ANO X N.º 84, DEZEMBRO DE 2011 - MENSAL - PREÇO: 1€
DIRECTOR ANTÓNIO SOUSA PEREIRA
10º ANIVERSÁRIO DO JORNAL «ROSTOS»
Assinalado com entrega da distinção «Rostos da 1ª década do Século XXI»
Homenagem aos que contribuíram para o desenvolvimento da região
Comemorações dos 35 anos das 1as Eleições Autárquicas
Presidente da CMB: “O tributo que prestamos
é de grande significado emocional e político”
CONTEXTOS
CONTEXTOS
DEZEMBRO DE 2011
Rostos da 1ª Década do Século XXI
No Dia Internacional dos Direitos Humanos
homenageados aqueles que valorizaram a década
No Salão D. José Carcomo Lobo, na SFAL – Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense, realizou-se a cerimónia de entrega dos troféus «Rostos da 1ª
Década do Século XXI»
Esta uma das iniciativas integradas nas comemorações do 10º aniversário do jornal «Rostos» assinalado no dia 15 de Dezembro.
Na abertura da sessão, António Sousa
Pereira, Director do jornal Rostos, referiu
que a entrega das distinções «Rostos da
Década» era a melhor forma de assinalar
o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
DIA INTERNACIONAL
DOS DIREITOS HUMANOS
“Hoje é o Dia Internacional dos Direitos
Humanos e, de facto, que melhor forma
de assinalar esta efeméride que, esta, de
prestar um justo reconhecimento a um
conjunto de personalidades e entidades
que pela sua acção deram um contributo de
relevo para que o mundo e a nossa região
seja mais linda, bonita e humanizada” –
sublinhou Sousa Pereira.
APOSTAR NUM JORNALISMO
PLURALISTA
O Director do jornal Rostos, salientou, que
– “os dez anos de dedicação ao jornalismo, sempre apostando em dar rostos
às cidades, também foram marcados por
uma linha de orientação editorial tendo por
objectivo, valorizar e defender os Direitos
Humanos”.
Recordou que a actividade do jornal Rostos
teve sempre como referência – “apostar
num jornalismo pluralista, cívico, com respeito pelas diferenças, com uma cultura
de defesa dos valores da comunidade e
de valorização de todos aqueles que são
actores das suas mudanças e dinâmicas”.
“OS DEZ ANOS DE DEDICAÇÃO AO JORNALISMO, SEMPRE
APOSTANDO EM DAR ROSTOS ÀS CIDADES, TAMBÉM FORAM
MARCADOS POR UMA LINHA DE ORIENTAÇÃO EDITORIAL TENDO
POR OBJECTIVO, VALORIZAR E DEFENDER OS DIREITOS HUMANOS”
UMA ACÇÃO DE
LANÇAMENTO SIMBÓLICA
Sousa Pereira, recordou que o trabalho foi
iniciado com uma edição impressa mensal,
numa acção de lançamento que, recordou
foi marcada pelo simbolismo de contar com
a presença dos candidatos à presidência
da Câmara Municipal do Barreiro - Emidio
Xavier (PS), Mendes Costa( PSD), Carlos
Mauricio (PCP/CDU) e Mário Durval (BE),
nesse dia todos candidatos à presidência
da Câmara, cujas eleições iriam realizar-se
no dia seguinte 16 de Dezembro de 2001.
“Estávamos no arranque de uma nova
década. Éramos o primeiro órgão de in2 | Rostos | www.rostos.pt
formação que nascia no começo de um
novo século” – sublinhou António Sousa
Pereira.
O JORNAL MAIS VISITADO
NA REGIÃO DE SETÚBAL
Recordou que um ano depois, foi lançada a
edição do Rostos on line, sendo pioneiros
no Barreiro, marcando o começo da era
digital no concelho.
“O quotidiano do Barreiro nunca mais foi
o mesmo. Nesse tempo as nossas visitas
diárias única rondava as 500. Hoje atingem
a 2500 e 3000.
Somos o órgão de informação digital com
mais visitas na região de Setúbal. Há quem
diga que inventamos este números, mas,
é fácil eles podem ser consultados porque
são do domínio público.
No dia de hoje, podemos afirmar que
ocupamos um lugar entre os 500/600
mil sites do ranking mundial, estamos,
igualmente, entre os 500/600 sites pt
mais lidos em Portugal. São números reais
que contribuem para que sejamos uma
fonte de referência dos motores de busca
Google e Sapo” – sublinhou Sousa Pereira.
APOSTAR NO JORNALISMO
DO FUTURO
O Director do jornal Rostos, referiu os diversos projectos que têm sido desenvolvidos, quer ao nível editorial, quer ao nível
jornalístico, quer inovando – “criámos s a
primeira Revista on line, onde procuramos,
desde já, dar passos pelo jornalismo do
futuro, estabelecendo a ponte entre o
jornalismo on line e o jornalismo off line”.
CONTEXTOS
CONTEXTOS
DEZEMBRO DE 2011
“A nossa revista para além de estar
acessível aos mais de 60 mil visitantes
mensais do Rostos, conta directamente
com leitores específicos acima de 20 mil
leitores. Um projecto inovador que ainda
tem muito para caminhar” – salientou.
FOI UM TEMPO DE APRENDIZAGEM
“Estamos a chegar ao 10 anos de vida,
é uma marca na vida de todos nós, normalmente, significa a conclusão de uma
etapa de vida, aquela que nós concluímos
um tempo de aprendizagem – o 1º Ciclo
do Ensino Básico, antigo Ensino Primário”
– referiu Sousa Pereira..
Sublinhou que este – “foi um tempo de
aprendizagem”, recordando que o jornal
Rostos, tem proporcionado estágio a
diversos jovens que, com a experiência
vivida no Rostos, obtiveram a Carteira Profissional de Jornalistas e exercem as suas
funções noutros órgãos de informação.
“Somos portanto, também uma escola
de vida” - sublinhou.
ROSTOS DO ANO UMA REFERÊNCIA
NA VIDA DA CIDADE
“Mas a razão que nos trás a todos aqui
hoje é procedermos à entrega de uma
Distinção, que desde a primeira hora é
uma referência da nossa actividade –
Rostos do Ano.
Foi aqui, nesta colectividade, que decorreu
a entrega do primeiro troféu Rosto do Ano,
iniciativa que vamos manter, porque, nós
sentimos e sabemos que são os Rostos
que fazem as cidades” – referiu Sousa
Pereira.
ROSTOS DA 1ª DÉCADA
DO SÉCULO XXI
“Para assinalar os nossos dez anos de
vida. Um tempo vivido ao longo desta 1ª
Década do Século XXI, quisemos, sublinhar
esse facto e com o apoio dos jornalistas
da imprensa regional cujos contributos
agradecemos, distinguimos personalidades e entidades que pela sua acção
marcaram esta década.
Todos que vão receber esta distinção são
uma referência, um exemplo de acção, que,
sem dúvida, contribuíram para melhorar o
Barreiro e a região” – sublinhou o Director
do jornal Rostos.
UMA PEÇA ÚNICA PARA ASSINALAR
OS ROSTOS DA DÉCADA
“Sem mais palavras, vamos pois proceder
à entrega dessa distinção, que, também
quisemos dar-lhe um cunho especial, convidando a artista plástica Fatima Gama
para criar uma peça única – cada uma é
uma peça original – que ficasse como
evocação desta década.” – referiu.
