Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora Ano XXVI – ABRIL-JULHO/2013 – N. 92 Assembleia Custodial 2013 Mensagens do Custódio, 23 Decretos do Governo Geral, 24 Congresso Missionário de Canindé, 26 Notícias, 35 Casas de Formação, 37 Ordenações sacerdotais, 50 Assembleia Custodial, 54 Agenda 2013, 73 22 Comunicações Boletim informativo da Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora Custódio Frei Roberto Miguel do Nascimento, OFM Equipe de Diagramação e Revisão Frei Rinaldo Aparecido Santiago, OFM Frei Nícolas Rafael Lopes da Silva, OFM Frei Aluísio Alves Pereira Júnior, OFM Expedição Secretaria Custodial Contato Boletim “Comunicações” Caixa Postal 205 79002-970 – Campo Grande – MS Fone: (67)3356-4509 Fax: (67)3356-4266 E-mail: [email protected] Se você ainda não recebe nosso Boletim via e-mail, em formato “.pdf”, e deseja recebê-lo, contate-nos através de nosso e-mail e providenciaremos seu cadastro. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 23 MENSAGEM DO CUSTÓDIO Caros confrades, amigos e benfeitores! O Senhor vos dê paz! A nossa Custódia alegrou-se com as ordenações sacerdotais dos nossos dois confrades, a saber: Frei Jorge Vasconcelos dos Santos, no dia 26/05/2013, em Cuiabá – MT, conferida por Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília - DF e Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e Frei José Sérgio dos Santos de Oliveira, no dia 15/06/2013, em Guaratinguetá – SP, conferida por Dom Raymundo Cardeal Damasceno, Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Rezemos pela perseverança, alegria, entusiasmo e vigor de nossos dois confrades na missão e evangelização, na nossa Custódia e na Igreja! Nos dias 08 a 12 de julho, realizamos a nossa Assembleia Anual, em Campo Grande - MS. Além dos nossos momentos de convívio fraterno, momentos de oração e partilha de nossas atividades, refletimos o tema “humanização e acolhimento”, com o auxílio de três profissionais, a saber: Alex Bachega, Lara Nassar Scalise e Rodrigo Ferreira Abdo. Partilho com os caros leitores algumas frases do tema refletido que, acredito, serve como orientação para todos nós humanos e cristãos: “Atende todos os teus desejos e te tornarás um animal”. Atitudes humanizantes: estar onde o corpo está, no aqui e agora. Aprender a entrar e sair – inteireza. Devemos ter aula de escutatória. “Ao invés de nos preocuparmos em ser felizes, é mais produtivo e saudável nos dedicarmos a resolver o que nos impede de ser felizes.” “Sem sensibilidade, todas as habilidades tornam-se tolas”. Quem Sou? “A busca de sentido sempre tem que preceder a busca de felicidade. Depois que a razão é encontrada, nos tornamos felizes automaticamente.” Aonde vou? “Quem tem um porquê para viver pode aguentar praticamente qualquer como. Se acharmos uma razão, poderemos superar qualquer coisa.” “Mais qualidade do que quantidade.” Para nossas ações e atitudes humanizantes, temos duas pessoas próximas de nós, que nos ajudam e nos apoiam, a saber: Jesus Cristo e São Francisco de Assis. Jesus Cristo, aquele que nos ama com um amor perfeito, total e incondicional. São Francisco de Assis, o homem do encontro, da fraternidade, da paz, irmão e extremamente cortês. Que a paz de Cristo esteja com todos vocês! Paz e bem! Frei Roberto Miguel do Nascimento, OFM Custódio “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 24 Comunicações DECRETO DE APROVAÇÃO DOS ESTATUTOS PARTICULARES DA CUSTÓDIA FRANCISCANA DAS SETE ALEGRIAS DE NOSSA SENHORA “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 25 DECRETO DE NOMEAÇÃO DO VISITADOR GERAL PARA A CUSTÓDIA FRANCISCANA DAS SETE ALEGRIAS DE NOSSA SENHORA “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 26 Comunicações II CONGRESSO MISSIONÁRIO FRANCISCANO DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE Canindé, CE, 21 a 27 de abril de 2013 NOVOS FRANCISCANOS PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃO “Quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3,3) I. CANINDÉ, CIDADE FRANCISCANA 1. Caros irmãos e irmãs, acolhei a afetuosa saudação que os participantes do II Congresso Missionário Franciscano da América Latina e do Caribe vos enviam desde Canindé, cidade franciscana do Nordeste brasileiro. Somos 113 Frades, 7 Religiosas e 24 leigos e leigas, Delegados das Províncias, Custódias e Fundações de 14 países. Encontramo-nos neste esplêndido lugar, verdadeiro claustro franciscano, feito cidade, de 21 a 27 de abril de 2013, a fim de, juntos, celebrar importante momento de vida e refletir sobre o tema da Evangelização, razão de ser de nossa Ordem. A fraterna acolhida da Província Santo Antônio do Brasil e da Fraternidade local foi a primeira Evangelização que recebemos e que desejamos partilhar convosco. Cada acolhida dessas é, de fato, ícone de nosso Deus, que quer antecipar-se e dar-nos incansavelmente sua ternura. 2. Aqui, além disso, tocamos com a mão a profunda fé de numerosos peregrinos, devotos de S. Francisco das Chagas. Esses nossos irmãos/irmãs nos ensinaram, mais uma vez, que os pobres são nossos mestres, com sua simplicidade e sua confiança na Providência de Deus. Ao lado deles, sentimos particularmente próximo nosso seráfico Pai, especial amigo dos pobres. O fato, pois, de nos encontrar, vindos de países e culturas diferentes, cada um com sua bagagem de entusiasmo, de desafios e compromissos, nos fez experimentar a beleza da fraternidade, da descoberta do dom que é cada irmão/irmã. Quanta riqueza de dons, de experiências de vida! Como Fraternidade universal reunida, vivemos ricos momentos litúrgicos, orações animadas por cantos, entoados por nós e com a ajuda de diversos coros, com muita fantasia criativa, sobretudo a Eucaristia quotidiana, vivida como fonte de toda a Evangelização. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 27 3. Por tudo isso queremos expressar o mais afetuoso reconhecimento ao nosso Ministro geral cessante, Frei José Rodríguez Carballo, o qual desejou o presente Congresso, conscientes de que esses momentos de encontro, de aprofundamento da nossa vida e missão, estavam em seu coração, haviam sido decididos por ele, estimulados e enriquecidos com sua presença e palavra. Desde Canindé, vão nossos mais calorosos votos pelo bom êxito de seu novo serviço em benefício das pessoas consagradas de todo o mundo e em estreita colaboração com o novo Papa Francisco. 4. Caros irmãos e irmãs, é deste lugar de fé, de religiosidade franciscana e de belezas naturais, e no clima de uma acolhida calorosa e minuciosamente preparada, por todos nós apreciada, que vos dirigimos nossa mensagem fraterna, junto aos compromissos que assumimos e que desejamos partilhar convosco. São Francisco das Chagas nos ajude a concretizar nosso empenho missionário evangelizador! II. DE CÓRDOBA A CANINDÉ 5. O II Congresso Missionário Franciscano de América Latina e Caribe quer ser continuidade do primeiro, o de Córdoba-2008, mas também quer contemplar aspectos novos e diferentes, fruto do dinamismo da vida e da história. O Congresso de Córdoba situa-se no contexto da celebração do VIII Centenário das origens de nosso carisma, o qual nos convidava a voltar às Fontes e a assumir o presente e futuro com paixão, criatividade e esperança. Deixamo-nos iluminar pelo profético documento “O Evangelho nos desafia” do Conselho Plenário da Ordem, Bahia - Brasil, do qual celebrávamos seus 25 anos. Como Igreja, a Conferência do CELAM, em Aparecida - SP, Brasil, e os Congressos Missionários da América Latina (COMLA/CAM) nos impulsionavam ao compromisso de sermos discípulos missionários, numa Igreja em missão permanente, desafiada a uma conversão pastoral e chamada a ser generosa em relação às missões ad gentes, dando da própria pobreza. Neste contexto e à luz da prática de nosso seráfico pai S. Francisco, do testemunho profético de muitos Irmãos nossos, missionários em nosso continente, desde o século XVI, e sensíveis aos novos desafios de nossa realidade, aquele Congresso nos convidou a um novo ardor missionário, à consciência de que nosso carisma fundacional e o momento atual exigem de nós urgência e audácia para recriar e refundar nossa missão evangelizadora. Sentimo-nos convocados a rever nossas formas de presença, a nos colocar em atitude de escuta, de diálogo e de busca de novas formas evangelizadoras, mais itinerantes, em missão partilhada com os leigos/as, com valorização das diferentes vocações na mesma família carismática e no mesmo povo de Deus, a ir ao encontro dos jovens, a renovar nosso ser Frades do povo, nosso ser Irmãos menores entre os pobres, entre os povos indígenas e afrodescendentes, a ir em missão, em especial na Amazônia. 6. Entre o I e o II Congresso, aconteceu o Capítulo geral OFM - 2009, centrado no tema da missão evangelizadora de nossa Ordem. Nele foi aprovado o Projeto Amazônia e, posteriormente, concretizado com uma nova Fraternidade missionária interprovincial e internacional. Aconteceram encontros e experiências de aproximação ao mundo dos jovens, Congressos de Educadores franciscanos, de Formadores e da JPIC, em âmbito continental e com participação de leigos/as, de membros da Família franciscana. Houve também indiferença em algumas Entidades ao que em Córdoba celebramos e assumimos. O Máster em Evangelização deu seus passos, apesar de dificuldades. Em âmbito eclesial, aconteceu o Sínodo sobre a Nova Evangelização, o Papa Bento XVI nos surpreendeu com sua renúncia e foi eleito o primeiro Papa latino-americano, que surpreendeu com a escolha do nome Francisco. Nosso Ministro geral, Frei José Carballo, foi nomeado Arcebispo e Secretário da Congregação para a Vida Consagrada. Para 2014 está programado o Congresso Internacional Franciscano, em Assis, sobre missão e Evangelização. 7. Vivemos esse tempo de mudança de época, com diferentes sinais de crise, seja em âmbito de Igreja, Vida Religiosa, sociedade e meio-ambiente. Cresce a sede e a sensibilidade por novo estilo de vida, por novo modelo de economia, por novo jeito de ser Igreja, uma nova maneira de viver e conviver. São Francisco continua sendo o protótipo do homem novo, que inspira homens e mulheres em busca do novo. Nesse contexto, celebramos o II Congresso Missionário Latinoamericano e Caribenho, com o lema: Novos Franciscanos, Nova Evangelização. Essa novidade deve manifestar-se em nossa vida, nossa prática, em nosso testemunho e estilo de vida. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 28 Comunicações III. O ROSTO DO NOVO FRANCISCANO 8. O vocábulo “novo”, nos últimos decênios, recorre frequentemente em nossos discursos e o encontramos muitas vezes escrito em documentos, a começar por nossas Constituições gerais. Durante o Congresso, seja nas palestras, seja nos trabalhos de grupo e no diálogo em assembleia, muitas foram as ideias e contribuições sobre este “novo”, tanto assim que podemos descrever o rosto do novo franciscano para a nova Evangelização. Como é esse rosto? 9. Acima de tudo – como sublinhou o objetivo principal do Congresso – o novo franciscano planta no coração o primado da prática, convicto de que o Filho de Deus se fez prática, quando se fez carne. Por isso, procura fugir de todo intelectualismo que desencarna o Evangelho. Pelo contrário, se propõe a acolher, no concreto da vida, pessoal e fraterna, toda a inspiração que vem da Palavra de Deus, das inspirações do Espírito e dos sinais dos tempos. Tal primazia da prática o torna consciente de que o verdadeiro anúncio evangélico é feito pelo testemunho da vida, antes e muito mais do que com palavras. A dissonância entre palavra e vida faz enfraquecer a própria credibilidade de toda a Igreja, como recordou-nos, recentemente, o Papa Francisco, interpretando as palavras do Poverello de Assis: “Ide pregar, e quando será necessário, também com as palavras”. 10. O tema do Congresso, “Novos Evangelizadores, Nova Evangelização”, forneceu o segundo traço do rosto do evangelizador franciscano, o de ser “homem de Deus, “mulher de Deus”, de fé profunda e forte, cultivada na relação viva e cotidiana com o Senhor, na oração pessoal e comunitária, que sabe estar como discípulo na mesa da Palavra e traz, cada dia, a fome, sua e a dos irmãos, à mesa da Eucaristia. Ele tem consciência de que somente estando com o perenemente Novo, sua vida se converte, de homem velho e carnal, em testemunha da novidade de Deus para o mundo. 11. O rosto do novo franciscano evangelizador é o de simpatia, que sabe olhar os outros como “próximos”, vendo em todos a imagem e semelhança de Deus, também quando parecem ser distantes, por causa de outra cultura, raça ou religião. É um rosto dialogante, aberto, ícone da acolhida do Pai providente, sem preconceitos, sem fechamentos mortíferos. Crê firmemente no diálogo ecumênico, interreligioso, intercultural. Tem olhos que sabem ver o positivo em cada um, valorizando e celebrando o lado bom. Sem fechar-se diante do mal, indica, sobretudo com humildade, a via do bem. É um rosto de compaixão, porque faz a experiência da misericórdia de Deus, sabe compreender as fraquezas, é inclinado naturalmente a ver a ação de Deus em meio aos acontecimentos, a confortar, a mostrar sempre sinais de esperança. 12. O novo franciscano evangelizador tem uma apaixonada aspiração missionária, fazendo seus o envio de Jesus aos discípulos e o imperativo do Crucifixo a São Francisco: “Vai!”. Tem ouvidos sensíveis para escutar o grito dos muitos irmãos que ainda não conhecem o Evangelho, que vivem nas periferias do mundo, que são pobres, enfermos, analfabetos, excluídos do mundo. Tem pés robustos para atravessar fronteiras que separam os ricos dos pobres, os poderosos dos fracos. Ele sabe ultrapassar os difíceis confins dos modernos areópagos e a viver na essencialidade da vida, denunciando os ídolos de hoje, as mil dependências de nossa vida consumista e distraída. 13. Um rosto aberto: este é outro traço do novo franciscano evangelizador. Não se fecha sobre si mesmo no querer manter certas estruturas aprisionadoras, mas se abre aos outros. Sabe estar em meio aos outros, acolhendo desafios, provocações, e aprende também dos outros, sobretudo dos pobres, de modo que possa dar nova força às motivações de sua fé e esperança. Vive no mundo como no próprio claustro, no qual Deus o chamou e o envia todos os dias. Caminha pelas ruas, parando para escutar as pessoas com interesse. Leva seu testemunho – e quando é possível – sua palavra, lá onde o povo vive. 14. O novo evangelizador franciscano apresenta um rosto cooperativo, de missão compartilhada com os leigos/as, reconhecendo-os e estimando-os como filhos/filhas de Deus, marcados pela dignidade do Batismo. É capaz de valorizá-los, seja na instância da programação e decisão, seja na execução e avaliação das atividades evangelizadoras. Sabe oferecer-lhes momentos de formação e escuta. 15. No rosto do novo franciscano evangelizador se lê o “nós” da Fraternidade, sobretudo na pastoral “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 29 paroquial. Um “nós” que é a harmonia dos carismas de todos os irmãos membros da Fraternidade, um “nós” que, exemplarmente, se torna modelo para construir a Paróquia qual comunidade de comunidades, em que se vive a alegria da comunhão, da partilha com todos, especialmente com os pobres, do compromisso missionário para poder chegar aos que estão afastados. 