ANO X N.º 84, DEZEMBRO DE 2011 - MENSAL - PREÇO: 1€ DIRECTOR ANTÓNIO SOUSA PEREIRA 10º ANIVERSÁRIO DO JORNAL «ROSTOS» Assinalado com entrega da distinção «Rostos da 1ª década do Século XXI» Homenagem aos que contribuíram para o desenvolvimento da região Comemorações dos 35 anos das 1as Eleições Autárquicas Presidente da CMB: “O tributo que prestamos é de grande significado emocional e político” CONTEXTOS CONTEXTOS DEZEMBRO DE 2011 Rostos da 1ª Década do Século XXI No Dia Internacional dos Direitos Humanos homenageados aqueles que valorizaram a década No Salão D. José Carcomo Lobo, na SFAL – Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense, realizou-se a cerimónia de entrega dos troféus «Rostos da 1ª Década do Século XXI» Esta uma das iniciativas integradas nas comemorações do 10º aniversário do jornal «Rostos» assinalado no dia 15 de Dezembro. Na abertura da sessão, António Sousa Pereira, Director do jornal Rostos, referiu que a entrega das distinções «Rostos da Década» era a melhor forma de assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos. DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS “Hoje é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e, de facto, que melhor forma de assinalar esta efeméride que, esta, de prestar um justo reconhecimento a um conjunto de personalidades e entidades que pela sua acção deram um contributo de relevo para que o mundo e a nossa região seja mais linda, bonita e humanizada” – sublinhou Sousa Pereira. APOSTAR NUM JORNALISMO PLURALISTA O Director do jornal Rostos, salientou, que – “os dez anos de dedicação ao jornalismo, sempre apostando em dar rostos às cidades, também foram marcados por uma linha de orientação editorial tendo por objectivo, valorizar e defender os Direitos Humanos”. Recordou que a actividade do jornal Rostos teve sempre como referência – “apostar num jornalismo pluralista, cívico, com respeito pelas diferenças, com uma cultura de defesa dos valores da comunidade e de valorização de todos aqueles que são actores das suas mudanças e dinâmicas”. “OS DEZ ANOS DE DEDICAÇÃO AO JORNALISMO, SEMPRE APOSTANDO EM DAR ROSTOS ÀS CIDADES, TAMBÉM FORAM MARCADOS POR UMA LINHA DE ORIENTAÇÃO EDITORIAL TENDO POR OBJECTIVO, VALORIZAR E DEFENDER OS DIREITOS HUMANOS” UMA ACÇÃO DE LANÇAMENTO SIMBÓLICA Sousa Pereira, recordou que o trabalho foi iniciado com uma edição impressa mensal, numa acção de lançamento que, recordou foi marcada pelo simbolismo de contar com a presença dos candidatos à presidência da Câmara Municipal do Barreiro - Emidio Xavier (PS), Mendes Costa( PSD), Carlos Mauricio (PCP/CDU) e Mário Durval (BE), nesse dia todos candidatos à presidência da Câmara, cujas eleições iriam realizar-se no dia seguinte 16 de Dezembro de 2001. “Estávamos no arranque de uma nova década. Éramos o primeiro órgão de in2 | Rostos | www.rostos.pt formação que nascia no começo de um novo século” – sublinhou António Sousa Pereira. O JORNAL MAIS VISITADO NA REGIÃO DE SETÚBAL Recordou que um ano depois, foi lançada a edição do Rostos on line, sendo pioneiros no Barreiro, marcando o começo da era digital no concelho. “O quotidiano do Barreiro nunca mais foi o mesmo. Nesse tempo as nossas visitas diárias única rondava as 500. Hoje atingem a 2500 e 3000. Somos o órgão de informação digital com mais visitas na região de Setúbal. Há quem diga que inventamos este números, mas, é fácil eles podem ser consultados porque são do domínio público. No dia de hoje, podemos afirmar que ocupamos um lugar entre os 500/600 mil sites do ranking mundial, estamos, igualmente, entre os 500/600 sites pt mais lidos em Portugal. São números reais que contribuem para que sejamos uma fonte de referência dos motores de busca Google e Sapo” – sublinhou Sousa Pereira. APOSTAR NO JORNALISMO DO FUTURO O Director do jornal Rostos, referiu os diversos projectos que têm sido desenvolvidos, quer ao nível editorial, quer ao nível jornalístico, quer inovando – “criámos s a primeira Revista on line, onde procuramos, desde já, dar passos pelo jornalismo do futuro, estabelecendo a ponte entre o jornalismo on line e o jornalismo off line”. CONTEXTOS CONTEXTOS DEZEMBRO DE 2011 “A nossa revista para além de estar acessível aos mais de 60 mil visitantes mensais do Rostos, conta directamente com leitores específicos acima de 20 mil leitores. Um projecto inovador que ainda tem muito para caminhar” – salientou. FOI UM TEMPO DE APRENDIZAGEM “Estamos a chegar ao 10 anos de vida, é uma marca na vida de todos nós, normalmente, significa a conclusão de uma etapa de vida, aquela que nós concluímos um tempo de aprendizagem – o 1º Ciclo do Ensino Básico, antigo Ensino Primário” – referiu Sousa Pereira.. Sublinhou que este – “foi um tempo de aprendizagem”, recordando que o jornal Rostos, tem proporcionado estágio a diversos jovens que, com a experiência vivida no Rostos, obtiveram a Carteira Profissional de Jornalistas e exercem as suas funções noutros órgãos de informação. “Somos portanto, também uma escola de vida” - sublinhou. ROSTOS DO ANO UMA REFERÊNCIA NA VIDA DA CIDADE “Mas a razão que nos trás a todos aqui hoje é procedermos à entrega de uma Distinção, que desde a primeira hora é uma referência da nossa actividade – Rostos do Ano. Foi aqui, nesta colectividade, que decorreu a entrega do primeiro troféu Rosto do Ano, iniciativa que vamos manter, porque, nós sentimos e sabemos que são os Rostos que fazem as cidades” – referiu Sousa Pereira. ROSTOS DA 1ª DÉCADA DO SÉCULO XXI “Para assinalar os nossos dez anos de vida. Um tempo vivido ao longo desta 1ª Década do Século XXI, quisemos, sublinhar esse facto e com o apoio dos jornalistas da imprensa regional cujos contributos agradecemos, distinguimos personalidades e entidades que pela sua acção marcaram esta década. Todos que vão receber esta distinção são uma referência, um exemplo de acção, que, sem dúvida, contribuíram para melhorar o Barreiro e a região” – sublinhou o Director do jornal Rostos. UMA PEÇA ÚNICA PARA ASSINALAR OS ROSTOS DA DÉCADA “Sem mais palavras, vamos pois proceder à entrega dessa distinção, que, também quisemos dar-lhe um cunho especial, convidando a artista plástica Fatima Gama para criar uma peça única – cada uma é uma peça original – que ficasse como evocação desta década.” – referiu. Sousa Pereira, sublinhou que a peça criada por Fátima Gama tem uma leitura – “tem um rosto, a marca de uma década e um elemento que simboliza verticalidade na acção, que são exemplares em todos aqueles que vão ser homenageados”. www.rostos.pt | Rostos | 3 PRETEXTOS PRETEXTOS DEZEMBRO DE 2011 Rostos da 1ª Década do Século XXI Homenageados DESPORTO Grupo Desportivo ESSA JOVEM Betinho ENSINO Escola Superior de Tecnologia do Barreiro VOLUNTARIADO Bombeiros S.Sueste e S. Pública ASSOCIATIVISMO Cooperativa Cultural popular Barreirense AMBIENTE S. Energia REGIONAL Simarsul CIDADANIA Padre José Manuel MÚSICA Escola Jazz Barreiro SOLIDARIEDADE SOCIAL Rumo NACIONAL Alvaro Marinho e Miguel Nunes POLITICO Carlos Humberto AUTARCA João Raio VETERANO Carlos Oliveira «Boia» EMPRESA Forum Barreiro MEMÓRIA Dulce Cabrita AUTARCA Juvenal Silvestre CULTURA Comemorações dos 100 Anos da CUF VETERANO AUTÁRQUICO Helder Madeira FICHA TÉCNICA Director António Sousa Pereira | Redacção Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres, Vanessa Sardinha | Colaboradores Permanentes Rui Nobre (Setúbal), Marta Pereira | Colunistas Manuela Fonseca, Ricardo Car- MEMBRO doso, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco e Paulo Calhau | Departamento Relações Públicas Rita Sales Sousa Pereira | Departamento Gráfico Alexandra Antunes | Departamento Informático Miguel Pereira | Contabilidade Olga Silva | Editor e Propriedade António de Jesus Sousa Pereira | Redacção e Publicidade Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. 