Saca rolhas
informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
Articulações e ações
para promoção do
vinho brasileiro são
intensificadas
| Páginas 6, 13 e 14
Wines of Brasil
abre escritório
nos Estados Unidos
| Página 19
Cartilhas descomplicam
informações sobre vinhos,
espumantes e sucos
| Página 20
A taça é nossa!
Challenge Wine In atesta que o vinho tinto brasileiro está à altura de concorrentes
globais, como os argentinos e chilenos, em qualidade e preço
| Páginas 10 e 11
Estudo destaca capital social
da cadeia produtiva do vinho
A solidificação da cadeia produtiva vitivinícola, os problemas enfrentados quanto à comercialização e o
elevado capital social gerado pelo setor. Estes foram alguns dos principais
resultados apontados no Relatório sobre Capital Social na Cadeia Vitivinícola, do Projeto Coesão Social através do fortalecimento das Cadeias
Produtivas (COCAP), divulgado em
junho, durante seminário realizado
em Caxias do Sul. O estudo considerou uma amostra de 537 integrantes
da cadeia produtiva, nos municípios
de Caxias do Sul, Bento Gonçalves,
Garibaldi, Farroupilha, Flores da
Cunha e Monte Belo do Sul.
De acordo com o levantamento,
a cadeia vitivinícola apresenta um
elevado acúmulo de capital social.
A pesquisa ouviu produtores de uva,
enólogos, vinicultores, trabalhadores
assalariados das vinícolas, fornecedores de qualificação, fornecedores
de insumos industriais e distribuidores. “Concluímos que os integrantes
da cadeia produtiva conhecem a realidade do setor e têm consciência de
quanto aufere cada elo. E a pesquisa
reforçou os desajustes impostos na
rentabilidade dos produtores pela
concorrência comercial exercida pelos importados”, sintetizou o economista Carlos Paiva, da Fundação de
Economia e Estatística (FEE), órgão
responsável pelo estudo.
O estudo apontou a liderança do
Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), respaldada pela respeitabilidade técnica da Embrapa, entre os
fatores que contribuem para o desenvolvimento da cadeia produtiva.
Entretanto, o documento reiterou
a necessidade da união de esforços
para abrandar o impacto de pressões
competitivas externas.
Paiva destaca o processo de qualificação da vitivinicultura gaúcha,
a demanda crescente de trabalho especializado e a valorização do Real
como itens críticos para avaliação
da cadeia sob o ponto de vista econômico e social. “Será preciso desenvolver uma política industrial específica para o nosso setor vinícola,
ou o conflito distributivo entre os
distintos elos da cadeia pode vir a se
Expediente
2
Lucas Araldi, Rádio Difusora 890 AM
Pesquisa mensurou aspectos econômicos e sociais do setor e detectou dificuldades de comercialização da produção
CARLOS PAIVA, DA FEE, APRESENTOU RESULTADOS DO ESTUDO PARA O SETOR
tornar crônico, deprimindo a elevada
acumulação de capital social que caracteriza esta atividade no Rio Grande do Sul”, acredita. Capital Social é
o conjunto estrutural de uma cadeia
produtiva baseada na cooperação e
interlocução entre seus integrantes.
O pesquisador cita a colocação
da produção no mercado como um
dos gargalos da cadeia produtiva que
pode ser amenizado com a otimização de uma política de compras governamentais. “Elas desafogariam os
estoques e gerariam fluxo de caixa
para as empresas voltarem a investir
sem ter que se endividar”, opinou.
O diretor-executivo do Ibravin,
Carlos Paviani, afirma que a pesquisa
revelou, além da questão econômica,
a importância social que envolve a cadeia vitivinícola. “A análise dos dados
reforçou alguns desafios a serem enfrentados, principalmente em relação
ao desenvolvimento de toda a cadeia,
desde a base, que é o produtor rural,
até a indústria. Sabemos que o agricultor precisa de uma remuneração justa
e as vinícolas têm que ter rentabilidade
adequada”, disse.
Assim como o economista, Paviani concorda com as dificuldades
enfrentadas para o escoamento da
produção. O executivo do Ibravin
reconheceu, entretanto, que instrumentos como os leilões do Prêmio
de Escoamento da Produção (PEP),
operacionalizado pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), com recursos dos ministérios
do Desenvolvimento Agrário (MDA)
e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a comercialização por meio do Programa de Aquisi-
ção de Alimentos (PAA) estão sendo
fundamentais para o setor. “Estas políticas estão voltadas para a agricultura familiar, que é a base produtiva
da cadeia vitivinícola”, resumiu.
Interação com a enogastronomia
A cadeia da enogastronomia também foi analisada e constatou a necessidade de elaboração de estratégias para a qualificação das gestões e
das equipes. A diretora-executiva do
Sindicato dos Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares da Região Uva e
Vinho (SHRBS), Márcia Ferronato,
reiterou que o estudo reforça a relação que existe entre as cadeias vitivinícolas e da enogastronomia. Ela destaca a realização de diversos eventos
realizados em conjunto entre os setores, como o Dia do Vinho e o Projeto
Escola Profissionais do Vinho.
O que é o COCAP
O Projeto de Coesão Social
através do Fortalecimento das Cadeias Produtivas (COCAP) é um
programa de integração regional,
descentralizado, de iniciativa da
Comissão Europeia. O objetivo é
contribuir para o desenvolvimento
social e territorial visando melhorar a competitividade das cadeias
produtivas da América Latina. A
coordenação global cabe à região
do Vêneto, na Itália. Participam do
Programa, além do Estado do Rio
Grande do Sul, no Brasil, as províncias de Missiones, no Paraguai,
e de San Juan, na Argentina.
(Agavi), Federação das Cooperativas de Vinho do Estado do Caxias do Sul (Sindirural-Caxias), Associação Nacional dos
RS (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), Co- Engarrafadores de Vinho (ANEV), Associação Catarinense
Altitude (Acavitis) e União Brasileira da
missão Interestadual
da Uva, Secretaria |da
Agricultura, Pecu- de Vinhos Finos |de
www.ibravin.org.br | www.vinhosdobrasil.com.br
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Diretor-executivo: Carlos Raimundo Paviani
ária e Agronegócio (Seapa), Sindicato da Indústria do Vinho Vitivinicultura (Uvibra).
Conselho Deliberativo: Associação Gaúcha de Viticultores do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Sindicato Rural de Foto da Capa: Maryo Franzem
Presidente: Alceu Dalle Molle
Vice-presidente: Josecarla Signor
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OIV regulamenta formação
curricular para enólogos
Os requisitos básicos para a formação superior em Enologia foram aprovados em 7 de junho pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho
(OIV). O tema foi debatido durante o
36º Congresso Mundial da entidade
e aprovado durante a 11ª Assembleia
Geral da OIV realizados em Bucareste, na Romênia.
País integrante da OIV, o Brasil
esteve representado nos eventos pela
comitiva composta pelo coordenador
geral de Vinhos e Bebidas do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Álvaro Nunes Viana,
pela gerente geral do Laboratório de
Enologia (Laren), Regina Vanderlinde, que desde março responde pela
Secretaria Científica da Subcomissão
de Métodos Analíticos da entidade
internacional, e pela assessora jurídica do Instituto Brasileiro do Vinho
(Ibravin), Kelly Lissandra Bruch, que
desde 2009 representa o Brasil nas
discussões na OIV como especialista
de Direito e Economia.
A proposta foi comemorada pela
delegação brasileira, que defendeu o
pleito apoiado pela Associação Brasileira de Enologia (ABE). “Agora foi
estabelecido um padrão internacional
com os critérios obrigatórios mínimos
para a formação de um enólogo. Isso
deixa claro que outras formações pro-
Kelly Bruch, Ibravin
Delegação brasileira participou do Congresso e da Assembleia Geral da Organização Internacional da Vinha e
do Vinho, que renovou apoio ao Concurso Vinhos do Brasil a ser realizado em 2014, em Bento Gonçalves
O Brasil foi representado na oiv pela assessora jurídica do Ibravin, Kelly
Bruch, pelo Coordenador Geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Álvaro NUNES
Viana e pela gerente geral do Laren, Regina Vanderlinde
fissionais não habilitam de forma específica para atuar nesta função”, observa Kelly. Ela esclarece que o Curso Superior de Enologia do Instituto
Federal de Bento Gonçalves atende
a todos os critérios regulamentados
pela OIV.
O grupo trabalhou ainda na construção de 10 resoluções na área de
enologia, seis de métodos de análise
e duas de viticultura, todas aprovadas
na Assembleia Geral.
Outra informação importante é
que, mais uma vez, a OIV apoiará
oficialmente a realização do 7º Concurso Internacional de Vinhos do
Brasil, a ser realizado em 2014, em
Bento Gonçalves, pela ABE. Kelly
explica que este aval confere credibilidade, assegurando que as regras
oficiais de degustação da OIV são
aplicadas no concurso. “Significa que
as premiações conferidas aos vinhos
são reconhecidas internacionalmente
e têm peso importante frente a outros
concursos que não possuem este nível
de apoio”, complementa a assessora
do Ibravin.
Regulamentação do vinho colonial brasileiro passa
na Comissão de Agricultura da Câmara Federal
Expediente
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal aprovou
no dia 10 de julho o projeto de lei que
regulamenta a produção e comercialização do vinho colonial brasileiro.
A proposta original foi apresentada pelo deputado federal licenciado
Pepe Vargas (PT-RS), atual ministro
do Desenvolvimento Agrário (MDA)
e pelo deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS), e recebeu o parecer
favorável do relator, deputado federal
Alceu Moreira (PMDB-RS). O texto
tramita na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) da Câmara. Após, seguirá para apreciação no Senado.
Textos: Martha Caus e Cassiano Farina
Edição: Martha Caus
Projeto Gráfico: Alvo Global Publicidade e Propaganda
vinhosdobrMarcela
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Diagramação:
Bantle
O projeto limita a produção em 20
mil litros por ano e estipula que, no
mínimo, 70% da uva utilizada seja
colhida na propriedade do fabricante.
O objetivo principal é trazer para a
legalidade viticultores que atualmente trabalham no comércio informal,
oferecendo assistência técnica e de
gestão para a elaboração de um produto de qualidade.
Pelo texto, está definido que "o
vinho produzido por agricultura familiar ou empreendedor familiar rural" é
a bebida “elaborada de acordo com as
características culturais, históricas e
sociais da vitivinicultura”.
A relatoria do projeto na CCJ da
Câmara também será do deputado Alceu Moreira. Ele afirma que o projeto
deve ampliar mercados, garantir renda e fidelizar o consumidor do vinho
nacional. “O produtor poderá fabricar
até 20 mil litros de vinho com assistência técnica e extensão rural, podendo vender em casa e em cooperativas.