16. Enfim, um rosto jovem, porque ama estar com os jovens, esperança do mundo. Deixa desafiar-se pelas muitas problemáticas do mundo juvenil de hoje, esforça-se para entrar nele, para compreendê-lo e assumi-lo, a fim de poder entrar em relação eficaz com os jovens de nosso tempo. Reconhece-se pobre diante da complexidade que agita o coração deles. Quer dedicar tempo para a escuta paciente e empática. Está disposto a uma profunda acolhida. É humilde no deixar-se ajudar pelos próprios jovens, a fim de encontrar veredas que levem a Jesus Cristo e a seu Evangelho. É capaz, ainda, de suscitar a paixão pelos grandes ideais aos quais os jovens, pela sua própria natureza, anseiam, e de evangelizar neles o desejo de coisas grandes e belas. IV. A PRÁTICA EVANGELIZADORA DO NOVO FRANCISCANO 17. Os franciscanos de hoje, entendendo Evangelização como dar testemunho do Deus que é Familiaridade Trinitária, de seu Amor derramado gratuita e generosamente em nossa vida, por Jesus Cristo, e, ao mesmo tempo, como anúncio gozoso de que todos somos filhos/filhas seus e irmãos/irmãs menores de toda criatura, queremos retomar nossa identidade missionária a fim de ir a todas as partes e dar testemunho desse Evangelho, que transformou nossa vida. Faremos isso, como aprendemos de São Francisco, dando primazia à práxis do amor e sempre em fraternidade e minoridade, elementos que imprimem nossa marca específica em cada lugar de missão para onde formos enviados. 18. O Congresso, no desenrolar de seus trabalhos, fez uso da dinâmica das “oficinas” em torno de dimensões e áreas de nossa missão evangelizadora. Os congressistas foram distribuídos por grupos em diferentes “oficinas”. Cada uma seguiu a metodologia do ver-contemplar, discernir e propor. As propostas de cada “oficina” foram apresentadas em plenário, tendo recebido acolhida e aplauso, mas não foram discutidas e votadas pela assembleia. Elas apontam para a prática do novo franciscano, desafiado à Nova Evangelização. 19. SANTUÁRIOS – lugar para a práxis evangelizadora, mediante a acolhida fraterna e a hospitalidade. • • A espiritualidade franciscana baseia-se na acolhida e escuta do próximo, como irmão e filho do mesmo Deus. Os Santuários precisam propor uma Evangelização indireta, por meio da acolhida dos romeiros. Acolher com ternura é evangelizar. Proposta de um encontro de Reitores e Párocos de pequenos e grandes Santuários, ao nível de conferência, a fim de partilhar os desafios da Nova Evangelização e aprofundar caminhos. 20. DIÁLOGO ECUMÊNICO E INTERRELIGIOSO – a Evangelização pela escuta fraterna, com os ouvidos do coração e pela partilha humilde de nossa fé. • • • • • Renovar nossa missão evangelizadora, promovendo o papel dos leigos/as em todas as nossas atividades e aproximando-nos deles, a fim de criar verdadeira comunidade eclesial. Aproximar-nos, com simpatia e respeito, das pessoas de fé e dos não-crentes. Dada a atual situação da América Latina, consideramos necessário um melhor conhecimento do pentecostalismo e das várias igrejas que se reconhecem pentecostais. O Máster de Evangelização contenha também um programa de formação e informação ecumênica. Não se pode conceber a Evangelização prescindindo da presença das demais igrejas no mesmo território. Reafirmamos a proposta do “Documento de Córdoba” (n° 5, i): nomear um irmão para o serviço do diálogo, no Secretariado de Missões e Evangelização de cada entidade da UCLAF, e comunicá-lo à SGME; participar nos Cursos que a Fraternidade de Istambul oferece, cada ano, sobre o diálogo ecumênico e interreligioso. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 30 Comunicações 21. FORMAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO – uma Evangelização que transforme as estruturas, de modo que possibilitem, prioritariamente, experiências de vida fraterna e entre os menores, tanto na Formação inicial como na permanente. a. Novos caminhos para novas práticas, em vista da nova Evangelização. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. (Lc 5,37). • Reanimar, com novo ardor, caminhos novos de conversão evangélica. • Escuta fiel da Palavra, em atitude de fé, aberta, cotidiana e comprometedora, em todos os processos formativos do irmão menor. “… e disseram um ao outro: ‘Não ardia nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32). • Experiências missionárias acompanhadas, em áreas de fronteira e amazônicas, provocadoras de opções missionárias. • No processo de formação inicial, acompanhamento da presença de leigos/as comprometidos, que apoiem o processo de estruturas mais abertas, acolhedoras, de escuta e de encontro com o outro. • A Teologia da Vida Religiosa, tanto contemplativa como apostólica, deve ser revista, a partir da experiência vital do Evangelho, recriando a cultura evangélica e o espírito missionário como fontes de toda a sua razão de ser. “Quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” (Jo 3,3). b. Retomar as considerações e os acentos assumidos no “Documento de Córdoba”: • Revitalizar, com novo ardor, o Projeto da Amazônia e recuperar a intuição do Centro Permanente de Formação e Informação dos candidatos à missão na Amazônia, com o acompanhamento de especialistas e missionários experimentados, na Região amazônica. • Revitalizar, com novo ardor, a participação no Máster de Evangelização, no Instituto Teológico franciscano de Petrópolis. c. Criar um Conselho, ou Centro Interprovincial, fixo para a Evangelização da América Latina, em vista da animação, formação, acompanhamento, assessoramento e apoio econômico às experiências missionárias na Amazônia e além-fronteiras. • Promover, mais organicamente, a animação missionária ad gentes, sobretudo em vista da África e das atuais circunstâncias na Europa. d. Impulsionar, como prioridade em todas as nossas Entidades, projetos concretos de pastoral juvenil, encontros juvenis e outros meios. e. Promover, com novo ardor e esforço, a animação do laicado, especialmente a OFS, com apoio mais eficaz a fim de a tornar missionária. “Devo reprovar-te por teres abandonado teu primeiro amor.” (Ap 2,4). 22. JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO – uma Evangelização pacífica e pacificadora, que abrace fraternalmente e faça ungir os menores da sociedade com o óleo do amor solidário e profético. • • • • Para concretizar nossa inserção nas lutas de nossos povos no cuidado pela irmã/mãe terra, propomos à Família franciscana conhecer e comprometer-se nas situações de injustiça ambiental, especialmente no que se refere à mineração. Para dar testemunho de nosso compromisso com os pobres e excluídos, as Conferências, através de um trabalho em conjunto com os animadores de JPIC e os Ministros Provinciais, assumam uma postura de apoio às questões socioambientais emergentes em cada país. Na missão compartilhada com os leigos/as, fortalecer a Espiritualidade missionária e profética, aprofundando a formação para um verdadeiro protagonismo laical, tanto na Igreja como na sociedade. Cada Conferência busque meios adequados a fim de viabilizar essa formação. Para crescer em nosso espírito de diálogo e comunhão universal, reconhecer os movimentos sociais, ONGs e outras pastorais que atuam na perspectiva socioambiental, articulando a participação ativa de religiosas/os e leigos/as. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 31 • Para superar a dicotomia, ainda existente, entre Evangelização e transformação social, insistir nos valores de JPIC, como sinal do Reino, para que sejam tomados seriamente em consideração na Formação franciscana, inicial e permanente. 23. NOVAS FORMAS – uma Evangelização fraternalmente inculturada e inserida entre os menores, como menores • • • A partir da Formação inicial, sejam incentivadas experiências junto a novas formas de Evangelização e experiências missionárias, dentro e fora das Entidades. O projeto Amazônia, como nova forma, se abra à participação dos leigos/as, da Família franciscana e outros. Proporcionar Fraternidades com as características das formas novas que, inseridas nos meios populares, participem da transformação social. 24. MISSÃO COMPARTILHADA COM OS LEIGOS/AS – uma Evangelização em comunhão fraterna de carismas e na minoridade, que nos faz interdependentes. • • • • • Superar compreensões excludentes, buscando outras que possibilitem a conversão eclesiológica, pessoal e pastoral, que facilitem o compromisso de todos/as na missão compartilhada, em vista da Nova Evangelização. (DA 365). Potenciar a Fraternidade e a dimensão fraterna dos frades e leigos/as (OFS, JUFRA e de leigos/as de espírito franciscano), num clima de diálogo em todos os ambientes e no cotidiano da vida. Garantir a continuidade dos processos e projetos, apesar da ausência ou mudança de frades ou responsáveis, sem desconsiderar o protagonismo do leigo/a. Contar com projetos formativos interdisciplinares, processuais e de acompanhamento especializado, em todos os âmbitos: humano (bio-psico-social), cristão (Pastoral, Teologia, Filosofia, Missiologia, etc.) e francisclariano (para todas as Fraternidades). Criar, promover e acompanhar espaços (lugares) de missão Ad Gentes e Ínter Gentes, animados pelos leigos/as e frades, com mediações (econômicas, jurídicas, convênios, acordos, etc.) e estruturas necessárias para sua realização. (Para Provinciais e Definitório geral) 25. “VIA PULCHRITUDINIS”, EVANGELIZAÇÃO ATRAVÉS DA ARTE – uma Evangelização da esperança evangélica e da beleza de Deus. • • • Propomos continuar com a reflexão e a animação da “Via Pulchritudinis”, criando uma página web com a finalidade de partilhar, ampliar e convidar outros a participar. Somos filhos do racionalismo. Propomos que as Entidades revejam e revisem a Formação e a Evangelização sobre a suspeita de que somente damos crédito à razão, quando, na verdade, muitas coisas passam pelo caminho do coração, pela “Via Pulchritudinis”. Se houver um próximo Congresso: a. Esta oficina continue; b. Seja um dos temas apresentados em tal Congresso; c. Se organize uma exposição de obras produzidas por irmãos/ãs. 26. POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES – uma Evangelização da itinerância fraterna, que nos leve ao seu coração; e da menoridade, que nos faz habitantes de seus horizontes. • Retomar a proposta feita no Congresso de Córdoba: - Fazer opção pelos povos indígenas, a partir da perspectiva dos documentos eclesiais latinoamericanos, com projetos concretos, em diálogo com eles, levando em conta a defesa de seu ser como pessoa, sua história, sua cosmovisão, seu território sagrado, sua língua e suas tradições. - Levar a Fraternidade provincial a fazer opção pelos Povos afrodescendentes, em particular com os mais pobres, numa atitude aberta, clara em consciência e atuação sempre em diálogo, sem desconhecer nem subvalorizar sua cultura, defendendo-a e denunciando os atropelos de que são vítimas, permitindo-lhes ser sujeitos de seu próprio desenvolvimento e autodeterminação. - Cultivar a Formação franciscana em atitude de fidelidade, diálogo e respeito para com as vocações indígenas e afrodescendentes, superando os preconceitos em relação à sua cultura e ao seu modo de ser. - Aderir ao projeto de uma Formação especializada em nossas práticas evangelizadoras e missionárias, “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 32 Comunicações através do Máster de Evangelização no Instituto Franciscano de Petrópolis (Brasil). • • • Implementar uma formação integral, permanente e específica para os frades e leigos/as, para que conheçam a realidade dos povos indígenas e afrodescendentes e realizem uma ação evangelizadora entre esses povos. Fortalecer a opção dos frades e leigos/as que atuam em situações fronteiriças, junto aos Povos indígenas e afrodescendentes, para que se possibilitem meios de articulação e intercâmbio de experiências. Realizar encontros de frades e leigos/as que atuam entre os povos indígenas e afrodescendentes. 27. EDUCAÇÃO – uma Evangelização em que o Evangelho transita prioritariamente pelos traços humanizadores de nossa personalidade fraternal, menor e profissional. • • • • Cada Conferência ajude e anime as Entidades a elaborar seu ideário e seu plano de pastoral educativa, partindo das diretrizes do documento “Ide e Ensinai”. Cada Entidade e Centro educativo fortaleça, de modo efetivo, a missão compartilhada com a comunidade educativa, incentivando um modelo de gestão franciscana e um modelo eclesial de comunhão com dimensão profética. Evangelizar a partir dos valores do Evangelho, do carisma de nosso Pai e dos sinais de identidade que configuram a essência de Francisco e dos franciscanos/as, em sua longa tradição. Portanto, destinar uma percentagem dos recursos econômicos das instituições educativas para a Evangelização. Potenciar a Pastoral vocacional, respeitando a liberdade da pessoa e reconhecendo que a vocação é dom de Deus, sem renunciar ao anúncio explícito do Evangelho, nem ao seguimento de Cristo pelo caminho da Vida franciscana 28. MISSÕES POPULARES – uma Evangelização fraterna entre o povo, que convoque as pessoas à vida com Deus e com os irmãos/ãs, no dia-a-dia. • - Para as Entidades: Os Secretariados provinciais para as Missões e a Evangelização promovam: a) em todos os irmãos, uma renovada reflexão sobre a dimensão missionária de nossa forma de vida, especialmente sobre o valor das missões populares, recuperando a riqueza da Teologia franciscana sobre a missão; b) a recuperação da missão popular que permita a participação dos irmãos/ãs, tanto jovens em todas as etapas da Formação inicial como professos solenes. • Para as Conferências: - Cada Conferência leve em conta o acordo da UCLAF 2012: a. “Cada Conferência busque os meios para uma participação efetiva dos leigos/as nas missões e o Conselho Diretor pense em formas concretas de acolher missionários leigos/as.” b. As Conferências que já têm experiências de missão em comum (Cone Sul e Brasileira) empenhem-se em mantê-las e renová-las de modo contínuo. Aquelas que não as têm, empenhemse em criar espaços de missão. • - Para a UCLAF: Continuar a busca dos modos para uma Formação missionária na América latina, Segundo os acordos das Assembleias da UCLAF de 2010 e 2012. 29. PEDAGOGIA DA EVANGELIZAÇÃO – uma Evangelização de processos, que incida nos diferentes campos da missão. • - Princípio inspirador: Num mundo de rápidas mudanças, no qual estamos imersos, um elemento fundamental da Pedagogia cristã e franciscana é o de aprender a ESTAR ENTRE E COM nossa gente, construindo juntos o Reino, numa dinâmica de constante releitura da vida de Jesus e de São Francisco, não como “mestres”, mas como irmãos/ãs e testemunhas que compartilham sua “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 33 - • experiência existencial da misericórdia de Deus. Entendemos que esse é o sentido do caminho que recentemente a Ordem vem oferecendo à Formação permanente, mediante diversos instrumentos, entre os quais o Projeto fraterno de vida e missão. Por isso propomos: Todas as Conferências de América Latina e Caribe constituam uma Equipe especializada, integrada por frades e leigos/as, para auxiliar o Secretariado de Missão e Evangelização em vista de uma Formação permanente que incida nas diversas áreas da vida evangelizadora e fraterna, de tal modo que as Províncias contem com instrumentos geradores de processos de conversão e transformação (Aparecida 365), a partir de uma visão científica, metodológica e inspiracional. 