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Escutar-se um momento musical, pouco teria de surpresa, por vezes, até, faz parte deste tipo de eventos. Mas, de facto, a surpresa estava bem guardada. Começaram a ecoar pela sala os sons das vozes dos elementos do Grupo Coral TAB, que, pouco a pouco, foram enchendo as galerias laterais. Os sons enchiam o espaço. Deliciavam os ouvidos, e, até o próprio olhar mergulhava na busca dos sons. Um belo momento musical. Sem dúvida uma agradável surpresa. Um momento que findou, com a evocação de Zeca Afonso, num solo, acompanhado pelos sons polifónicos do Coral TAB, que encheu a sala de emoção. PUB BOAS FESTAS E FELIZ ANO 2012 www.rostos.pt | Rostos | 5 PERSPECTIVAS PRESPECTIVAS DEZEMBRO DE 2011 Barreiro evocou 35 anos de Poder Local Crise financeira do país está a generalizar-se ao Poder Local . PSD esteve ausente da sessão Tributo ao Poder Local “Defender o Poder Local é urgente, pode ter que ser feito pelas populações nas ruas” – sublinhou Joaquim Matias, do PCP/CDU. “Não aceitamos que as freguesias sejam extintas a regra e esquadro” – referiu Eduardo Cabrita, do Partido Socialista. Rosário Vaz, do Bloco de Esquerda, sublinhou que actualmente – “vivemos o maior ataque de sempre à Democracia Local”. No Auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro realizou-se uma sessão evocativa dos 35 anos das 1ªs eleições do Poder Local, realizadas em 12 de Dezembro de 1976. A sessão começou com um momento musical, muito belo, proporcionado pelo Grupo Coral TAB – Trabalhadores das Autarquias do Barreiro. Frederico Pereira, referiu no inicio dos trabalhos a ausência de um representante do PSD, que comunicou – “não se fará representar e tornará públicos os seus motivos”. Frederico Pereira, Presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, na abertura da sessão recordou o contributo de milhares de homens e mulheres eleitos no Poder Local na consolidação da democracia, assim como a acção dos trabalhadores das autarquias. O presidente da Assembleia Municipal do Barreiro considerou “inaceitável a ingerência do Poder Central no Poder Local”, e, criticou “a redução da autonomia administrativa” do Poder Local. municípios e freguesias, acrescentando a necessidade de “construir os caminhos do Poder Local do futuro”. Nesse sentido defendeu a importância de aumentar as responsabilidades do Poder Local e o aprofundamento da democracia local. “Em democracia não há mandatos vitalícios” – referiu, sublinhando a importância da legislação que delimita os mandatos e a Lei da Paridade, como contributos para valorizar o Poder Local como “escola da democracia”. Eduardo Cabrita, referiu que a participação “não se esgota no voto”, por essa razão, o PS defende a implementação do Orçamento Participativo. O deputado socialista criticou que a reforma do Poder Local que o Governo está a implementar seja “centrada na vertente financeira”. “Não aceitamos que as freguesias sejam extintas a regra e esquadro” – sublinhou. Eduardo Cabrita defendeu a necessidade de diálogo, para que se concretizem as reformas, e, criticou o debate que está sendo realizado classificando-o de “falso debate”. GOVERNO PRETENDE RESTRINGIR O PLURALISMO PODER LOCAL VIVEU SEMPRE COM OS TOSTÕES CONTADOS Rosário Vaz, do Bloco de Esquerda, sublinhou que actualmente – “vivemos o maior ataque de sempre à Democracia Local”. Recordou as muitas realizações do Poder Local e o seu contributo na consolidação da democracia. Segundo Rosário Vaz, o documento Verde do Governo – “pretende restringir o pluralismo e reduzir o controle democrático das oposições”. A deputada do Bloco de Esquerda criticou a extinção das freguesias, uma medida que vai – “acabar com uma singularidade portuguesa”. Joaquim Matias, da CDU/PCP, recordou a experiência autárquica vivida nos primeiros anos de Poder Local, e, também as dinâmicas de participação das populações organizadas em Comissões de Moradores. “O Poder Local viveu sempre com os tostões contados” – sublinhou. O deputado da CDU, criticou a redução de municípios e a criação de executivos monolíticos, afirmando que estas medidas estão a colocar em causa a democracia. Salientou que os custos das freguesias no Orçamento de Estado é reduzido. “Defender o Poder Local é urgente, pode ter que ser feito pelas populações nas ruas” – sublinhou. INACEITÁVEL A INGERÊNCIA DO PODER CENTRAL NO PODER LOCAL NÃO ACEITAMOS QUE AS FREGUESIAS SEJAM EXTINTAS A REGRA E ESQUADRO Eduardo Cabrita, do Partido Socialista, sublinhou as transformações realizadas em Portugal graças ao trabalho realizado pelos 6 | Rostos | www.rostos.pt GARANTIR A AUTONOMIA DO PODER LOCAL Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, recordou que – “sempre fomos um concelho que lutou e viveu a democracia e a liberdade”. Recordou as transformações que se registaram no concelho do Barreiro devido ao encerramento das fábricas, sem que tenham sido geradas alternativas. Referiu o envelhecimento da população, a degradação do Parque habitacional, e, defendeu a importância da construção da Ponte Barreiro – Chelas, assim como as ligações ao Montijo e Seixal. Carlos Humberto, sublinhou que “a crise financeira do país” está também “a generalizar-se ao Poder Local”. O autarca defendeu a necessidade de ser garantida a autonomia do Poder Local, a eleição directa e o pluralismo. Encerrou a sua intervenção evocando três nomes do Poder Local – Jorge Fagundes (PS), Helder Madeira (CDU) e Mendes Costa (PSD), três ex-autarcas de referência na acção do Poder Local. PERSPECTIVAS PRESPECTIVAS DEZEMBRO DE 2011 Tributo ao Poder Local Intervenção de Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro Boa noite! A todos saúdo, neste dia em que comemoramos 35 anos sobre as 1ªs eleições autárquicas no nosso país. O tributo que, hoje, aqui prestamos é de grande significado emocional e político. Ao analisarmos estes anos pós 25 de Abril, os 35 anos desde as primeiras eleições para o Poder Local é necessário saudar, todos os que intervieram em defesa do Poder Local, que construíram melhores condições de vida para o Concelho e para cada uma das freguesias. Foram centenas, milhares, que com o seu esforço intervieram para que as condições de vida dos que