II ENCONTRO REGIONAL SUL – PR/SC/RS
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No cenário da agricultura brasileira, a Região Sul,
que até o fim dos anos 60 detinha um lugar de
destaque na produção de alimentos para o
mercado interno, teve modificada sua posição na
divisão espacial do trabalho. A partir de então,
com os novos rumos da evolução tecnológica
associados à acentuação da abertura econômica
nacional para o exterior, a Região Sul apresentou
uma significativa incorporação de elementos
modernos à prática da atividade agropecuária.
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Nos anos 70, a grande expansão da lavoura
comercial da soja, decorrente dos estímulos
oficiais à produção para a exportação, e a
implantação no país de grandes empresas
multinacionais de equipamentos e insumos
agrícolas; influíram, decisivamente, nas
características do processo produtivo regional.
A partir dessa década, o Sul apresenta como um
dos fatos marcantes de sua evolução agrícola, a
expansão da lavoura temporária vinculada a um
cultivo de alto valor comercial – a soja –
incentivado por uma política oficial com vistas à
produção para a exportação.
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Desde o final da década de 70, as agriculturas
familiares, implantadas pelos primeiros imigrantes do
Sul, vêm perdendo espaço. Nas lavouras de soja, por
exemplo, a tendência é que as tecnologias e as
máquinas reduzam cada vez mais o pouco emprego
que ainda resta no campo. Segundo o Censo
Agropecuário realizado pelo IBGE, entre os anos de
1995 a 2006, o emprego no campo gaúcho reduziu
11%, uma média de 1% a cada ano. Ao todo, 157,5
mil pessoas perderam seus postos de trabalho no
período analisado, destas, 108 mil eram agricultores
familiares e os outros 48 mil, empregados sem
vínculos com o proprietário da terra.
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A crise econômica global reservou ao Brasil
retração de crédito e de demanda externa, por
ter deixado bancos, mercado financeiro e
mercados de comprar do exterior bastante
inseguros e receosos sobre empréstimos e
acordos de comprar.
Isso afetou, principalmente, a região Sul que
depende demasiadamente da demanda externa
para escoar suas produções tanto agrícola,
pecuária e seus produtos industrializados.
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AÇÃO LOCAL UMA NOVA OPÇÃO DE PARTICIPAÇÃO
ÉTICO-POLÍTICA
Não se fala aqui apenas, nem principalmente, do "poder
local", mas sim da colaboração local constituída pela
iniciativa autônoma da sociedade civil, pela Ação Cidadã.
Frequentemente esta Ação Cidadã deverá contar com a
ação estatal nos seus diversos níveis e, em alguns casos,
não se poderá prescindir da convergência de três esforços:
os esforços da Ação Cidadã, da parceria sociedade Estado
e da ação estatal -governamental, parlamentar e
judiciáriarias e quase- judiciaria ,esferas dos municípios
ou das outras unidades políticas do país e da própria
nação. Mas a ausência do Estado não constitui
impedimento para a sua realização.
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Disputa do modelo de desenvolvimento
A opção de produção tem que levar em conta a
proteção dos biomas
O fortalecimento das instâncias de participação e
controle social ( Politica X Plano)
Atuação da sociedade civil em foruns e redes
A construção de atuação das politicas
intersetorializadas ( a partir dos municipios)
Itensificar as ações de controle de resíduos químicos
nos alimentos (Anvisa + Sociedade civil)
Defesa dos hábitos alimentares -diversidade etnica
do sul do Brasil - sistema de proteção as
comunidades tradicionais (Indios, quilombolas,
pescadores artesanais, etc.)
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