Sousa Pereira, sublinhou que a peça criada
por Fátima Gama tem uma leitura – “tem
um rosto, a marca de uma década e um
elemento que simboliza verticalidade
na acção, que são exemplares em todos
aqueles que vão ser homenageados”.
www.rostos.pt | Rostos | 3
PRETEXTOS
PRETEXTOS
DEZEMBRO DE 2011
Rostos da 1ª Década do Século XXI
Homenageados
DESPORTO
Grupo Desportivo ESSA
JOVEM
Betinho
ENSINO
Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
VOLUNTARIADO
Bombeiros S.Sueste e S. Pública
ASSOCIATIVISMO
Cooperativa Cultural popular Barreirense
AMBIENTE
S. Energia
REGIONAL
Simarsul
CIDADANIA
Padre José Manuel
MÚSICA
Escola Jazz Barreiro
SOLIDARIEDADE SOCIAL
Rumo
NACIONAL
Alvaro Marinho e Miguel Nunes
POLITICO
Carlos Humberto
AUTARCA
João Raio
VETERANO
Carlos Oliveira «Boia»
EMPRESA
Forum Barreiro
MEMÓRIA
Dulce Cabrita
AUTARCA
Juvenal Silvestre
CULTURA
Comemorações dos 100 Anos da CUF
VETERANO AUTÁRQUICO
Helder Madeira
FICHA TÉCNICA
Director António Sousa Pereira | Redacção Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres, Vanessa Sardinha | Colaboradores Permanentes Rui Nobre (Setúbal), Marta Pereira | Colunistas Manuela Fonseca, Ricardo Car-
MEMBRO
doso, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco e Paulo Calhau | Departamento Relações Públicas Rita Sales Sousa Pereira | Departamento Gráfico Alexandra Antunes
| Departamento Informático Miguel Pereira | Contabilidade Olga Silva | Editor e Propriedade António de Jesus Sousa Pereira | Redacção e Publicidade Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. Comercial Bombarda
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suplemento rostos
TRIBUTO
Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro
“Passámos de um Concelho quase de pleno emprego, para
um Concelho, nos últimos anos, com taxas de desemprego,
quase sempre superiores à média Nacional»
Deixo-vos com uma surpresa…
Coral TAB encheu a sala de emoção
Todos os que estavam no Auditório da Biblioteca Municipal
do Barreiro ficaram em suspense, aguardando a surpresa,
anunciada, na abertura da Sessão «Tributo ao Poder Local».
«Deixo-vos com uma surpresa». Escutaram-se alguns comentários. «Mas onde está a surpresa?». Outro respondeu
– “Não vez, lá fundo entrou um que vai tocar piano».
Tudo normal. Escutar-se um momento musical, pouco teria
de surpresa, por vezes, até, faz parte deste tipo de eventos.
Mas, de facto, a surpresa estava bem guardada. Começaram
a ecoar pela sala os sons das vozes dos elementos do Grupo
Coral TAB, que, pouco a pouco, foram enchendo as galerias
laterais.
Os sons enchiam o espaço. Deliciavam os ouvidos, e, até o
próprio olhar mergulhava na busca dos sons. Um belo momento musical. Sem dúvida uma agradável surpresa.
Um momento que findou, com a evocação de Zeca Afonso,
num solo, acompanhado pelos sons polifónicos do Coral TAB,
que encheu a sala de emoção.
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BOAS FESTAS E FELIZ ANO 2012
www.rostos.pt | Rostos | 5
PERSPECTIVAS
PRESPECTIVAS
DEZEMBRO DE 2011
Barreiro evocou 35 anos de Poder Local
Crise financeira do país está
a generalizar-se ao Poder Local
. PSD esteve ausente da sessão Tributo ao Poder Local
“Defender o Poder Local é urgente, pode ter que ser feito pelas populações nas ruas” – sublinhou Joaquim Matias, do PCP/CDU.
“Não aceitamos que as freguesias sejam extintas a regra e esquadro” – referiu Eduardo Cabrita, do Partido Socialista.
Rosário Vaz, do Bloco de Esquerda, sublinhou que actualmente – “vivemos o maior ataque de sempre à Democracia Local”.
No Auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro realizou-se uma sessão evocativa dos
35 anos das 1ªs eleições do Poder Local,
realizadas em 12 de Dezembro de 1976.
A sessão começou com um momento musical, muito belo, proporcionado pelo Grupo
Coral TAB – Trabalhadores das Autarquias
do Barreiro.
Frederico Pereira, referiu no inicio dos trabalhos a ausência de um representante do
PSD, que comunicou – “não se fará representar e tornará públicos os seus motivos”.
Frederico Pereira, Presidente da Assembleia
Municipal do Barreiro, na abertura da sessão
recordou o contributo de milhares de homens e mulheres eleitos no Poder Local na
consolidação da democracia, assim como
a acção dos trabalhadores das autarquias.
O presidente da Assembleia Municipal do
Barreiro considerou “inaceitável a ingerência do Poder Central no Poder Local”, e,
criticou “a redução da autonomia administrativa” do Poder Local.
municípios e freguesias, acrescentando a
necessidade de “construir os caminhos do
Poder Local do futuro”.
Nesse sentido defendeu a importância de
aumentar as responsabilidades do Poder
Local e o aprofundamento da democracia
local.
“Em democracia não há mandatos vitalícios” – referiu, sublinhando a importância
da legislação que delimita os mandatos e
a Lei da Paridade, como contributos para
valorizar o Poder Local como “escola da
democracia”.
Eduardo Cabrita, referiu que a participação
“não se esgota no voto”, por essa razão, o
PS defende a implementação do Orçamento
Participativo.
O deputado socialista criticou que a reforma do Poder Local que o Governo está a
implementar seja “centrada na vertente
financeira”.
“Não aceitamos que as freguesias sejam
extintas a regra e esquadro” – sublinhou.
Eduardo Cabrita defendeu a necessidade
de diálogo, para que se concretizem as reformas, e, criticou o debate que está sendo
realizado classificando-o de “falso debate”.
GOVERNO PRETENDE
RESTRINGIR O PLURALISMO
PODER LOCAL VIVEU SEMPRE
COM OS TOSTÕES CONTADOS
Rosário Vaz, do Bloco de Esquerda, sublinhou que actualmente – “vivemos o maior
ataque de sempre à Democracia Local”.
Recordou as muitas realizações do Poder
Local e o seu contributo na consolidação
da democracia.
Segundo Rosário Vaz, o documento Verde
do Governo – “pretende restringir o pluralismo e reduzir o controle democrático
das oposições”.
A deputada do Bloco de Esquerda criticou
a extinção das freguesias, uma medida que
vai – “acabar com uma singularidade portuguesa”.
Joaquim Matias, da CDU/PCP, recordou
a experiência autárquica vivida nos primeiros anos de Poder Local, e, também as
dinâmicas de participação das populações
organizadas em Comissões de Moradores.
“O Poder Local viveu sempre com os tostões contados” – sublinhou.
O deputado da CDU, criticou a redução
de municípios e a criação de executivos
monolíticos, afirmando que estas medidas
estão a colocar em causa a democracia.
Salientou que os custos das freguesias no
Orçamento de Estado é reduzido.
“Defender o Poder Local é urgente, pode
ter que ser feito pelas populações nas ruas”
– sublinhou.
INACEITÁVEL A INGERÊNCIA DO
PODER CENTRAL NO PODER LOCAL
NÃO ACEITAMOS QUE AS FREGUESIAS
SEJAM EXTINTAS A REGRA E ESQUADRO
Eduardo Cabrita, do Partido Socialista, sublinhou as transformações realizadas em
Portugal graças ao trabalho realizado pelos
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GARANTIR A AUTONOMIA
DO PODER LOCAL
Carlos Humberto, Presidente da Câmara
Municipal do Barreiro, recordou que – “sempre fomos um concelho que lutou e viveu
a democracia e a liberdade”.
Recordou as transformações que se registaram no concelho do Barreiro devido
ao encerramento das fábricas, sem que
tenham sido geradas alternativas.
Referiu o envelhecimento da população,
a degradação do Parque habitacional, e,
defendeu a importância da construção da
Ponte Barreiro – Chelas, assim como as
ligações ao Montijo e Seixal.
Carlos Humberto, sublinhou que “a crise
financeira do país” está também “a generalizar-se ao Poder Local”.