vivem e viveram, trabalham e trabalharam, estudam e estudaram no Barreiro melhorassem. A todos, independentemente das suas opções, em nome do Barreiro, em nome da Câmara Municipal, em meu nome pessoal, MUITO OBRIGADO. Em nome do Município agradeço a vossa presença para connosco assinalarem esta importante data. Agradeço, também, ao Coral TAB por terem aceite o nosso convite e nos presentearem com a sua actuação. (Aproveito por referir que no passado dia 1 de Dezembro comemoraram o seu 18º aniversário atingiram a maioridade e que também eles são parte da construção de relações entre o Poder local no Barreiro e a comunidade.) Aproveito ainda para realçar a importância do edifício que nos encontramos hoje – a Biblioteca Municipal. Espaço que faz parte da história do nosso Poder Local. No passado dia 8 fez 26 anos de existência. Quero simbolizar este tributo ao Poder Local. Agradeço fazendo referência aos Presidentes de Câmara no Pós 25 de Abril: . Hélder Fráguas: 1975/1976 . Hélder Madeira: 1976/1990 . Pedro Canário: 1990/2001 . Emídio Xavier: 2001/2005 Em Abril de 1974, em Dezembro de 1976, éramos como continuamos a ser, uma Câmara pobre, um Concelho com imensas carências, um Concelho com uma intensiva actividade industrial, alguma, mas já residual, actividade piscatória e agrícola. Um diversificado e intenso Movimento Associativo, com importante actividade Desportiva, Recreativa e Cultural. Sempre fomos, antes e depois, do 25 de Abril, e ainda hoje, um Concelho que luta e vive a Democracia e a Liberdade, com consciência social, cívica, com consciência dos seus direitos. Um Concelho de Resistência, de Combate, de Luta, de proposta, de construção, de participação. Um Concelho com projectos, um Concelho com posicionamento e conceitos democráticos e de esquerda. Foi assim, e é assim, que penso, que gostaremos de continuar a ser! Ao olharmos para trás, para analisarmos o Nosso Passado e construirmos o Nosso Futuro (O Futuro é sempre a continuidade do Passado. O Novo trás sempre elementos do Velho), é necessário, não apenas olharmos, mas vermos, reflectirmos e analisarmos concluímos que: Foram anos contraditórios, anos difíceis para o Concelho, mas também de imensas alegrias, de importantes realizações. Não vale a pena negá-lo. Foram anos de alegria inenarráveis de Festa da Democracia de destruição do fascismo, de acabar com a ditadura, de construir os contornos de um País que queríamos e foi Novo, de construir a Democracia, de aprender que a Liberdade é um direito, um direito que todos temos que exercer em todo o lado. Foi tentar construir uma Nova Economia. Foi conquistar Novos Direitos. Foi a Festa da construção, da Democracia, da Liberdade, das Eleições, foi o trabalho popular, foi a auto- -organização dos trabalhadores e do Povo. Foi aprender a viver com menos dificuldades. Foi a construção, a Participação em Festa, mas também em Combate. Cada um com o seu Combate! Foi andar para a Frente, avançar, ir Avante! Foram as Conquistas! O Barreiro, também foi obreiro dessas conquistas. O Poder Local é uma dessas conquistas! Depois… Bem depois, foi o encerramento das fábricas, das grandes empresas, foi a perda de importância estratégica no sistema ferroviário Nacional e a perda de importância no sistema de Mobilidade Metropolitana. Como diz o poeta: “O Mundo é composto de mudanças!” Sem dúvida! Teria sido justo e necessário que os que tomaram e colaboraram nessas decisões pensassem nas alternativas para que o Barreiro não passasse por tempos tão difíceis. Apesar do muito que quase todos temos feito, ainda estamos a sofrer. Não vale a penas fingirmos que não vemos a realidade. Ela é Dura… Muito Dura! Passámos de um Concelho quase de Pleno Emprego, para um Concelho, nos últimos anos, com taxas de desemprego, quase sempre superiores à média Nacional. Éramos um Concelho em que a maioria da sua população trabalhava no próprio Concelho, e ainda dava emprego às populações dos concelhos mais próximos, passamos a ser um Concelho, em que a maior parte da população trabalha fora, fundamentalmente em Lisboa. Éramos um Concelho prioritariamente Industrial, (sector secundário) para passarmos a ser maioritariamente de Serviços (sector terciário). O número de empresas continua a baixar. Nos últimos 30 anos perdemos cerca de 18 mil habitantes, apesar de nos censos 2001/2011 termos estabilizado, deixamos de perder população. Os sectores mais jovens da população têm saído do concelho à procura de emprego e melhores condições de vida. O envelhecimento da população, continua a crescer, como no resto do país, mas com índices que nos devem fazer reflectir. O Parque habitacional tem-se degradado, como é evidente em algumas zonas do concelho. Estas, foram consequências de decisões, que nos causam imensas interrogações: Foi a destruição do aparelho produtivo Nacional e no caso concreto do Barreiro, não se construíram as alternativas necessárias. Foram, e são ainda, tempos difíceis que hoje vivemos e por isso temos ainda mais dificuldade em aceitar decisões que põe em causa, ou adiam, a concretização da Estratégia de Desenvolvimento do Concelho, da Região e do País, como a suspensão ou adiamento: da Alta Velocidade e da TTT, da intervenção no Parque Escolar do ensino secundário no Concelho, da intervenção no IC21 ou da construção do Centro de Saúde de Santo António. O País atravessa, como todos sabemos uma grave crise financeira, económica e social com consequências gravíssimas no sistema financeiro, no tecido económico e empresarial e na situação social. Na vida dos trabalhadores, das famílias, do Povo Português. Fruto de medidas que estão a ser tomadas pela Administração Central e da conjuntura económica a crise está a generalizar-se ao Poder Local e a atingir a Câmara de forma muito significativa. Não é hoje, o momento para aprofundar essa reflexão. Desejo, no entanto, reafirmar que considero essencial que se defenda a autonomia do Poder Local, a capacidade de intervenção das Autarquias em defesa das populações e do desenvolvimento dos concelhos e feguesias, a eleição directa e o pluralismo dos órgãos autárquicos, o respeito pelos direitos dos trabalhadores das autarquias. São tempos em que é absolutamente necessário associarmos a firmeza nos princípios com a maleabilidade táctica, em que é necessário manter as características que a física classifica de ductilidade. Em que é necessário todos nos juntarmos em defesa de uma Estratégia de Desenvolvimento sustentável que aposte, apesar das dificuldades e dos retrocessos, entre outros, nos seguintes eixos: - Participação, Democracia e Cidadania; - Barreiro como Centralidade na Área Metropolitana de Lisboa, uma terra para trabalhar, viver e usufruir; - Barreiro, Espaço de Cultura, Associativismo, Desporto, Juventude e Intervenção Social; - Aposta na qualidade de vida na prestação de um serviço público de qualidade. E em projectos mais estruturantes: . Desenvolvimento Económico, criação de emprego e de riqueza como aposta fundamental; . Mobilidade, incluindo os meios