30. MEIOS DE COMUNICAÇÃO – uma Evangelização promotora da comunicação fraterna e transparente. • • • • • • As Entidades priorizem a Formação de seus frades para que sejam efetivos evangelizadores da Cultura da Comunicação, conhecendo-a a fundo e de modo profissional. Haja inclusão mais intensa de disciplinas ligadas à comunicação no processo formativo, promoção de cursos e encontros no âmbito de Províncias, Conferências e, também, da UCLAF. As Entidades reconheçam a Comunicação como prioritária frente de trabalho e invistam na Formação de frades e leigos/as para que atuem nesse campo. (Frente de Evangelização da Comunicação). Com relação aos veículos de Comunicação sob nossos cuidados, as Entidades se empenhem ao máximo na busca de um trabalho em rede, com soma total de esforços, energias e potencialidades na Evangelização pela Comunicação. (Rede Franciscana de Rádio, Sistema Franciscano de Comunicação). Como Irmãos/ãs menores, pacíficos e humildes, busquemos contribuir, com todo nosso empenho, na produção de material impresso, audiovisual e, também, com a presença nas redes sociais e na internet, para uma Comunicação pelo diálogo, pela paz e pelo respeito à criação. Nos ambientes em que atuamos, trabalhar, com todos os nossos parceiros e em nossas fileiras, a consciência crítica diante dos múltiplos apelos antievangélicos que nascem da Cultura da Comunicação, recorrendo ao apoio de especialistas, se necessário. As Conferências promovam congressos, encontros, cursos e debates que tratem da questão da Comunicação. 31. MUNDO JUVENIL – uma Evangelização familiar, nuclear e simples. • • • • Reafirmamos e confirmamos las propostas feitas em Córdoba. Ao nível das Conferências, pedimos que se organize, por Regiões ou por Conferências, um espaço para os dirigentes juvenis, frades e leigos/as, a fim de que aprofundem a análise e o estudo da realidade juvenil. Nessa área se convoquem especialistas em Sociologia, Psicologia social, Pastoral juvenil. Cremos que uma maior profundidade na análise clarifica as propostas a realizar. As Conferências e as Províncias promovam o intercâmbio de irmãos para que possam aproveitar e compartilhar as experiências já em andamento no trabalho com jovens, fora de suas Províncias. Possibilite-se que experiências já em andamento possam receber Irmãos/ãs de outras Províncias. Cada Província realize, com os meios que possui, ao menos durante um sexênio uma real OPÇÃO PREFERENCIAL PELO MUNDO DOS JOVENS, constituindo equipes, nomeando frades para esse serviço, gerando NOVOS espaços, sustentando e financiando a Formação de leigos/as e líderes juvenis... 32. PARÓQUIAS – uma Evangelização feita em fraternidade e minoridade, que constitua comunhão de comunidades e lave os pés a todos. • Estar nas Paróquias com nosso carisma, em Fraternidade e minoridade, é um programa. Isso deve contribuir para uma “conversão eclesiológica”, um modelo de Igreja e de missão mais conforme às fontes da fé, como quis o Concílio Vaticano II e como sinalizam os ensaios significativos, realizados na América Latina e Caribe: uma Igreja de irmãos/ãs, toda ministerial, Povo de Deus, “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 34 Comunicações comunidade de comunidades, de comunhão e participação. 33. AMAZÔNIA – uma Evangelização de missão ad gentes, aprovada no Capítulo geral de 2009. * Este Congresso deseja dar novo impulso ao que já se vive na Fraternidade missionária de Requena, e para isso recorda: - As Entidades e as Conferências têm o compromisso de sensibilizar os irmãos/ãs para que conheçam e adiram a algumas das formas de integração ao Projeto; - As Conferências assumiram o compromisso de propor e manter ao menos um irmão na Fraternidade do Projeto Amazônia. V. CONCLUSÃO 34. Caros irmãos e irmãs, o que temos vivido e compreendido, aqui em Canindé, o partilhamos convosco, agradecendo por vossa atenção a esta mensagem. Ao mesmo tempo, exortamo-nos mutuamente a viver em plenitude nossa vida e missão, sabendo que muitos irmãos/ãs, espalhados pelo mundo, prometeram viver o seguimento de Cristo, segundo o mesmo carisma de Francisco e Clara. Juntos, do jeito como agradar ao Senhor, poderemos ser os novos evangelizadores para a Nova Evangelização! Confiamos esse novo compromisso à proteção de Maria, nossa Senhora, invocada com muitos nomes pela devota fantasia dos povos de nosso Continente latinoamericano: Ela, que é a Estrela da Evangelização, seja nosso modelo no estar próximos de Jesus e em doá-lo generosamente a todos. Marcamos encontro em Assis para o Primeiro Congresso Internacional de Missões e Evangelização, ao qual são convidados todos os responsáveis provinciais pelas Missões e Evangelização de cada Entidade da Ordem. Até Assis, em maio de 2014! De São Francisco das Chagas a São Francisco de Assis! Canindé, Ceará, 27 de abril de 2013 “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 35 NOTÍCIAS DO CUSTÓDIO E SEU CONSELHO 1. Frei Sílvio José dos Santos fez o pedido para a ordenação diaconal. O Custódio está encaminhando as consultas formais, para depois dar uma resposta ao seu pedido. 2. Frei Neuzimar Santana Campos e Silva fez o pedido para a profissão solene. O Custódio está encaminhando as consultas formais, para depois dar uma resposta ao seu pedido. 3. Diversos frades da Custódia participarão da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, RJ, de 23 a 28 de julho de 2013. 4. Frei André Luiz Nascimento dos Santos e Frei Sílvio José dos Santos participarão do Seminário Economia Fraterna, organizado pela CFMB, em Salvador, BA, de 05 a 09 de agosto de 2013. 5. Frei Eurico Alves da Silva participará do Congresso Internacional para os Secretários Provinciais para a Formação e os Estudos, das Províncias e Custódias Autônomas. O Congresso será celebrado em Santa Maria dos Anjos, nas imediações da Porciúncula, em Assis, Itália, de 08 a 22 de setembro de 2013. 6. Frei Rinaldo Aparecido Santiago e Frei Valdemilson Santos da Silva participarão III Encontro Nacional de Irmãos Leigos da CFMB, em Lagoa Seca, PA, de 31 de outubro a 03 de novembro de 2013. 7. Frei Jorge Elsing escreveu da Alemanha: “Não me esqueço do Brasil, de Mato Grosso, de Campo Grande, dos confrades, das pessoas preciosas da Matriz, das Comunidades, Vicentinos, Legionários, Neo-Catecumenato etc.” Ele retornará de suas férias para Campo Grande dia 07 de agosto de 2013. 8. Com a aprovação dos Estatutos Particulares da nossa Custódia, os Estatutos Peculiares dos diversos Secretariados da Custódia deverão ser revisados. O Conselho Custodial confiou esta revisão aos respectivos Secretariados. OUTRAS NOTÍCIAS 9. De 21 a 27 de abril de 2013, em Canindé, CE, Frei Aguinaldo Santana Pereira, Secretário Custodial para Missões e Evangelização, e Frei Éterson Antonio Terce, Vigário Custodial, participaram do II Congresso Missionário Franciscano da América Latina e do Caribe, que contou com a presença de 113 Frades, 7 Religiosas e 24 leigos e leigas, Delegados das Províncias, Custódias e Fundações de 14 países. O tema refletido foi o da “Evangelização, razão de ser de nossa Ordem”, segundo a mensagem final do encontro: “Novos Franciscanos para a nova Evangelização”. 10. Depois que Frei José Rodriguez Carballo foi nomeado pelo Papa Francisco como Secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, Frei Michael Anthony Perry, até “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 36 Comunicações então Vigário Geral, foi eleito, pelo Definitório Geral, no dia 22 de maio de 2013, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores. Através de e-mail de 09 de julho de 2013, Frei Nestor Inácio Schwerz, Definidor Geral para a América Latina, fala da eleição do novo Vigário Geral: “Caríssimo irmão ministro, secretário, confrade, paz e bem! Comunico que nesta manhã (9 de julho de 2013), no Convento/eremitério Speco di Narni, elegemos para Vigário Geral até o próximo Capítulo Geral Frei Julio César Bunader. Fizemos primeiro um discernimento e uma reflexão sobre aquilo que o Ministro geral Frei Michael espera e precisa da parte do Vigário neste seu período de Ministro geral e consideramos os compromissos e envolvimentos dos Definidores, com a ideia de não eleger um substituto para o Definidor eleito a Vigário. Desejamos ao Frei Julio um serviço profícuo e que seja confrade companheiro muito próximo do Ministro geral. Contamos com as orações de vocês. Por intercessão de S. Francisco, Deus, o Sumo Bem, continue abençoando toda a Ordem, e em especial derrame suas graças sobre os próximos eventos importantes que estão por acontecer. Abraço fraterno e amigo. Frei Nestor Inácio, OFM - Definidor geral.” “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 37 Freis Fernando, André Luiz, Nícolas, Neuzimar e João Mário Para ficar registrado: RENOVAÇÃO DA PROFISSÃO RELIGIOSA Estimados irmãos, Paz e Bem! Que esta vos encontre perseverantes na fé. Em comunhão com toda nossa Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora, nos alegremos em partilhar este momento tão importante para toda nossa entidade. Trata-se da renovação dos votos dos nossos confrades Frei Fernando dos Reis Moura, Frei Neuzimar Santana Campos e Frei Nícolas Rafael Lopes da Silva, e também a reintegração na Ordem dos Frades Menores através da Primeira Profissão de Frei André Luiz do Nascimento de Souza e Frei João Mário Barbosa Machado, que aconteceu às 19h30 do dia 22 de Fevereiro deste ano, durante a Celebração Eucarística na Igreja São Francisco, em Campo Grande. Gostaríamos de relatar alguns fatos importantes que contribuíram para a consumação e bom êxito da celebração, profissão e renovação dos votos (sem nada de próprio, castidade e obediência) dos nossos confrades. Iniciamos o nosso dia com um fraterno café da manhã. Logo após, partimos para o “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 38 Comunicações Hospital São Julião para um dia de recolhimento, conduzido por Frei Wanderley Gomes de Figueiredo, OFM. Nosso recolhimento começou às 07h30 com um momento de oração, que muito nos animou e fortaleceu para a continuidade da nossa experiência de recolhimento. Em seguida, nossa atenção voltou-se para a reflexão sobre a importância dos votos e a relação de poder, que exercemos ao assumir a vida religiosa consagrada. Depois partimos para um momento de deserto e interiorização. Às 11h, retornamos do nosso momento reflexivo, para uma construtiva partilha das experiências individuais do nosso deserto. Após esta partilha, nos conduzimos para o refeitório do Hospital São Julião, onde, junto com as Irmãs e funcionários do hospital que ali atuam, participamos de um delicioso almoço fraterno. Por volta das 13h, retornamos para a nossa fraternidade no Convento São Francisco, onde nos encontramos com nosso Custódio Frei Roberto Miguel do Nascimento. Discutimos os últimos detalhes do rito de profissão e renovação dos votos. As 19h30, iniciamos nossa celebração eucarística presidida pelo Frei André Luiz Nascimento dos Santos e concelebrada pelos Freis Wanderley Gomes de Figueiredo, Roberto Miguel do Nascimento, Lúcio Dupont, Leodir Carraro, José Sérgio dos Santos de Oliveira (Diácono). Estiveram conosco também os nossos confrades Frei Valdeir Aparecido de Souza, Frei Sílvio José do Santos, Frei Valdemilson Santos da Silva e os familiares do neo-professo Frei André Luiz do Nascimento de Souza (avó, mãe, irmão e cunhada), e os nossos irmãos e irmãs membros da Paróquia São Francisco, da OFS, das Irmãs Aparecidinhas e Catequistas Franciscanas. Logo depois da nossa celebração, nos reunimos com muita alegria no refeitório do Convento São Francisco para um divertido e fraterno recreio. Assim encerramos nosso dia, com a certeza que reafirmamos o nosso compromisso e nossa alegria de seguir o Cristo pobre, sofredor e crucificado a exemplo de São Francisco de Assis. Alegres e comprometidos porque, ao olharmos para trás, veremos a continuidade marchando em passos fortes para se colocar a serviço de Deus, da Santa Igreja e do povo de Deus, na Ordem dos Frades Menores. Pois é na continuidade que percebemos de modo elucidado que a vida religiosa franciscana vale a pena! Frei André Luiz do Nascimento de Souza “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 39 Notícias do Postulantado 2013 – Da Quaresma à Festa da Visitação de Nossa Senhora – Durante o mês de Março, vivemos intensamente o período quaresmal, iniciando com um retiro na Quarta-feira de Cinzas pregado por frei Joaquim (nosso mestre). Tivemos grande alegria com a eleição do novo Papa. Tivemos também o retiro sobre a quaresma como tempo do “deserto” pregado pelo frei José Ricardo, de Ribeirão Preto. Na Semana Santa, participamos, na belíssima Catedral de Franca, da Missa do Crisma, que foi presidida pelo bispo emérito de Franca, Dom Diógenes Matthes, visto que a diocese está vacante. Após a celebração, fomos a um delicioso almoço oferecido pela catedral aos padres, diáconos e religiosos. À noite, realizamos uma Ceia Ágape com direito a cenário e vestimentas judaicos, além do carneiro com ervas amargas e todos os rituais desta noite tão especial para o mundo semítico. Durante a semana, bem como o Tríduo Pascal, celebramos no Convento com a participação de membros da OFS. Na quarta-feira à noite, participamos da Procissão das Dores na Paróquia São Judas Tadeu. Uma procissão muito bem preparada, que contou com um enorme número de fiéis. Na sexta-feira, pela manhã, assistimos também na paróquia a Encenação da Paixão do Senhor, evento consagrado na cidade e realizado pelos jovens da paróquia; e durante a noite, participamos da Procissão do Senhor Morto, com participação maciça de fiéis. Com certeza, foram momentos de profunda meditação sobre os últimos momentos da vida de Cristo, bem como sua gloriosa Ressurreição. Na segunda-feira após a Páscoa, fomos para a cidade de Garça participar da Pascoela da Custódia do Sagrado Coração de Jesus. Passamos em Marília, onde pudemos conhecer as santas virgens Clarissas, que nos receberam com uma cativante alegria pascal. Logo após, continuamos o caminho e chegamos para a janta em Garça. Na terça-feira, fomos para um rancho, cujo nome realmente faz jus ao local: “Pedacinho do céu”, onde foi realizada a Pascoela. Embora a chuva não desse trégua, aproveitamos bem a “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 40 Comunicações piscina coberta e aquecida, além de um delicioso churrasco. Quase todos os frades estavam lá. À noite, voltamos para Garça, dormimos e na quarta-feira bem cedo voltamos para Franca. O mês de Abril foi bem calmo, com as atividades ordinárias do convento, exceto pelo leilão de gado ocorrido no dia 14. Todos da casa, e muitos de fora também, estiveram voltados para o evento, que foi um verdadeiro sucesso. Além disso, no mês de Abril, tivemos um retiro com frei Nivaldo, de Olímpia, sobre o livro de Jonas. No primeiro fim de semana de Maio, houve, aqui no convento, uma confraternização com nossos familiares, pelo Dia das Mães. Vieram minha família, as famílias do Alef, do Ampélio, do frei João e a mãe do Wagner. Foi, sem dúvidas, um momento de grande alegria para nós termos nossos familiares em nossa casa. Realizamos uma super noite cultural no sábado à noite e um delicioso churrasco no domingo, regado a muita alegria e afeto. Na quinta-feira, dia 23, visitamos o Mosteiro dos Monges Cistercienses e a casa das Irmãs Cistercienses na cidade de Claraval, MG. Uma tarde muito prazerosa e edificante. Na segunda-feira, dia 27, finalmente a irmã chuva voltou a nos visitar. Na Solenidade de Corpus Christi, participamos da Celebração Eucarística na Paróquia São Judas Tadeu, e logo após tivemos um delicioso café da manhã oferecido pela Paróquia. Celebramos a festa da Visitação de Nossa Senhora em nossa capela conventual, encerrando este abençoado mês mariano e dando início ao JUNINTER do Regional de Marília em nossa residência. Um abraço fraterno. Jefferson Danilo Santos Ferreira, Postulante. Franca, SP, 01/06/2013. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 41 NOTÍCIAS DO POSTULANTADO – JUNHO 2013 – Irmãos e irmãs, Paz e Bem! O mês de junho foi um mês de muitas atividades em nossa fraternidade no Convento Santa Maria dos Anjos, em Franca – SP. Iniciamos nossa maratona junina nos dias 31/05 a 02/06. Preparamos a casa para receber nestes dias 34 participantes do JUNINTER – CRB-SP, onde foi refletido o tema “ANO DA FÉ”, assessorados pelo Frei Nilo Agostini, cabendo a nós, postulantes e frades, dar as condições para poderem ter um bom aproveitamento desse momento formativo. Ajudamos a preparar as refeições e também cuidamos da manutenção da limpeza no convento. Já na segunda-feira, dia 03/06, começamos os preparativos para a tradicional quermesse de Santo Antônio em prol do Convento Santa Maria dos Anjos. A quermesse aconteceu nos dias 07 a 09/06 com grande participação das pastorais e movimentos da Paróquia São Judas Tadeu (Franca - SP) e da Paróquia Santa Cruz (Ribeirão Corrente - SP) que, além de trabalharem, participaram de todas as atividades religiosas (terço e missa) e festivas (leilão e barracas de alimentação). Foi bonito de se ver a integração e a animação de todos e todas que ajudaram, sem medir esforços, para a realização da quermesse. Terminada a quermesse, partimos para a outra atividade importantíssima, pois Frei Berardo Paolino aguardava essa data e contava-a nos dedos há mais de 3 meses. Foi a comemoração de seu centenário! Foi a festa do Bambino Centenário, o último do grupo dos primeiros italianos que chegaram em 1948 para a futura fundação da Custódia do Sagrado Coração de Jesus. No dia 11/06, a casa amanheceu em clima de festa e alegria e de visitas bem cedinho e se prolongou com almoço festivo com a presença de frades de toda a Custódia e, à noite, com uma missa presidida pelo Custódio Frei Flaerdi Silvestri Vavassori e concelebrada por vários frades e padres da diocese bem como a presença de dois bispos – Dom Frei Irineu Andreassa, bispo da Diocese de Jales – SC e Dom Diógenes Silva Matthes, bispo emérito da Diocese de Franca – SP. Logo depois, a comunidade paroquial ofereceu um grandioso e delicioso jantar. Frei Berardo, no auge dos seus 100 anos de vida, ainda teve forças para terminar o mês de Junho celebrando seu aniversário em todas as paróquias da Custódia. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 42 Comunicações Frei Berardo Paolino e postulantes Depois da festa, findamos a semana colocando a casa em ordem e organizando as malas para viajar para o 2º Encontro Interprovincial, que aconteceu em Campo Grande – MS, e, na semana seguinte, uma semana de formação sobre a história da nossa Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora. Nossa viagem foi diferente para quem pela primeira vez viajou de avião. Viajamos Frei João Bóga, Alef Henrique Pavini, Ampélio Geraldo Rodrigues Celestino da Silva (Custódia Sagrado Coração de Jesus), Jefferson Danilo, Fagner Schimidt e Wagner José da Rosa (Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora). Jefferson passou um pouco de nervoso, mas depois de umas gotas de Rivotril dadas por uma senhora que no aeroporto de Ribeirão Preto percebeu sua ansiedade, sentiu-se melhor e, logo depois da primeira decolagem, já estava bem. Saímos pela manhã do dia 15/06 e, no meio da tarde, pousamos em Campo Grande – MS. No meio da tarde do domingo, dia 16/06, chegaram os postulantes de Anápolis - GO (Evando Carlos Rodrigues, Carlos Antônio Pereira, Danilo Lima da Silva, Diego de Faria Santos, Lucas de Souza Lobo e Renildo Belarmino Silva) e Frei Sérgio Henrique Resende Gonçalves. Nesta mesma noite, Fagner Schimidt Silva comunicou seu desligamento do processo de formação e se despediu da turma. Às 22h pegou o ônibus para Rondonópolis e depois para Nova Canaã do Norte, onde reside sua família. Na segunda-feira, dia 17/06, iniciamos o processo de formação com o tema “O Reino de Deus”, assessorados por Frei Jorge Vasconcelos dos Santos. Tivemos também neste período algumas conversas de dupla para podermos nos conhecer melhor e já iniciar o processo de integração em vista do noviciado interprovincial em Catalão – GO. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 43 Dentro da proposta dos encontros interprovinciais, está conhecer as atividades sociais realizadas pelos frades da Custódia. Fomos então visitar o Centro de Saúde São Francisco, no Bairro Nova Lima, e o Hospital São Julião, coordenados por Frei Wanderley Gomes de Figueiredo. Visitamos ainda o Museu das Culturas, no Parque das Nações Indígenas, e a Feira Central de Campo Grande. No dia 21/06, viajamos para Rio Brilhante. No meio do caminho, encontramos a estrada fechada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores(as) Rurais Sem-terra). Fizemos então um caminho de estrada de chão entre Anhanduí e Rio Brilhante, caminho que o postulante Wagner José da Rosa já conhecia. Chegamos com mais de 2 horas de atraso, mas tomamos o café da manhã em Rio Brilhante. Na parte da tarde, fomos conhecer o Instituto Santa Isabel da Hungria, coordenado por Frei Érico Renz e depois a Fazenda da Esperança, onde Frei Éterson Antônio Terce é o presidente. Celebramos a Santa Missa com os internos e tivemos um recreio preparado por eles, com a degustação de deliciosas pizzas que prepararam. Dormimos na Fazenda. Na manhã do sábado, partimos para Dourados para visitar o Mosteiro das Irmãs Clarissas e conhecer a Paróquia São José Operário, onde almoçamos uma deliciosa macarronada e logo pegamos a estrada para Campo Grande novamente. Na madrugado do domingo, nos despedimos dos goianos. Frades, postulantes e irmãs Clarissas, no mosteiro em Dourados. Na semana de 24 a 29/06, entramos em contato com a história da nossa Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora. Freis Valdemilson Santos da Silva, Nícolas Rafael e André Luiz Nascimento de Souza nos assessoraram e pudemos conhecer nesta semana um pouco sobre nossa história enquanto Missão Franciscana. Nesta semana, tivemos também uma integração com os frades da fraternidade e desenvolvemos algumas atividades, como jardim e horta. No sábado, dia 29/06, tivemos um confraternização com frades, vocacionado e benfeitores da Custódia que residem em Campo Grande. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 44 Comunicações Ainda no sábado, Jefferson Danilo Santos Ferreira e Wagner José da Rosa viajaram para Rondonópolis. Jefferson para família e Wagner para fazer exames médicos. Nesta mesma noite, Ampélio Geraldo Rodrigues Celestino da Silva pegou o ônibus para Andradina – SP, sua cidade de origem, ficando somente o Alef Henrique Pavini e frei João Bóga, que embarcaram no domingo de manhã para Ribeirão Preto. Colocamos aqui um pouco de nossas atividades do mês de Junho e neste momento estamos em convívio familiar, que durará até o dia 29/07, data em que estaremos retornando para Franca – SP para continuidade de nossa caminhada de formação. Abraços e um fraternal Paz e Bem! Rondonópolis, 1º de Julho de 2013. Jefferson Danilo Santos Ferreira Wagner José da Rosa ..................................................................................................... NOTA DE AGRADECIMENTO Estimados confrades, Paz e Bem! Nós, frades estudantes de Teologia em Petrópolis, queremos, através deste comunicado, agradecer ao nosso Custódio Frei Roberto Miguel do Nascimento e ao Conselheiro Custodial e Secretário para a Formação e os Estudos Frei Eurico Alves da Silva, pela última visita fraterna ocorrida nos dias 04 e 05 de Junho [2013]. Essas visitas são fundamentais, porque nos ajuda a renovarmos as forças para continuar trilhando o caminho do tempo da Teologia. Que Santo Antônio interceda pela Custódia e por estes irmãos que não mediram esforços para partilhar conosco um pouco do que vocês vêm vivendo em terras pantaneiras. Saudações fraternas, Frades Estudantes de Teologia. Petrópolis, 20 de Junho de 2013. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 45 `£á wx `t|É ÇÉ aÉä|v|twÉ “Mamma Solo Per te La mia Canzone Vola”(Luciano Pavarotti). Após chegarmos de uma profunda experiência de eremitério, descemos, reluzentes por dentro e por fora do amor de Deus que se manifesta naqueles que o buscam. Cheios de novidades, nos juntamos ao restante do grupo para iniciarmos o mês de maio com belas canções e muita alegria. Com a canção “Mamma”, iniciamos o mês, mês das mães e de Nossa Senhora, Mãe de Deus e dos homens. Apresentamo-nos em coral em um recital lítero-musical pelo dia das mães, organizado por um dos paroquianos. Momento de muita emoção, principalmente porque fomos acolhidos pela mãe de um dos confrades noviços de Rodeio. Este gesto de carinho e afeto nos mostra que a mãe de um frade é a mãe de todos. Também neste mês houve a inauguração e bênção dos vitrais de nossa matriz, que fazem memória de nossa fé, ajudando assim na catequese do povo e também em nossa conversão diária. Neste mês devotado a Maria, nós participamos das missas noturnas junto com a comunidade, celebrando com eles a Mãe de nosso Salvador, cantando a ladainha de Nossa Senhora, momento forte de devoção, onde clamamos pela intercessão da Virgem com melodias marcantes em latim. No mais, podemos dizer que foi um mês marcado por solenidades e por momentos fortes de fé e devoção - que são difíceis de descrever, pois só podem ser vividos -, nos ajudando na construção de nosso “ser religioso” e nos animando vocacionalmente a rezar de coração puro e sincero, manifestando sempre a humildade de servos do Senhor. Que Maria santíssima interceda por nossa caminhada e rogue com amor de Mãe por todos nós junto ao Pai! Rodeio, SC, 02 de junho de 2013. Fraternalmente, Frades Noviços “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 46 Comunicações NOTÍCIAS DO NOVICIADO – JUNHO Caríssimos irmãos de nossa Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora, é com terna alegria que partilhamos o decorrido mês de Junho. Após o término da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (30 de maio), iniciamos o mencionado mês na expectativa da celebração festiva em louvor a Santo Antônio, que celebramos terça-feira (11) na parte da manhã com os cantos próprios e, no dia 14 (sexta-feira), comemoramos o aniversário do Frei Jorge Henrique Lisot Camargo, com o costumeiro cartão e cumprimentos. E, no Sábado, nos confraternizamos no “Arraiá do Seu Chicó”, nossa tradicional festa junina, com músicas, comidas e bebidas casuais. Tivemos matança de um bovino, que ocupou um bocado de frades noviços com direito, depois, de uma “Jinguinga”, uma comida feita de miúdos do boi, típica de Angola. Em outra semana, tivemos um intensivo de música com Frei José Luiz Prim, muito proveitoso, com bons resultados. No dia 29, tivemos a “Lectio Divina”, como em todo o último sábado do mês, com o grupo reunido. Durante o mês de junho, ensaiamos os cantos para a liturgia da missa de ordenação presbiteral de Frei Jeâ Paulo Andrade, como “coral dos noviços”. No Domingo, dia último do mês, realizou-se o “Recreião”, com bolo dos aniversariantes do dito mês. Esperamos também a chegada dos freis que iniciariam o retiro de profissão solene, com a presença de nosso confrade Frei Neuzimar Campos e dos frades da Província da Santa Cruz-MG, Santíssimo Nome de Jesus-GO e da Imaculada Conceição do Brasil. Rodeio, 09 de Julho de 2013. Fraternalmente, Frades Noviços. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 47 “REAVIVAR O DOM DA VOCAÇÃO” “Reavivar o dom da vocação” é uma possibilidade de Formação Permanente, inicialmente proposta pela Conferência dos Ministros Provinciais do Brasil (CFMB) e atualmente assumida por toda a Ordem dos Frades Menores. É uma peregrinação por locais marcantes da Igreja em Roma, pelos lugares franciscanos e pela Terra Santa. Tem como público alvo, preferencialmente, os frades que estão completando 25 anos de vida religiosa franciscana. Um presente, uma oportunidade rara, momento de renovação, revigoramento, celebração, confirmação e gratidão. Neste ano de 2013, durante o mês de maio, 20 frades do Brasil peregrinamos rumo a essa experiência. Uma vivência forte e marcante. Da nossa Custódia ganhamos esse presente eu e frei Dario Taffarel. Tivemos inicialmente dois dias reunidos em São Paulo para estudarmos um pouco de história franciscana, dos lugares franciscanos, um pouco de história da Igreja e dos lugares Santos em Roma e Terra Santa. Ao final desses dois dias, na Igreja São Francisco, tivemos uma celebração eucarística de envio. Após a introdução em São Paulo, seguimos para a experiência realizada em três etapas: Roma, Lugares Franciscanos e Terra Santa. Nas duas primeiras etapas tivemos como guia Frei Beto Breis, empolgado conhecedor de história medieval e da espiritualidade franciscana. Com cuidado e clareza, nos apresentou Roma e os lugares franciscanos. Na Terra Santa, foi nosso guia Frei Geraldo Van Bul, conhecedor da Bíblia que, com dedicação, nos acompanhou pelas terras das origens do cristianismo. Em Roma, a Cidade Eterna, mergulhamos na História da Igreja. Segundos as fontes, Francisco, muito provavelmente, visitou esta cidade por pelo menos quatro vezes: em 1206, visita o túmulo de São Pedro (2Cel 8); em 1209, para pedir a aprovação da Regra ao Papa Inocêncio III (2 Cel 16 – 17); por ocasião do Concílio de Latrão, em 2015 (2 Cel 148 – 150); e por ocasião da aprovação da Regra Bulada, em 29 de novembro de 1223, pelo papa Honório III (2 Cel 209). Dentre os lugares visitados em Roma em nossa peregrinação, está a Basílica de São João do Latrão, antiga sede da Cúria Pontifícia, imponente e um dos lugares mais frequentados por Francisco em suas idas à Cidade Eterna. Na Basílica de São Pedro, além da visita ao seu interior, tivemos a oportunidade de participar (no dia de meu aniversário) da missa presidida pelo cativante Papa Francisco. Nós o encontramos também na Basílica dedicada à Mãe de Deus, “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 48 Comunicações Santa Maria Maior, para a reza do terço. Na Basílica de São Paulo, edificada fora dos muros de Roma, segundo antiga tradição, o apóstolo das nações foi sepultado. Houve tempo para uma visita à Cúria Geral dos Frades Menores e um colóquio com o ainda vigário, Frei Michael Perry. Em Roma, pudemos refletir sobre os pilares da nossa fé e sobre a eclesialidade de Francisco de Assis. O segundo momento da visita foram os lugares franciscanos. Primeiro, fomos a Assis e arredores, visitando todos os lugares importantes na vida de Francisco, desde seu nascimento até sua morte. Fizemos um dia de retiro no eremitério de Cárcere, no alto da montanha, lugar de inspiração, reflexão e oração. Lugar de dois grandes encontros: com Deus e consigo mesmo. Visitamos a pequena grande Porciúncula, edificada no vale, onde viviam os pobres e os desprotegidos doentes, aos pés da cidade de Assis. Um lugar que nos faz viajar no tempo até às origens da Ordem. Chama a atenção a quantidade de peregrinos em Assis e a espiritualidade do povo na Porciúncula. Particularmente centenas de jovens de todo mundo, em todos os lugares por onde Francisco passou. Encanta perceber como Francisco era andante. Sempre caminhando. Ora nas montanhas, o lugar do encontro com Deus e o lugar da oração, e ora no vale, o lugar do trabalho, da missão, do anúncio, o lugar do encontro com o irmão (Rivotorto), o lugar da conversão. Após um tempo em Assis, rumamos ao Vale de Rieti. Nessa região belíssima, estão lugares marcantes da nossa história franciscana por onde Francisco passou. Ficamos hospedados em Greccio, santuário edificado no local onde Francisco, em 1223, celebrou o Natal e criou o presépio vivo. Fizemos um dia de retiro em Fonte Colombo, local onde Francisco escreveu a Regra Bulada (1222 e 1223) e onde foi para tratamento de enfermidade nos olhos (1225 ou 1226). Neste local, durante a celebração eucarística, fizemos a renovação da nossa