Esse tipo de vinho vai custar de R$
5 a R$ 6 e pode colocar no consumo
cerca de 30 milhões de pessoas”, acredita. Desde 2011, após a apresentação
do primeiro projeto sobre o tema, foram realizadas audiências públicas
em Brasília e no Rio Grande do Sul,
estado com maior produção vitivinícola de base familiar.
IBRAVIN
CNPJ: 02.728.155/0001-74
Alameda Fenavinho, 481. Edificação 29 - Bento Gonçalves - RS
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e fax: + 55 54 |3455.1800
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3
PEP destinará R$ 35 milhões
para escoamento de estoques
4
Para auxiliar no escoamento dos
estoques de mostos de uva armazenados nas empresas processadoras, o
governo federal disponibilizará mais
R$ 35 milhões para o setor vitivinícola. Está prevista para ser anunciada
em setembro, com operações a partir
de outubro, uma nova edição dos leilões promovidos através do Prêmio de
Escoamento da Produção (PEP), com
coordenação da Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab).
Do total investido pelo governo
federal, R$ 25 milhões têm origem
no Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA), destinados a produtos elaborados exclusivamente com
uvas de agricultores familiares, e R$
10 milhões são provenientes do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). Os recursos
serão aplicados como subvenção para
fomentar a comercialização dos volumes armazenados, direcionando a
venda para a região Norte do Brasil e
para o Exterior.
A expectativa é de que os leilões
contribuam para o escoamento de
aproximadamente 80 milhões de litros processados na safra de 2013, diminuindo a pressão de queda do preço
sobre as bebidas estocadas e permitindo que as empresas façam o pagamen-
to do preço mínimo da matéria-prima
a seus fornecedores.
O diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do
Rio Grande do Sul (Fecovinho) e
membro do Conselho Deliberativo
do Ibravin, Hélio Luiz Marchioro,
cita três fatores que devem contribuir
para que um volume maior de vinho
seja escoado nesta edição do PEP. “O
escoamento da produção antes da safra da uva, o maior tempo para realização dos leilões e a possibilidade
de operacionalizar a venda de vinho
a granel para o leste europeu antes do
congelamento dos mares, que dificulta a navegação e, por consequência, a
exportação”, enumera.
Marchioro chama atenção para a
safra europeia que se avizinha, aumentando a oferta de produtos no
mercado, e reforça a necessidade do
auxílio governamental para a redução
de estoques. O dirigente lembra que
nos últimos leilões foram escoados 46
milhões de litros de vinho, que representam 61,6 milhões de quilos de uva.
“Estas compras estão sendo finalizadas e praticamente 100% do volume
que foi a leilão já está arrematado”,
comemora. No final do ano passado, o
governo colocou à disposição R$ 19,8
milhões para o setor vitivinícola.
Gilmar Gomes, Ibravin
Recursos têm origem no Ministério do Desenvolvimento Agrário e no Ministério da Agricultura, e devem
possibilitar o enxugamento de mais de 80 milhões de litros de vinho e diminuir pressão sobre preço da uva
Incentivos para o suco de uva
A compra de 5,5 milhões de litros
de suco de uva por meio do Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA),
anunciada no final de 2012, foi outra
medida do governo federal para redução de estoques. Os recursos para
compra direta dos sucos totalizam
R$ 16,5 milhões provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social
(MDS), e representou a maior operação específica feita pelo governo
para o produto.
PAMI - Qualificação para atuar no mercado interno
O Programa de Acesso para o
Mercado Interno (PAMI), apresentado no Seminário de Tributação e
Competitividade do Setor Vitivinícola Brasileiro no início de julho, está
prospectando empresas que desejam
participar do estudo. Posteriormente,
será concluído um diagnóstico, em
conjunto com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae), por meio do projeto Agentes Locais de Inovação (ALI) com as
principais dificuldades dos empreendimentos que buscam ampliar vendas
e participação no mercado interno.
De acordo com o conselheiro do
Ibravin e diretor-executivo da Associação Gaúcha dos Vinicultores
(Agavi), Darci Dani, o objetivo é elaborar programas individuais e cole-
tivos para que as empresas ampliem
suas vendas nos demais estados do
país. “Queremos ajudá-las a conhecerem melhor o que precisam para ter
acesso a outros mercados, nos moldes
como o Ibravin já faz com os programas de acesso ao mercado externo”,
adianta o executivo.
O programa prevê a realização
de treinamentos nas áreas administrativa, posicionamento, tributação
e precificação, além de dicas sobre
logística e conhecimento dos mercados que as empresas buscam acessar.
Dani acrescenta que será disponibilizado um estudo sobre os principais
entraves para a comercialização nos
demais estados. “Esta fase será fundamental nesta soma de esforços que
o Ibravin tem feito para ampliar a par-
ticipação do vinho nacional no mercado interno”.
Entre os principais gargalos, o
consultor aponta problemas ligados à
logística, dificuldades quanto à precificação e desconhecimento das cargas
tributárias dos estados. “Como o nosso foco é ajudar as pequenas empresas a acessar o mercado interno, queremos que este estudo dê subsídios
para amenizar estas dificuldades”,
conclui Dani.
Até o final do ano, deve ser fechado o primeiro grupo que participará
do programa. A meta é que, pelo menos, dez empresas se inscrevam. O
requisito para participar do programa
é produzir vinho de mesa engarrafado
e faturar anualmente entre R$ 360 mil
e R$ 3,6 milhões.
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Modervitis busca modernizar
a vitivinicultura da região Sul
Programa conta com suporte do Mapa, Mdic e MDA, e está tendo sua metodologia ajustada para integrar o
Plano Brasil Maior, do governo federal, a ser lançado nesse semestre
Silvia Tonon, Ibravin
A fim de promover a atualização
física e tecnológica de produtores e
prrocessadores de uva, o Ibravin e a
Embrapa Uva e Vinho desenvolveram o Programa de Modernização da
Vitivinicultura (Modervitis). O projeto visa criar condições de sustentação, aprimorando a competitividade
da cadeia produtiva vitivinícola nas
regiões tradicionais de produção, e
conta com a participação dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), do
Desenvolvimento Agrário (MDA) e
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio de diversas outras instituições federais.
Após a fase de estruturação do plano, com a realização de diagnóstico e
o estabelecimento de objetivos e metas, o programa foi encaminhado ao
governo federal para pleitear suporte
financeiro e de assistência técnica.
“Investimos muito tempo no encaminhamento do projeto em Brasília, pois
tínhamos uma dificuldade de fazer
com que o governo compreendesse a
importância e abraçasse o projeto. Em
virtude de seu viés estruturante, há a
dependência de apoio governamental
para viabilizá-lo”, explica o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e assessor técnico do Ibravin, José Fernando
da Silva Protas.
O Modervitits foi criado tendo em
vista a defasagem tecnológica na produção da uva, em especial para a produção de vinho de mesa e suco, assim
como no processamento, por parte de
empresas instaladas nos polos mais
tradicionais de vitivinicultura. “Essa
situação está cada vez mais evidente
diante de um mercado com competi-
A modernização física e tecnológica dos produtores de uva e de vinho nos
polos tradicionais dará maior competitividade ao setor BRASILEIRO
tividade em escala mundial, podendo,
em médio prazo, inviabilizar todo um
sistema baseado na agricultura familiar estabelecido nestas regiões”, observa o diretor-executivo do Ibravin,
Carlos Paviani.
Por isso, a meta final é adequar a
matéria-prima e a estrutura tecnológica de processamento para obtenção
de produtos com padrões de qualidade e competitividade internacional.
Entre as metas previstas no programa está a modernização de vinhedos,
aumento da produtividade média dos
parreirais de uvas americanas e híbridas, elevação do teor de açúcar (grau
Brix), redução do número de variedades comerciais produzidas, disponibilização de assistência técnica
aos participantes do programa, oferecimento de linhas de financiamento
para atualização física e tecnológica
das vinícolas e o aumento da capacidade de estocagem.
Protas destaca que o programa promoverá uma melhoria na gestão seto-
rial, em virtude da adesão se dar a partir
de um estabelecimento contratual entre
os agricultores e as vinícolas. “De um
lado os viticultores se comprometem
a realizar a produção da uva dentro de
padrões técnicos de qualidade e, de outro, os empresários se comprometem
a adquirir a produção contratada aos
níveis de preços previamente estabelecidos, tendo como base de referência o
preço mínimo estabelecido pela Conab
(Companhia Nacional de Abastecimento)”, complementa o pesquisador.
O Modervitis está sendo integrado
ao Plano Brasil Maior e conta com
o aval e apoio de diversos Ministérios
e órgãos públicos envolvidos. Atualmente, encontra-se em fase de consolidação e ajustes finais de acordo com
a metodologia do governo federal.
Com a premissa de traçar diretrizes
para uma nova política setorial, o
plano tem entre seus objetivos o fortalecimento da competitividade das
cadeias produtivas brasileiras, dentre
elas a do setor vitivinícola.
Metas do Modervitis
Fase inicial com duração de 5 anos
• Modernização de vinhedos de cultivares americanas e
híbridas, assim como de cultivares vitis vinífera;
• Elevação da produtividade média dos parreirais com
cultivares americanas e híbridas;
• Elevação do grau médio (Brix) das uvas americanas e
híbridas a das uvas viníferas produzidas;
• Redução do número de variedades americanas e híbridas
produzidas comercialmente;
• Redução da quantidade de uvas americanas e híbridas
necessárias para produzir um quilo de suco concentrado;
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• Redução da quantidade de açúcar necessário à prática de
chaptalização dos vinhos produzidos;
• Disponibilização de assistência técnica aos viticultores
participantes do programa;
• Readequação estrutural e tecnológica das empresas
vinícolas existentes nos polos tradicionais;
• Ampliação da capacidade de estocagem das vinícolas
estabelecidas nos polos tradicionais;
• Substituição da estrutura de estocagem em recipientes de
madeira, ferro e piletas de concreto, por aço inox;
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5
Articulação para promoção do
vinho brasileiro é intensificada
6
A articulação para a formatação
de ações de promoção do vinho brasileiro junto aos supermercadistas,
distribuidores e importadores será intensificada neste segundo semestre.
A aproximação entre o setor vitivinícola e as redes varejistas, prevista no
acordo de cooperação, busca a construção de parcerias para alavancar as
vendas dos vinhos, sucos e espumantes nacionais.
As etapas do Circuito Brasileiro
de Degustação vêm cumprindo papel
estratégico na abordagem e aproximação com compradores do mercado nacional. Em cada uma das cidades que
receberam a ação, foram agendadas
reuniões com as principais redes varejistas locais, assim como vêm sendo
feitos convites dedicados aos profissionais de compras do on e off trade,
jornalistas e formadores de opinião
para participarem do evento, onde são
atendidos diretamente pelos profissionais das vinícolas.