de mobilidade suave e continuando a reivindicar a construção da TTT, com as valências rodo- ferroviárias, a estudar a nova ponte para o Montijo, conjuntamente com a ponte Barreiro-Seixal , a viabilizar os transportes Colectivos do Barreiro, como transportes Públicos Municipais; . Ambiente e em particular na grande potencialidade que têm as nossas zonas ribeirinhas do Tejo e do Coina, incluindo os seus estuários, na Mata da Machada e no Sapal de Coina, assim como no sistema integrado de águas, saneamento e resíduos; Coina como uma centralidade subregional, ao nível da actividade económica, do emprego e de equipamentos; . Na Educação como vector importante de sustentabilidade associado à formação e emprego; . Na Cultura, no Desporto, no Associativismo, na Juventude e na Terceira Idade; . Nos Serviços Públicos, que necessitamos que tenham cada vez maior qualidade, procurando que o de águas e saneamento se mantenham municipais; . Valorização e respeito pelos Trabalhadores da Administração Local, actualmente tão fustigados nos seus direitos. Em períodos tão exigentes é necessário ponderar o que nos une e o que nos separa. Não tenho dúvidas que o que nos une em defesa do Barreiro é significativamente mais forte, do que o que nos separa. Apelo a que secundarizemos o que nos separa e valorizemos o que nos une a bem do concelho. Já quase todos me conhecem como Presidente da Câmara do Barreiro e podem continuar a contar com um Presidente da Câmara que não abdica das suas convicções, mas que mais que provar que tem razão, deseja resolver problemas, abrir portas, desatar nós, fazer coisas, envolver –se com os agentes sociais, económicos, políticos, envolver-se com o movimento associativo, com as populações, com os trabalhadores, defendendo sempre, e incondicionalmente, o Barreiro e as suas gentes. CONSTRUIR O MAIOR DENOMINADOR COMUM! CONSTRUIR COM TODOS, COM TODOS CONSTRUIR, É O NOSSO CAMINHO! Foram anos potentes, de importantes e estruturantes intervenções, mas foram também, como o Poder Local sabe fazer, de pequenas realizações, tão importantes para as pessoas. Foram acções extraordinariamente importantes do ponto de vista do todo do Concelho, mas também de cada uma das suas freguesias, de cada local, de cada um dos cidadãos. É visível o que se fez nestas décadas após o 25 de Abril : . Na requalificação dos serviços do Município e da Câmara; . Na alteração radical, para melhorar, a intervenção das Juntas de Freguesias que passaram de 4 para 8; . Nas acessibilidades: A Av. do Bocage, A Fuzileiros Navais, os novos acessos ao Hospital, os acessos nas freguesias periurbanas, o Novo Terminal Rodo-Ferro-Fluvial, a Av. da Liberdade, o atravessamento da Quimiparque, os novos acessos à zona ribeirinha da Verderena e Santo André, entre muitos outros. . No Ambiente a revalorização da Mata da Machada e do Sapal de Coina, a construção da ETAR e as profundas alterações e importantes investimentos em todas as áreas do básico, as intervenções na zona ribeirinha. . A renovação, quase completa, do sistema de abastecimento público, nos mercados: Abastecedor, Levante, St. André, Coina, Lavradio, 1º de Maio, 25 de Abril; . A construção do AMAC e do Parque da Cidade, a criação do Espaço J, do Pavilhão Luis de Carvalho, a Piscina Municipal do Lavradio, o conjunto de Novos e pequenos espaços desportivos, os parques infantis que eram quase inexistentes; Os equipamentos escolares do 1º ciclo do ensino básico e do préescolar; . A construção do edifício dos TCB, que em 2012 passará também a ser do Departamento de Águas, Saneamento e Resíduos, o funcionamento e manutenção dos TCB’s como um bom serviço de transportes às populações; . A construção do Polis das Freguesias de St. André e Verderena e a intervenção no Passeio Augusto Cabrita, que em breve continuará direcção ao Clube Naval. . A Participação, a Cidadania, a Democracia como forma de agir, de transformar, de construir… . A diversificada e intensa actividade cultural, desportiva, recreativa e lúdica no concelho, que se realiza também com o apoio do Poder Local, e que aqui, hoje, tem alguns apontamentos; Este tributo ao Poder Local que hoje aqui estamos a iniciar irá continuar com um ciclo de iniciativas que farão uma ponte com as comemorações do 25 de Abril. - Tentaremos envolver, incentivando à participação, a Comunidade Educativa. - Realizaremos exposições temáticas itinerantes. - Promoveremos tertúlias sobre esta temática e visitas a espaços da cidade. Pretendemos encerrar este ciclo com uma iniciativa que envolva a comunidade e os eleitos. Companheiros do Poder Local, Povo do Barreiro. Só conseguimos chegar até aqui, porque centenas de trabalhadores da Câmara, dos Transportes Colectivos e das Juntas conjuntamente com os eleitos, dedicaram-se ao serviço público, ao poder Local, ao Barreiro. Com o seu empenho, dedicação, sensibilidade, saber, criatividade e trabalho fizeram-nos ir mais longe. A todos eles actuais e antigos trabalhadores, o nosso obrigado. A todos os, actuais e antigos eleitos o nosso obrigado. Quero para terminar fazer referência aos primeiros candidatos das listas apresentadas à Câmara Municipal do Barreiro Há 35 anos atrás, particularmente a Helder Madeira da FEPU, Jorge Fagundes do PS e a Mendes Costa, primeiro candidato do PSD na primeira vez que o PSD concorreu à CMB em 1980. Mais uma vez agradeço a vossa presença e realço que juntos, independentemente das nossas convicções, fazemos mais e melhor, em prol da nossa terra e da nossa gente. Viva o Poder Local! Viva o Barreiro! www.rostos.pt | Rostos | 7 PULSAR DOS DIAS PULSAR DOS DIAS DEZEMBRO DE 2011 Jorge Fagundes – ex-candidato do PS à Presidência da Câmara do Barreiro Barreiro de hoje não é tão solidário como o Barreiro de há 35 anos Jorge Fagundes, ex- candidato do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal do Barreiro, foi um dos primeiros autarcas eleitos nas 1ªs eleições para as autarquias, realizadas há 35 anos, no dia 12 de Dezembro de 1976. “Passados estes anos todos, eu que sou o único sobrevivente dos eleitos do PS, continuo a ter relações de muita amizade com os quatro elementos do PCP, ainda restantes.Naquele tempo, havia uma gestão colegial e idealista.” – sublinha Jorge Fagundes. Numa breve conversa com Jorge Fagundes, perguntámos como sentia esta data evocativa dos 35 anos do Poder Local. “Sinto com uma certa nostalgia. Tendo em conta, designadamente a evolução negativa, quanto a mim, que foi existindo aos longo destes anos. ÉRAMOS UMA EQUIPA RELATIVAMENTE COESA Evolução negativa, porquê? “Negativa, porque, quando fomos eleitos, seis na lista do Partido Comunista, quatro filiados e dois que não eram, mais três eleitos do PS, todos nós encarámos a eleição sem partidarismo. Nós, éramos uma equipa relativamente coesa, com a ilusão que estávamos a trabalhar para bem do Barreiro. Posteriormente, começou a partidarite a entrar em acção, e, aquela forma de estar na autarquia inicial, hoje, já não existe. Passados estes anos todos, eu que sou o único sobrevivente