O autarca defendeu a necessidade de ser
garantida a autonomia do Poder Local, a
eleição directa e o pluralismo.
Encerrou a sua intervenção evocando três
nomes do Poder Local – Jorge Fagundes
(PS), Helder Madeira (CDU) e Mendes Costa
(PSD), três ex-autarcas de referência na
acção do Poder Local.
PERSPECTIVAS
PRESPECTIVAS
DEZEMBRO DE 2011
Tributo ao Poder Local
Intervenção de Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro
Boa noite!
A todos saúdo, neste dia em que comemoramos 35
anos sobre as 1ªs eleições autárquicas no nosso país.
O tributo que, hoje, aqui prestamos é de grande significado emocional e político.
Ao analisarmos estes anos pós 25 de Abril, os 35
anos desde as primeiras eleições para o Poder Local
é necessário saudar, todos os que intervieram em
defesa do Poder Local, que construíram melhores
condições de vida para o Concelho e para cada uma das
freguesias.
Foram centenas, milhares, que com o seu esforço
intervieram para que as condições de vida dos que
vivem e viveram, trabalham e trabalharam, estudam
e estudaram no Barreiro melhorassem.
A todos, independentemente das suas opções, em
nome do Barreiro, em nome da Câmara Municipal, em
meu nome pessoal, MUITO OBRIGADO.
Em nome do Município agradeço a vossa presença
para connosco assinalarem esta importante data.
Agradeço, também, ao Coral TAB por terem aceite
o nosso convite e nos presentearem com a sua actuação. (Aproveito por referir que no passado dia 1
de Dezembro comemoraram o seu 18º aniversário
atingiram a maioridade e que também eles são parte da construção de relações entre o Poder local no
Barreiro e a comunidade.)
Aproveito ainda para realçar a importância do edifício
que nos encontramos hoje – a Biblioteca Municipal.
Espaço que faz parte da história do nosso Poder Local.
No passado dia 8 fez 26 anos de existência.
Quero simbolizar este tributo ao Poder Local. Agradeço fazendo referência aos Presidentes de Câmara
no Pós 25 de Abril:
. Hélder Fráguas: 1975/1976
. Hélder Madeira: 1976/1990
. Pedro Canário: 1990/2001
. Emídio Xavier: 2001/2005
Em Abril de 1974, em Dezembro de 1976, éramos como
continuamos a ser, uma Câmara pobre, um Concelho
com imensas carências, um Concelho com uma intensiva actividade industrial, alguma, mas já residual,
actividade piscatória e agrícola.
Um diversificado e intenso Movimento Associativo,
com importante actividade Desportiva, Recreativa
e Cultural.
Sempre fomos, antes e depois, do 25 de Abril, e ainda
hoje, um Concelho que luta e vive a Democracia e a
Liberdade, com consciência social, cívica, com consciência dos seus direitos. Um Concelho de Resistência,
de Combate, de Luta, de proposta, de construção,
de participação.
Um Concelho com projectos, um Concelho com posicionamento e conceitos democráticos e de esquerda.
Foi assim, e é assim, que penso, que gostaremos de
continuar a ser!
Ao olharmos para trás, para analisarmos o Nosso
Passado e construirmos o Nosso Futuro (O Futuro
é sempre a continuidade do Passado. O Novo trás
sempre elementos do Velho), é necessário, não apenas
olharmos, mas vermos, reflectirmos e analisarmos
concluímos que:
Foram anos contraditórios, anos difíceis para o Concelho, mas também de imensas alegrias, de importantes realizações.
Não vale a pena negá-lo.
Foram anos de alegria inenarráveis de Festa da Democracia de destruição do fascismo, de acabar com
a ditadura, de construir os contornos de um País que
queríamos e foi Novo, de construir a Democracia, de
aprender que a Liberdade é um direito, um direito que
todos temos que exercer em todo o lado.
Foi tentar construir uma Nova Economia.
Foi conquistar Novos Direitos.
Foi a Festa da construção, da Democracia, da Liberdade, das Eleições, foi o trabalho popular, foi a auto-
-organização dos trabalhadores e do Povo.
Foi aprender a viver com menos dificuldades.
Foi a construção, a Participação em Festa, mas também em Combate.
Cada um com o seu Combate!
Foi andar para a Frente, avançar, ir Avante!
Foram as Conquistas!
O Barreiro, também foi obreiro dessas conquistas.
O Poder Local é uma dessas conquistas!
Depois… Bem depois, foi o encerramento das fábricas,
das grandes empresas, foi a perda de importância
estratégica no sistema ferroviário Nacional e a perda de
importância no sistema de Mobilidade Metropolitana.
Como diz o poeta: “O Mundo é composto de mudanças!”
Sem dúvida!
Teria sido justo e necessário que os que tomaram
e colaboraram nessas decisões pensassem nas
alternativas para que o Barreiro não passasse por
tempos tão difíceis.
Apesar do muito que quase todos temos feito, ainda
estamos a sofrer.
Não vale a penas fingirmos que não vemos a realidade.
Ela é Dura… Muito Dura!
Passámos de um Concelho quase de Pleno Emprego, para um Concelho, nos últimos anos, com taxas
de desemprego, quase sempre superiores à média
Nacional.
Éramos um Concelho em que a maioria da sua população trabalhava no próprio Concelho, e ainda dava
emprego às populações dos concelhos mais próximos,
passamos a ser um Concelho, em que a maior parte
da população trabalha fora, fundamentalmente em
Lisboa.
Éramos um Concelho prioritariamente Industrial,
(sector secundário) para passarmos a ser maioritariamente de Serviços (sector terciário).
O número de empresas continua a baixar.
Nos últimos 30 anos perdemos cerca de 18 mil habitantes, apesar de nos censos 2001/2011 termos
estabilizado, deixamos de perder população.
Os sectores mais jovens da população têm saído do
concelho à procura de emprego e melhores condições de vida.
O envelhecimento da população, continua a crescer,
como no resto do país, mas com índices que nos devem fazer reflectir.
O Parque habitacional tem-se degradado, como é
evidente em algumas zonas do concelho.
Estas, foram consequências de decisões, que nos
causam imensas interrogações: Foi a destruição
do aparelho produtivo Nacional e no caso concreto do Barreiro, não se construíram as alternativas
necessárias.
Foram, e são ainda, tempos difíceis que hoje vivemos
e por isso temos ainda mais dificuldade em aceitar
decisões que põe em causa, ou adiam, a concretização
da Estratégia de Desenvolvimento do Concelho, da
Região e do País, como a suspensão ou adiamento:
da Alta Velocidade e da TTT, da intervenção no Parque Escolar do ensino secundário no Concelho, da
intervenção no IC21 ou da construção do Centro de
Saúde de Santo António.
O País atravessa, como todos sabemos uma grave
crise financeira, económica e social com consequências gravíssimas no sistema financeiro, no tecido económico e empresarial e na situação social. Na vida
dos trabalhadores, das famílias, do Povo Português.
Fruto de medidas que estão a ser tomadas pela
Administração Central e da conjuntura económica a
crise está a generalizar-se ao Poder Local e a atingir
a Câmara de forma muito significativa.
Não é hoje, o momento para aprofundar essa reflexão.
Desejo, no entanto, reafirmar que considero essencial
que se defenda a autonomia do Poder Local, a capacidade de intervenção das Autarquias em defesa das
populações e do desenvolvimento dos concelhos e
feguesias, a eleição directa e o pluralismo dos órgãos
autárquicos, o respeito pelos direitos dos trabalhadores das autarquias.
São tempos em que é absolutamente necessário
associarmos a firmeza nos princípios com a maleabilidade táctica, em que é necessário manter as
características que a física classifica de ductilidade.
