“Vendo Ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36). 1. Mostrar o que significa “compaixão” quando se tem Jesus como modelo. 2. Levar cada um de nós a refletir sobre a necessidade de viver a compaixão vivida por Jesus. 3. Mostrar que não entendemos bem o discurso de Cristo quando não vivemos esse tipo modelo deixado por Ele. Jesus, o Salvador compassivo, odiava o pecado e amava os pecadores. Seu método de ministrar às pessoas nas multidões individualmente deve servir de modelo para nosso testemunho hoje. Vários eram os motivos pelos quais as multidões vinham ao encontro de Jesus: Carências emocionais, crise econômica e social, a necessidade de um modelo a ser seguido, etc... Hoje as pessoas buscam encontrar nos cristãos um “tipo” de Cristo em suas vidas. Como temos representado o reino de Cristo? O que significava para as pessoas o toque de Jesus? 1. Aceitação: O leproso que se aproximou de Jesus (Mt 8:1-3), ele foi curado duas vezes: a. Da lepra e b. da carência afetiva 2. Alívio: Jesus dizia: “Vinde a Mim e eu vos aliviarei” (Mt 11:28). 3. Oportunidade de um recomeço: A mulher adúltera de S. João 8: “Vai e não peques mais”. Quando as pessoas entram em contato conosco que tipo de cura estamos proporcionando para elas? Ou somos tão parecidos com o modelo do mundo que elas não conseguem fazer diferença entre nós e todo mundo? Discuta com sua classe. Jesus se compadecia das multidões e as perdoava para a salvação. Quando a Bíblia fala de perdão fica claro que todo cristão tem a obrigação de perdoar seu semelhante e se não está disposto a fazêlo Deus não o pode aceitar como seu filho. Não se trata de uma opção, perdoar ou não, mas, uma obrigação. Ou perdoa ou está fora do reino de Deus. Para ilustrar Jesus apresenta uma parábola esclarecedora em S. Mateus 18: 21-34: Um servo devia dez mil talentos ao rei (equivalente a 600 milhões de reais). O rei lhe perdoa a dívida e este servo sai da presença do rei e encontra um amigo que lhe deve 100 denários (equivalente a mil reais). Só que ele manda prender o amigo e não lhe perdoa a dívida. O rei fica sabendo da história e manda prendê-lo para o resto da vida. Como foi perdoado por 600 milhões e não perdoa mil reais? O que Jesus quis ensinar com esta parábola? Fomos perdoados de uma dívida que não podíamos pagar. Jesus pagou com sua vida, o preço da salvação. Não tínhamos como resolver o problema do pecado. Como não estamos dispostos a perdoar o nosso semelhante por questões banais do dia a dia? Se queremos o perdão de Deus precisamos perdoar nosso semelhante. Como você encara a questão do perdão? É fácil perdoar? Discuta com seu grupo. A Bíblia declara que o “Verbo Se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14). Este texto revela um Deus pessoal, verdadeiro, que Se identifica conosco, que Se preocupa com Seus filhos. A palavra habitou, no grego, significa armar uma tenda, que é a mesma palavra usada no original para tabernáculo. Esta palavra evoca lembranças do tabernáculo do Antigo Testamento, que era o lugar em que os homens encontravam Deus. Jesus, que é a expressão exata do Pai (Hb 1:3), é a Pessoa em quem encontramos o Deus compassivo, cujo movimento é descendente, ou seja, que desce do Céu e habita entre nós, na Terra, para ser Deus conosco. Assim tem início uma relação tão próxima, capaz de nos comunicar a mensagem do Seu reino. O Deus a quem servimos é um Deus pessoal que quer estar perto de nós, Ele deseja partilhar conosco das particularidades, dificuldades incompreendidas, os assuntos mais íntimos. Aquilo que não temos como partilhar com pessoas por não termos confiança, podemos partilhar com nosso Deus. Qual o sentimento que invade nosso coração quando sabemos que temos um Deus em quem podemos confiar? Discuta com o grupo. Como igreja, temos que ser mensageiros da esperança para pessoas que são discriminadas, marginalizadas, sofredoras; pessoas que estão perdidas no pecado. No Evangelho de Lucas 9:10-17 encontramos um grande exemplo do Salvador compassivo. Quando ele sacia a fome das pessoas fazendo a multiplicação dos pães e peixes. Devemos imitá-Lo, para nos tornarmos agentes de esperança. A conclusão a que chegamos é que a igreja deve reagir às demandas da sociedade. Para que a igreja revele o que tem a oferecer, a exemplo de Jesus Cristo, neste texto, deve se ver como resposta de Deus para a sociedade. Jesus Cristo Se via como resposta de Deus à ignorância espiritual do povo: “...falava-lhes a respeito do reino de Deus” (v. 11). Via-Se, também, como resposta de Deus à enfermidade do povo: “...socorria os que tinham necessidade de cura” (v. 11). Via-se como resposta de Deus à fome do povo: “E, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou, partiu e deu aos discípulos para que os distribuíssem entre o povo. Todos comeram e se fartaram...” (v. 16 e 17). Via-Se como resposta à desorganização e desorientação do povo: “Fazei-os sentar-se em grupos de cinqüenta” (v. 14). Tudo que Jesus Cristo usou para responder as demandas do povo foi motivado pela compaixão, pois Ele acolhia as pessoas. Como igreja, devemos seguir os passos do Salvador compassivo.