dos eleitos do PS, continuo a ter relações de muita amizade com os quatro elementos do PCP, ainda restantes. Naquele tempo, havia uma gestão colegial e idealista.” PERDEU-SE O ESPÍRITO QUE ANIMOU AS AUTARQUIAS NO INÍCIO Que sente no dia de hoje? “Vejo que, com o decorrer dos tempos, as posições têm-se extremado e tem-se perdido aquele espírito que animou o primeiro executivo municipal” NÃO CONSEGUEM ESQUECER O EMBLEMA QUE USAM NA LAPELA Acha que é possível que um executivo seja composto por eleitos de diferentes forças políticas? “Acho que sim, desde que consigam ultrapassar o facto de terem emblemas diferentes. O grande problema é que, muito boa gente, quando entra para as sessões de Câmara, não consegue esquecer o emblema que usa na lapela”. PERDEU-SE O ESPÍRITO BARREIRENSE “O Barreiro mudou. Mudou, porque o Barreiro de hoje não é tão solidário como o Barreiro de há 35 anos, e, até, antes do 25 de Abril. Há muitas alterações nas relações humanas, perdeu-se o espírito barreirense. No espaço público, fatalmente, existiram melhorias para melhor.” Joaquim Serralheiro ex- Vereador da Câmara do Barreiro «No meu carro é que andava de um lado para o outro ao serviço da Câmara» Joaquim Serralheiro, foi um dos primeiros autarcas eleitos nas 1ªs eleições para as autarquias, realizadas há 35 anos, no dia 12 de Dezembro de 1976.Na Câmara Municipal do Barreiro assumiu os pelouros das águas, do saneamento e transportes. “Era um tempo, que nem se sabia onde os esgotos iam parar, eram alguns a céu aberto, e, outras coisas mais, como zonas sem esgotos. A água não tinha pressão” – recorda numa breve conversa com jornal «Rostos». Joaquim Serralheiro, refere que – “do tempo que fui vereador só posso dizer bem, socialmente, profissionalmente”. “Foi um tempo que conheci muita gente, que me mereceu todo o respeito, mas também conheci alguns que não consegui respeitar” – sublinha e sorri. esgotos iam parar, eram alguns deles a céu aberto, e, outras coisas mais, como zonas sem esgotos, ou a falta de água e água nem tinha pressão para se poder tomar banho” recorda. DAR UM EMPURRÃO PARA QUE O BARREIRO FOSSE PARA A FRENTE Perguntámos – Então e a autarquia tinha dinheiro para as obras? “Não. Eu trabalhava com o meu carro, deslocava-me com o meu carro. Paguei do meu bolso almoços a pessoas que eram convidados da Câmara para discutir assuntos da autarquia. No meu carro é que andava de um lado para o outro ao serviço da Câmara” - sublinha. “Enquanto fui vereador trabalhei, sim, acho que sim, para dar um empurrão para que o Barreiro fosse para a frente, pelo menos nos pelouros que me diziam respeito – águas, saneamento e transportes” - refere. “Era um tempo, que nem se sabia onde os 8 | Rostos | www.rostos.pt EU TRABALHAVA COM O MEU CARRO ESTA INICIATIVA PENSO QUE FOI BEM SUCEDIDA A propósito da realização do «Tributo ao Poder Local», perguntámos que significado atribuía a este acontecimento. “Neste dia, senti que está a ser feito, o que já devia ter sido feito há anos, reconhecer o trabalho dos antigos autarcas, prestando uma homenagem aos antigos e aos primeiros autarcas do Barreiro. Os discursos que foram feitos tudo foi bem detalhado. Esta iniciativa penso que foi bem sucedida.” – salientou Joaquim Serralheiro. www.rostos.pt suplemento rostos EMPRESAS João Afonso Gonçalves, presidente da Direcção Pedro Cruz, do Barreiro, da Associação de Proprietários do Barreiro especialista em fiscalidade A CÂMARA FALA MUITO NA Escreve «Guia de REABILITAÇÃO DO BARREIRO VELHO, MAS, ACHO QUE É MUITO COMPLICADO. Poupança Fiscal» para ajudar a poupar com os impostos Pedro Cruz, é o autor da obra «Guia de Poupança Fiscal» que vai ser lançado pelo jornal «Vida Económica». Um livro que ajuda os contribuintes “a fazer as coisas de forma a não sair prejudicado perante as finanças”, e, em simultâneo não ir contra a Lei. “Isto não é um livro para ensinar a preencher o IRS. É um livro que ensina a poupar com os impostos” – refere Pedro Cruz. Pedro Cruz, é natural do Barreiro, tirou a sua Licenciatura em Contabilidade, especializando-se na área dos impostos, com duas pós graduações em Fiscalidade e Direito Fiscal. Pedro Cruz, criou no Barreiro um projecto empresarial, sendo Adminsitrador da empresa FiscalLab – Laboratório Fiscal, localizada na Rua António José de Almeida. “A nossa empresa trata todos os assuntos relacionados com impostos. Tudo o que se possa pensar que tenha a ver com impostos, nós tratamos, tanto a nível particular, como a nível de empresas” – sublinha. PUB www.rostos.pt | Rostos | 9 PERFIL PERFIL DEZEMBRO DE 2011 João Afonso Gonçalves, presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro Está a aumentar o número de inquilinos que não pagam as rendas A Associação de Proprietários do Barreiro, foi criada em 4 de Julho de 1932, e, actualmente, presta um bom serviço à comunidade, não só do Barreiro, mas, também, nos concelhos da Moita, Seixal e Sesimbra. suportar os pagamentos das rendas” – refere João Afonso Gonçalves. É DIFÍCIL MANTER AS RENDAS COM SEGURANÇA “O mercado do arrendamento saiu agora o aumento das rendas que tem um aumento insignificante. O aumento de zero qualquer coisa não significa nada para rendas antigas. As rendas actuais é o contrário, não as podemos aumentar, por uma razão muito simples, porque estão numa bitola tal, se as aumentamos, ou não pagam, ou entregam a chave. Porque hoje, até podem encontrar no mercado rendas mais baratas. Uma renda de três assoalhadas que ultrapasse os 300 euros, torna-se complicado. Aluga-se, mas para manter com segurança é difícil.” – refere o presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro. “Neste momento devemos ter devolutas cento e tal casas para aluguer” – refere. João Afonso Gonçalves, presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro, falou ao Rostos do trabalho realizado pela associação, e, também, das dificuldades sentidas nos tempos actuais. CONTAMOS COM CERCA DE 1200 ASSOCIADOS “Esta associação foi criada com o propósito de ajudar os proprietários a resolver os problemas dos seus imóveis, conta, em termos reais com cerca de 1200 associados. A associação faz as cobranças das rendas, entrega as mesmas aos seus associados, dá apoio jurídico, resolve problemas das habitações, e, procura, na medida do possível resolver os problemas dos associados” – refere João Afonso Gonçalves, presidente da 10 | Rostos | www.rostos.pt Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro. Recorda que, perante a actual situação sócio-económica, os problemas têm vindo avolumar-se. A associação faz um valor global de cobranças de rendas, na ordem dos 300 mil euros mensais. AUMENTAM O NÚMERO DE RENDAS EM ATRASO “Aumentam as dificuldades em receber as rendas, e, nós temos procurado, na medida do possível, resolver as situações, mas, cada vez há mais rendas em atraso” – sublinha. “Temos um problema grande que não há meio de resolverem, que é o caso dos inquilinos que não pagam, procederem à entrega das casas. Esta é uma situação difícil, porque só