Em uma outra linha de atuação,
até o final do ano também estão previstas ações de cunho político, junto
ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio (Mdic). Para o
diretor-executivo do Ibravin, Carlos
Paviani, a competitividade dos vinhos
brasileiros é prejudicada em função
da alta carga tributária e da logística aliada à rentabilidade dos vinhos
importados para o varejo em relação
aos vinhos nacionais. “É necessário e
fundamental que haja um movimento
político para sensibilização das autoridades governamentais quanto às
práticas atuais, principalmente tributárias”, reforça.
Dando suporte técnico ao relacionamento entre o setor vinícola e as
redes de varejo, foi contratada a Dia
Comunicação, especialista em trade
marketing. Há 38 anos no mercado, e
atendendo clientes como Coca-Cola,
Ipiranga, Santander e Petrobras, a empresa elaborou um plano de ação para
potencializar as estratégias que estão
sendo negociadas com os supermercadistas e, em médio prazo, viabilizar
o atingimento das metas previstas no
acordo de cooperação.
Este plano de ação também auxilia
na execução das iniciativas nos pontos
Fabio Rossi, divulgação
Além de reuniões com as associações e redes supermercadistas, ações de cunho político e estratégias de trade
marketing estão sendo desenvolvidas para potencializar o atingimento das metas previstas no acordo
Etapas do Circuito Brasileiro de Degustação, que passou por 10 capitais
este ano, tÊm papel estratégico na aproximação com O MERCADO
de venda, através do diálogo com as
redes e associações de supermercados e no fornecimento de informações
sobre o mercado. Um dos itens destacados pela Dia é a necessidade de esforço conjunto de sensibilização dos
varejistas e do próprio setor vitivinícola para elevar a categoria do vinho
nacional sob os aspectos de mercado e
de imagem.
No trabalho de aproximação com o
setor supermercadista, o Ibravin vem
atuando no planejamento de ações
promocionais para as redes e lojas,
com a proposição de novas formas de
exposição além do desenvolvimento
de materiais de sinalização visual para
os pontos de venda. “Este é o nosso
papel, criar a estratégia, desenvolver
e disponibilizar os materiais para ajudarmos a dar maior visibilidade aos
rótulos brasileiros”, observa Andreia
Gentilini Milan, diretora de Promoção
do Ibravin.
Entre os meses de junho e agosto,
mais de 10 reuniões foram agendadas
com redes consideradas estratégicas
nos estados das regiões Sul, Sudeste,
Norte e Nordeste do país, assim como
estão sendo marcados novos encontros com representantes de importantes grupos que já aderiram a ações
propostas pelo setor.
Comitê do Trade
Para acompanhar as reuniões com
as redes, avaliar, definir estratégias,
monitorar as ações e aprovar os materiais de promoção, foi criado o Comitê do Trade. Ele é composto por
membros do Conselho Deliberativo
e do Comitê Mercado do Ibravin, do
Wines of Brasil e de representantes
das redes de supermercados. Uma das
atribuições dos integrantes é a costura entre as estratégias definidas em
conjunto pelo Ibravin e pela empresa
de trade marketing junto aos supermercadistas e o acompanhamento da
execução e resultados do plano de trabalho proposto.
Sobre o acordo
O acordo de cooperação foi assinado em novembro de 2012 entre
Ibravin, Associação Brasileira de
Supermercados (Abras), Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe)
e Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Bebidas
(ABBA). Entre os resultados a serem buscados, está o de ocupar 25%
dos espaços de gôndola da seção de
vinhos nos supermercados em todo
o país, além de ampliar a participação do suco de uva. Outra meta é
aumentar o consumo de vinho dos
atuais 1,9 litro por habitante ao ano
para 2,5 litros por habitante, até o
final de 2016. Para o cumprimento
destas metas, o acordo prevê uma
agenda positiva e concomitante aos
setores da indústria, atacado, varejo,
produtores, importadores, exportadores e governo.
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informativo
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Ibravin de cara nova na web
Interface mais amigável facilita o acesso às informações e dados do setor vitivinícola brasileiro
O endereço do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) na internet está
com novo visual. A estreia de um site
mais amigável, funcional e de design
atualizado faz parte do projeto de modernização das plataformas digitais da
entidade. A reforma virtual agregou
canais de interatividade com os internautas, especialistas ou iniciantes no
mundo do vinho, e manteve no ar dispositivos que já faziam da página um
ponto de referência para os interessados nos rótulos brasileiros.
O primeiro impacto está na nova
identidade visual e na reorganização
das informações, de maneira a facilitar
a navegação e as buscas dos usuários.
As atrações mais acessadas, como notícias, eventos e links para os projetos
setoriais do Ibravin – Vinhos do Brasil, Wines of Brasil e 100% Suco de
Uva do Brasil –, ficam em destaque.
Também há pontos de direcionamento para conteúdos especiais, como as
versões digitais de publicações especializadas (Diagnóstico do Enoturismo e as cartilhas sobre vinhos, sucos
e espumantes, por exemplo), editais e
dados estatísticos.
Também foi aprimorada a seção
que explica o cenário nacional da
elaboração de vinhos e suco de uva.
A partir da aba Brasil Vitivinícola, o
internauta consegue resgatar a história
da bebida no país, conhecer as zonas
com Indicação Geográfica e navegar
por todas as regiões vinícolas por
meio de um mapa interativo. Além
de conhecer detalhes de cada polo
produtor, ele consegue visualizar a
localização das empresas que formam
a cadeia produtiva da uva. Vinícolas
e fabricantes de suco podem inscrever seus dados no mapa gratuitamente, bastando fornecer as informações
para a equipe do Ibravin.
Para profissionais ou consumidores, o novo site trará uma série de fun-
cionalidades. Material informativo,
relatórios, estatísticas e textos com a
legislação específica do setor estarão
disponíveis para download.
O Laboratório de Referência Enológica (Laren) ganhou uma página
que explica seu funcionamento e dá
acesso a seus serviços. Enólogos e
sommeliers podem cadastrar seus currículos no Balcão de Oportunidades,
uma fonte de consulta para empresas
do ramo. E os jornalistas especializados poderão navegar por notícias,
fotos e vídeos sobre as novidades do
segmento no país e no Exterior.
Espetáculo De Vinho e Vida faz giro pelo Brasil
O primeiro livro autoral de poemas
do Brasil a falar exclusivamente sobre
vinhos. Essa é a temática da obra De
Vinho e Vida, do publicitário, poeta,
compositor e escritor Gilberto Carvalho. Promovido pelo Ibravin e com
patrocínio das vinícolas Perini, Garibaldi e São João, por meio da Lei de
Incentivo à Cultura do Rio Grande do
Sul, o livro foi transformado em espetáculo cênico-musical e passou por
seis capitais brasileiras e por cinco cidades do interior gaúcho, levando arte
e história a diversos municípios.
O espetáculo teve sua estreia nacional em julho, dentro da programação carioca do Circuito Brasileiro
de Degustação. E, entre os meses de
agosto e setembro, a turnê passou pelas cidades gaúchas de Bagé, Santa
Maria, Passo Fundo, Gramado, Porto
Alegre e Caxias do Sul. As apresentações também incluíram as capitais
Brasília (DF), São Paulo (SP), Recife
(PE) e Fortaleza (CE).
vinhosdobr | brazilianwines | sucodeuvadobrasil
A obra de Gilberto Carvalho traz
poemas que falam de amores, trabalhos, sonhos e conquistas, culinária,
amizades e família, sempre com o vinho como pano de fundo. “A base de
tudo é o vinho. O livro é uma coletânea do vinho presente nas mais diversas situações da vida”, afirma.
Para o autor, o projeto que transformou o livro em espetáculo é pioneiro em ações que são realizadas
tradicionalmente fora do Brasil. “Esse
espetáculo alia o vinho à arte e, sem
dúvidas, abrirá portas para outros artistas. É precursor na forma de mostrar como a bebida, a música e a poesia estão interligadas”, comenta.
Os shows foram compostos por
momentos onde o autor recita alguns
poemas, acompanhado do quarteto
de cordas, e momentos onde algumas
das histórias viram música na voz da
cantora Adriana Deffenti. Segundo o
autor, a receptividade do público surpreendeu a equipe.
@vinhosdobrasil | @winesofbrasil
Com textos em português e espanhol, a obra tem capa e ilustrações
da artista plástica Graça Tirelli, texto
de apresentação do romancista Alcy
Cheuiche e comentários do jornalista gaúcho e expert em vinhos Danilo
Ucha. A obra traz um CD encartado,
onde 14 poemas são recitados pelo
autor, acompanhado pelo quarteto Os
Polifenóis. sucodeuvadobrasil | winesofbrasil | vinhosdobrasil
7
Projeto Suco de Uva 100% faz
aproximação com área médica
8
Mostrar os poderes nutritivos e os
benefícios à saúde de uma bebida única, natural e preparada sem adição de
açúcar para profissionais que cuidam
da alimentação e do coração. Com este
objetivo, o projeto Suco de Uva 100%
participou do 5º Congresso Brasileiro
de Nutrição Integrada (CBNI) e Ganepão, no mês de junho, em São Paulo
(SP), e do Congresso da Sociedade de
Cardiologia do Estado do Rio Grande
do Sul (Socergs 2013), realizado em
agosto, em Gramado, na Serra Gaúcha.
Nos eventos, Caroline Dani, biomédica considerada uma das maiores autoridades no assunto, levou seu conhecimento sobre os benefícios da bebida a
nutricionistas, médicos cardiologistas
e profissionais de Educação Física.
O Suco de Uva 100% do Brasil é
um projeto do Instituto Brasileiro do
Vinho (Ibravin) realizado em parceria com o Instituto Brasileiro da Fruta
(Ibraf) para a promoção da bebida. Nos
congressos, o Ibravin organizou um
estande como ponto de referência das
atividades de relacionamento junto ao
público. Em São Paulo, nutricionistas
interagiram com o público passando
informações sobre a bebida. Os participantes figuraram na página oficial do
projeto no Facebook (www.facebook.
com/sucodeuvadobrasil) em fotos divertidas segurando placas que explicavam sobre benefícios do consumo
regular do suco.
Em Gramado, o suco de uva foi levado ao congresso de cardiologia pelo
segundo ano consecutivo, reafirmando
a aceitação da bebida integral entre o
público da área médica e praticantes
Fotos: Edgar Sinigaglia, Ibravin
Participações nos congressos de Nutrição Integrada e no Estadual de Cardiologia têm como objetivo apresentar os
componentes nutritivos e os benefícios à saúde proporcionados pela bebida a público especializado
de esportes. Nos dois eventos, os profissionais de saúde presentes puderam
degustar o produto das 12 empresas integrantes do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva. Material com pesquisas nacionais e internacionais que comprovam os benefícios
do produto também foram distribuídos
para os congressistas.