Profissão Religiosa Franciscana. Momento emocionante e marcante. Passamos por Pogio Bustone, local cravado numa montanha em que São Francisco passou por uma crise interior e adquiriu a certeza da misericórdia de Deus e a clareza da missão (1Cel 26 -28). Os últimos dias nos lugares franciscanos foram vividos no Monte Alverne. Fomos carinhosamente acolhidos no Convento. Viajamos no tempo. Por lá passaram também Antônio e Boaventura. Convento antigo e grande, acolhe peregrinos e é casa de noviciado. Caminhamos e rezamos na montanha em que Francisco subiu várias vezes e local em que o Santo, que antes havia encontrado o Cristo no leproso e no crucifixo de São Damião, encontra no seu próprio Corpo com o Cristo crucificado: recebe os estigmas. O terceiro momento da nossa peregrinação foi a Terra Santa. Dois momentos tensos: a chegada ao aeroporto em Tel Aviv para entrar em Israel e a saída de Israel, no aeroporto, por conta dos rígidos protocolos de segurança seguidos pelos seguranças israelitas. Muito emocionante passar pelos lugares onde Jesus passou e viveu. Este espaço é pequeno para contar tudo de bom que se passou conosco na Terra Santa. Apenas nomeio alguns lugares por onde passamos e hospedamos. Estivemos em Ein Karen, terra de João Batista e Santuário da Visitação. Celebramos Pentecostes com os frades em Jerusalém e fomos ao local do cenáculo (momento da oração do Pai nosso – cada um dos presentes do mundo inteiro, rezando em sua própria língua, foi pura emoção. Sentimos um pouco do que os discípulos sentiram no início da Igreja). Visitamos Belém: Gruta de Belém, Gruta da Natividade, Gruta do leite (segundo a tradição, a Sagrada Família se abrigou numa gruta, para que Maria pudesse amamentar o seu filho); Betânia (casa de Marta e Maria, lugar onde Cristo ressuscitou Lázaro). Fizemos um retiro num deserto da Judeia. Visitamos o Rio Jordão, onde Jesus foi Batizado (aí renovamos as Promessas do nosso Batismo), as Grutas de Qumram, e Jericó (aí avistamos o monte onde Jesus “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 49 foi tentado). Em Jerusalém, fomos ao local onde Jesus ensinou a rezar o Pai-nosso e no Getsêmani (o lugar da agonia), rezamos a via-crucis por onde Jesus sofreu a flagelação. Na região da Galileia, visitamos os lugares da multiplicação dos pães, da pesca milagrosa, do primado de Pedro, Cafarnaum e a Igreja das Bem-aventuranças. Fizemos um passeio de barco no Mar da Galileia (belíssimo, possui 22 por 13 km), Caná da Galileia, a Basílica da Anunciação. Passamos pelo Monte Tabor, lugar da Transfiguração de Jesus (no dia da Santíssima Trindade), Akko (cidade conhecida como porta de entrada dos franciscanos). Fizemos um passeio de barco pelo azul e agitado Mar Mediterrâneo. Fomos a Haifa e visitamos o Monte Carmelo (Stella Maris), Cesareia, Emaús. De volta a Jerusalém conhecemos e rezamos no Muro das Lamentações, fomos à Esplanada do Templo, visitamos os bairros mulçumanos, judeus e cristãos e participamos de Corpus Christi no Santo Sepulcro (aqui percebemos que, por mais que tenhamos buscado a unidade entre os cristãos, ainda temos um longo caminho a percorrer). Frei Dario relata a seguinte impressão ao passar pelo Getsêmani: “... vivemos à sombra do que aconteceu há dois mil anos... à sombra dos passos de Jesus. Lembrei-me do envio de Jesus, que disse: ide pelo mundo e anunciai o evangelho a todos os povos. Ver tantas caravanas de peregrinos entrando na Cidade Santa, Jerusalém, é como uma resposta a esse envio de Jesus. Realmente a mensagem chegou aos confins da terra... a semente semeada nos corações de muitos germinou e cresceu... e muita semente há de germinar!”. A convivência entre os frades participantes da experiência e pelos conventos por onde passamos foi muito proveitosa e rica. Ver os lugares com os olhos da fé emociona e amadurece. Tanto na Itália quanto na Terra Santa, fomos muito atenta e carinhosamente acolhidos pelos confrades nos diferentes conventos por onde passamos. Tivemos grandes momentos de encontros e confraternização. Tanto eu quanto frei Dario podemos dizer que muito mais que reavivar o dom da vocação, fomos celebrar este dom, confirmar e afirmar este dom, renovar (renovamos as promessas do Batismo e a profissão religiosa franciscana). Graças a Deus, podemos celebrar nossos 25 anos de vida religiosa com alegria e satisfação! A vocação é realmente um dom de Deus para nós! Sabemos que, realmente, fizemos a escolha certa para nós. Nossa gratidão aos confrades da Custódia e a toda Ordem por nos proporcionar esta experiência extraordinária e maravilhosa! Frei Wanderley Gomes de Figueiredo, OFM “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 50 Comunicações A Ordenação Presbiteral de Frei Jorge Vasconcelos dos Santos Bispo ordenante: Dom Frei Leonardo Steiner, OFM Igreja Nossa Senhora de Guadalupe – Cuiabá, MT, 26 de maio de 2013 “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 51 Tríduo, Ordenação e Primeira Missa de Frei José Sérgio dos Santos de Oliveira Frei José Sérgio viajou para Guaratinguetá, SP, sua terra natal, no dia 09 de Junho, para sua ordenação presbiteral. Tríduo Nos dias 11, 12 e 13 de junho de 2013 houve um tríduo preparatório com um tema geral: “Agora, portanto, permanecem estas três coisas, a fé, a esperança e a caridade. Porém, a maior delas é a caridade” (1Cor 13, 13). No dia 11 de Junho, foi à sua comunidade, a Comunidade do Bairro São Bento, onde ele passou por algumas casas dando a bênção. À noite, às 19h, primeiro dia do tríduo, houve a Santa Missa, presidida pelo Frei Claudino Dalmago, OFM, do Seminário Frei Galvão, que também foi professor de frei José Sérgio, no Seminário Santo Antônio de Agudos, SP. O tema foi: “O Sacerdócio e a fé”. A participação do povo, do amigo Frei Antenor Camilo, também do Seminário Frei Galvão, dos familiares e postulantes também animaram a celebração. No final da celebração, foi dado um testemunho sobre a vocação de frei José Sérgio por seu irmão Jozemar dos Santos de Oliveira. No dia 12 de Junho, o segundo dia do tríduo foi na Comunidade de Santa Rita, às 19h. Houve a celebração da Santa Eucaristia presidida pelo pároco, Padre José Carlos de Melo, conhecido como Padre Carlinhos, amigo de turma do frei José Sérgio. O tema: “O Sacerdócio e a esperança”. Participação do amigo Frei Antenor Camilo, de alguns postulantes, do povo daquela comunidade e, no final, o testemunho da senhora Neusa Meirelles, que ajudou muito a frei José Sérgio como benfeitora. No dia 13 de Junho, Frei José Sérgio participou da Santa Missa na Catedral, presidida por Dom Raymundo Damasceno Assis e concelebrada por alguns padres da Arquidiocese de Aparecida, pela ocasião da festa do padroeiro de Guaratinguetá, Santo Antônio, e o aniversário da cidade. Dom Raymundo lembrou em sua homilia sobre a ordenação do frei José Sérgio, que aconteceria no próximo sábado, 15 de junho. À tarde, frei José Sérgio foi à procissão de Santo Antônio. Às 19h, o terceiro dia do tríduo foi na Comunidade de Santa Luzia, onde houve a celebração da Santa Eucaristia presidida pelo Padre André Gustavo, irmão do nosso frei Rogério, também amigo de turma de frei José Sérgio. O Tema: “O Sacerdócio e a caridade”. Participação dos confrades Frei Antenor Camilo e frei Wilson Steiner, de um seminarista, do povo daquela comunidade e, no final, o testemunho da senhora Maria Aparecida Silva, que conhece frei José Sérgio desde sua infância. No dia 14 de Junho, às 19h, Frei José Sérgio participou na Igreja Paroquial do Puríssimo Coração de Maria, no início do primeiro dia da novena de sua padroeira. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 52 Comunicações Dia da Ordenação No dia 15 de Junho, nesta mesma Igreja citada acima, às 17h30, dois grupos de Moçambique, danças religiosas e culturais das cidades vizinhas de Cunha e Lorena, fizeram sua apresentação em frente da igreja, abrilhantando a festa. Após a missa, também ainda fizeram algumas apresentações para os visitantes. Às 19h, teve início a Solene Celebração Eucarística, onde Frei José Sérgio foi ordenado presbítero pela imposição das mãos e oração consecratória do Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, SP, presidente da CNBB. Abrilhantou a celebração o Coral vindo da Catedral de Nossa Senhora da Piedade, da Diocese de Lorena. Contou com a presença de visitantes vindos da Paróquia São José, de Itaporã (dois ônibus), fiéis e membros da OFS de Campo Grande e Cuiabá, seu pai Antônio de Oliveira Neto e seu irmão Jozemar dos Santos de Oliveira Monteiro e familiares, Frei Roberto Miguel do Nascimento, nosso custódio, confrades vindos de nossa Custódia, os cincos confrades de nossa entidade que estão cursando a teologia em Petrópolis junto com o nosso novo visitador Frei César Külkamp, sacerdotes franciscanos e diocesanos, diáconos, religiosas e religiosos, postulantes, seminaristas, Irmandade de São Benedito de Guaratinguetá, da qual frei José Sérgio fez parte, uma pequena representação do CONIB (Conselho Nacional das Irmandades de São Benedito no Brasil), Cavalaria de São Benedito e São Gonçalo, amigos e um grande número de pessoas. Após a missa, frei José Sérgio recebeu os comprimentos da comunidade e foram servidos um delicioso bolo gelado, cachorro quente, pipoca, refrigerante e canjiquinha (típica da região) para o povo. Primeiras Missas presididas pelo neo-sacerdote No dia 16 de Junho, às 9h30, frei José Sérgio presidiu a sua primeira missa no Seminário Frei Galvão. A homilia foi feita pelo frei Éterson Antônio Terce, que lembrou a frei José Sérgio os compromissos de seu ministério sacerdotal. Às 19h deste mesmo dia, frei José Sérgio presidiu o terceiro dia da novena na Paróquia do Puríssimo Coração de Maria. Frei Roberto Miguel do Nascimento fez a homilia com o tema sobre o sacramento da Eucaristia. Frei José Sérgio ainda ficou mais uma semana concelebrando e presidindo em sua paróquia de origem. Presidiu na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, onde também viveu e morou como seminarista diocesano. Onde hoje é casa paroquial, lá foi bem acolhido pelos paroquianos e seu pároco, Padre Vinícius da Silva, que aliás foi ele quem convidou. Também “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 53 presidiu sua “Primeira Missa” em sua comunidade de origem, na Capela São Bento, com a presença de familiares e amigos. No final, foi feita uma confraternização. Agradeço aos frades e postulantes do Seminário Frei Galvão, familiares e amigos que colocaram suas casas à disposição para receber os confrades e visitantes, e também a Dom Raymundo Damasceno Assis, à Custódia, à Paróquia São José de Itaporã, à Irmandade de São Benedito, à Paróquia Puríssimo Coração de Maria de Guaratinguetá, aos familiares, especialmente a meu irmão Jozemar, que não mediu esforços para me ajudar e amigos que colaboraram no bom êxito de minha ordenação. Frei José Sérgio dos Santos de Oliveira, OFM O SACRAMENTO DA ORDEM O SACRAMENTO DA A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado. [Sobre a instituição e a missão do ministério apostólico por Cristo ver os números 874-896. Aqui apenas se trata da via sacramental pela qual se transmite este ministério]. I. Por que este nome de sacramento da Ordem? A palavra Ordem, na antiguidade romana, designava corpos constituídos no sentido civil, sobretudo o corpo dos que governavam, Ordinatio designa a integração num ordo. Na Igreja existem corpos constituídos, que a Tradição, não sem fundamento na Sagrada Escritura, designa, desde tempos antigos, com o nome de táxeis (em grego), ordines (em latim): a liturgia fala assim do ordo episcoporum – ordem dos bispos –, do ordo presbyterorum ordem dos presbíteros – e do ordo diaconorum – ordem dos diáconos. Há outros grupos que também recebem este nome de ordo: os catecúmenos, as virgens, os esposos, as viúvas... A integração num destes corpos da Igreja fazia-se através dum rito chamado ordinatio, ato religioso e litúrgico que era uma consagração, uma bênção ou um sacramento. Hoje, a palavra ordinatio é reservada ao ato sacramental que integra na ordem dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos, e que ultrapassa a simples eleição, designação, delegação ou instituição pela comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite o exercício dum «poder sagrado» (sacra potestas) que só pode vir do próprio Cristo, pela sua Igreja. A ordenação também é chamada consecratio – consagração –, porque é um pôr à parte e uma investidura feita pelo próprio Cristo para a sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração consecratória, constituem o sinal visível desta consagração. (Catecismo da Igreja Católica, 1536-1538) Fonte: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p2s2cap3_1533-1666_po.html “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 54 Comunicações FRADES DA CUSTÓDIA SE REÚNEM EM ASSEMBLEIA De 08 a 12 de julho último, os frades pertencentes à Custodia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora se reuniram em Assembleia anual no Convento São Francisco, em Campo Grande, MS. A segunda-feira (08) foi o dia da chegada. A maioria chegou para o almoço. À hora da oração inicial (19h30) e sessão de abertura, o grupo estava completo. Algumas poucas ausências foram justificadas. O ambiente da sala estava muito bem decorado e o moderador, frei Wanderley Gomes de Figueiredo, expôs a proposta de equipes de trabalho, horários e programações em geral. Aos frades que chegaram de fora dois fatos chamaram a atenção. O primeiro foi o jardim e o gramado do claustro e no pátio atrás do convento. Tudo muito bem zelado, com flores coloridas e variadas. Tem roseira de São Francisco, canteiro Frei Fridolino Hazenfratz e até o pomar e a horta estão de cara nova! O segundo ponto que chamou a atenção foi o número de carros. Uma boa parte a serviço do Convento, outros chegaram com os frades de fora. Este fato ensejou um diálogo bem humorado de um frade mais idoso, vindo de Querência, com um frade jovem de Campo Grande. O idoso perguntou: “Quantos carros tem no Convento?” O jovem coçou a cabeça e, num sorriso maroto, disparou: “Em média, um carro para cada frade” e depois perguntou ao outro: “E lá em “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 55 Querência, quantos carros vocês tem?” E o frade idoso foi pronto na resposta: “Lá nós usamos jegue, mas está faltando um...” Brincadeiras à parte, a metáfora do carro nos ajuda a entender a missão. A Assembleia anual é uma espécie de revisão geral do carro, verificando a qualidade do combustível e as condições de uso. E também serve para ajustes na direção e velocidade a seguir. E talvez alguma reciclagem no motorista. Na terça-feira (09), o carro da missão recebeu um banho de humanização. Fomos conduzidos por Rodrigo Abdo (psiquiatra infantil e médico), Alex Bachega (psicólogo) e Lara Scalise (psicóloga e pedagoga). A moderação do dia coube a frei Silvio José dos Santos. A esta altura, eu peço desculpas ao eventual leitor destas mal traçadas linhas e remeto para o texto em separado, intitulado “A humanização pelo cuidado”. Devido à importância do tema, optei por dar-lhe um tratamento especial, tentando fazer uma síntese (incompleta e precária, com certeza) da abordagem conduzida pelo trio com muita competência. O carro da Assembleia nos conduziu na quartafeira (10) pelos caminhos da missão e evangelização, sob a moderação de frei Leodir Carraro. Voltamos ao nosso Projeto Custodial de Evangelização e Missão, aprovado no Capítulo Custodial de 2008. Em quatro grupos diferentes, fomos encaminhados para ler os três primeiros capítulos do Projeto e responder três questões propostas. Tratava-se