pas- sados três meses é possível mover uma acção, as acções levam um tempo indeterminado, porque a nossa Justiça não funciona como deve ser, em coisas tão simples, e, esta seria das coisas mais simples que havia para resolver: um indivíduo não pagou, provou-se que não pagou, e, a situação seria resolvida. Nem é preciso ser doutor para perceber uma situação destas. Devia existir um Departamento, fosse lá o que fosse, para tratar destas situações de forma rápida. Acho que esta devia ser uma competência das Câmaras. Ou criar um Juiz de Paz para estas situações.” – sublinha. “Está a crescer o número de inquilinos que não pagam as rendas, e, está a crescer também o número de inquilinos que, apesar de estarem em dia, dirigem-se à associação a entregar as chaves, porque não conseguem INQUILINOS NÃO PAGAM ESTRAGOS “Nós, por exemplo, não temos garantia nenhuma para os estragos efectuados pelos inquilinos nas habitações. Há casos, que o senhorio arranja a casinha, fica tudo muito bem, o inquilino está lá meia dúzia de meses, depois vai-se embora, quando entrega a casa está tudo num desastre. Cozinhas partidas, casas de banho, e, nada pode ser feito para que os senhorios possam receber as casas como as alugaram” – sublinha. BARREIRO VELHO É MUITO COMPLICADO O presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro, no decorrer da nossa conversa, refere que em relação à zona do Barreiro Velho – “Tal como está não tem futuro, por PERFIL PERFIL DEZEMBRO DE 2011 uma razão muito simples, são casas com três ou quatro metros de frente, com reentrâncias umas nas outras. Para que se possa fazer uma reabilitação é preciso juntar três ou quatro casas. Ninguém vai investir, a não ser que já more, para fazer cubículos. A Câmara fala muito na reabilitação do Barreiro Velho, mas, acho que é muito complicado. Ali aluga-se com rendas baratas, mas as casas não têm condições”. “Aquilo só tem solução com reorganização, com as pessoas a juntarem-se, mas, não querem, acho que deviam deixar-se juntar e obrigar a uma traça antiga e com limitações. Assim, como está, não vejo solução” - sublinha. APROXIMAR A ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE “Esta é uma instituição que pode tratar dos problemas dos senhorios, que pode ajudar os senhorios, e, presta um bom serviço à comunidade, não só do Barreiro, mas, também, nos concelhos da Moita, Seixal e Sesimbra” – refere o presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro. No próximo ano a associação vai co- memorar o seu 80º aniversário, uma efeméride, que pretende assinalar com um programa que contribua para a aproximar a associação da comunidade. «“O MERCADO DO ARRENDAMENTO SAIU AGORA O AUMENTO DAS RENDAS QUE TEM UM AUMENTO INSIGNIFICANTE. O AUMENTO DE ZERO QUALQUER COISA NÃO SIGNIFICA NADA PARA RENDAS ANTIGAS. AS RENDAS ACTUAIS É O CONTRÁRIO, NÃO AS PODEMOS AUMENTAR, POR UMA RAZÃO MUITO SIMPLES, PORQUE ESTÃO NUMA BITOLA TAL, SE AS AUMENTAMOS, OU NÃO PAGAM, OU ENTREGAM A CHAVE.» QUEREMOS DIVULGAR MAIS A ASSOCIAÇÃO “A associação é pouco conhecida no Barreiro, apesar de todos os meses entrarem novos associados. Temos muitos associados satisfeitos com o nosso trabalho, principalmente, os associados emigrantes. Nós queremos divulgar mais a associação e o seu trabalho. Com a Câmara Municipal do Barreiro e Junta de Freguesia do Barreiro mantemos uma boa relação.” – refere João Afonso Gonçalves. “O nosso principal problema, aquilo que mais nos preocupa são as acções de despejo, que estão a aumentar” – salienta. 300 MIL EUROS DE RENDAS MENSAIS A associação faz um valor global de cobranças de rendas, na ordem dos 300 mil euros mensais. “Nós não temos dificuldades, vivemos sem problemas para assumir os nossos compromissos, mas, começa a ser um pouco apertado, é, por essa razão que nós precisamos de mais associados” - sublinha. PUB WWW.ROSTOS.PT O SEU DIÁRIO DIGITAL www.rostos.pt | Rostos | 11 PUB 12 | Rostos | www.rostos.pt www.rostos.pt suplemento rostos CADERNO Nuno Cavaco, Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira Serviços on line na Península de Setúbal Facilitam acesso SITUAÇÃO SOCIAL NA FREGUESIA «É DRAMÁTICA» dos munícipes . Há muitas pessoas a perder as suas casas aos serviços das autarquias No decorrer da entrega dos prémios da 9.ª edição do Prémio da Qualidade do Distrito de Setúbal, foi dedicado um momento para apresentação pública dos serrviços on line que passam a estar à disposição das populações de seis concelhos da Península de Setúbal. Candidatura com o valor de 900 mil euros com o apoio do FEDER de 240 mil Fátima Mourinho, Secretária-geral da AMRS, referiu que, a partir de ontem, estes serviços entram em funcionamento, sendo um contributo importante para a “modernização da gestão”. Segundo Filipa Bonita, coordenadora do Setúbal – Península Digital, os Serviços on line que vão ser implementados nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Sesimbra, Palmela e Setúbal, resultam de uma candidatura com o valor de 900 mil euros, com o apoio do FEDER de 240 mil euros – 40% do valor total. A candidatura que integra o Projecto “Setúbal Península Digital”, arrancou em Setembro de 2008 e fica concluída em 2011. Melhorar a qualidade e eficácia dos serviços públicos Segundo Filipa Bonita, o processo de desenvolvimento da candidatura, originou um levantamento de 100 processos em todos os municípios. “A disponibilização dos serviços on line aos munícipes vai melhorar a qualidade e eficácia dos serviços públicos” – sublinhou a coordenadora do Setúbal – Península Digital. Os serviços on line vão permitir aos munícipes resolver problemas relativos a contratos de abastecimento de água, a recolha de monos, consultar processos relativos a habitação. A implementação dos serviços não irá ocorrer em simultâneo em todos os seis municípios envolvidos, no entanto, o processo de validação para registo de validação dos munícipes, para terem acesso aos serviços on line, será idêntico em todos. www.rostos.pt | Rostos | 13 REGISTOS REGISTOS DEZEMBRO DE 2011 Nuno Cavaco, Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira Há mais de 9 mil pessoas sem médico de família na freguesia “Estamos num momento muito complicado, a situação financeira da Junta está difícil, e, na freguesia avolumam-se os problemas ao nível social” – refere Nuno Cavaco, presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira. Nuno Cavaco, assumiu a presidência da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, em Setembro de 2011, no entanto, referir que já exercia o cargo de Secretário do Executivo. O autarca refere que a mudança foi registada devido a problemas de saúde do presidente que motivou abdicar de continuar a exercer o cargo – “o objectivo é permitir que a Junta continue a desenvolver o seu bom trabalho”. Nuno Cavaco, sublinha que foi ele a assumir o cargo de Presidente mas, também, podia ter sido outro membro do executivo, mas, acima de tudo o importante é que funcionam como uma equipa – “ a qualidade do executivo desta freguesia é muito grande, e, também o apoio que temos das outras Juntas e da Câmara Municipal, e, dos nossos trabalhadores, tornam as coisas mais fáceis”. MAIS UM CORTE DE 20 MIL EUROS “Estamos num momento muito complicado, a situação financeira da Junta está difícil, e, na freguesia avolumam-se os problemas ao nível social. Esta, não é a melhor fase para estar numa Junta de Freguesia, com o que se está a passar, arrisco a afirmar que estamos a viver uma das piores fases de sempre das Juntas de Freguesia, não só da Baixa da Banheira, mas também das outras freguesias. Para além das nossas competências, nós desenvolvemos actividades extras, e, agora, ficámos a saber que vamos ter mais um corte de 20 mil euros, com a proposta do PUB 14 | Rostos | www.rostos.pt Orçamento de Estado.”