Para o analista de promoção do
Ibravin, Edgar Sinigaglia Jr., a participação nos congressos evidenciou os
benefícios da bebida para plateias seletas: “A proposta foi mostrar aos médicos e nutricionistas que o suco de uva
100% é uma alternativa saudável para
a alimentação, tornando-os divulgadores do produto”.
O gerente de Marketing do Ibravin,
Diego Bertolini, analisa que a estratégia de participação do projeto Suco
de Uva 100% do Brasil em congressos
de cardiologia e de nutrição têm contribuído para a expansão do mercado.
“Cada vez mais o consumidor busca
produtos saudáveis e isto está se rever-
Interação com congressistas em evento de nutrição envolveu ações em
redes sociais, ampliando repercussão entre público especializado
tendo diretamente neste crescimento
de vendas”, observa.
O suco de uva é rico em resveratrol,
uma importante arma natural de combate à produção de toxinas e radicais
livres, prevenindo doenças cardiovasculares e reduzindo a pressão arterial.
A doutora em Biomedicina Caroline Dani explica que o consumo da
bebida regularmente possibilita uma
redução do colesterol e auxilia na diminuição da gordura abdominal. “Em
termos de coração, hoje o suco de uva
é comprovadamente um antiplaquetário, impedindo a formação de trombos arteriais. É também um importante vasodilatador, o que possibilita a
melhora do fluxo sanguíneo em todo
o corpo”, afirma.
De acordo com Caroline, a bebida ainda é aliada nos benefícios para
consumidores de qualquer idade. “O
vinho tem seus pontos positivos, mas
nem todos podem consumi-lo em virtude do álcool. Por isso, o suco é aconselhável para um consumo regular de
crianças e idosos”, completa.
Mercado em expansão
Nos últimos anos, o consumo do
suco de uva natural no Brasil praticamente triplicou, saltando de 19,7 milhões de litros em 2007 para 55,7 milhões de litros em 2012. E no primeiro
semestre de 2013 o produto vem mantendo o desempenho positivo. O maior
destaque ficou com os sucos naturais
prontos para consumo que ampliaram
as vendas em 42,94%. Esse índice representa um incremento de 9,97 milhões de litros em relação ao primeiro
semestre do ano anterior.
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Saca-rolhas
informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
Mercado externo aumenta
demanda por suco brasileiro
Suco de Uva concentrado e natural pronto para consumo registram crescimento contínuo nas exportações
montante final do período foi de US$
412,7 mil, que representa um incremento de 1.102% ou 12 vezes mais
em relação ao mesmo período do ano
passado. Três destinos concentraram
99,5% do volume exportado, sendo
eles Venezuela, Líbia e Paraguai.
“O Brasil já possui uma certa tradição na exportação de suco de uva
concentrado e agora está trabalhando
na consolidação dos destinos de exportação com a agregação de valor.
Por outro lado, no suco pronto para
consumo, os esforços comerciais são
mais recentes. Apesar dos volumes
ainda serem pequenos, os resultados
vêm surpreendendo ano a ano”, observa Andreia Gentilini Milan, diretora
de Promoção do Instituto Brasileiro do
Vinho (Ibravin).
Fonte: Sistema Aliceweb – MDIC. Elaboração: Ibravin
Contabilizados em duas categorias
distintas, concentrados e prontos para
consumo, os sucos de uva registraram
expressivo incremento nas exportações
durante o primeiro semestre de 2013.
Na categoria de suco de uva concentrado, as exportações tiveram expansão de 110,4% em valor, contabilizando US$ 5,77 milhões, e 84% em
volume, com a remessa de 1,78 milhão
de quilos líquidos frente ao mesmo período do ano passado.
O Japão se manteve como principal destino do produto, representando
87,4% do volume total comercializado
pelo Brasil, e registrando uma alta de
79% frente ao mesmo período de 2012.
Apesar de ter resultados totais
menores, o suco de uva pronto para
consumo vem gradativamente abrindo espaço no mercado internacional,
com resultados expressivos a cada ano
graças à conquista de novos destinos
e constante solicitação de empreendimentos interessados nos produtos.
De janeiro a junho deste ano, foram
exportados 139,5 mil quilos líquidos.
Este volume equivale a uma alta de
883% ou 9,8 vezes a mais que o total comercializado no mesmo período
do ano passado. Em termos de valor, o
Audiência pública estabelece novos prazos para
índices de suco de uva e laranja em néctares
stock.xchng
O prazo para adoção do índice de
50% de suco natural da fruta nas bebidas classificadas como néctar foi
ampliado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), após intenso debate realizado no dia 4 de julho com viticultores,
citricultores, representantes dos produtores de sucos, indústria de néctares e envasadores.
Inicialmente previsto para fevereiro deste ano, o prazo de implantação
foi estendido por mais seis meses. Na
reunião realizada no Mapa, novamente o período foi dilatado e escalonado, com implantação de 40% de teor
de suco natural em 31 de janeiro de
2015, chegando a 50% em um período final de 30 meses, em 31 de janeiro
de 2016. A nova Instrução Normativa
vinhosdobr | brazilianwines | sucodeuvadobrasil
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foi publicada no dia 12 de setembro
(IN MAPA 42/2013) e determina que
os néctares deverão trazer no rótulo o
percentual de polpa ou de suco de fruta contidos no produto. A medida vale
para os néctares de uva e de laranja.
A decisão foi tomada a partir da argumentação das indústrias de néctares
sobre o aumento dos custos e impacto
no preço final para os consumidores.
Na ocasião, propôs-se a criação
de um grupo de trabalho para analisar tecnicamente o volume de suco
natural necessário para a produção do
chamado néctar light, que apresente
um limite máximo de 20 Kcal por 100
ml. Neste caso, para o suco de uva, a
estimativa é de que o índice de bebida
natural contido no produto seja fixado
entre 30% e 35%.
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9
Wine In atesta competitivida
Fotos: Janice Prado, Ibravin
Concorrendo com argentinos e chilenos, Brasil emplaca primeiro e segundo lugares em painel com rótulo
10
Atestar que o vinho tinto brasileiro é tão competitivo em qualidade e
preço como argentinos e chilenos.
Este foi o objetivo proposto e plenamente atingido com a primeira edição
do Wine In, realizada nos dias 22 e 23
de agosto, no Centro Fecomércio de
Eventos, em São Paulo.
A série de debates técnicos realizados no período da manhã e da tarde, conduzidas por palestrantes de
destaque no cenário interno e externo
serviram para posicionar o vinho tinto
brasileiro no mercado global. As informações foram avalizadas, na prática, com os painéis de degustações às
cegas realizadas ao final dos dois dias.
Os rótulos nacionais, selecionados em
provas prévias ao embate com os rótulos da Argentina e do Chile, comprovaram que o setor vinícola brasileiro
apresenta nível técnico alinhado às
exigências internacionais.
No painel com 15 rótulos abaixo
de R$ 50, os brasileiros apresentaram
média de pontuação de 85,54 concedida pelos degustadores. O índice
foi superior ao obtido pelos chilenos
(84,97) e muito próximo ao dos argentinos (85,83). O Monte Paschoal De-
dicato Cabernet Sauvignon 2011 foi
o melhor colocado entre o nacionais,
ficando em quinto lugar.
Já no painel acima de R$ 50, o
Brasil reforçou sua competitividade
conquistando a primeira e a segunda
colocações, além de apresentar pontuação média superior à dos demais países. A dobradinha verde-amarela ficou
com o Miolo Lote 43 2011 e o Pizzato
DNA 99 2008.
“A ideia do Wine In não era dizer quem é o melhor ou o pior, mas
mostrar a proximidade que os vinhos
brasileiros têm em relação a rótulos
importados consagrados no mercado
interno”, observou Breno Raigorodsky, especialista em vinho e idealizador do evento. “Mostramos que não
se conhece o vinho brasileiro, nem o
consumidor e nem mesmo o trade. E
que ainda se repercutem algumas noções equivocadas sobre a produção
nacional”, complementou.
Domingos Meirelles, diretor de
Marketing e Vendas da Exponor Brasil, destacou que o júri técnico, composto por experts brasileiros e do
Exterior, reforça a credibilidade do
resultado. “Estavam presentes profis-
sionais que atuam no mercado global
do vinho, que cruzaram continentes para participar do evento porque
acreditam no vinho produzido aqui e
porque também estavam curiosos a
respeito desta avaliação comparativa”
informou o executivo.
Mauro Zanus, pesquisador da
Embrapa Uva e Vinho, observou na
abertura da primeira palestra do evento, uma realidade comprovada com
o resultado final das degustações. “A
gente ouve que o Brasil é um país tropical e não dá vinho, mas a coleta de
evidências mostra que não temos problemas para produzir vinhos de qualidade. O Brasil tem mostrado uma aptidão adequada e que, algumas vezes,
é contestada pela imprensa. A minha
conclusão é de que qualidade não está
só na cor, no aroma ou no paladar. O
resultado depende de outros fatores,
está na cabeça das pessoas e inicia
antes de colocar o vinho em boca. A
história do vinho no Brasil está só começando”. O evento teve apoio técnico do Ibravin, por meio do Wines of
Brasil, e patrocínio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil).
Júri Técnico
Profissionais brasileiros:
Beto Duarte (Blog Papo de Vinho)
Celito Guerra (Embrapa Uva e Vinho)
Horst Kissman (Prazeres da Mesa)
Jean Pierre Rosier (Epagri SC)
Jeriel Costa (Clube do Jeriel)
João Filipe Clemente (Falando de Vinhos)
José Maria Santana (Gosto)
José Luiz Pagliari (SBAV-SP / Senac-SP)
Jorge Carrara (Prazeres da Mesa / Folha de SP)
Juliana Reis (Senac-SP)
Manuel Luz (Consultor de vinhos)
Marcio Oliveira (Vinoticias)
Mario Telles (ABS-SP)
Mauro Zanuz (Embrapa Uva e Vinho)
Nicola Massa (Enólogo)
Silvia Mascella (Adega)
Silvia Franco (Vinho e Gastronomia)
Suzana Barelli (Menu)
Profissionais internacionais:
Amy Friday (Reino Unido)
Andrew Shaw (Reino Unido)
Claudio Salgado (Hong Kong)
Charles Byers (Canadá)
Daniel Marquez (Estados Unidos)
James Lapsley (Estados Unidos)
Olivier Bourse (França)
Roberto Rabachino ( Itália)
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Saca-rolhas
informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
ade do vinho tinto brasileiro
os acima de R$ 50 e atinge pontuação média superior à do Chile na avaliação com produtos abaixo de R$50
RESULTADOS CHALLENGE WINE IN
Martha Caus, Ibravin
Especialistas e profissionais do setor contextualizam
o vinho tinto brasileiro no país e no mundo
As palestras que compuseram a
programação da primeira edição do
Wine In avaliaram e propuseram alternativas para o posicionamento do
vinho tinto brasileiro no mercado
interno e global, detalhando os principais mercados consumidores: "O
vinho tinto, colocado na berlinda, é o
que mais qualifica os mercados, principalmente aqueles que estão começando. E nosso objetivo é criar uma
multiplicidade de informações sobre
a produção, comercialização e marketing desse produto", disse Breno
Raigorodsky no discurso de abertura
do evento.