Em que é necessário todos nos juntarmos em defesa
de uma Estratégia de Desenvolvimento sustentável
que aposte, apesar das dificuldades e dos retrocessos,
entre outros, nos seguintes eixos:
- Participação, Democracia e Cidadania;
- Barreiro como Centralidade na Área Metropolitana
de Lisboa, uma terra para trabalhar, viver e usufruir;
- Barreiro, Espaço de Cultura, Associativismo, Desporto, Juventude e Intervenção Social;
- Aposta na qualidade de vida na prestação de um
serviço público de qualidade.
E em projectos mais estruturantes:
. Desenvolvimento Económico, criação de emprego
e de riqueza como aposta fundamental;
. Mobilidade, incluindo os meios de mobilidade suave e continuando a reivindicar a construção da TTT,
com as valências rodo- ferroviárias, a estudar a nova
ponte para o Montijo, conjuntamente com a ponte
Barreiro-Seixal , a viabilizar os transportes Colectivos
do Barreiro, como transportes Públicos Municipais;
. Ambiente e em particular na grande potencialidade
que têm as nossas zonas ribeirinhas do Tejo e do Coina,
incluindo os seus estuários, na Mata da Machada e
no Sapal de Coina, assim como no sistema integrado
de águas, saneamento e resíduos;
Coina como uma centralidade subregional, ao nível
da actividade económica, do emprego e de equipamentos;
. Na Educação como vector importante de sustentabilidade associado à formação e emprego;
. Na Cultura, no Desporto, no Associativismo, na Juventude e na Terceira Idade;
. Nos Serviços Públicos, que necessitamos que tenham cada vez maior qualidade, procurando que o
de águas e saneamento se mantenham municipais;
. Valorização e respeito pelos Trabalhadores da Administração Local, actualmente tão fustigados nos
seus direitos.
Em períodos tão exigentes é necessário ponderar o
que nos une e o que nos separa. Não tenho dúvidas
que o que nos une em defesa do Barreiro é significativamente mais forte, do que o que nos separa.
Apelo a que secundarizemos o que nos separa e
valorizemos o que nos une a bem do concelho.
Já quase todos me conhecem como Presidente da
Câmara do Barreiro e podem continuar a contar com
um Presidente da
Câmara que não abdica das suas convicções, mas
que mais que provar que tem razão, deseja resolver
problemas, abrir portas, desatar nós, fazer coisas,
envolver –se com os agentes sociais, económicos,
políticos, envolver-se com o movimento associativo,
com as populações, com os trabalhadores, defendendo sempre, e
incondicionalmente, o Barreiro e as suas gentes.
CONSTRUIR O MAIOR DENOMINADOR COMUM!
CONSTRUIR COM TODOS, COM TODOS CONSTRUIR,
É O NOSSO CAMINHO!
Foram anos potentes, de importantes e estruturantes
intervenções, mas foram também, como o Poder Local
sabe fazer, de pequenas realizações, tão importantes
para as pessoas.
Foram acções extraordinariamente importantes do
ponto de vista do todo do Concelho, mas também
de cada uma das suas freguesias, de cada local, de
cada um dos cidadãos.
É visível o que se fez nestas décadas após o 25 de
Abril :
. Na requalificação dos serviços do Município e da
Câmara;
. Na alteração radical, para melhorar, a intervenção
das Juntas de
Freguesias que passaram de 4 para 8;
. Nas acessibilidades: A Av. do Bocage, A Fuzileiros
Navais, os novos acessos ao Hospital, os acessos
nas freguesias periurbanas, o Novo Terminal Rodo-Ferro-Fluvial, a Av. da Liberdade, o atravessamento
da Quimiparque, os novos acessos à zona ribeirinha
da Verderena e Santo André, entre muitos outros.
. No Ambiente a revalorização da Mata da Machada e do
Sapal de Coina, a construção da ETAR e as profundas
alterações e importantes investimentos em todas as
áreas do básico, as intervenções na zona ribeirinha.
. A renovação, quase completa, do sistema de abastecimento público, nos mercados: Abastecedor, Levante,
St. André, Coina, Lavradio, 1º de Maio, 25 de Abril;
. A construção do AMAC e do Parque da Cidade, a
criação do Espaço J, do Pavilhão Luis de Carvalho, a
Piscina Municipal do Lavradio, o conjunto de Novos e
pequenos espaços desportivos, os parques infantis
que eram quase inexistentes;
Os equipamentos escolares do 1º ciclo do ensino
básico e do préescolar;
. A construção do edifício dos TCB, que em 2012 passará também a ser do Departamento de Águas, Saneamento e Resíduos, o funcionamento e manutenção
dos TCB’s como um bom serviço de transportes às
populações;
. A construção do Polis das Freguesias de St. André e
Verderena e a intervenção no Passeio Augusto Cabrita,
que em breve continuará direcção ao Clube Naval.
. A Participação, a Cidadania, a Democracia como
forma de agir, de transformar, de construir…
. A diversificada e intensa actividade cultural, desportiva, recreativa e lúdica no concelho, que se realiza
também com o apoio do Poder Local, e que aqui, hoje,
tem alguns apontamentos;
Este tributo ao Poder Local que hoje aqui estamos
a iniciar irá continuar com um ciclo de iniciativas que
farão uma ponte
com as comemorações do 25 de Abril.
- Tentaremos envolver, incentivando à participação,
a Comunidade Educativa.
- Realizaremos exposições temáticas itinerantes.
- Promoveremos tertúlias sobre esta temática e
visitas a espaços da cidade.
Pretendemos encerrar este ciclo com uma iniciativa
que envolva a comunidade e os eleitos.
Companheiros do Poder Local, Povo do Barreiro. Só
conseguimos chegar até aqui, porque centenas de
trabalhadores da Câmara, dos Transportes Colectivos e
das Juntas conjuntamente com os eleitos, dedicaram-se ao serviço público, ao poder Local, ao Barreiro.
Com o seu empenho, dedicação, sensibilidade, saber,
criatividade e trabalho fizeram-nos ir mais longe.
A todos eles actuais e antigos trabalhadores, o nosso
obrigado.
A todos os, actuais e antigos eleitos o nosso obrigado.
Quero para terminar fazer referência aos primeiros
candidatos das listas apresentadas à Câmara Municipal do Barreiro Há 35 anos atrás, particularmente a
Helder Madeira da FEPU, Jorge Fagundes do PS e a
Mendes Costa, primeiro candidato do PSD na primeira
vez que o PSD concorreu à CMB em 1980.
Mais uma vez agradeço a vossa presença e realço que
juntos, independentemente das nossas convicções,
fazemos mais e melhor, em prol da nossa terra e da
nossa gente.
Viva o Poder Local!
Viva o Barreiro!
www.rostos.pt | Rostos | 7
PULSAR DOS DIAS
PULSAR DOS DIAS
DEZEMBRO DE 2011
Jorge Fagundes – ex-candidato do PS à Presidência da Câmara do Barreiro
Barreiro de hoje não é tão solidário
como o Barreiro de há 35 anos
Jorge Fagundes, ex- candidato do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal do Barreiro, foi um dos primeiros autarcas eleitos nas 1ªs eleições
para as autarquias, realizadas há 35 anos, no dia 12 de Dezembro de 1976.
“Passados estes anos todos, eu que sou o único sobrevivente dos eleitos do PS, continuo a ter relações de muita amizade com os quatro elementos do PCP,
ainda restantes.Naquele tempo, havia uma gestão colegial e idealista.” – sublinha Jorge Fagundes.
Numa breve conversa com Jorge Fagundes,
perguntámos como sentia esta data evocativa dos 35 anos do Poder Local.
“Sinto com uma certa nostalgia. Tendo em
conta, designadamente a evolução negativa, quanto a mim, que foi existindo aos longo
destes anos.
ÉRAMOS UMA EQUIPA
RELATIVAMENTE COESA
Evolução negativa, porquê?
“Negativa, porque, quando fomos eleitos, seis
na lista do Partido Comunista, quatro filiados
e dois que não eram, mais três eleitos do PS,
todos nós encarámos a eleição sem partidarismo.