- sublinha Nuno Cavaco. MOVIMENTO ASSOCIATIVO MUITO FORTE Nuno Cavaco salienta que a freguesia da Baixa da Banheira, tem um Movimento Associativo “muito forte, faz coisas maravilhosas, substitui-se ao estado, ”, que se está a ressentir com os cortes que reduzem os apoios. “Fomos obrigados a adiar alguns apoios que temos com as associações” – refere. AUMENTAM PEDIDOS DE AJUDA AO BANCO ALIMENTAR “Nós temos na freguesia uma situação quase dramática. Há muitos desempregados. Há muitos pedidos de apoio à Junta. Sabemos que, por exemplo, dos alunos que estão nas escolas, aumentam os alunos carenciados. Temos muitas pessoas a perder as suas casas. Temos na freguesia uma situação muito preocupante. Nós trabalhamos com um grupo que dá apoio às famílias ao nível do Banco Alimentar, e, o que registamos é que cada vez é preciso mais ajudas às famílias” – refere o presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira. Nuno Cavaco, recordou que numa recente visita a uma colectividade, onde estavam um conjunto de jovens atletas, no final, pediu aos mesmos que tivessem pais desempregados que levantassem o braço. “Levantaram quase todos. Estavam uns vinte atletas e levantaram o braço 18. Este é bem um exemplo da situação existente na freguesia” – referiu. ENVOLVER MUITA GENTE Nuno Cavaco sublinha que neste tempo de «vacas magras» é importante envolver os trabalhadores da autarquia, os agentes locais e a população na discussão do Orçamento da Junta de Freguesia. “Não pode ser um Orçamento Participativo, porque é muito curto. Mas queremos ouvir a população. Nós queremos desenvolver projectos em conjunto com o Movimento Associativo, fazendo coisas com poucos recursos, mas envolvendo muita gente”sublinha. REGISTOS REGISTOS DEZEMBRO DE 2011 deramos que isto foi um erro. Os recursos afectos pelo Orçamento de Estado às freguesias é mínimo. As freguesias não contribuem para o deficit, e, na prática, prestam um serviço de proximidade, que, por exemplo, nem as Câmaras Municipais conseguem fazer, por isso, estas coisas têm que ser vistas numa perspectiva muito diferente.” – salienta. Nuno Cavaco referiu, igualmente, que na mudança de legislação, discorda que os Presidentes de Juntas de Freguesia deixem ter assento na Assembleia Municipal. “Nós achamos que a Junta de Freguesia, pela sua proximidade, deve procurar, tanto quanto possível, resolver os problemas com as pessoas, ir ao encontro das pessoas. Mesmo que o problema não seja da nossa competência devemos ir ao local e acompanhar as situações com a população. Falar no local e aí perceber a situação. Quem sente os problemas são as pessoas e é com elas que devemos analisar os problemas” – sublinha Nuno Cavaco. UMA NOVA ESQUADRA DA PSP “Nós mantemos uma boa relação, muito próxima, com a Policia de Segurança Pública. O problema que nós sentimos é que tem vindo a verificar-se redução significativa de efectivos da PSP. Hoje, na cabeça de algumas pessoas, há um sentimento de insegurança, que, também é potenciado pela situação de crise. O trabalho da PSP é muito positivo. Mas, nós consideramos que é importante continuar a exigir uma esquadra nova, que vai ficar localizada junto ao Campo do Vinhense. Já tem projecto da PSP. E, naturalmente, consideramos necessário aumentar o número de efectivos.” – refere. “É importante que não se perca o conceito de policiamento de proximidade” – sublinha. FESTAS COM A PRATA DA CASA O presidente da Junta de Freguesia sublinha que apesar das dificuldades financeiras a autarquia continua a desenvolver os seus projectos, quer na ligação com o Movimento Associativo, quer com a Comunidade Educativa e vai dar continuidade a actividades importantes para a vida local, nomeadamente a realização das Festas da Baixa da Banheira. “Nós nas festas queremos envolver a população, os comerciantes, o Movimento Associativo, e, em Janeiro esperamos dar posse a uma Comissão de Festas, para prepararmos umas festas mais caseiras, com a prata da casa, que permite poupar recursos” – sublinhou. LOJA DO CIDADÃO NA BAIXA DA BANHEIRA Segundo o presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, espera que se concretiza a abertura dos serviços que estão anunciados pelo Governo de criação de uma Loja do Cidadão na Baixa da Banheira. “Este é um serviço que faz falta à população. Nós consideramos que é positivo o Governo ter dado uma resposta ao Partido Ecologista «Os Verdes», porque, o anterior Governo, nunca respondeu a nada” – salienta o autarca. MAIS DE 9 MIL PESSOAS SEM MÉDICO DE FAMÍLIA Nuno Cavaco, salienta o facto de existir na freguesia uma Comissão de Utentes de Saúde que tem – “desenvolvido um trabalho muito bom”. O autarca sublinha que tem vindo a registar-se uma diminuição de trabalhadores nos serviços de saúde da freguesia – “Há falta de médicos. São mais de 9 mil pessoas sem médico de família” “O edifício não tem condições. Já existe terreno cedido pela Câmara Municipal da Moita destinado a um novo Centro de Saúde e há anos que se arrasta esta situação. REIVINDICAMOS UMA DELEGAÇÃO DAS FINANÇAS No âmbito de serviços públicos o presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira refere a necessidade de existir uma Delegação das Finanças. “Esta é uma reivindicação antiga da população” – sublinha., UMA TERRA REIVINDICATIVA «NÃO PODE SER UM ORÇAMENTO PARTICIPATIVO, PORQUE É MUITO CURTO. MAS QUEREMOS OUVIR A POPULAÇÃO. NÓS QUEREMOS DESENVOLVER PROJECTOS EM CONJUNTO COM O MOVIMENTO ASSOCIATIVO, FAZENDO COISAS COM POUCOS RECURSOS, MAS ENVOLVENDO MUITA GENTE» TCB’S DEVIAM SERVIR A BAIXA DA BANHEIRA Nuno Cavaco refere, igualmente, a importância para a freguesia dos Transportes Colectivos do Barreiro servirem a freguesia da Baixa da Banheira. Esta é uma situação que gostaríamos de ver desenvolvida, mas, a inexistência de uma entidade que regule os passes na Área Metropolitana de Lisboa, dificulta que seja encontrada uma solução”. – refere. FREGUESIAS NÃO CONTRIBUEM PARA O DEFICIT “Nós somos contra a imposição governativa de extinguir as freguesias. Achamos que podem e devem haver reformas administrativas, que devem partir das necessidades das próprias populações e dos autarcas, que são aqueles que conhecem os problemas. Não deve ser isto que está a acontecer, que é imposto pelo