A palestra de abertura do Wine
In versou sobre a diferentes regiões
vitivinícolas brasileiras, tendo como
título “Terroirs do Brasil e suas Pérolas”, com conteúdo apresentado por
vinhosdobr | brazilianwines | sucodeuvadobrasil
um time de pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho e da Epagri SC. Em
seguida, o tema foi "O mercado brasileiro e os vinhos que produzimos para
ele" que abordou aspectos inerentes à
atuação das vinícolas junto ao trade
comercial e a percepção que o mercado tem sobre o setor. Encerrando o
primeiro ciclo de debates, representantes de diversas mídias montaram
um painel sobre as possibilidades de
comunicação para fomentar a cultura do vinho no país. A programação
técnica foi complementada com uma
degustação de vinhos tintos de diferentes terroirs brasileiros.
O segundo dia do evento foi consagrado a abrir as portas do mundo do
vinho para saber como ele se comporta e qual lugar o Brasil pode ocupar.
As palestras tiveram a presença de estrangeiros e de brasileiros que atuam
no Exterior.
A emergência da China como um
novo, porém amplo mercado consumidor, e que também está investindo
na produção vitivinícola, abriu os
debates sob o tema “O Novíssimo
Mundo do Vinho: Brasil X China se
apresentam ao mercado mundial”.
Já a palestra “EUA - Produtor e importador, um espelho para o Brasil”
mostrou como os Estados Unidos se
tornaram, nos últimos anos, o destino de vinhos das mais variadas procedências. A última palestra versou
sobre "As Tendências Internacionais
– onde estamos e onde podemos es-
@vinhosdobrasil | @winesofbrasil
tar num futuro próximo". Convidados
de seis nacionalidades apresentaram
uma perspectiva dos padrões de consumo mundial nas próximas décadas.
Em média, cada palestra do Wine
In registrou a presença de 70 pessoas. A degustação do dia teve lugares
esgotados e reuniu vinhos da China,
Índia, Líbano, Grécia, Israel, Romênia e EUA. "É possível, sim, discutir
os rumos de nossa indústria, buscar
o crescimento conjunto, contrapor
nossos produtos aos principais concorrentes e, principalmente, fazer o
público perceber que os bons vinhos
brasileiros vieram para ficar", comentou Raigorodsky.
Experimentação qualificada
Paralelamente ao Wine In, o Ibravin realizou a etapa paulista do Circuito Brasileiro de Degustação. As 23
vinícolas apresentaram seus melhores
produtos a um público de 850 pessoas. O circuito teve presença maciça
de profissionais ligados ao universo
do vinho, distribuidores, sommeliers
de restaurantes estrelados, acadêmicos e professores de cursos de formação, além da imprensa especializada.
“O Wine In proporcionou acesso à
informação técnica e quebrou conceitos sobre a competitividade do vinho
brasileiro. Já o Circuito possibilitou a
experimentação dos produtos e o contato direto com produtores. Todos saímos ganhando”, resume Diego Bertolini, gerente de Marketing do Ibravin.
sucodeuvadobrasil | winesofbrasil | vinhosdobrasil
11
Comercialização de vinhos
fica estagnada no semestre
No primeiro semestre de 2013, o
mercado interno brasileiro registrou
um pequeno incremento de 2,54% na
comercialização de vinhos finos, de
mesa e espumantes, totalizando 107,9
milhões de litros. Este resultado diz
respeito à comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram
comercializados 105,2 milhões de
litros. Para o setor vitivinícola brasileiro, este desempenho reflete uma
estagnação nas vendas, com índices
tímidos de alta no vinho de mesa,
de 3,21%, com quase o mesmo percentual de retração no vinho fino, de
3,10%, e um pequeno recuo nos espumantes, de 1,97%.
A comercialização de sucos de
uva naturais, por sua vez, vem mantendo o desempenho positivo dos últimos anos. Nesta categoria, o maior
destaque ficou com os sucos naturais
prontos para consumo que ampliaram
a comercialização em 42,94%. Esse
índice representa um incremento de
9,97 milhões de litros sobre o primeiro semestre de 2012.
Para o presidente do Conselho
Deliberativo do Ibravin, Alceu Dalle
Molle, os resultados do período refletem o esfriamento da economia do
país e frustraram as expectativas do
setor. “Se levarmos em conta a conjuntura econômica, não tivemos um
desempenho ruim. Mas, o ano passado já não foi favorável, e tínhamos
uma perspectiva de vendas melhores
em função do acordo com o varejo”,
observa o dirigente.
Nos vinhos de mesa, o semestre registrou uma leve alta, de 3,21% frente ao mesmo período do ano anterior.
Nesta categoria, a venda de engarrafados apresentou o melhor resultado,
com crescimento de 8,77%. Esta tendência de migração entre vinhos de
mesa a granel para engarrafados vem
se intensificando desde 2011.
O presidente da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande
do Sul (Fecovinho), Oscar Ló, alerta
que este resultado, apesar de positivo,
não é satisfatório. “Os estoques das
empresas estão bastante altos e temos
uma nova safra a caminho. O crescimento do vinho de mesa engarrafado
é muito bem visto, mas o grande vo-
Fonte: Ibravin
12
Foto: Divulgação
Vendas do setor no mercado interno ficaram positivas em 2,54%, com pequeno crescimento nos vinhos de mesa e retração
nos vinhos finos e espumantes. Sucos de uva mantêm resultados favoráveis de expansão de mercado
lume ainda está no granel. Por isso,
ainda temos necessidade de apoio de
medidas governamentais para auxiliar
no escoamento dos volumes estocados” argumenta Ló.
O desempenho dos sucos naturais
é comemorado pelo setor, pois o produto representa uma alternativa para o
processamento das uvas americanas e
híbridas, tradicionalmente utilizadas
para a elaboração do vinho de mesa.
Porém, o dirigente da Fecovinho explica que o mercado, apesar de favorável, não consegue compensar os
volumes processados a partir desta
matéria-prima. “Enquanto o mercado
do suco gira em torno de 50 milhões
de litros, os vinhos de mesa ficam entre 200 milhões”, observa. Vale destacar que neste período houve a influência das compras de suco de uva
por parte da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) com recursos
do Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS), dentro do Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA), no
montante de 5 milhões de litros.
No semestre, os vinhos finos e
espumantes nacionais apresentaram
recuo nas vendas. Os vinhos finos
tiveram retração de 3,10%, e os espumantes de 1,65%. As importações
sofreram queda maior, de 4,14% nos
vinhos finos, e de 17,78% nos espumantes. “De forma geral o mercado
está estagnado”, lamenta Dirceu Scottá, presidente da União Brasileira de
Vitivinicultura (Uvibra). Ele informa
que, em 2012, o varejo formou estoques de importados, o que se refletiu
em menor aquisição este ano e justifica a retração registrada no período.
Mas, nos pontos de venda, estes rótulos ainda predominam.
Para o segundo semestre, a perspectiva é de melhora dos indicadores.
Dalle Molle acredita que as estratégias
de promoção alinhadas com o varejo
começarão a surtir efeito, ampliando a
exposição dos vinhos brasileiros. “Temos uma perspectiva de aquecimento
das vendas e de recuo das importações. Se as ações que estamos construindo se efetivarem, a situação pode
melhorar. De qualquer forma, no caso
dos vinhos de mesa, ainda precisamos
de apoio para o escoamento dos estoques”, conclui o dirigente.
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Saca-rolhas
informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
A diversidade do vinho brasileiro
do nordeste ao sul do país
leiro do Vinho (Ibravin), o Circuito
é realizado em parceira com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Secretaria de Agricultura, Pecuária e do Agronegócio
do Rio Grande do Sul (Seapa/RS) e
apoio da Oxford Crystal.
Neste ano, o evento terá passado
por dez capitais para uma aproximação ainda maior dos produtores
com consumidores e profissionais do
setor por meio da experimentação,
ampliando o conhecimento sobre os
vinhos nacionais e facilitando a realização de negócios.
O gerente Executivo do Instituto
Brasileiro do Vinho (Ibravin), Diego
Bertolini, afirma que as etapas do circuito têm sido muito importantes na
divulgação dos produtos em mercados de todas as regiões do País. “É
uma mostra da valorização das micro
regiões produtoras que o Circuito
proporciona e também uma oportunidade de contato com mercados bastante promissores”, reforça.
Bertolini acrescenta que as reuniões com entidades supermercadistas
paralelamente ao Circuito são estratégicas para alinhar e colocar em prática as ações do acordo de promoção
comercial que, entre outras medidas,
busca ampliar os canais de vendas
em cada região do país.
Fabio Rossi, Ibravin
A diversidade do vinho brasileiro
entrou em campo em oito capitais no
Circuito Brasileiro de Degustação,
entre os meses de julho e setembro.
De regiões tradicionais na produção
vitivinícola, como a Serra e a Campanha Gaúcha, até novos terroirs
como Santa Helena de Goiás (GO) e
Pirapora (MG), ao todo 36 vinícolas
e o projeto Suco de Uva 100% participaram das etapas neste ano, que
contabiliza um público superior a 5
mil pessoas.
Este ano, o Circuito passou por
Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ), nos dias 2 e 4 de julho, respectivamente, Goiânia (GO), no dia
12, e São Paulo (SP), nos dias 22 e
23 de agosto.
A produção vinícola nacional também foi destaque na 6ª Vinum Brasilis, realizada em Brasília, nos dias 14
e 15 de agosto. Considerado a maior
feira exclusiva de vinhos brasileiros,
o evento integra o calendário oficial
do Circuito e foi prestigiado por mais
de duas mil pessoas.
Em setembro, o evento itinerante
encerrou com o tour 2013 pelo Brasil, passando pelas capitais nordestinas de Salvador (BA), dia 10, Recife
(PE), dia 12, Natal (RN), dia 17 e
Fortaleza (CE), dia 19.