de aprofundar nossa identidade franciscana e ver o quanto nos fundamentamos na Palavra de Deus, na tradição da Igreja e na espiritualidade franciscana. No plenário, houve uma diversidade de contribuições, apontando passos dados e também nossas fragilidades. À tarde, o carro da Assembleia continuou nos conduzindo para uma maior compreensão do nosso Projeto de Evangelização. Houve mais perguntas para os grupos e mais debates e partilhas no plenário. Inclusive, foi informado que o Secretariado Custodial para Missões e Evangelização organizou a visita que cada um dos integrantes fará a cada paróquia da Custódia. Esta visita fraterna visa conhecer melhor a missão de cada Fraternidade, em contato com confrades e lideranças leigas, e sintonizar melhor a marcha do carro da Custódia. A quinta-feira (11) iniciou com a presença do frei César Külkamp, da Província da Imaculada Conceição (SP), recém-nomeado Visitador Geral para a nossa Custódia em vista do Capítulo Custodial de 2014. Conduzido pelo moderador frei Olivo Tondelo, o carro da Assembleia rodou pelas casas e etapas da formação. Colocou-nos, através de relatórios, informes e vídeos, em contato com os Postulantes (Jeferson Danilo e Wagner José da Rosa), em Franca (SP) e com os quatro noviços que estão em Rodeio (SC): freis Jorge Henrique Lisot Camargo, “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 56 Comunicações Pedro Renato Pereira da Silva, Ronair Simão Barros e Cristiano Pereira Alves de Morais. Também fomos informados que neste momento não temos nenhum aspirante na casa de formação de Rondonópolis. E, por consequência, no próximo ano não teremos postulantes. Frei Eurico Alves da Silva, coordenador do Secretariado para a Formação e os Estudos, ainda partilhou a respeito de como anda a elaboração das Diretrizes para as diversas etapas da formação inicial. E por fim manifestou satisfação pela caminhada feita pelos cinco jovens confrades que cursam Teologia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ). Na parte final da manhã, o carro da Assembleia nos levou, num giro rápido, palas sete fraternidades da Custódia para sabermos a quantas anda o trabalho da animação vocacional. A partilha mostrou diversidade de iniciativas e acompanhamento de muitos grupos de adolescentes e jovens. Há muita semeadura e cuidado com a terra que poderá dar bons frutos. Em ritmo um pouco mais lento, a partir das 14h30, o carro girou novamente pelas sete fraternidades, focando agora nas nossas atividades. Através de vídeos e clips, tomamos conhecimento de uma enorme gama de trabalhos no campo da evangelização e missão, abrangendo muitas pastorais, formação e grande dedicação também em obras sociais. Nesta mesma rodada, fomos colocados frente à questão proposta pela Ordem: o redimensionamento e reestruturação das nossas presenças. Frei César Külkamp nos ajudou a clarear o que a Ordem quer com isso, tentando desfazer mal-entendidos, pois o que propõe não é deixar ou abandonar presenças, mas acima de tudo nos deixar interpelar pelos sinais dos tempos e lugares e tentar identificar os apelos que vêm do Espírito. É uma tarefa que empenha a todos, no sentido de buscar a fidelidade ao carisma, com ousadia e desapego. O carro da Assembleia parecia sem rumo e com dificuldade para qualquer movimento. Parecíamos atolados nas nossas dificuldades em entender o tema proposto. O Custódio apelou para o material oferecido pela Ordem a partir dos dois documentos emanados a partir do Capítulo Geral de 2011: “Partir do Evangelho” e “Partir novamente do Evangelho”. Clareou um pouco o caminho, mas o carro continuou em marcha lenta! O último dia da nossa Assembleia (sextafeira, 12) começou com frei César Külkamp falando que novamente fora nomeado para o serviço de Visitador Geral. Diz que aceitou a incumbência e espera poder ajudar na caminhada da Custódia. Sob a moderação de frei Rinaldo Aparecido Santiago, foi distribuída uma folha para a avaliação da Assembleia. Frei Roberto apresentou e distribuiu para cada frade o livrinho dos Estatutos Particulares da Custódia. Ainda sobrou tempo para informar, definir, mudar ou manter datas para eventos como retiro anual, Assembleia e visita do Ministro Geral para os anos de 2013 e 2014. O carro da Assembleia já ia além das 10h, quando o Custódio Frei Roberto Miguel do Nascimento agradeceu a todos, convidou para a tradicional foto em frente à Igreja São Francisco e para a missa de encerramento logo em seguida. Frei Arcides Luiz Favaretto, OFM “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 57 A HUMANIZAÇÃO PELO CUIDADO Na Assembleia Custodial, de 08 a 12 de julho deste ano, em Campo Grande, o dia 09 foi dedicado a um tema fundamental para a nossa missão: a humanização pelo cuidado. Contou com a assessoria do trio altamente preparado: Rodrigo Abdo (médico e psiquiatra infantil), Lara Scalise (psicóloga e pedagoga) e Alex Bachega (psicólogo). A humanização elementos e movimentos: contém muitos Acolhimento. Não é uma técnica, entre outras, que se usa em certos momentos (por exemplo, quando estou no meio do povo). É uma postura de vida. O acolhimento toca o coração das pessoas, afeta a mim e aquele que se aproxima de mim. Esta aproximação tem um olhar que tem que estar dentro de nós. É um olhar sensível, capaz de perceber, dar atenção às coisas, reúne e estabelece pontes. Os gestos iniciais do acolhimento são o olhar, a escuta (reciprocidade), e a entrega (confiança, colocar-se a caminho). Segundo Rubem Alves, educar seria, acima de tudo, ensinar a ver através dos olhos. E a função da educação seria desenvolver as habilidades (nas mais diversas áreas profissionais) e as sensibilidades (cuidado, atenção, acolhimento). “Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido”, sentenciou sabiamente. Atitudes humanizantes. A humanização passa pela arte do encontro. Desmond Tutu, bispo africano, resgatando a tradição africana do Ubuntu, diz: “sou o que sou pelo que nós somos: uma pessoa aberta e disponível”. “Se você quer um mundo humanizado, não comece exigindo isto dos outros. Humanize primeiro seu mundo interior”. Este mundo interior onde se aninham desejos, mágoas, sonhos etc. “Atenda todos os seus desejos e se tornará um animal”. Daí o jornalista brasileiro Gilberto Dimestein afirmar: “criar filhos é ensiná-los a administrar as frustações”. Elementos importantes na humanização: • Estar onde está o corpo, no aqui e agora. É estar inteiro no presente, no que vejo e faço. Uma boa música nos ajuda, bem como a respiração. • Aprender a entrar e sair. É saber entrar por inteiro no mundo do outro, desenvolver a empatia, deixar-se afetar por ele. E também sair: o que é dele não é meu, não posso carregar comigo. É muito importante exercitar a arte da escuta. Precisaríamos substituir as aulas de oratória (a arte de bem falar) pelas aulas de escutatória (a arte de escutar o outro). Quem revela quem sou eu não sou eu. São as relações com os outros. A Felicidade e a Busca do Sentido da Vida. “Ao invés de nos preocuparmos em ser felizes, é mais produtivo e saudável nos dedicar a resolver o que nos impede de ser felizes” (Jorge Bucay). Victor Frankl: “A busca de sentido sempre tem que preceder a busca de felicidade. Depois que a razão é encontrada, nos tornaremos felizes automaticamente”. Diz o mesmo autor: “Quem tem um porquê para viver pode aguentar praticamente qualquer como (viver). Se “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 58 Comunicações acharmos uma razão, poderemos superar qualquer coisa”. Albert Camus comparava nossas vidas à existência difícil de Sísifo. Segundo a mitologia da Grécia antiga, Sísifo foi obrigado pelos deuses gregos a empurrar uma rocha pesada montanha acima e vê-la cair de volta, numa constante que se estendeu pela eternidade. Dizia Camus: “Não há destino que não possa ser superado”. “O equilíbrio do cristão é o mesmo da bicicleta. Se encontra no movimento”. O equilíbrio nunca é ou está na inércia, na acomodação. Andar e equilibrar-se no movimento é uma arte! Todos temos desejos. Eles são insaciáveis. Sempre queremos mais. Com isso depredamos o planeta e exploramos os outros. Já a necessidade é o básico, sem a qual não vivemos. Madre Tereza de Calcutá: “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas”. O cuidado e o autocuidado. O cuidado humano favorece uma vida melhor, mais saudável. E o primeiro a receber cuidado deve ser o profissional (terapeuta, psicólogo, sacerdote...). O cuidado autêntico envolve preocupação, solicitude, dedicação e inquietação profissional. Cuidar é usar da própria humanidade para assistir o outro como um ser único, em sua dignidade. Porém, só cuidamos bem do outro se soubermos nos cuidar. O cuidado significa um fenômeno existencial básico. É a base possibilitadora da existência humana e acompanha o ser humano enquanto peregrinar pelo mundo. Se morrer o cuidado, morre também o ser humano. Desde o nascimento precisamos de cuidado. Sem o cuidado o homem deixa de ser humano. Se não receber cuidado desde o nascimento, o ser humano se desestrutura, definha, perde o sentido e morre. Nós não temos cuidado. Nós somos o cuidado. A relação de ajuda e a comunicação. A relação de ajuda via consultas e aconselhamentos pode ser um ótimo exercício do cuidado. Alguns passos são importantes: perceber (é o primeiro momento), sentir, pensar e agir. Diante disto surgem diversas tendências da personalidade: • O deflector: percebe, e age logo. Não se deu tempo para sentir e pensar. • O introjetor: percebe, sente e pensa, mas não age. Por isso, introjeta, faz o movimento para dentro de si. • O retroflector: percebe, sente, pensa e age, mas não interage com o meio. E isto pode comprometer a ajuda oferecida. Na relação de ajuda há que se cuidar muito da comunicação: objetivo. • O que quero dizer: clarificar a minha fala. Caso contrário, não atinjo meu • Para quê dizer: qual a minha intenção, o que quero com a minha fala. • Como e quando dizer: são importantes a forma (o jeito de dizer), o espaço (onde digo) e a sintonia (a hora certa de dizer). A mensagem que os assessores passaram foi muito importante. Esta síntese captou alguns elementos que ofereço à reflexão de todos. Oxalá nos ajude a trilharmos o caminho da humanização e do cuidado! Frei Arcides Luiz Favaretto, OFM “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 59 40 anos da Capela Santa Isabel da Hungria do Hospital São Julião “Sempre temos os dois olhos para olhar os pobres com compaixão, dois ouvidos para escutá-los, uma língua para confortá-los, duas mãos para ajudá-los e um coração para amá-los”. (Santa Isabel da Hungria) No dia 07 de julho de 2013, numa manhã ensolarada e linda de Domingo, convidativo para o louvor, aconteceu a celebração de ação de graças pelos 40 anos da Capela do Hospital São Julião, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande, MS. Uma linda festa! Uma missa com muita gente, muito bem preparada e animada! Após a missa, um café da manhã comunitário na frente da Igreja. Na festa, dentre os muitos que estavam presentes, havia pessoas que estiveram na inauguração do templo e contou com a presença do Custódio Frei Roberto Miguel do Nascimento, da Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora. No decorrer da missa, a Irmã Sílvia, diretora do hospital, nos contou de forma cativante e emocionante, de um jeito que só ela sabe fazer, a história da Capela. A capela foi inaugurada no dia 1º de julho de 1973 e está erguida no centro do Hospital São Julião. É como um coração a pulsar a vida e como uma torre a irradiar a fé, a esperança e o amor para todo o hospital e para os que ali entram e dali saem. No meio do verde exuberante e de vários tons, essa edificação torna o lugar mais bonito, místico e aconchegante. Uma construção desejada pelo frei Hermano Hartmam que ali chegou em 1968 vindo da Alemanha e “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 60 Comunicações logo percebeu a necessidade de erguer um local para as celebrações da comunidade. No início, ele improvisava as missas no bolicho e no parlatório daquele esquecido São Julião. Não economizou esforços e conseguiu recursos financeiros para a construção da Igreja. Além das missas, este frade irradiou carinho, fé, paixão e cuidado pelos doentes. Ele que havia passado, como soldado, pela Segunda Guerra Mundial e tinha as marcas dessa brutalidade em seu próprio corpo (em seu corpo havia a marca das muitos estilhaços e balas recebidos no decorrer da guerra). Desde 1968 até os dias atuais, os franciscanos prestam o serviço religioso ao hospital. Essa “Tenda da fé”, como é chamada pela valente e bondosa Irmã Sílvia, foi projeta pelo amigo do Hospital São Julião, Sr. Jurandir Nogueira, arquiteto arrojado e de uma sensibilidade estética típica dos grandes; este arquiteto, que entendia que uma forma de pagar a dívida histórica pelos anos de segregação e abandono era proporcionar os melhores lugares para aqueles doentes esquecidos. Por isso ele é responsável pela maior parte do conjunto arquitetônico harmonioso, bonito, colorido e humanizado de todo o hospital. A capela é dedicada a Santa Isabel da Hungria, santa franciscana, princesa jovem que se casou com um rei, ficou viúva cedo, mãe de três filhos, e renunciou aos privilégios para servir aos pobres e doentes. Alguns a consideram padroeira dos hospitais e é padroeira da Ordem Franciscana Secular. Contemporânea e seguidora de São Francisco, fez com os doentes o mesmo que o próprio fez após passar a morar com eles nos arredores de Assis. Conforme afirmou o papa Bento XVI: “(...) O que Santa Isabel fez foi realmente viver com os pobres. Desempenhava pessoalmente os serviços mais elementares do cuidado com os doentes: lavava-os, ajudava-os precisamente nas suas necessidades mais básicas, vestia-os, tecia-lhes roupas, compartilhava a sua vida e o seu destino e, nos últimos anos, teve de sustentar-se apenas com o trabalho das suas próprias mãos(…)” Nesse templo santo, há uma imagem da santa, esculpida em madeira por um já falecido morador artista do hospital. Ele a fez com uma cabeça grande, desproporcional, para lembrar que era uma mulher de grande cabeça, uma grande mulher. Há dois vitrais significativos. Conforme a belíssima explicação da Ir. Silvia, “um é formado por pequenos vidros de diferentes cores e tamanhos, lembrando a humanidade toda, e cada pessoa que olhar esse vitral pode escolher o pedaço que melhor pode representar a si e esse pedaço escolhido (a pessoa), noite e dia, estará ali junto do Santíssimo. Em outro vitral, está figurada a criação, os astros, a lua, as estrelas... Na entrada da sacristia, há outro vitral de Jesus com seu Sagrado Coração de braços abertos”. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 61 Na frente da capela, temos um campanário coberto de ervas verdes, em forma de báculo, para lembrar o pastoreio, e um sino em prata e bronze que encanta pelo som e pela beleza. A capela acolheu muitos fiéis de diversos lugares do mundo, de vários cantos do Brasil, e todos os domingos acolhe pessoas de diversos cantos da cidade, de todas as idades, para a celebração eucarística. Dentre os muitos que esta capela acolheu está o Santo Padre João Paulo II, em 1991, que deixou a marca de seu pé direito ao lado de uma de suas portas. Talvez seja a única Igreja do mundo a ter a marca do pé do caminhante da paz. Para os frades franciscanos, o Hospital São Julião e sua Capela têm um significado importante. É um lugar que nos remete a São Francisco, por onde já passaram quatro Ministros Gerais da Ordem e todos eles lá deixaram a bênção franciscana. Por lá todos os frades que passaram pela formação inicial na Custódia Franciscana desde 1984 tiveram alguma vivência importante: retiros, trabalhos, Profissão Solene e celebrações. Nestes tempos em que nossa Ordem convida ao redimensionamento, todo este conjunto de vivência e toda esta história representam um conteúdo rico para a formação permanente dos frades, reflexão e aprofundamento acerca da nossa presença e missão franciscana evangelizadora nas terras do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Enfim, estar no Hospital São Julião e adentrar em sua Capela, muito bem testemunha um membro daquela comunidade, “é se sentir acolhido; a arquitetura convida a conviver, a estar junto com o outro e, por que não dizer?, se sentir cuidado. Um espaço de encontro com Deus e com os irmãos, a irmandade se reúne, se ajuda, se solidariza, se alegra e se eleva em orações”. Celebrar este local e sua história faz lembrar a Palavra de Deus e o genuíno louvor: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10, 21). Frei Wanderley Gomes de Figueiredo, OFM “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 62 Comunicações A FRATERNIDADE EM QUERÊNCIA (desde a Amazônia para toda a Custódia) Já se passou o primeiro semestre deste ano da graça de 2013. Por aqui a vida segue seu ritmo, com os produtores colhendo a safrinha de milho. Assim chamada porque é plantada em janeiro e fevereiro, após a colheita da soja, que é a principal safra. A meteorologia tem apresentado algumas surpresas. Houve chuvas médias quase generalizadas no fim de maio e também em junho. Alguns mais antigos dizem que nunca viram coisa igual por estas bandas. RETORNO DO FREI DARIO. Dia 09 de junho, em pleno domingo da festa da Comunidade Imaculada Conceição, chegou frei Dario Taffarel, após uma temporada de 40 dias em que esteve na Terra Santa e na Itália. Sabíamos que tinha passado por complicações de saúde, desde quando desembarcou em Campo Grande, uma semana antes. Aportou em Querência carecendo de cuidados médicos, bastante fragilizado fisicamente. Após consulta e exames, enfrentou uma semana à base de antibióticos e três sessões diárias de inalação no hospital. Estava com início de pneumonia. Foi uma semana de repouso e com dificuldade para se alimentar. Com isso, mais alguns quilinhos se foram. Durante a estada em Israel, nosso confrade já tinha perdido uns seis quilos, deixando-o bem esbelto. Mas, agora, graças a Deus, frei Dario já está de bem com a vida e a saúde normalizou. Retomou as suas habituais atividades pastorais e funções internas na fraternidade. Inclusive o apetite voltou! DEMÉTRIO MUDA PARA SUA CASA. O ex-frei Demétrio Vitcov Júnior permaneceu na casa da Equipe de Pastoral até dia 12 de junho último. Desde o comunicado por parte do Conselho Custodial de que fora desligado da Ordem, ele foi providenciando casa e móveis e se instalou na nova residência, uma casa de três peças, no setor H, aqui em Querência. Neste meio tempo, manteve o ritmo acelerado como professor no Colégio Cefique e os compromissos pastorais: formação de catequistas, assessor do grupo de jovens da comunidade e catequista de adultos. EDYCARLOS DA SILVA. O seminarista Edycarlos, que desde fim de fevereiro faz parte da Equipe de Pastoral de Querência, tem-se mostrado um missionário disposto e muito ativo. Na ausência de frei Dario, acompanhou comunidades, visitou doentes e idosos, esteve nos assentamentos com as Irmãs e ainda sobrava tempo para as caminhadas de fim de tarde com frei Arcides. Como bom nordestino, revelou-se exímio na arte de preparar cuscuz. Após fazer amizade com um indígena na cidade, um belo dia foi com ele, na garupa da moto, para conhecer sua aldeia, a 50 quilômetros da cidade. Passou um dia na Aldeia Tangurinho, do povo Kalapalo, e o mesmo índio o trouxe de volta, coberto de poeira e com muita fome... Um mês depois, voltou à aldeia, desta vez de carro, com as Irmãs, para continuar os contatos, em vista de futuro trabalho da Equipe de Pastoral. A referida aldeia pertence ao Parque Indígena do Xingu (PIX) e Querência tem um quarto do seu território dentro do PIX e estima-se que ali vivam uns 2.000 indígenas, de diversos povos. FREI ARCIDES. Em meados de abril, frei Arcides Luiz Favaretto passou por pequena cirurgia para retirar um abcesso sebáceo e um lipoma. Com anestesia local, não foi necessário “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 63 internação e por uma semana o frade retornou ao hospital para receber anti-inflamatório na veia e trocar o curativo. Foram apenas três pontos e o local cicatrizou no prazo previsto e em 15 dias já estava de volta às suas atividades, com alguns cuidados em relação ao sol e ao esforço físico. O BISPO E A PRELAZIA. Por ocasião das Crismas aqui em Querência, o bispo Dom Adriano Ciocca Vasino voltou a destacar a importância da presença dos Frades nesta paróquia. Espera encontrar-se com nosso Custódio, em São Félix, por ocasião da visita que este fará à nossa Fraternidade. Dom Adriano avalia que a paróquia de Querência tem um enorme campo de missão, tanto na cidade, mormente na periferia, como nos assentamentos, que vem passando por transformações socioeconômicas. Por aqui é grande a polêmica em relação à demarcação de terras Indígenas. Há também alguns conflitos e muitos temores, em parte fruto de boatos para jogar a opinião pública contra a causa indígena. Os produtores, principalmente, não entendem e/ou não aceitam a posição da CNBB. Ainda há mágoas devido à postura da Prelazia, que em sua trajetória histórica pautou sua atuação na defesa dos posseiros e povos indígenas, não sem provações e sofrimentos. É neste chão, em plena Amazônia brasileira, que seguimos em missão, procurando manter a fidelidade a Jesus Cristo. Amém. Frei Arcides Luiz Favaretto, OFM __________________________________________________________ CORPUS CHRISTI E FESTA DA CRISMA MOVIMENTAM PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO A celebração de Corpus Christi (30 de maio) e a festa da comunidade com a Crisma (09 de junho) mobilizaram os fiéis e atraíram muita gente, em Querência. Foi uma grande demonstração de fé, preparando e participando das liturgias e envolvendo muitas pessoas nos preparativos e nos serviços da festa da comunidade. CORPUS CHRISTI. Já fazia quase um mês que não chovia mais e o calor era intenso. Por isso, o dia 30 de maio, Solenidade de Corpus Christi, amanheceu quente e logo apareceram as equipes, adultos, jovens e crianças da catequese para a costumeira decoração da Avenida Cuiabá, com belos símbolos eucarísticos para a procissão da noite. Foi um verdadeiro mutirão, sob o sol inclemente de fim de maio. Neste mesmo dia, os 40 catequizandos da Crisma se recolheram à sede da Associação Municipal dos Funcionários Públicos para o seu retiro. O encerramento se deu à noite, na missa de Corpus Christi, junto com toda a comunidade. A chuva que caiu durante a tarde e continuou em forma de garoa à noite não permitiu a tradicional procissão. Mesmo assim muitos fiéis participaram da celebração e foi feita uma procissão do Santíssimo dentro da igreja. O esforço em preparar o caminho da procissão não foi em vão! A FESTA DA CRISMA. Já é tradição, na Paróquia Imaculada Conceição, celebrar a Crisma com uma grande festa da comunidade. Neste ano não foi diferente. Com a presença de Dom Adriano, bispo de nossa Prelazia de São Félix do Araguaia, 40 catequizandos foram crismados, numa bela celebração que lotou a Igreja. A continuidade do dia se deu com uma verdadeira multidão participando do churrasco (mais ou menos 2.000 kg de carne), se divertindo na matinê dançante e animando os leilões. O Conselho da Paróquia Imaculada Conceição se desdobrou desde a preparação e contou com a colaboração das equipes de serviço para dar conta de tamanha empreitada. IUVENES FIDEI. O grupo de jovens da comunidade, como vem fazendo ultimamente, organizou a diversão para as crianças, que também querem participar da festa. Os dois pula-pulas e a pescaria ficaram sob a responsabilidade de adolescentes e jovens que estrearam nova camiseta, com o sugestivo nome: Grupo IUVENES FIDEI (Jovens de Fé). (Frei Arcides Luiz Favaretto, OFM) “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 64 Comunicações O PIONEIRO ARMANDO MENIN, UMA LIDERANÇA EM QUERÊNCIA Por Frei Arcides Luiz Favaretto, OFM Quando, em 1986, a Coopercana – Cooperativa de Colonização Canarana iniciou o Projeto Querência, Armando Menin comprou uma chácara próxima ao futuro perímetro urbano. Mas foi só no ano seguinte que veio de mala e cuia, trazendo a esposa e os quatro filhos e mais um enteado. Líder nato, do alto dos seus 1,80m, Armando vai desfiando, com voz pausada e sotaque sulista, uma longa história de compromissos, iniciativas e realizações. São lutas coletivas, envolvendo associações de trabalhadores, comunidades, escolas etc. Armando Menin nasceu aos 12 de março de 1954, filho de pequenos agricultores, no interior de Getúlio Vargas (RS). De família católica, o jovem Armando foi se inteirando da vida da Igreja, participando da comunidade e grupo de jovens, que oferecia formação para quem vivia da agricultura e queria ficar na roça. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 65 Em julho de 1975, Armando casou-se com Lurdes Romano e naquele mesmo ano foi morar em Xanxerê (SC), em busca de terras melhores para a agricultura. Ali o casal teve seus quatro filhos: Rosane, Sirlei, André e Cleusa e adotou o enteado Ari, que tinha seis anos. A dura lida de trabalhar a terra e criar os filhos não impediu que Armando se tornasse uma liderança eclesial de Baliza, no interior do município, fazendo parte da coordenação da comunidade e da escola. Estavam no auge as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e sua forte atuação nas questões sociais. ARES QUERENCIANOS. Quando a família de Armando Menin, nos idos de 1987, chegou em Querência (MT), o povoado tinha 44 famílias. Na chácara que havia comprado no ano anterior, Armando instalou um pequeno abatedouro e um alambique, criava animais e tirava boa produção agrícola da chácara. A liderança forte de Armando logo foi colocada a serviço da comunidade Imaculada Conceição. Esteve junto quando católicos e luteranos construíram o primeiro centro comunitário para uso comum. E também, mais tarde, quando os católicos fizeram sua primeira igreja, onde hoje é o velho barracão de festas. Compôs o conselho por dois mandatos, na época em que foi feita a atual igreja (1998-2002). Já nos idos de 1990, participava de assembleias pastorais em São Félix do Araguaia, perdendo a conta de quantas vezes esteve nestes eventos. Em 2003, Armando vendeu sua chácara próxima à cidade e adquiriu um lote no Assentamento Brasil Novo, a 135 quilômetros de Querência. O lote de 51 hectares, longe quatro quilômetros da agrovila, é bem servido de água e logo virou uma referência para ambientalistas e agentes de pastoral, lideranças populares e admiradores da cachaça pura que é feita no alambique instalado logo ao chegar. Aí também produz rapadura e farinha de mandioca. Para agilizar esta agroindústria familiar, fez parceria com a Associação Estrela da Paz, fundada em 1999, tornando-se um dos sócios e, em 2005, já fazia parte da diretoria da mesma. Não demorou muito para compor o conselho da comunidade católica e da escola municipal do assentamento. Ao chegar no Brasil Novo, a comunidade católica propôs a construção do atual barracão, todo em madeira, só o piso de concreto. Com a aprovação do bispo Pedro Casaldáliga, logo foi iniciada a obra, que seria inaugurada em 2004 com a celebração “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 66 Comunicações da Crisma. Data daquela época sua presença no conselho, só mudando a função. Hoje, a igreja nova está quase pronta, tendo sido “inaugurada” na festa da padroeira Nossa Senhora da Guia, em agosto de 2012. LUGAR ACONCHEGANTE. A família Menin chegou ao Brasil Novo no mesmo ano em que as Irmãs Missionárias Capuchinhas se estabaleciam na casa da equipe no Assentamento Coutinho União. Em 2007, vieram as Franciscanas de Siessen, de hábito e véu, e, neste ano de 2012, em abril, aportaram no Coutinho as Franciscanas Filhas da Divina Providência. Todas aprenderam logo o caminho do lote 130, onde à entrada se lê: “Sítio Modelo Menin”. Os frades franciscanos, a partir de 2007, também entram nesta procissão. Ali acontecem cursos, retiros, reuniões e dias de lazer. Em 2006, sob a liderança do “seu” Armando, uma parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Instituto Sócio-Ambiental (ISA) deu início à implantação do projeto Nascentes do Xingu. Envolveu 42 famílias de assentados que, através da coleta das sementes e formação de mudas, estão reflorestando as cabeçeiras dos córregos formadores da bacia do Rio Xingu. Atualmente, Armando está envolvido em mais uma iniciativa popular: a formação do Conselho Deliberativo do Brasil Novo, com representantes das Igrejas, entidades de classe, associações, funcionários públicos e outros, num total de 38 pessoas. Este conselho irá definir prioridades para o assentamento e encaminhá-las aos órgãos competentes. Quando o casal Armando e Lurdes aparece na cidade a bordo de uma camionete enlonada, visita os filhos e mata a saudade dos sete netos que vêm crescendo robustos e sadios. Mas, feitos os negócios e as entregas de rapadura e cachaça, no dia seguinte toma o rumo de volta. Afinal, quem trabalha com o povo não tem tréguas e nem se aposenta da luta. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 67 A JUSTIÇA E O DIREITO A construção de uma mentalidade da sociedade é reflexo da consciência que um povo possui dos seus direitos básicos. Já dizia Ihering que “a defesa do direito é portanto um dever da própria conservação moral”. Assim, jamais poderíamos deixar passar injustiças no âmbito pessoal, pois quando o ser humano deixa de lutar pelos seus próprios direitos, ele passa a acostumar-se com o mundo animal que age pelo instinto, deixando os “outros” animais a ferir e matar o seu semelhante. Nesta perspectiva do mundo jurídico, a sociedade vem acompanhando cada vez mais uma enchurrada de notícias que estão ligadas aos direitos inerentes a toda sociedade, pois o julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão) trouxe à tona que o papel do judiciario é velar não só pela Constituição de um país, mas sobretuto buscar moralizar as esferas que buscam destruir a dignidade do ser humano em vista de um bem pessoal. A construção do Direito passa então não só pelo viés das leis estabelecidas para normatizar a conduta do indivíduo, mas preocupa-se hoje pela reconciliação, a chamada Justiça reparadora, onde as pessoas são convidadas a partir de uma adesão ao diálogo, a conversarem sobre o dano causado à vítima e o olhar da vítima frente ao seu agressor. Dessa forma, quer se reestabelecer o diálogo que regenera as relações e, ao mesmo tempo, livrar-se de uma estrutura dependente que despende sem medidas e, por consequencia, deixando de atender vertentes da socieade que gritam por dignidade. A dimensão teórica do Direito que consome milhares e milhares de horas durante todo o curso e na vida profissional do operador do Direito não o dispensa de colocar-se na vigilância dos fatos que são gestados no silêncio das casas, das ruas e cidades. Dessa forma, o julgador e o julgado não estarão em evidência, mas apenas o real dos litígios com suas consequencias e a sanção que emana de todo fato que contrapõe a ordem das relações humanas. O operador do Direito passa então por uma necessidade diária de abarcar o máximo de informações que possibilitem dar celeridade aos processos que levem a sociedade a um justo conhecimento, a fim de reivindicarem seus direitos e assim, conforme a nossa Constituição, possam ter direitos ratificados e vivam o máxima de sua dignidade. O prazer então de vir-a-ser um operador do Direito deve ser na vida de cada acadêmico a possibilidade de ser instrumento de levar a justiça a partir do movimento de sair da caverna do mundo obscuro que joga com as pessoas por um jogo político de não proporcionarem uma educação que faça emergir homens e mulheres críticos à concretização dos direitos inerentes a cada pessoa humana. “A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal, a balança sem a espada é a impotência do direito” (Rudolf von Ihering). É preciso saber onde encontra-se o equilíbrio na sabedoria de fazer o belíssimo casamento entre aquilo que adquire-se pela razão e a harmonização de saber fazer a diferença pela humanização das relações em que todos possam sair ganhando. Frei André Luiz Nascimento dos Santos, acadêmico do 3ª semestre de Direito “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 68 Comunicações Falando de FREI HERMANO HARTMANN O velho alemão e a velha colônia Por Lenilde Ramos – Narrativa A menina, que adorava histórias de gauleses impertinentes e sua poção mágica, ligou aquelas figuras a uma tribo de guerreiros, com suas choupanas, carroças, mulheres, crianças e armas. Havia mais de um alemão nessa história. Eram personagens distintos e só foram se encontrar na cidade da terra vermelha. Porém, ambos passaram pelo sufoco da segunda guerra, em situações diferentes. O professor era um menino de sete anos, enquanto esse outro personagem era um rapaz criado, que teve de interromper o seminário e se alistar. Queria ser padre e acabou soldado nazista. A moça o conheceu na colônia abandonada, já próximo dos setenta anos. Morava na cidade e tinha descoberto o leprosário, um pouco antes da freira mãe. Sozinho, tentava fazer alguma coisa por aquele lugar. No tempo da guerra, lutou em várias frentes, até ser mandado para as florestas russas, num inverno que fez história. Voltou de lá quase morto, com uns balaços no pescoço e remendos por toda parte. Por ser metódico, as pessoas ficavam inibidas de perguntar por que o pescoço dele era todo furado. A moça conviveu com esse padre por vinte anos seguidos, mas só depois de quinze anos, numa noite de natal, ele contou a origem dos buracos no pescoço e outras histórias. Em noites especiais as histórias afloram com facilidade. O fato de não ter morrido depois daquele perrengue todo, reforçou nele a ideia de que tinha que cumprir seu destino e voltou para o seminário. Depois de ordenado, foi mandado ao país tropical, como missionário. Sua congregação era a mesma criada, ainda na idade média, por um rapaz italiano rebelde, que havia lutado nas cruzadas, herdeiro rico, que deixou tudo para viver um sonho de fé e justiça social. Foi esse mesmo sonho que seduziu o alemão de pescoço furado. Quando chegou ao país tropical, o franciscano foi para a cidade da terra vermelha, morar na igreja próxima da casa da avó das quase gêmeas. O moço da cadeira de rodas também tinha morado naquela redondeza, quando a doença ainda não havia tomado conta de sua família. O pai dele tinha um velho caminhão, que usava para vender lenha. O moço da cadeira de rodas lembrava-se dos padres daquela igreja, que usavam uma roupa comprida, marrom, com capuz, cordão amarrado na cintura e sandálias de couro. Essa igreja, em estilo germânico, ainda é um dos lugares mais bonitos da cidade. O franciscano arrumou uma lambreta e começou a sair pelos bairros, conhecendo o povo e ouvindo todo tipo de história, até que ficou sabendo de um fato que o deixou curioso. A notícia era que havia um leprosário nos arredores e os morféticos que lá viviam criaram coragem e foram em comitiva até a casa do prefeito pedir ajuda. Aqueles homens tortos e desfigurados, caminhando devagar, espalharam pavor na população. Não havia “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 69 palavras para descrever o medo. Falar daquela doença era como falar de morte e castigo. O mundo guardava histórias milenares de um cenário, em que as pessoas que tinham a desgraça de serem pegas por esse mal, tentavam escondê-lo até onde fosse possível. E descobertas, seriam abandonadas ou denunciadas sem piedade à saúde pública e, se não se entregassem, seriam caçadas, capturadas e expulsas para algum lugar distante e escondido. Nas igrejas europeias medievais, havia existido o ritual do banimento. O doente de lepra era coberto por uma capa e deitado sobre uma cruz. Depois disso, não podiam mais se aproximar de ninguém. Figuras sinistras, com guizos pendurados nas roupas ou tocando matracas povoaram, ao longo dos séculos, o imaginário das civilizações. A era moderna encontrou a doença praticamente no mesmo estágio, só com figurino e personagens diferentes e colônias foram criadas como verdadeiros feudos, de onde ninguém podia sair. O mundo e a ciência descobridora das coisas caminhavam devagar, quando a palavra era lepra. A doença nunca parou de crescer e de espalhar-se. Aos poucos foi sendo domada no primeiro mundo, mas nas demais partes do globo, ninguém sabia onde a situação era pior. O país tropical era um dos primeiros da fila, com números alarmantes de infectados. O leprosário da cidade da terra vermelha parecia uma fazenda, de tão grande, ou melhor, um pequeno burgo, distante do centro o suficiente para dificultar o acesso das pessoas, fora os buracos e um areão impiedoso, que adorava passar rasteira em carros, carroças e bicicletas. O professor alemão, mais jovem, lidava bem com essa estrada, mas o velho padre alemão já havia capotado duas vezes. Do lado direito do trilheiro havia uma nascente e uma pequena represa que abastecia a colônia. Do lado esquerdo, crescia um ajuntamento de casebres, uma espécie de quilombo, formado por doentes que não queriam se submeter às leis da colônia e prezavam sua liberdade, a qualquer preço. A menina, que adorava histórias de gauleses impertinentes e sua poção mágica, ligou aquelas figuras a uma tribo de guerreiros, com suas choupanas, carroças, mulheres, crianças e armas. Nesse caso, o caldeirão da poção mágica era o boteco que ficava na entrada da aldeia. Esse quilombo não tinha nome, nem fazia questão de ter. Mas, por causa do boteco, havia sempre alguém cambaleando por ali e, por isso, os moradores diziam que ali era o lugar dos três tombos. E ficou. Meio quilômetro adiante, estava a portaria da colônia, em forma de arco medieval. Colada nela, havia a casa do porteiro, rodeada de eucaliptos. O que tinha sido plantado de eucaliptos naquela área, não era brincadeira. Amenizavam o calor, forneciam chás, unguentos, folhas secas para defumar o peito no inverno e acabavam servindo, também, como um farol ao contrário, porque quem passava lá longe, na estrada, ficava sabendo que, no meio daqueles eucaliptos, estava o leprosário da cidade da terra vermelha. O que também chamava a atenção na portaria era a casa enorme com varanda, janelas de madeira, chaminé e chafariz, no meio de um jardim que não existia mais. Parecia o castelo da bela adormecida, abandonado no meio do mato que se espalhava à vontade. Era para ser a casa do diretor da colônia, mas ninguém morava lá há muitos anos. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 70 Comunicações Mesmo sendo um palacete, não seduziu nenhum deles. Para evitar curiosos, o povo da pinga dizia que o casarão era mal-assombrado e assim, ele acabou virando uma extensão do boteco do quilombo, uma espécie de salão de festas. Coitado do casarão. Até no piso de tábuas corridas havia buracos de fogões improvisados. Esse era só o começo do retrato do que havia mais embaixo da velha estradinha. Ainda na portaria, um pequeno grupo de casas formava a vila dos funcionários. Logo adiante, a buraqueira descia até um núcleo intermediário, formado pelos prédios da administração, da secretaria, depósito para remédios e material hospitalar e mais algumas casas para funcionários. Uma delas era reservada para os médicos trocarem de roupa, na chegada e na saída do expediente. Um pouco mais embaixo, ficava o cassino, que era o salão social da colônia. Foi ali que as quase gêmeas tocaram no dia dos pais. Só depois desse complexo, tinha início a parte mais restrita aos doentes. Começava pela cadeia, cadeia mesmo. Celas, grades, sala de delegado e guardas, com aquele corredor típico dos filmes de bang bang. Ao lado da cadeia ficava o bolicho, uma espécie de mercadinho com varanda para recreação. Delegado e diretor, cada um com sua personalidade, ora levavam a administração interna com pulso firme, ora relaxavam, mas no final das contas, o que corria eram procedimentos que acabavam virando praxe. Havia a lei e também um jeito muito peculiar de se viver no leprosário. Os pavilhões eram prédios compridos, com duas alas de quartos e dois pacientes em cada um. Esse modelo de leprosário também tinha uma vila para casais, porque, nos tempos da segregação, a primeira providência do sujeito, quando caía ali, era arrumar mulher. Nos primeiros tempos, chegaram à colônia diversos casais doentes, a exemplo do pai e da mãe do moço da cadeira de rodas, mas a maioria dava um jeito de se virar ou de se juntar ali dentro mesmo. Mais embaixo, na direção do córrego, estavam a lavanderia, sala de costura, varais e, por último, um galpão para cavalos, burros, tralhas de carroceiro. Nessas pequenas aldeias, sempre havia igreja e escola. A moça se lembra de uma velha escola, mas não viu igreja por ali. Quer dizer, havia um pequeno centro espírita, perto da lavanderia. Foi através dele que a menina de ouro esteve algumas vezes na colônia. Espíritas eram das raras pessoas que circulavam por ali para fazer caridade. O terreno em volta era dividido em pequenas hortas, roças, criação de porcos e galinhas. Quem podia se virava e havia gente de todo tipo: os que tinham sido e não eram mais e os que tinham chegado a ser. Havia os rebeldes, os conformados, os que tinham perdido a cabeça, os que tentavam fazer alguma coisa, os que não faziam nada e, junto com todos eles, a doença, que minava o corpo e alma. Foi nesse lugar que chegou o velho alemão, levado pela curiosidade das histórias que ouvia ao redor de sua igreja. Até pensou que estava em um campo de guerra e, engolindo seco, sentiu de novo os balaços dos russos no pescoço. Fazer o quê? Começar por onde? Nessa época, a freira mãe só conhecia o orfanato dos filhos dos doentes. O velho padre começou, “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 71 então, ouvindo os habitantes do lugar. Aquele feudo tinha sido construído com o melhor material, equipamentos bons e dinheiro suficiente para comprar comida e remédio para todo mundo. Era uma colônia de porte médio, em comparação com as outras que estavam sendo construídas no país tropical, com capacidade para até mil doentes. O velho alemão começou a visitar os internos nos pavilhões, os casais na vila, passou a improvisar missas na varanda do bolicho, a batizar e a querer casar quem vivia junto. Nessa parte, teve pouco sucesso. Depois começou a tentar organizar um pouco a secretaria e a tomar conhecimento de fichas de matrículas, livros e prontuários jogados por ali. Os funcionários que moravam na entrada da colônia passavam meses sem tomar conhecimento do que acontecia lá embaixo e os que moravam na cidade viviam do salário, sem aparecer. Médicos também. O mais presente deles era um mineiro de rosto comprido, alegre, bem falante, que não tinha coragem de abandonar a colônia caindo aos pedaços, como seus doentes. Foi no começo de suas idas clandestinas que a freira mãe conheceu o velho alemão. Ele não era muito alto, mas a magreza o espichava um pouco. Os cabelos brancos eram cortados bem rentes, desde os tempos de soldado. A batina marrom, comprida e pesada, contrastava com a pele clara e os olhos cinza-azulados e os pés calçados com sandálias de couro viviam no meio da terra e do barro. Lembrava figuras de afrescos medievais, principalmente quando estava de perfil. Seu passado de ex-combatente nazista trouxe de volta lembranças sofridas, contraditórias, que colocaram à prova a resistência da rebelde italiana. Mas agora ela era uma religiosa e mirava suas armas no amor ao próximo. O velho alemão tinha idade para ter sido, por exemplo, o soldado que havia pisado no pescoço do seu cachorro. Ela sempre soube de barbaridades piores, mas essa era a imagem da guerra em sua cabeça de menina. Era admirável que o tivesse encontrado naquele front. Ele mostrou as fichas que tinha reunido e organizado. O velho alemão também aprendeu a fazer exames de sangue, fezes e urina, para ajudar o médico mineiro, que também treinava pacientes em melhor estado, para atuarem como auxiliares de enfermagem. Alguns se revelaram ótimos nessa função e tornaram-se personagens lendários naquela colônia, assim como a turma do trem de lenha, do homem com nome de santo. O dinheiro que o governo mandava para a manutenção do leprosário, a cada ano ia parando no meio do caminho, na mão de corruptos. Era esse cenário que imperava, quando a freira mãe conheceu a colônia abandonada. Sua primeira turma de voluntários tinha acabado de chegar ao campo de batalha. Por isso não havia lugar, nem a menor chance para traumas. A guerra ali era outra e agora estavam todos juntos. FONTE: História sem nome: lembranças de uma menina quase gêmea. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2011. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) 72 Comunicações Cuidar! Cuido-me! Cuida-te! Tenha cuidado! Cuidemo-nos! Cuidai-vos! Tomem cuidado! Eu me cuido. Tu te cuidas. Ele/Ela se cuida. Nós nos cuidamos. Vós vos cuidais. Eles/Elas se cuidam. Eu te cuido. Tu me cuidas. Ele e Ela se cuidam. Nós vos cuidamos. Vós nos cuidais. Eles e Elas se cuidam. Eu te amo. Tu me amas. Ele e Ela se amam. Nós vos amamos. Vós nos amais. Eles e Elas se amam. (Frei Aluísio Alves, OFM) “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá) Comunicações 73 AGENDA 2013 Julho 08-12 15-19 23-29 Assembleia Custodial – Campo Grande - MS Assembleia Geral Eletiva da CRB – Brasília - DF Jornada Mundial da Juventude – Rio de Janeiro - RJ Agosto 6-7 18-25 27-28 31 Reunião sobre o Noviciado Comum – Catalão - GO Encontro Interprovincial de Postulantes – Anápolis - GO Reunião do Conselho Custodial – Cuiabá - MT Encontro Custodial com Coroinhas – Campo Grande - MS Setembro 01 Encontro Custodial com coroinhas – Campo Grande - MS 08-22 Congresso Internacional dos Secretários Provinciais para a Formação e os Estudos – Assis, Itália 16-21 Retiro Custodial - Campo Grande - MS Outubro 12-13 21-26 20 29-30 31 Encontro Custodial com Benfeitores – Campo Grande - MS Assembleia da CFMB – Santos Dumont - MG Caminhada Franciscana pela Paz – Cuiabá - MT Reunião do Conselho Custodial Campanha Luminosa pela Vida e pela Paz III Encontro de Irmãos Leigos da CFMB – Lagoa Seca – PA Novembro 01-03 III Encontro de Irmãos Leigos da CFMB – Lagoa Seca - PA 02-03 Estágio Vocacional – Campo Grande - MS 15-17 Encontro de Cantos Franciscanos – Campo Grande – MS Dezembro 03-04 Secretariado Custodial para a Formação e os Estudos – Campo Grande - MS 05-06 Secretariado Custodial para Missões e Evangelização – Campo Grande – MS 10-11 Reunião Conselho Custodial – Campo Grande - MS PRIORIDADE CUSTODIAL para o Triênio 2012-2014: Evangelizar a juventude e aprimorar o cuidado pastoral das vocações em nossas frentes e fraternidades, cultivando a espiritualidade franciscana em todas as atividades e melhorando a qualidade de nossa vida e de nossa evangelização através do testemunho e da formação permanente. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.” (Madre Tereza de Calcutá)