Nós, éramos uma equipa relativamente coesa, com a ilusão que estávamos a trabalhar
para bem do Barreiro.
Posteriormente, começou a partidarite a entrar em acção, e, aquela forma de estar na autarquia inicial, hoje, já não existe.
Passados estes anos todos, eu que sou o único sobrevivente dos eleitos do PS, continuo a
ter relações de muita amizade com os quatro
elementos do PCP, ainda restantes.
Naquele tempo, havia uma gestão colegial e
idealista.”
PERDEU-SE O ESPÍRITO QUE
ANIMOU AS AUTARQUIAS NO INÍCIO
Que sente no dia de hoje?
“Vejo que, com o decorrer dos tempos, as posições têm-se extremado e tem-se perdido
aquele espírito que animou o primeiro executivo municipal”
NÃO CONSEGUEM ESQUECER
O EMBLEMA QUE USAM NA LAPELA
Acha que é possível que um executivo seja
composto por eleitos de diferentes forças
políticas?
“Acho que sim, desde que consigam ultrapassar o facto de terem emblemas diferentes.
O grande problema é que, muito boa gente,
quando entra para as sessões de Câmara, não
consegue esquecer o emblema que usa na
lapela”.
PERDEU-SE O ESPÍRITO BARREIRENSE
“O Barreiro mudou. Mudou, porque o Barreiro de hoje não é tão solidário como o Barreiro de há 35 anos, e, até, antes do 25 de Abril.
Há muitas alterações nas relações humanas,
perdeu-se o espírito barreirense.
No espaço público, fatalmente, existiram melhorias para melhor.”
Joaquim Serralheiro ex- Vereador da Câmara do Barreiro
«No meu carro é que andava de um lado
para o outro ao serviço da Câmara»
Joaquim Serralheiro, foi um dos primeiros autarcas eleitos nas 1ªs eleições para as autarquias, realizadas há 35 anos, no dia 12 de Dezembro de 1976.Na
Câmara Municipal do Barreiro assumiu os pelouros das águas, do saneamento e transportes.
“Era um tempo, que nem se sabia onde os esgotos iam parar, eram alguns a céu aberto, e, outras coisas mais, como zonas sem esgotos. A água não
tinha pressão” – recorda numa breve conversa com jornal «Rostos».
Joaquim Serralheiro, refere que – “do tempo
que fui vereador só posso dizer bem, socialmente, profissionalmente”.
“Foi um tempo que conheci muita gente, que
me mereceu todo o respeito, mas também
conheci alguns que não consegui respeitar”
– sublinha e sorri.
esgotos iam parar, eram alguns deles a céu
aberto, e, outras coisas mais, como zonas
sem esgotos, ou a falta de água e água nem
tinha pressão para se poder tomar banho” recorda.
DAR UM EMPURRÃO PARA QUE
O BARREIRO FOSSE PARA A FRENTE
Perguntámos – Então e a autarquia tinha
dinheiro para as obras?
“Não. Eu trabalhava com o meu carro, deslocava-me com o meu carro. Paguei do meu
bolso almoços a pessoas que eram convidados da Câmara para discutir assuntos da
autarquia.
No meu carro é que andava de um lado para
o outro ao serviço da Câmara” - sublinha.
“Enquanto fui vereador trabalhei, sim, acho
que sim, para dar um empurrão para que o
Barreiro fosse para a frente, pelo menos nos
pelouros que me diziam respeito – águas,
saneamento e transportes” - refere.
“Era um tempo, que nem se sabia onde os
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EU TRABALHAVA COM O MEU CARRO
ESTA INICIATIVA PENSO QUE FOI BEM SUCEDIDA
A propósito da realização do «Tributo ao
Poder Local», perguntámos que significado
atribuía a este acontecimento.
“Neste dia, senti que está a ser feito, o que
já devia ter sido feito há anos, reconhecer
o trabalho dos antigos autarcas, prestando
uma homenagem aos antigos e aos primeiros autarcas do Barreiro.
Os discursos que foram feitos tudo foi bem
detalhado. Esta iniciativa penso que foi bem
sucedida.” – salientou Joaquim Serralheiro.
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suplemento rostos
EMPRESAS
João Afonso Gonçalves, presidente da Direcção
Pedro Cruz, do Barreiro,
da Associação de Proprietários do Barreiro
especialista em fiscalidade A CÂMARA FALA MUITO NA
Escreve «Guia de
REABILITAÇÃO DO BARREIRO VELHO,
MAS, ACHO QUE É MUITO COMPLICADO.
Poupança Fiscal»
para ajudar a poupar
com os impostos
Pedro Cruz, é o autor da obra «Guia de Poupança Fiscal» que vai ser lançado pelo jornal «Vida Económica». Um livro que ajuda os contribuintes
“a fazer as coisas de forma a não sair prejudicado perante as finanças”,
e, em simultâneo não ir contra a Lei.
“Isto não é um livro para ensinar a preencher o IRS. É um livro que ensina
a poupar com os impostos” – refere Pedro Cruz.
Pedro Cruz, é natural do Barreiro, tirou a sua Licenciatura em Contabilidade, especializando-se na área dos impostos, com duas pós graduações em Fiscalidade e Direito Fiscal.
Pedro Cruz, criou no Barreiro um projecto empresarial, sendo Adminsitrador da empresa FiscalLab – Laboratório Fiscal, localizada na Rua António José de Almeida.
“A nossa empresa trata todos os assuntos relacionados com impostos.
Tudo o que se possa pensar que tenha a ver com impostos, nós tratamos, tanto a nível particular, como a nível de empresas” – sublinha.
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PERFIL
PERFIL
DEZEMBRO DE 2011
João Afonso Gonçalves, presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro
Está a aumentar o número de
inquilinos que não pagam as rendas
A Associação de Proprietários do Barreiro, foi criada em 4 de Julho de 1932, e, actualmente, presta um bom serviço à comunidade, não só do Barreiro, mas,
também, nos concelhos da Moita, Seixal e Sesimbra.
suportar os pagamentos das rendas” – refere João Afonso Gonçalves.
É DIFÍCIL MANTER AS
RENDAS COM SEGURANÇA
“O mercado do arrendamento saiu
agora o aumento das rendas que tem
um aumento insignificante.
O aumento de zero qualquer coisa não
significa nada para rendas antigas. As
rendas actuais é o contrário, não as
podemos aumentar, por uma razão
muito simples, porque estão numa
bitola tal, se as aumentamos, ou não
pagam, ou entregam a chave.
Porque hoje, até podem encontrar no
mercado rendas mais baratas.
Uma renda de três assoalhadas que
ultrapasse os 300 euros, torna-se
complicado. Aluga-se, mas para manter com segurança é difícil.” – refere o
presidente da Direcção da Associação
de Proprietários do Barreiro.
“Neste momento devemos ter devolutas cento e tal casas para aluguer”
– refere.
João Afonso Gonçalves, presidente da
Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro, falou ao Rostos do
trabalho realizado pela associação, e,
também, das dificuldades sentidas nos
tempos actuais.
CONTAMOS COM CERCA
DE 1200 ASSOCIADOS
“Esta associação foi criada com o
propósito de ajudar os proprietários
a resolver os problemas dos seus
imóveis, conta, em termos reais com
cerca de 1200 associados.
A associação faz as cobranças das
rendas, entrega as mesmas aos seus
associados, dá apoio jurídico, resolve
problemas das habitações, e, procura, na medida do possível resolver os
problemas dos associados” – refere
João Afonso Gonçalves, presidente da
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Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro.
Recorda que, perante a actual situação
sócio-económica, os problemas têm
vindo avolumar-se.
A associação faz um valor global de
cobranças de rendas, na ordem dos
300 mil euros mensais.
AUMENTAM O NÚMERO
DE RENDAS EM ATRASO
“Aumentam as dificuldades em receber as rendas, e, nós temos procurado, na medida do possível, resolver
as situações, mas, cada vez há mais
rendas em atraso” – sublinha.