Promovido pelo Instituto Brasi-
Taiara Barbosa, Abrasel
O Circuito Brasileiro de Degustação passou pelas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste com a
participação de mais de 5 mil pessoas. Tour pelo Brasil foi encerrado em setembro, nas capitais do Nordeste
Participantes do Circuito
Aracuri Vinhos Finos
Casa Geraldo Vinhos Finos
Casa Valduga
Casa Venturini Vinhos e Espumantes
Cooperativa Vinícola Garibaldi
Courmayeur do Brasil Vinhos
Dal Pizzol Vinhos Finos
Domno do Brasil
Don Abel Vinhos Premium
Dunamis Vinhos e Vinhedos
Famiglia Zanlorenzi
Gran Legado Vinhos e Espumantes
Guatambu Estância do Vinho
José Sozo Vinhos
Lídio Carraro Vinícola Boutique
Luiz Argenta Vinhos Finos
Miolo Wine Group
Natural Products
Pericó Vinhos
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No Rio de Janeiro, celebridades prestigiaram o evento
Pireneus Vinhos e Vinhedos
Pizzato Vinhas e Vinhos
Quinta da Neve
Quinta Don Bonifácio
Sanjo – Coop Agrícola de São Joaquim
Vinícola Aurora
Vinícola Campos de Cima
Vinícola Dezem
Vinícola Hermann
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Vinícola Kranz
Vinícola Nova Aliança
Vinícola Perini
Vinícola Peterlongo
Vinhedo Routhier e Darricarrère
Vinícola Salton
Vinícola Sinuelo
ViniBrasil
Suco de Uva 100% do Brasil
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13
Abad gera mais de R$ 1 milhão
em negócios para vinícolas
Mateus Masiero, Ibravin
Evento realizado este ano em Fortaleza, voltado a distribuidores e atacadistas, expandiu acesso ao mercado da
região Nordeste e ampliou canais de distribuição do vinho brasileiro para o restante do país
14
Oito vinícolas apresentaram seus rótulos para público de 30 mil pessoas
Mais de R$ 1 milhão em negócios
fechados para os próximos seis meses. Este foi o resultado alcançado
pelas oito vinícolas brasileiras que
entraram em campo na feira da Associação Brasileira de Atacadistas e
Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), entre os dias 5 e 8 de
agosto, em Fortaleza (CE). Realizada
pela primeira vez na capital cearense,
neste ano ocorreu junto à 33ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor,
maior evento voltado exclusivamente
ao segmento na América Latina.
Basso Vinhos e Espumantes, Gran
Legado Vinhos e Espumantes, Miolo
Wine Group, Vinhos Canção, Vinícola Aurora, Vinícola Mioranza, Vinícola Nova Aliança e Vinícola Peterlongo representaram a seleção presente
no estande do Vinhos do Brasil. Pelo
local passaram os mais importantes
distribuidores, supermercadistas e
atacadistas da região Nordeste. O público total ultrapassou as 30 mil pessoas nos quatro dias de feira.
Um balanço preliminar confirma
os resultados positivos em negócios
durante o evento. Uma das vinícolas
expositoras comercializou 6 mil caixas de produtos, o equivalente três
contêineres, sendo 85% deste total de
suco de uva 100% natural. Nos negócios prospectados, outra participante
confirmou o montante de R$ 400 mil
em vendas para entrega até o final do
ano. Outro fator apontado de forma
coletiva foi a qualidade dos contatos
realizados, incluindo parcerias exclusivas com distribuidores e atacadistas
da região.
Por outro lado, a expectativa de
ampliar as vendas e o acesso ao mercado do Nordeste se concretizou por
meio de encontros promovidos pelo
Ibravin com representantes da Associação Cearense de Supermercados
(Acesu), com as redes Supermercadinhos São Luiz e Smart e com a
distribuidora D’Origem para o desenvolvimento de estratégias regionais específicas.
A diretora de Promoção do Ibravin, Andreia Gentilini Milani, ressaltou que a participação na Abad deve
contribuir para uma entrada maior
dos vinhos brasileiros no mercado
das regiões Norte e Nordeste. Segundo ela, as reuniões com distribuidores
e com as redes de supermercados foram bastante produtivas e reforçaram
a adoção de algumas estratégias que
já vêm sendo colocadas em prática
por algumas vinícolas da Serra. “O
vinho de mesa é a entrada do produto no Norte e Nordeste, mas que deve
estar numa bela garrafa, com uma boa
apresentação. O desafio para o setor é
oferecer alternativas a este consumidor que poderá vir a consumir também os vinhos finos”, explicou.
O presidente da Acesu, Severino
Ramalho Neto, reforçou apoio para o
setor vitivinícola dentro das diretrizes
do acordo de cooperação, assinado no
ano passado, que prevê a ampliação
de espaço do vinho brasileiro no mercado. Entre as metas, está a de ocupar
25% dos espaços de gôndola da seção
da bebida nos supermercados em todo
o país, além de ampliar a participação
do suco de uva. “A Acesu já estava de
portas abertas para o Ibravin através
da Abras (Associação Brasileira de
Supermercados) e, com esta parceria
que firmamos, queremos mostrar um
pouco o que é o Ceará para o próprio
setor e também esperamos contribuir
para o desenvolvimento da cultura do
vinho aqui em nosso estado”, disse.
O diretor da distribuidora
D’Origem, Luiz Hipólito da Rocha,
se mostrou otimista com as negociações encaminhadas durante a Abad.
“Vimos na feira uma grande oportunidade para aumentar o mercado do
vinho e do suco aqui na região Nordeste. O que precisamos é fazer com
que as pessoas conheçam e valorizem
o produto, que tem qualidade para
competir com os importados.”
O gerente de Marketing do
Ibravin, Diego Bertolini, também
classificou como positivas as ações de
aproximação com os distribuidores e
atacadistas. Bertolini avalia que existe
espaço para a expansão no mercado
no Nordeste. “Como o consumo ainda
é baixo podemos desenvolver um
trabalho de segmentação para ampliar
de forma significativa o espaço do
vinho brasileiro na região”, disse.
A feira
A Convenção Anual do Atacadista Distribuidor da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores
de Produtos Industrializados (Abad)
é reconhecida como o maior encontro de negócios do setor na América
Latina. Tem como objetivo estreitar
o relacionamento entre indústria, varejo, agentes de distribuição e prestadores de serviço. É um espaço onde
profissionais da cadeia de abastecimento encontram produtos, equipamentos e serviços que desenham
novas tendências e geram oportunidades de negócios.
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Saca-rolhas
informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
Feira de vinhos em Porto Alegre
estreita relação com consumidor
Catorze vinícolas comercializaram seus produtos em ação no shopping Moinhos de Vento. Palestras com enólogos e
nutricionista também integraram programação, realizada entre os dias 2 e 11 de agosto
Mais de 3,5 mil garrafas vendidas. Este foi o resultado da Feira de
Vinhos realizada entre os dias 2 e 11
de agosto, no Shopping Moinhos de
Vento, em Porto Alegre. Durante dez
dias, foram realizadas palestras sobre
o universo vitivinícola, degustação e
venda de produtos das 14 vinícolas
expositoras. A feira é realizada pela
Phoenix Eventos, em parceria com o
Ibravin, por meio do projeto Vinhos
do Brasil e apoios do Shopping Moinhos de Vento e Hotel Sheraton.
Para o gerente de Marketing do
Ibravin, Diego Bertolini, a ação
cumpriu com seu papel de aproximação direta dos vinhos brasileiros
com o público.
Paralelamente à feira, foram realizadas palestras sobre temas voltados
à produção de vinho no Brasil e benefícios à saúde do suco de uva. No
dia 3, o enólogo e diretor-executivo
da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Darci Dani, falou sobre
o tema Conversando com o vinho. No
dia 5, foi a vez da apresentação sobre
O suco de uva e seus benefícios para a
saúde humana, com a doutora em Biotecnologia e Nutrição, Caroline Dani.
A última palestra, no dia 7, apresentou
o tema Novo Terroir da Campanha
Gaúcha, com a enóloga Maria Amélia
Duarte Flores. As três palestras foram
realizadas no Hotel Sheraton.
Durante o evento, o restaurante
Porto Alegre Bistrô, do Sheraton Hotel, ofereceu cardápios de refeições
harmonizadas com os vinhos das vinícolas convidadas.
Empresas Expositoras
Panizzon Vinhos, Sucos e Espumantes
Vinhos Primo Fior
Vinícola Aurora
Vinícola Laurentia
Vinícola Perini
Vinícola Salton
Vinícola Vaccaro
Azienda Bassani
Casa Valduga
Cave Marson Vinhos e Espumantes
Cooperativa Vinícola Nova Aliança
Di Creazzo Sucos e Geleias
Dunamis Vinhos e Vinhedos
Miolo Wine Group
Exportação de vinhos engarrafados se mantém
estável no primeiro semestre de 2013
Incremento de vendas para o mercado externo de vinhos brasileiros foi de 1,67%. Entretanto, os países-alvo de ações
do projeto Wines of Brasil apresentaram melhor desempenho em volume e em valor médio exportado
No primeiro semestre de 2013, as
exportações brasileiras de vinhos engarrafados se mantiveram estáveis,
apresentando um pequeno incremento de 1,67%, em volume, e um ligeiro
recuo, de 0,86%, em valor. De janeiro
a junho deste ano, o país comercializou para o Exterior 597,2 mil litros de
vinhos engarrafados, contabilizando
US$ 2 milhões. O valor médio por litro exportado ficou em US$ 3,36.
Nos oito países-alvo estabelecidos
pelo projeto Wines of Brasil (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Hong Kong, Polônia e
Suécia), os resultados foram positivos
em quatro: Estados Unidos, Canadá,
Alemanha e Hong-Kong.
A diretora de Promoção do Ibravin,
Andreia Gentilini Milan, explica que,
no mesmo período do ano passado, o
Brasil efetivou a venda de um grande
volume de vinhos para a Europa pelo
fato de uma vinícola brasileira ter sido
a fornecedora oficial dos vinhos da
Olimpíada de Londres. Isso explicaria
o ligeiro recuo nos dados de exportação deste semestre. Para a executiva,
a estagnação econômica verificada no
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*NCM Consultadas: 2204.10.10 até 2204.3000 exceto NCM 22.04.2900 a 2204.2919 granel e garrafão
Fonte: MDIC Sistema AliceWeb. Elaboração: Ibravin
mercado internacional também se refletiu neste desempenho.
Entretanto, Andreia salienta que
nos mercados-alvo do projeto Wines
of Brasil, os resultados foram bastante
positivos. “Estamos fazendo um trabalho de longo prazo, focando esforços de promoção nos mercados que
consideramos estratégicos para o vinho brasileiro. Por isso a tendência é
de termos melhores resultados a cada
ano”, complementa.
O Wines of Brasil busca a promoção do vinho brasileiro no mercado externo realizado pelo Ibravin em
@vinhosdobrasil | @winesofbrasil
parceria com a Agência Brasileira de
Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
No primeiro semestre de 2013,
40 empresas integraram as ações do
Wines of Brasil, sendo que metade
efetivou exportações, destinadas para
26 países. Em comparação com o volume total do Brasil, as exportações
das empresas participantes do Wines
corresponderam a 61,4% em volume
e cerca de 80% do valor. Outro ponto a ser destacado é o percentual 30%
maior em termos de valor médio por
litro exportado.
