principles and
Applications" Chapman & Hall Computing, 1986, pg 4:
"No sentido de oferecer minha contribuição pessoal
com uma definição da Inteligência Artificial, eu pediria
que fosse considerada uma analogia entre objetos que
pensam e objetos que voam. Durante muitos séculos,
os pássaros (e morcegos, é claro) foram tidos como os
únicos "objetos" capazes de voar, assim como os
seres humanos foram os únicos capazes de pensar. A
crença de que uma máquina construída pelo homem
pudesse
voar
sempre
pareceu
absurda
e
incompreensível para muitos, assim como a noção de
que uma máquina possa pensar é inaceitável para
muitas pessoas hoje em dia.
Penso que a suposição de que propriedades
bioquímicas do cérebro possam ser responsáveis
por crenças e pensamentos é análoga à de se
acreditar que são as propriedades bioquímicas dos
pássaros que lhes possibilitam desfrutar do vôo
auto-sustentado. O que hoje sabemos é que são
as propriedades aerodinâmicas dos pássaros que
lhes permitem alçar vôos e sustentar-se no ar. A
analogia por meio da aerodinâmica sugere que
muito do que pudemos aprender sobre o vôo foi
por meios artificiais e não diretamente. O que
aconteceu foi que acabamos criando um corpo de
conhecimentos científicos e leis governando
aspectos tanto do vôo dos pássaros como de
aviões. O vôo artificial tem progredido, mas não é
na direção da imitação do vôo natural, nem por
meio da sua observação.“
retirado em
http://www.millennium.com.br/inteligencia_artificial.htm
Bibliografia
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arquivo disponível em http://www.din.uem.br/ia/especialistas/index.html
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(Acessado em 03/11/01).
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arquivo disponível em www.lummni.com.br/TECNOLOGIA_ARTIGOS_JORNAIS.HTM
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Hubert Dreyfus e Edward Feigenbaum.
arquivo disponível em http://www.lia.ufc.br/~bezerra/dreyfeg.htm
(Acessado em 01/11/01)
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