“Temos um problema grande que não
há meio de resolverem, que é o caso
dos inquilinos que não pagam, procederem à entrega das casas. Esta é
uma situação difícil, porque só pas-
sados três meses é possível mover
uma acção, as acções levam um tempo
indeterminado, porque a nossa Justiça
não funciona como deve ser, em coisas
tão simples, e, esta seria das coisas
mais simples que havia para resolver:
um indivíduo não pagou, provou-se
que não pagou, e, a situação seria
resolvida. Nem é preciso ser doutor
para perceber uma situação destas.
Devia existir um Departamento, fosse lá o que fosse, para tratar destas
situações de forma rápida. Acho que
esta devia ser uma competência das
Câmaras. Ou criar um Juiz de Paz para
estas situações.” – sublinha.
“Está a crescer o número de inquilinos
que não pagam as rendas, e, está a
crescer também o número de inquilinos que, apesar de estarem em dia,
dirigem-se à associação a entregar
as chaves, porque não conseguem
INQUILINOS NÃO PAGAM ESTRAGOS
“Nós, por exemplo, não temos garantia
nenhuma para os estragos efectuados
pelos inquilinos nas habitações.
Há casos, que o senhorio arranja a casinha, fica tudo muito bem, o inquilino
está lá meia dúzia de meses, depois
vai-se embora, quando entrega a casa
está tudo num desastre. Cozinhas partidas, casas de banho, e, nada pode ser
feito para que os senhorios possam
receber as casas como as alugaram”
– sublinha.
BARREIRO VELHO É MUITO COMPLICADO
O presidente da Direcção da Associação de Proprietários do Barreiro, no
decorrer da nossa conversa, refere que
em relação à zona do Barreiro Velho
– “Tal como está não tem futuro, por
PERFIL
PERFIL
DEZEMBRO DE 2011
uma razão muito simples, são casas
com três ou quatro metros de frente,
com reentrâncias umas nas outras.
Para que se possa fazer uma reabilitação é preciso juntar três ou quatro
casas.
Ninguém vai investir, a não ser que já
more, para fazer cubículos.
A Câmara fala muito na reabilitação do
Barreiro Velho, mas, acho que é muito
complicado.
Ali aluga-se com rendas baratas, mas
as casas não têm condições”.
“Aquilo só tem solução com reorganização, com as pessoas a juntarem-se,
mas, não querem, acho que deviam
deixar-se juntar e obrigar a uma traça
antiga e com limitações. Assim, como
está, não vejo solução” - sublinha.
APROXIMAR A ASSOCIAÇÃO
DA COMUNIDADE
“Esta é uma instituição que pode tratar dos problemas dos senhorios, que
pode ajudar os senhorios, e, presta um
bom serviço à comunidade, não só do
Barreiro, mas, também, nos concelhos
da Moita, Seixal e Sesimbra” – refere o
presidente da Direcção da Associação
de Proprietários do Barreiro.
No próximo ano a associação vai co-
memorar o seu 80º aniversário, uma
efeméride, que pretende assinalar
com um programa que contribua para
a aproximar a associação da comunidade.
«“O MERCADO DO ARRENDAMENTO SAIU AGORA O AUMENTO DAS
RENDAS QUE TEM UM AUMENTO INSIGNIFICANTE.
O AUMENTO DE ZERO QUALQUER COISA NÃO SIGNIFICA NADA
PARA RENDAS ANTIGAS. AS RENDAS ACTUAIS É O CONTRÁRIO,
NÃO AS PODEMOS AUMENTAR, POR UMA RAZÃO MUITO SIMPLES,
PORQUE ESTÃO NUMA BITOLA TAL, SE AS AUMENTAMOS,
OU NÃO PAGAM, OU ENTREGAM A CHAVE.»
QUEREMOS DIVULGAR
MAIS A ASSOCIAÇÃO
“A associação é pouco conhecida no
Barreiro, apesar de todos os meses
entrarem novos associados.
Temos muitos associados satisfeitos
com o nosso trabalho, principalmente,
os associados emigrantes.
Nós queremos divulgar mais a associação e o seu trabalho.
Com a Câmara Municipal do Barreiro e
Junta de Freguesia do Barreiro mantemos uma boa relação.” – refere João
Afonso Gonçalves.
“O nosso principal problema, aquilo
que mais nos preocupa são as acções
de despejo, que estão a aumentar” –
salienta.
300 MIL EUROS DE RENDAS MENSAIS
A associação faz um valor global de
cobranças de rendas, na ordem dos
300 mil euros mensais.
“Nós não temos dificuldades, vivemos
sem problemas para assumir os nossos
compromissos, mas, começa a ser um
pouco apertado, é, por essa razão que
nós precisamos de mais associados”
- sublinha.
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CADERNO
Nuno Cavaco, Presidente da Junta de
Freguesia da Baixa da Banheira
Serviços on line
na Península de Setúbal
Facilitam acesso
SITUAÇÃO SOCIAL NA
FREGUESIA «É DRAMÁTICA» dos munícipes
. Há muitas pessoas a perder as suas casas
aos serviços
das autarquias
No decorrer da entrega dos prémios da 9.ª edição do Prémio da Qualidade do Distrito de Setúbal, foi dedicado um
momento para apresentação pública dos serrviços on line
que passam a estar à disposição das populações de seis
concelhos da Península de Setúbal.
Candidatura com o valor de 900 mil euros
com o apoio do FEDER de 240 mil
Fátima Mourinho, Secretária-geral da AMRS, referiu que, a
partir de ontem, estes serviços entram em funcionamento,
sendo um contributo importante para a “modernização da
gestão”.
Segundo Filipa Bonita, coordenadora do Setúbal – Península
Digital, os Serviços on line que vão ser implementados nos
concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Sesimbra, Palmela
e Setúbal, resultam de uma candidatura com o valor de 900
mil euros, com o apoio do FEDER de 240 mil euros – 40%
do valor total.
A candidatura que integra o Projecto “Setúbal Península
Digital”, arrancou em Setembro de 2008 e fica concluída
em 2011.
Melhorar a qualidade e eficácia dos serviços públicos
Segundo Filipa Bonita, o processo de desenvolvimento da
candidatura, originou um levantamento de 100 processos
em todos os municípios.
“A disponibilização dos serviços on line aos munícipes vai
melhorar a qualidade e eficácia dos serviços públicos” –
sublinhou a coordenadora do Setúbal – Península Digital.
Os serviços on line vão permitir aos munícipes resolver
problemas relativos a contratos de abastecimento de água, a
recolha de monos, consultar processos relativos a habitação.
A implementação dos serviços não irá ocorrer em simultâneo em todos os seis municípios envolvidos, no entanto, o processo de validação para registo de validação dos
munícipes, para terem acesso aos serviços on line, será
idêntico em todos.
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REGISTOS
REGISTOS
DEZEMBRO DE 2011
Nuno Cavaco, Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira
Há mais de 9 mil pessoas sem
médico de família na freguesia
“Estamos num momento muito complicado, a situação financeira da Junta está difícil, e, na freguesia avolumam-se os problemas ao nível social” – refere
Nuno Cavaco, presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira.
Nuno Cavaco, assumiu a presidência da
Junta de Freguesia da Baixa da Banheira,
em Setembro de 2011, no entanto, referir
que já exercia o cargo de Secretário do
Executivo.
O autarca refere que a mudança foi registada devido a problemas de saúde do presidente que motivou abdicar de continuar
a exercer o cargo – “o objectivo é permitir
que a Junta continue a desenvolver o seu
bom trabalho”.
Nuno Cavaco, sublinha que foi ele a assumir o cargo de Presidente mas, também,
podia ter sido outro membro do executivo, mas, acima de tudo o importante é
que funcionam como uma equipa – “ a
qualidade do executivo desta freguesia
é muito grande, e, também o apoio que
temos das outras Juntas e da Câmara
Municipal, e, dos nossos trabalhadores,
tornam as coisas mais fáceis”.