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15
Vinexpo registra participação
recorde do Brasil no Exterior
16
A Vinexpo 2013 registrou a maior
participação internacional já feita
pelo Brasil. Entre empresários, profissionais do setor e equipe de apoio,
28 pessoas marcaram presença na feira de Bordeaux, França, considerada
a grande vitrine para o mercado mundial de vinhos.
O estande do Wines of Brasil contou com 10 balcões, além da Discovery Table, representando 17 empresas de diferentes regiões produtoras
brasileiras. Ao longo dos cinco dias
do evento, foram prospectados aproximadamente US$ 1 milhão em negócios para concretização nos próximos
12 meses. Já as vendas imediatas efetivadas no estande durante a Vinexpo
totalizam mais de US$ 160 mil.
Além dos expositores, representantes de outras três empresas integraram o grupo que, antes da feira,
realizou missão técnica na renomada
região de Champagne. No roteiro, visitas orientadas foram realizadas em
cinco importantes produtores da bebida além de uma manhã de imersão
no Comité Interprofessionnel du Vin
de Champagne.
“Além de participarem como expositoras, as vinícolas estão enviando
outros profissionais para visitarem as
feiras a fim de avaliar o mercado, degustar produtos, observar tendências.
Isso é ótimo, é um olhar para fora que
contribui muito para a evolução do
setor”, observa Andreia Gentilini Milan, diretora de Promoção do Instituto
Brasileiro do Vinho (Ibravin). O Wines of Brasil é o projeto de promoção
dos vinhos no Exterior, realizado em
parceria pelo Ibravin com a Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Coletividade
Este ano, um dos diferenciais do
estande foi a presença de seis empresas de Santa Catarina que participaram pela primeira vez de uma feira
internacional. Agrupadas sob a designação Brazilian Highlands Wines,
as vinícolas foram representadas pelo
empresário Walter Kranz, que declarou estar fascinado pela experiência.
“Queremos dar continuidade a este
formato de representação, pois possi-
Martha Caus, Ibravin
Vinícolas marcaram presença na feira, que resultou em mais de US$ 1 milhão em negócios prospectados. No
total, grupo brasileiro teve 28 participantes que também realizou missão técnica na região de Champagne
Balcões do estande do Wines of Brasil representavam 17 empresas de seis
diferentes regiões brasileiras produtoras de vinhos
bilita que, com custos reduzidos, um
grupo de pequenos produtores tenha
a acesso a grandes negócios”, observa Kranz, que realizou mais de 150
atendimentos ao longo dos cinco dias
de realização da feira.
Todas as empresas deste grupo integram o Programa Primeira Exportação (PPE), executado pelo Wines
of Brasil para fomentar e preparar
pequenas empresas para ingressar no
mercado externo.
Novos mercados
Com 2,4 mil expositores de 45
países, este ano a Vinexpo permitiu
aos vinicultores brasileiros acessar
mercados que têm menor representatividade em outras feiras internacionais. A presença dos chineses, sul-coreanos e japoneses, por exemplo,
é bastante significativa. “As vinícolas
conseguem contatos novos com regiões que podem ser melhor exploradas
como a Ásia e a América Central”,
observa Andreia.
Por estar em uma zona vinícola
de renome, a Vinexpo atrai grande
quantidade de críticos e jornalistas
especializados, tornando-a uma grande vitrine e importante palco para a
formação de imagem. E, este ano, o
Brasil contou com o apelo extra da
realização dos grandes eventos esportivos como a Copa e Olimpíadas.
Redes de TV e repórteres de veículos de comunicação franceses, assim como revistas especializadas da
Alemanha, Bélgica, Reino Unido,
Estados Unidos, China e Japão, entre
outros, colheram informações sobre
as empresas e dados gerais do setor
produtivo no Brasil.
“Vínhamos fazendo um grande esforço para nos apresentar como país
produtor de vinhos de qualidade, e já
não somos vistos como algo exótico.
Agora estamos chamando a atenção
de verdade. E quanto mais próximo
da Copa, mas isso está se intensificando”, avalia a executiva do Ibravin.
Participação brasileira
Empresas expositoras:
• Casa Valduga
• Domno do Brasil
• Lídio Carraro Vinícola Boutique
• Miolo Wine Group
• Ouro Verde
• Pizzato Vinhas e Vinhos
• ViniBrasil
• Vinícola Aurora
• Vinícola Salton
• Brazilian Highland Wines:
Hiragami, Kranz, Sanjo, Santa
Augusta, Santo Emílio e Suzin
Vinhos na Discovery Table:
• Vinícolas expositoras
• Cooperativa Vinícola Garibaldi
• Vinícola Perini
Integrantes da missão técnica:
• Vinícolas expositoras
• Vinhos Don Laurindo
• Vinhos Mioranza
• Vinícola Perini
• Vinícola Peterlongo
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Saca-rolhas
informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
França, Inglaterra e Alemanha
na rota do Wines of Brasil
Já imaginou degustar espumantes brasileiros ouvindo samba e bossa nova, no Festival de Cinema de
Cannes, na França? Pois entre junho
e julho, além da participação em um
dos mais renomados festivais de cinema no mundo, os produtos brasileiros
também estiveram sob os holofotes
em eventos na Inglaterra e Alemanha
em ações do projeto Wines of Brasil.
Realizado pelo Ibravin, em parceria
com a Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil), o Wines of Brasil visa
a promoção do vinho fino brasileiro
no mercado internacional.
No Festival de Cinema de Cannes,
entre os dias 18 e 22 de junho, os espumantes das vinícolas Perini, Salton,
Peterlongo, Cooperativa Garibaldi e
Casa Valduga foram servidos à beira
da praia, no happy hour voltado a jornalistas, críticos de cinema e formadores de opinião. Em parceria com a
Associação Brasileira da Produção
de Obras Audiovisuais (APRO), os
participantes do festival degustaram
os produtos com os olhos vendados,
ouvindo música brasileira. O objetivo
foi criar um ambiente que transportasse o público para o Brasil. Como resultado, elogios à qualidade dos espumantes tropicais e a vontade de saber
mais sobre os produtos. As imagens
foram captadas e a ação será transmitida pelo canal inglês Sorted Food,
que possui mais de 350 mil seguidores
no You Tube.
Depois da experiência francesa,
o Wines of Brasil desembarcou em
terras inglesas e alemãs. O Taste of
London, de 20 a 23 de junho, o The
Three Wine Men, edição de Edimburgo, nos dias 29 e 30 de junho, e de
Londres, em 6 e 7 de julho, e o Vinocamp, na Alemanha, nos dias 29 e 30
estiveram na rota dos vinhos e espumantes brasileiros pela Europa. Para
a gerente de Promoção Comercial do
Wines of Brasil, Roberta Baggio Pedreira, 2013 está se mostrando muito
importante para o posicionamento no
Exterior. “Estes eventos atingem diretamente o consumidor internacional, jornalistas e formadores de opinião, educando-os sobre a qualidade
do vinho brasileiro", reforça.
Bárbara Ruppel, Ibravin
Festival de Cinema de Cannes, Taste of London, duas edições do The Three Wine Men e Vinocamp estiveram entre os
eventos de promoção do vinho e do espumante brasileiro na Europa entre os meses de junho e julho
Ação com espumantes brasileiros NO Festival de Cannes teve cobertura do
canal inglês Sorted Food
vinhosdobr | brazilianwines | sucodeuvadobrasil
O consumidor final é o foco do
Taste of London e do The Three Wine
Men. Em ambos, o calor do verão
europeu foi um chamariz para que o
espumante brasileiro fosse apreciado.
O Taste of London é o maior festival de culinária de Londres, e reuniu
mais de 50 mil pessoas entre os dias
20 e 23 de junho. O evento foi organizado pela Embaixada do Brasil em
Londres, Apex-Brasil e Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e levou
ao espaço rótulos das vinícolas Pizzato, Geisse, Lidio Carraro, ViniBrasil,
Casa Valduga e Miolo. Pelo segundo
ano consecutivo, os vinhos e espumantes nacionais ocuparam um dos
estandes ao lado de outros produtos
verde-amarelos como café, cachaça,
guaraná e açaí.
Em Edimburgo e Londres, nas
edições do Three Wine Men realizadas nos dias 29 e 30 de junho e 6 e
7 de julho, respectivamente, os consumidores puderam degustar e comprar os produtos das vinícolas Miolo,
Geisse, Lidio Carraro, Basso, Domno,
Casa Valduga, Aurora e ViniBrasil.
O evento ocorre todos os anos em
diversas cidades e é organizado pela
JK Marketing dos Three Wine Men’s
Oz Clarke, Tim Atkin, Olly Smith,
considerados os principais críticos de
vinho do Reino Unido. Mais de 3 mil
visitantes prestigiaram as duas etapas.
Já na Alemanha, cinco vinícolas
participaram da Vinocamp, em Geisenheim, nos dias 29 e 30 de junho. Voltado prioritariamente aos formadores
de opinião, o evento atraiu mais de
120 blogueiros, além de jornalistas,
importadores, compradores, estudantes e consumidores.
Miolo, Casa Valduga, Aurora,
Pizzato e Lidio Carraro, que já
estão no mercado alemão, levaram
cinco espumantes e 15 rótulos de
vinhos para a primeira participação
brasileira. Neste ano, a Vinocamp
teve o foco voltado aos espumantes
e à divulgação dos produtos pela
internet. A diversidade da produção e
a qualidade dos produtos instigaram
os jornalistas e blogueiros a visitar
a mesa de degustação que exibia a
produção vinícola nacional.
CALENDÁRIO WINES OF BRASIL JUNHO/JULHO 2013
Festival de Cinema de Cannes
Taste of London
Three Wine Men Edimburgo
Vinocamp
Three Wine Men Londres
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França
Inglaterra
Inglaterra
Alemanha
Inglaterra
18 a 22 de junho
20 a 23 de junho
29 e 30 de junho
29 e 30 de julho
06 e 07 de julho
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17
Produção brasileira é
apresentada a experts nos EUA
Disseminar o que é o vinho brasileiro no mercado norte-americano.
Este foi o objetivo principal da aula
ministrada pela consultora Nora Favelukes, durante o Seminário da Society of Wine Educators, em Orlando,
na Flórida, ocorrida em 31 de julho.
A ação integra a estratégia do projeto Wines of Brasil, realizado pelo
Ibravin em parceria com a Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
para a promoção do vinho brasileiro
no Exterior. O público foi composto
por cerca 60 formadores de opinião,
membros de confrarias e profissionais do setor.
Os rótulos apresentados foram das
empresas Casa Valduga, Don Guerino Vinhos e Espumantes, Lidio Carraro Vinícola Boutique, Miolo Wine
Group, Pizzato Vinhas e Vinhos, Vinícola Aurora, Vinícola Geisse, Vinícola
Perini e Vinicola Salton.