Governo, num quadro de redução de custos. Quando nós entendemos que isto não são custos, são investimentos para a democracia. Por nós, a ANAFRE devia ter tido uma posição mais forte. O Governo lança um livro verde, que já é velho, pois, estas ideias já são conhecidas desde 2003. A ANAFRE faz um trabalho, que era o que o Governo devia ter feito, referindo quem é extinto, quem era agregado. Nós consi- “Sabe, é uma honra para mim assumir a presidência da Junta de Freguesia da minha terra, com uma grande equipa, com trabalhadores dedicados, e, com uma população que é muito reivindicativa, que assim deve continuar a ser, porque isso tem sido positivo. É pena não podermos fazer aquilo que queremos com os cortes que estão anunciados” – refere Nuno Cavaco. No final da nossa entrevista, o autarca, salienta que há sonhos que continuam a estar presentes, como a construção do complexo desportivo, a construção de um Pavilhão Multiusos, e, diz – “num futuro mais distante uma Piscina coberta”. APOIAR OS COMERCIANTES LOCAIS “Nós temos preocupações ao nível do Comércio Local muito grandes. Nos nossos encontros, hoje, é normal ver comerciantes a chorar, porque não conseguem suportar as despesas. Queremos reunir com os comerciantes e ver formas de envolver a comunidade, para dar uma palavra amiga e ajudar o seu desenvolvimento” – salienta a finalizar Nuno Cavaco. S.P. www.rostos.pt | Rostos | 15 MEMÓRIA MEMÓRIA DEZEMBRO DE 2011 Carlos Humberto no Jantar do 10º aniversário «Jornais como o Rostos fazem falta ao Barreiro» “Para o Barreiro, um concelho que vive a Liberdade, vive a Democracia e vive a Cidadania como quem respira, é indispensável haver comunicação social. Comunicação Social séria, rigorosa, polémica, diversificada” – sublinhou Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, acrescentando que o Rostos cumpre este papel “O Rostos explica-se numa palavra, e, correndo o risco de ser redutor, essa palavra é dinâmica» - referiu o colunista Nuno Banza. “O Rostos que não percam o seu élan, uma dinâmica que escapa a todos os controles” – sublinhou o colaborador Nuno Santa Clara Gomes. Ontem à noite, no Restaurante «Casa Transmontana» realizou-se o jantar comemorativo do 10º aniversário do jornal «Rostos». Foi um ponto de encontro com cerca de 40 pessoas que quiseram associar-se à equipa do «Rostos» para assinalar esta nossa primeira década. De referir que, todos os participantes pagaram do seu bolso o seu próprio jantar. PRESENÇAS MARCADAS DE SIMBOLISMO Registamos a presença de alguns autarcas, nomeadamente, José Marques, presidente da Junta de Freguesia de Santo André e Juvenal Silvestre, presidente da Junta de Freguesia de Coina. Outros enviaram mensagem e lamentaram estar ausentes, porque tinham compromissos assumidos. Também dirigentes associativos, como Mário Pinto, Presidente da Associação Naval Sarilhense, no concelho da Moita, ou Angélico Noé Tempero, do jornal «Cachaporreiro», da SFAL. Muito especial foi a presença de todos os nossos colunistas e também alguns colaboradores, pois, para além de partilharem, de forma voluntária, os seus escritos nas nossas páginas, ainda se disponibilizam para festejar a efeméride à sua própria custa. UMA AVENTURA QUE TEM DADO MUITAS ALEGRIAS António Sousa Pereira, recordou que foi precisamente no Restaurante «Casa Transmontana» que há dez anos atrás foi feito o lançamento do Jornal «Rostos». “Foi uma aventura. Uma aventura que tem dado muitas alegrias. Uma aventura que tem permitido criar projectos, sermos inovadores, e, abrirmos as portas ao jornalismo do futuro.” – referiu. Recordou a importância e a dimensão da edição on line do Rostos, que, sublinhou – “é hoje uma referência no Distrito de Setúbal”. 16 | Rostos | www.rostos.pt O Director do jornal «Rostos» sublinhou que a força de um jornal está na sua redacção – “a sua redacção é a sua inteligência, e, nós temos a satisfação de contarmos com um conjunto de colunistas e colaboradores de grande qualidade que enriquecem os nossos conteúdos. O nosso muito obrigado”. ROSTOS EXPLICA-SE NUMA PALAVRA DINÂMICA Nuno Banza, na sua qualidade de colunista do jornal «Rostos» sublinhou – “acho que ninguém dúvidas que o Rostos revolucionou a forma de fazer comunicação social no Barreiro, ao nível distrital, e, até para além do distrito”. “O Rostos explica-se numa palavra, e, correndo o risco de ser redutor, essa palavra é dinâmica» - sublinhou. Recordou que o Rostos fez, antes que qualquer jornal nacional, a transmissão em directo de um evento pela internet. “A equipa do Rostos transforma o cabo de uma colher numa varinha mágica” – salientou. ACREDITO PROFUNDAMENTE NA DEMOCRACIA E NA LIBERDADE Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, que entregou ao Rostos uma prenda, uma peça de cerâmica da artista barreirense Fátima Gama, sublinhou que – “acredito profundamente na democracia e na liberdade, para mim, não há democracia, não há liberdade, se não houver comunicação, informação e se não existirem órgãos de comunicação social”. “Para o Barreiro, um concelho que vive a Liberdade, vive a Democracia e vive a Cidadania como quem respira, é indispensável haver comunicação social. Comunicação Social séria, rigorosa, polémica, diversificada” – sublinhou o autarca, acrescentando que o Rostos cumpre este papel. “Jornais como o Rostos fazem falta ao Barreiro” – referiu. UMA ESCOLA DA DEMOCRACIA Nuno Santa Clara Gomes, colaborador do jornal Rostos, recordou a censura que existia antes do 25 de Abril, onde, existiam jornais como o «Comércio do Funchal» que era uma ilha de liberdade. Salientou, a muita carolice que existe para produzir o jornal Rostos, e, sublinhou que isso é positivo porque – “é uma escola da democracia”, acrescentando a importância da comunicação pela internet no mundo actual e o seu contributo para as transformações que se estão a registar no mundo. “O Rostos que não percam o seu élan, uma dinâmica que escapa a todos os controles” – sublinhou. ROSTOS ESPALHA O BARREIRO PELO MUNDO Manuela Fonseca, colunista do Rostos, sublinhou que o Rostos, hoje, faz chegar o Barreiro ao país, e, também o espalha pelo mundo, recordando contactos que tem recebido de pessoas do Barreiro, a comentar os seus textos, em vários pontos do mundo. Salientou. também, a importância do Jornal «Rostos» na sua vida, para enfrentar os desafios e acreditar na ligação à comunidade. UM PROJECTO PLURAL Nuno Cavaco, colunista do Rostos, referiu que há alguns anos que escreve no jornal, porque sente que o jornal – “é um projecto plural, dá espaço a toda a gente”. Salientou que nesta sala, “estão presentes pessoas de todos os segmentos”, um exemplo daquilo que é a diversidade que “dá credibilidade ao jornal Rostos”. Referiu, igualmente, que o Rostos on line tem um formato atractivo, que permite interactividade e se afirma como um jornal de futuro. Foi uma noite de convívio. Um ponto de encontro marcado pela amizade. Uma noite para assinalar dez anos de vida, no mesmo local, onde, há dez anos foi apresentada a 1ª edição do jornal.