MAIS UM CORTE DE 20 MIL EUROS
“Estamos num momento muito complicado, a situação financeira da Junta está
difícil, e, na freguesia avolumam-se os
problemas ao nível social.
Esta, não é a melhor fase para estar numa
Junta de Freguesia, com o que se está a
passar, arrisco a afirmar que estamos a
viver uma das piores fases de sempre das
Juntas de Freguesia, não só da Baixa da
Banheira, mas também das outras freguesias.
Para além das nossas competências, nós
desenvolvemos actividades extras, e, agora, ficámos a saber que vamos ter mais um
corte de 20 mil euros, com a proposta do
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Orçamento de Estado.”- sublinha Nuno
Cavaco.
MOVIMENTO ASSOCIATIVO MUITO FORTE
Nuno Cavaco salienta que a freguesia da
Baixa da Banheira, tem um Movimento
Associativo “muito forte, faz coisas maravilhosas, substitui-se ao estado,
”, que se está a ressentir com os cortes
que reduzem os apoios.
“Fomos obrigados a adiar alguns apoios
que temos com as associações” – refere.
AUMENTAM PEDIDOS DE AJUDA
AO BANCO ALIMENTAR
“Nós temos na freguesia uma situação
quase dramática. Há muitos desempregados. Há muitos pedidos de apoio à Junta.
Sabemos que, por exemplo, dos alunos que
estão nas escolas, aumentam os alunos
carenciados. Temos muitas pessoas a perder as suas casas.
Temos na freguesia uma situação muito
preocupante. Nós trabalhamos com um
grupo que dá apoio às famílias ao nível
do Banco Alimentar, e, o que registamos
é que cada vez é preciso mais ajudas às
famílias” – refere o presidente da Junta de
Freguesia da Baixa da Banheira.
Nuno Cavaco, recordou que numa recente
visita a uma colectividade, onde estavam
um conjunto de jovens atletas, no final, pediu aos mesmos que tivessem pais desempregados que levantassem o braço.
“Levantaram quase todos. Estavam uns
vinte atletas e levantaram o braço 18. Este
é bem um exemplo da situação existente
na freguesia” – referiu.
ENVOLVER MUITA GENTE
Nuno Cavaco sublinha que neste tempo de
«vacas magras» é importante envolver
os trabalhadores da autarquia, os agentes locais e a população na discussão do
Orçamento da Junta de Freguesia.
“Não pode ser um Orçamento Participativo,
porque é muito curto. Mas queremos ouvir
a população. Nós queremos desenvolver
projectos em conjunto com o Movimento
Associativo, fazendo coisas com poucos
recursos, mas envolvendo muita gente”sublinha.
REGISTOS
REGISTOS
DEZEMBRO DE 2011
deramos que isto foi um erro.
Os recursos afectos pelo Orçamento de
Estado às freguesias é mínimo.
As freguesias não contribuem para o deficit,
e, na prática, prestam um serviço de proximidade, que, por exemplo, nem as Câmaras
Municipais conseguem fazer, por isso, estas
coisas têm que ser vistas numa perspectiva
muito diferente.” – salienta.
Nuno Cavaco referiu, igualmente, que na
mudança de legislação, discorda que os
Presidentes de Juntas de Freguesia deixem ter assento na Assembleia Municipal.
“Nós achamos que a Junta de Freguesia,
pela sua proximidade, deve procurar, tanto
quanto possível, resolver os problemas com
as pessoas, ir ao encontro das pessoas.
Mesmo que o problema não seja da nossa
competência devemos ir ao local e acompanhar as situações com a população. Falar no local e aí perceber a situação. Quem
sente os problemas são as pessoas e é com
elas que devemos analisar os problemas”
– sublinha Nuno Cavaco.
UMA NOVA ESQUADRA DA PSP
“Nós mantemos uma boa relação, muito
próxima, com a Policia de Segurança Pública.
O problema que nós sentimos é que tem
vindo a verificar-se redução significativa
de efectivos da PSP.
Hoje, na cabeça de algumas pessoas, há um
sentimento de insegurança, que, também
é potenciado pela situação de crise.
O trabalho da PSP é muito positivo. Mas, nós
consideramos que é importante continuar
a exigir uma esquadra nova, que vai ficar
localizada junto ao Campo do Vinhense. Já
tem projecto da PSP.
E, naturalmente, consideramos necessário
aumentar o número de efectivos.” – refere.
“É importante que não se perca o conceito
de policiamento de proximidade” – sublinha.
FESTAS COM A PRATA DA CASA
O presidente da Junta de Freguesia sublinha
que apesar das dificuldades financeiras a
autarquia continua a desenvolver os seus
projectos, quer na ligação com o Movimento
Associativo, quer com a Comunidade Educativa e vai dar continuidade a actividades
importantes para a vida local, nomeadamente a realização das Festas da Baixa da
Banheira.
“Nós nas festas queremos envolver a
população, os comerciantes, o Movimento Associativo, e, em Janeiro esperamos
dar posse a uma Comissão de Festas, para
prepararmos umas festas mais caseiras,
com a prata da casa, que permite poupar
recursos” – sublinhou.
LOJA DO CIDADÃO NA BAIXA DA BANHEIRA
Segundo o presidente da Junta de Freguesia
da Baixa da Banheira, espera que se concretiza a abertura dos serviços que estão
anunciados pelo Governo de criação de uma
Loja do Cidadão na Baixa da Banheira.
“Este é um serviço que faz falta à população. Nós consideramos que é positivo o
Governo ter dado uma resposta ao Partido
Ecologista «Os Verdes», porque, o anterior
Governo, nunca respondeu a nada” – salienta o autarca.
MAIS DE 9 MIL PESSOAS
SEM MÉDICO DE FAMÍLIA
Nuno Cavaco, salienta o facto de existir
na freguesia uma Comissão de Utentes
de Saúde que tem – “desenvolvido um
trabalho muito bom”.
O autarca sublinha que tem vindo a registar-se uma diminuição de trabalhadores
nos serviços de saúde da freguesia – “Há
falta de médicos. São mais de 9 mil pessoas
sem médico de família”
“O edifício não tem condições. Já existe
terreno cedido pela Câmara Municipal da
Moita destinado a um novo Centro de Saúde
e há anos que se arrasta esta situação.
REIVINDICAMOS UMA
DELEGAÇÃO DAS FINANÇAS
No âmbito de serviços públicos o presidente da Junta de Freguesia da Baixa da
Banheira refere a necessidade de existir
uma Delegação das Finanças.
“Esta é uma reivindicação antiga da população” – sublinha.,
UMA TERRA REIVINDICATIVA
«NÃO PODE SER UM ORÇAMENTO PARTICIPATIVO,
PORQUE É MUITO CURTO. MAS QUEREMOS OUVIR
A POPULAÇÃO. NÓS QUEREMOS DESENVOLVER
PROJECTOS EM CONJUNTO COM O MOVIMENTO
ASSOCIATIVO, FAZENDO COISAS COM POUCOS
RECURSOS, MAS ENVOLVENDO MUITA GENTE»
TCB’S DEVIAM SERVIR
A BAIXA DA BANHEIRA
Nuno Cavaco refere, igualmente, a importância para a freguesia dos Transportes Colectivos do Barreiro servirem a freguesia
da Baixa da Banheira.
Esta é uma situação que gostaríamos de
ver desenvolvida, mas, a inexistência de
uma entidade que regule os passes na Área
Metropolitana de Lisboa, dificulta que seja
encontrada uma solução”. – refere.
FREGUESIAS NÃO CONTRIBUEM
PARA O DEFICIT
“Nós somos contra a imposição governativa
de extinguir as freguesias. Achamos que
podem e devem haver reformas administrativas, que devem partir das necessidades
das próprias populações e dos autarcas, que
são aqueles que conhecem os problemas.