A diretora de Promoção Comercial
do Ibravin, Andreia Gentilini Milan,
acredita que eventos com este perfil são fundamentais para a entrada
definitiva dos vinhos brasileiros no
18
Jeannie Leung, Ibravin
Aula ministrada pela consultora Nora Favelukes mostrou produtos de nove vinícolas brasileiras para formadores
de opinião norte-americanos durante o Seminário da Society of Wine Educators, em Orlando, estado da Flórida
O público foi composto por cerca 60 formadores de opinião, membros de
confrarias e profissionais do setor
mercado dos EUA. “Esta ação direta
junto aos formadores de opinião deve
trazer resultados significativos para o
vinho”, avalia.
A gerente de Promoção Comercial
do Wines of Brasil, Roberta Baggio
Pedreira, também ressaltou a relevância da ação. “Ajuda a criar a percepção do Brasil como produtor de
vinhos finos de qualidade na mente
dos educadores mais influentes no
mercado norte-americano”, observa.
Eventos já realizados nos Estados Unidos este ano:
• Fevereiro: South Beach Wine Festival
• Março: Master Class Dallas
• Março: People’s Voice Wine Award - Snooth
• Abril: Passaporte Brasil Central Market
• Maio: International Wine, Spirits & Beer Festival
• Julho: Seminário Society of Wine Educators
Apex-Brasil, divulgação
Vinícolas brasileiras comemoram resultados com
ação durante a Copa das Confederações
Dez convidados internacionais visitaram empresas, participaram de
rodadas de negócios e encerraram
visita ao Brasil assistindo a jogos
da Copa das Confederações
Não foi só em campo que o Brasil
saiu vitorioso da Copa das Confederações. Os vinhos brasileiros também
colheram bons resultados fora das
quatro linhas, em ações voltadas ao
mercado externo, durante o período
do torneio preparatório para a Copa
do Mundo do Brasil de 2014. O Ibravin, através dos projetos Imagem e
Comprador, trouxe dez convidados
entre representantes de grandes redes
de varejo e distribuidores dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e
Holanda, além de jornalistas norte-americanos. Vinte e três empresas
participaram dos projetos recebendo
os grupos para reuniões, degustações
e entrevistas.
Foram realizadas 50 encontros de
negócios entre os dias 10 e 29 de junho. Como resultado, a exportação
de vinhos e espumantes terão incre-
mento de cerca de US$ 500 mil para
os próximos doze meses. Além disso, foi selado contrato entre um importador holandês e uma vinícola da
Serra Gaúcha.
Para a diretora de Promoção do
Ibravin, Andreia Gentilini Milani,
a ação superou as expectativas, já
que, além dos negócios gerados, contribuiu para a divulgação do vinho
brasileiro no Exterior. “Os convidados ficaram surpresos pelo tamanho
das empresas, pela longa tradição da
cultura do vinho e pelo potencial dos
espumantes brasileiros no mercado
externo”, afirmou.
O roteiro dos visitantes compreendeu visitas com degustação de produtos em vinícolas, fechando com viagens para assistir os jogos realizados
em Brasília (DF), Fortaleza (CE) e
Rio de Janeiro (RJ).
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informativo
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
Wines of Brasil abre escritório
em Miami, nos Estados Unidos
Respondendo por 13% do vinho
produzido no mundo, os Estados Unidos também ocupam lugar de destaque no consumo, figurando em primeiro lugar no ranking dos maiores
mercados consumidores da bebida.
Atualmente as distribuidoras trabalham com um portfólio que contabiliza aproximadamente 7 mil rótulos.
Em 2012, no país, o setor movimentou
US$ 34,6 bilhões. De olho em uma
pequena fatia deste mercado, o Wines
of Brasil está abrindo um escritório
de negócios na terra do Tio Sam, que
contará com um brand ambassador
para promover os vinhos brasileiros e
dar suporte comercial às empresas que
já atuam ou têm interesse em exportar
para o país.
Oficialmente efetivado em agosto,
o espanhol Daniel Marquez passou
um mês em imersão no Sul do Brasil
conhecendo as particularidades dos
terroirs, as características dos vinhos
e a empresas por trás da produção vitivinícola brasileira. O escritório do
Wines of Brasil funciona na sede da
Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) localizada em Miami, no estado da Flórida. A Apex-Brasil é parceira do Ibravin no projeto de promoção
do vinho brasileiro no Exterior.
A figura do brand ambassador é
largamente utilizada por grandes empresas nos Estados Unidos devido à
complexidade do sistema comercial
naquele mercado. “Em resumo, a minha função é atuar não apenas na área
representativa, mas também de vendas, facilitando o fluxo de informações entre importador, distribuidor,
comerciante e consumidor final”, explica Marquez.
O escritório atuará com demandas
de prospecção comercial, treinamento
com equipes de venda, ações e promoções com o consumidor final, participação em feiras e eventos além de
suporte às vinícolas, seja na inserção
no mercado norte-americano como no
desenvolvimento e ampliação de negócios já estabelecidos.
“A ideia é que as empresas integrantes do Wines of Brasil tenham um
apoio dedicado para dar seguimento
aos projetos realizados nos Estados
vinhosdobr | brazilianwines | sucodeuvadobrasil
Janice Prado, Ibravin
Contratação de brand ambassador irá reforçar ações promocionais e consolidar estratégias comerciais de abertura
e expansão de mercado para os vinhos brasileiros no país, com foco em seis estados considerados estratégicos
19
Daniel marquez assumiu a função em agosto e passou um mês em imersão no
Brasil para conhecer melhor o perfil do produto e das empresas
Unidos. Fazer com que o trabalho de
colocação de produtos continue, com
consolidação da imagem dos vinhos
brasileiros e, consequentemente, incremento nas vendas das empresas”,
informa Marquez.
A abrangência de atuação do brand
embassador envolve todo o território
americano porém, com ênfase nos
estados onde já há distribuição de rótulos brasileiros ou que sejam considerados de interesse estratégico sendo
eles Flórida, Nova Iorque, Nova Jersey, Illinois, Califórnia e Texas.
Os Estados Unidos estão no grupo
dos oito países-alvo do Wines of Brasil, por isso o país é considerado um
destino estratégico. “Para além dos
volumes de consumo, é um país onde
o posicionamento dos vinhos brasileiros tem boa repercussão junto ao
mercado consumidor, pois está aberto
a novos produtos. Este trabalho dedicado que será feito pelo escritório fará
a diferença na colocação de nossos rótulos”, observa a gerente do projeto,
Roberta Baggio Pedreira.
O mercado norte-americano
Em 2013 o Wines of Brasil terá realizado 11 ações nos Estados Unidos.
No primeiro semestre do ano, o país
foi o principal destino dos vinhos engarrafados brasileiros, representando
23,5% em volume e 27,8% em valor
do total exportado. Frente ao mesmo
@vinhosdobrasil | @winesofbrasil
período do ano passado, as vendas registraram alta de 67,5% em valor, e o
preço médio por litro teve incremento
de 30% passando de US$ 3,09 para
US$ 3,99.
QUEM É DANIEL MARQUEZ
O espanhol Daniel Marquez é
formado em Publicidade e Relações Públicas, com MBA em Marketing, e conta ainda com uma
série de cursos na área de vitivinicultura e degustação. Radicado há
quatro anos nos Estados Unidos,
atuou previamente como brand
ambassador de 30 rótulos de cinco diferentes vinícolas integradas
à empresa Ramon Bilbao Vinhos
e Vinhedos, que pertence ao grupo Diego Zamora, fabricante do
Licor 43. Esta experiência, permitiu a ele conhecer e construir um
relacionamento com a cadeia de
distribuição e vendas no mercado
americano.
Marquez possui uma forte ligação com o Brasil e fala português
fluentemente. Além de ter tido
uma madrasta brasileira, morou
por pouco mais de um ano no Brasil, em Fortaleza, onde a família
mantém um apartamento.
sucodeuvadobrasil | winesofbrasil | vinhosdobrasil
Ano 4 | Nº 10 | Setembro de 2013
Saca rolhas
informativo
Cartilhas sobre vinhos, espumantes
e sucos de uva disponíveis na web
Material elaborado com linguagem descomplicada, fotografias e ilustrações busca facilitar o entendimento sobre os produtos e estão
disponíveis para download gratuito no site do Ibravin, podendo ser utilizadas tanto pelos consumidores como pelo próprio setor
Você sabe qual a diferença entre
um vinho frisante e um espumante? Quais as informações obrigatórias em um rótulo de vinho? E se
suco, néctar e refresco são a mesma coisa? Pois o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) produziu três
cartilhas que abordam as informações sobre vinhos, espumantes
e suco de uva para disseminar os
conceitos básicos, esclarecer dúvidas e informar curiosidades sobre
estes produtos.
De autoria da assessora jurídica
do Ibravin, Kelly Lissandra Bruch,
os títulos Nem Tudo que Fermenta
vira Vinho, Nem Tudo que Borbulha é Espumante e Nem tudo que
tem Uva é Suco compõem a tríade
de cartilhas que são disponibilizadas gratuitamente no site do instituto (www.ibravin.org.br), na seção Serviços, no link Downloads.
Os materiais foram elaborados com
linguagem acessível, fotografias e
ilustrações para facilitar o entendimento do leitor.
“A ideia foi elaborar um material simples, divertido e descomplicado para que o consumidor possa
chegar no mercado e ter uma noção
básica sobre o produto que levará
para casa”, resume a autora. Kelly
acrescenta que profissionais que
atuam com aulas, palestras informativas e o próprio setor podem
utilizar o material como subsídio.
O primeiro título, Nem Tudo
que Fermenta Vira Vinho, contém informações sobre o que é o
produto, as diferenças entre classificações e informações sucintas
sobre elaboração. Também mostra
o que é obrigatório constar no rótulo e contrarrótulo, além de conteúdo sobre as diferenças em relação a outras bebidas alcoólicas
fermentadas.
A cartilha Nem Tudo que Borbulha é Espumante explica desde os
métodos de elaboração (tradicional
e o charmat) até as diferenças entre
as classificações Brut, Sec e Demi-Sec. O conteúdo aborda as variedades de espumantes, assim como
as singularidades de produtos que
podem equivocadamente ser associados à bebida.
No material Nem tudo que tem
Uva é Suco são apresentadas as
diferenças entre o produto natural,
elaborado integralmente com a fruta e outras bebidas à base de uva.
São informadas as características
dos sucos reconstituídos, naturais,
mistos, concentrados e néctar, e o
que diferencia refrescos e refrigerantes dos sucos naturais.
A disponibilização das cartilhas
é uma iniciativa do Ibravin, com o
Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae)
e com a Secretaria de Agricultura,
Pecuária e Agronegócio (Seapa),
do Rio Grande do Sul.
Download

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