Não deve ser isto que está a acontecer, que
é imposto pelo Governo, num quadro de redução de custos. Quando nós entendemos
que isto não são custos, são investimentos
para a democracia.
Por nós, a ANAFRE devia ter tido uma posição mais forte. O Governo lança um livro
verde, que já é velho, pois, estas ideias já
são conhecidas desde 2003.
A ANAFRE faz um trabalho, que era o que
o Governo devia ter feito, referindo quem
é extinto, quem era agregado. Nós consi-
“Sabe, é uma honra para mim assumir a
presidência da Junta de Freguesia da minha
terra, com uma grande equipa, com trabalhadores dedicados, e, com uma população
que é muito reivindicativa, que assim deve
continuar a ser, porque isso tem sido positivo.
É pena não podermos fazer aquilo que queremos com os cortes que estão anunciados”
– refere Nuno Cavaco.
No final da nossa entrevista, o autarca, salienta que há sonhos que continuam a estar
presentes, como a construção do complexo
desportivo, a construção de um Pavilhão
Multiusos, e, diz – “num futuro mais distante
uma Piscina coberta”.
APOIAR OS COMERCIANTES LOCAIS
“Nós temos preocupações ao nível do Comércio Local muito grandes. Nos nossos
encontros, hoje, é normal ver comerciantes
a chorar, porque não conseguem suportar
as despesas.
Queremos reunir com os comerciantes e
ver formas de envolver a comunidade, para
dar uma palavra amiga e ajudar o seu desenvolvimento” – salienta a finalizar Nuno
Cavaco.
S.P.
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MEMÓRIA
MEMÓRIA
DEZEMBRO DE 2011
Carlos Humberto no Jantar do 10º aniversário
«Jornais como o Rostos
fazem falta ao Barreiro»
“Para o Barreiro, um concelho que vive a Liberdade, vive a Democracia e vive a Cidadania como quem respira, é indispensável
haver comunicação social. Comunicação Social séria, rigorosa,
polémica, diversificada” – sublinhou Carlos Humberto, presidente
da Câmara Municipal do Barreiro, acrescentando que o Rostos
cumpre este papel
“O Rostos explica-se numa palavra, e, correndo o risco de ser
redutor, essa palavra é dinâmica» - referiu o colunista Nuno Banza.
“O Rostos que não percam o seu élan, uma dinâmica que escapa
a todos os controles” – sublinhou o colaborador Nuno Santa
Clara Gomes.
Ontem à noite, no Restaurante «Casa Transmontana» realizou-se
o jantar comemorativo do 10º aniversário do jornal «Rostos».
Foi um ponto de encontro com cerca de 40 pessoas que quiseram associar-se à equipa do «Rostos» para assinalar esta
nossa primeira década. De referir que, todos os participantes
pagaram do seu bolso o seu próprio jantar.
PRESENÇAS MARCADAS DE SIMBOLISMO
Registamos a presença de alguns autarcas, nomeadamente,
José Marques, presidente da Junta de Freguesia de Santo André
e Juvenal Silvestre, presidente da Junta de Freguesia de Coina.
Outros enviaram mensagem e lamentaram estar ausentes,
porque tinham compromissos assumidos.
Também dirigentes associativos, como Mário Pinto, Presidente da
Associação Naval Sarilhense, no concelho da Moita, ou Angélico
Noé Tempero, do jornal «Cachaporreiro», da SFAL.
Muito especial foi a presença de todos os nossos colunistas e
também alguns colaboradores, pois, para além de partilharem,
de forma voluntária, os seus escritos nas nossas páginas, ainda
se disponibilizam para festejar a efeméride à sua própria custa.
UMA AVENTURA QUE TEM DADO MUITAS ALEGRIAS
António Sousa Pereira, recordou que foi precisamente no Restaurante «Casa Transmontana» que há dez anos atrás foi feito
o lançamento do Jornal «Rostos».
“Foi uma aventura. Uma aventura que tem dado muitas alegrias.
Uma aventura que tem permitido criar projectos, sermos inovadores, e, abrirmos as portas ao jornalismo do futuro.” – referiu.
Recordou a importância e a dimensão da edição on line do Rostos,
que, sublinhou – “é hoje uma referência no Distrito de Setúbal”.
16 | Rostos | www.rostos.pt
O Director do jornal «Rostos» sublinhou que a força de um jornal
está na sua redacção – “a sua redacção é a sua inteligência,
e, nós temos a satisfação de contarmos com um conjunto de
colunistas e colaboradores de grande qualidade que enriquecem
os nossos conteúdos. O nosso muito obrigado”.
ROSTOS EXPLICA-SE NUMA PALAVRA DINÂMICA
Nuno Banza, na sua qualidade de colunista do jornal «Rostos»
sublinhou – “acho que ninguém dúvidas que o Rostos revolucionou a forma de fazer comunicação social no Barreiro, ao nível
distrital, e, até para além do distrito”.
“O Rostos explica-se numa palavra, e, correndo o risco de ser
redutor, essa palavra é dinâmica» - sublinhou.
Recordou que o Rostos fez, antes que qualquer jornal nacional,
a transmissão em directo de um evento pela internet.
“A equipa do Rostos transforma o cabo de uma colher numa
varinha mágica” – salientou.
ACREDITO PROFUNDAMENTE
NA DEMOCRACIA E NA LIBERDADE
Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro,
que entregou ao Rostos uma prenda, uma peça de cerâmica
da artista barreirense Fátima Gama, sublinhou que – “acredito
profundamente na democracia e na liberdade, para mim, não
há democracia, não há liberdade, se não houver comunicação,
informação e se não existirem órgãos de comunicação social”.
“Para o Barreiro, um concelho que vive a Liberdade, vive a Democracia e vive a Cidadania como quem respira, é indispensável
haver comunicação social. Comunicação Social séria, rigorosa,
polémica, diversificada” – sublinhou o autarca, acrescentando
que o Rostos cumpre este papel.
“Jornais como o Rostos fazem falta ao Barreiro” – referiu.
UMA ESCOLA DA DEMOCRACIA
Nuno Santa Clara Gomes, colaborador do jornal Rostos, recordou
a censura que existia antes do 25 de Abril, onde, existiam jornais
como o «Comércio do Funchal» que era uma ilha de liberdade.
Salientou, a muita carolice que existe para produzir o jornal Rostos, e, sublinhou que isso é positivo porque – “é uma escola da
democracia”, acrescentando a importância da comunicação pela
internet no mundo actual e o seu contributo para as transformações que se estão a registar no mundo.
“O Rostos que não percam o seu élan, uma dinâmica que escapa
a todos os controles” – sublinhou.
ROSTOS ESPALHA O BARREIRO PELO MUNDO
Manuela Fonseca, colunista do Rostos, sublinhou que o Rostos,
hoje, faz chegar o Barreiro ao país, e, também o espalha pelo
mundo, recordando contactos que tem recebido de pessoas do
Barreiro, a comentar os seus textos, em vários pontos do mundo.
Salientou. também, a importância do Jornal «Rostos» na sua vida,
para enfrentar os desafios e acreditar na ligação à comunidade.
UM PROJECTO PLURAL
Nuno Cavaco, colunista do Rostos, referiu que há alguns anos
que escreve no jornal, porque sente que o jornal – “é um projecto
plural, dá espaço a toda a gente”.
Salientou que nesta sala, “estão presentes pessoas de todos
os segmentos”, um exemplo daquilo que é a diversidade que
“dá credibilidade ao jornal Rostos”.
Referiu, igualmente, que o Rostos on line tem um formato atractivo,
que permite interactividade e se afirma como um jornal de futuro.
Foi uma noite de convívio. Um ponto de encontro marcado pela
amizade.
Uma noite para assinalar dez anos de vida, no mesmo local, onde,
há dez anos foi apresentada a 1ª edição do jornal.
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10º ANIVERSÁRIO DO JORNAL «ROSTOS»