IV
O
A
T
TESTE
COMPAR
Descubra se JAC J3 Turin desafina diante
dos líderes das paradas nacionais
POR JULIANO BARATA
FOTOS MARCOS CAMARGO
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R $ 39
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Tudo estava em harmonia
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PR EÇO BÁ
R $ 32.1DI50
O E TRIO:
COM AR, REÇÃ
R $ 36.958
no cenário musical dos
sedãs compactos: artistas
consagrados, prateleiras
divididas, estado de tensão
equilibrada em um mercado
que não via novidades desde
outubro de 2008 – quando o
Voyage foi lançado. Mas há
novos acordes soando no ar:
o J3 Turin veio de longe, e já
chega fazendo um barulho da
pesada. A dúvida: ele tem rock
‘n’roll suficiente para encarar
os veteranos em um duelo na
encruzilhada?
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[CHEVROLET PRISMA x FIAT SIENA x JAC J3 x VW VOYAGE]
4º
FIAT SIENA
GOSTAMOS
Espaço interno, porta-malas, som potente
PODE MELHORAR
Arquitetura do painel, tecidos e plásticos
CONCLUSÃO
Um bom carro, mas defasado e esquecido
Em algum lugar do passado, Elton
John foi um sujeito cool. Todos o queriam
nas festas mais badaladas, era a trilha indispensável dos bailinhos de escola (foi a
música do primeiro beijo de muitos), houve até quem o adotasse como referência
de estilo. Hoje, o Sir se tornou uma página
do passado, que vive de royalties e é considerado cafona por algumas trupes – mas
a qualidade musical do cara é indiscutível.
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Esta é a sensação que o Siena me passsou. Sua pitada charmosa de Alfa Romeo,
que foi introduzida na reestilização para
2007, está defasada em relação à linha atual do cuore sportivo. O painel, com saídas
de ventilação retangulares, iluminação
alaranjada e um cluster de simplicidade
comovente, me faz pensar em ternos com
ombreiras estufadas. E o tecido aveludado
e escuro dos bancos, acompanhado dos tapetes com retângulos enormes de borracha,
definitivamente o coloca longe
da posição de vanguarda.
Vencida esta primeira impressão, coloque o vinil no toca-discos e deixe rolar a música.
Chame os amigos para a sala,
Quer as rodas de liga? Terá
de levar os faróis auxiliares no
pacote. O motor 1.4 é defasado
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A arquitetura interna é o ponto fraco do
Siena. Plásticos escuros e brilhosos, saídas
de ventilação que lembram o Uno antigo...
sirva alguns quitutes. Aí as virtudes começam a fluir, com a naturalidade de quem
tem muitos anos de estrada. Em dois dos
mais importantes requisitos de um sedã –
espaço interno e porta-malas amplo –, o
Siena deu um show típico de um veterano,
mesmo possuindo o entre-eixos mais curto do quarteto. Se isso é o que você mais
precisa, considere este carro (confira no final deste teste, o comparativo cara a cara desta turma). O sistema de som tem entrada
USB e para iPod, e apresenta uma potência
surpreendente, recheando a cabine com
graves encorpados.
O que não é tão afinada é a vida do
motorista. A ergonomia está dentro da
média, com fácil acesso aos comandos e
uma posição de dirigir feita para agradar
a metaleiros e pagodeiros, já que não há
regulagens de altura do assento nem da
coluna de direção. Mas de bom, é só isso.
O freio é escandalosamente sensível: qual-
quer toque mais forte no pedal, e dá-lhe
chicotada no pescoço dos passageiros. Paradoxalmente, ele teve o pior desempenho
nos testes de frenagem. O pedal de embreagem segue a linha dos metaleiros e é
o mais pesado dos quatro. O trambulador
é bom, mas o problema é a concorrência:
Prisma, Voyage e J3 dão um banho de
precisão e leveza. O motor 1.4 está longe
de ser referência de aproveitamento ou
elasticidade, mas para se enquadrar no orçamento do comparativo, tivemos de abrir
mão do novo 1.6 E-Torq. Uma pena.
Por outro lado, muita gente resmunga
da maciez excessiva do conjunto de suspensão, sem saber valorizar o bem que isso
faz ao lidarmos com as nossas ruas esburacadas. Sim, a carroceria do Siena inclina
mais nas curvas e há uma certa imprecisão
em situações extremas, mas a aderência
está lá – e não é pouca. E outra, você quer
levar sua família com conforto ou brincar
de Ken Block nas ruas? A direção, esta sim,
poderia ser menos molenga. Na estrada,
tanta leveza incomoda.
O que ensurdece no Siena é o silêncio do abandono. O automóvel é o segundo bem de consumo mais caro que
a maioria das pessoas adquire na vida.
Ele é vinculado intimamente à noção
de status e qualidade de vida. Quando
você vê alguém saindo de um Siena,
não sabe se o carro é zero ou se ele tem
cinco anos de estrada. Sabemos que a
nova linha Palio já está no forno, e por
isso recebe toda a atenção dos produtores. Mas a velha guarda poderia receber
mais atenção.
Dos quatro, o Siena é o único a apresentar
um terceiro encosto de cabeça. Todos
podem ser embutidos no banco
Compare este cluster ao dos rivais deste
teste. Este arranjo sem molduras parece
barato e uma década mais velho
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[CHEVROLET PRISMA x FIAT SIENA x JAC J3 x VW VOYAGE]
3º
JAC J3 TURIN
GOSTAMOS
Motor sofisticado, potente e econômico
PODE MELHORAR
Forrações, controles do ar-condicionado
CONCLUSÃO
O melhor dos talentos chineses no País
Luzes, áudio, câmera, ação! O novato J3
Turin subiu ao palco com segurança e deu
uma demonstração de talento que chamou
a atenção dos jurados. Fosse a C/D um programa de novos talentos à la “Ídolos”, o J3
seria aquele cara com muito potencial – mas
que ainda está um pouco cru para enfrentar
de igual para igual os líderes das paradas.
Como vimos na avaliação da última
edição, o artista tem dotes de estrela. Da
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pintura aos encaixes das peças, a qualidade de construção e acabamento é boa –
com ressalvas à fixação de algumas borrachas. O motor 1.4 de alumínio e comando
variável é mais sofisticado e tem melhor
aproveitamento que o de seus rivais, e
claro, temos a infalível receita chinesa de
rechear o carro com equipamentos – cobrando menos por isso. Ar-condicionado,
direção hidráulica, trio elétrico,
rodas de liga aro 15, sensores de
estacionamento, ABS com EBD
e duplo air bag compõem um
arranjo rico de nuances.
Na ponta do lápis, você
leva os três últimos itens de
lambuja, em relação à média
da concorrência equipada para
Rodas de liga aro 15, uau. Até
você ver os pneus Champiro:
terno com chinelos de dedo
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O volante tem aro fino e lembra o dos
primeiros Corollas fabricados no Brasil
(1998). O rádio possui saída USB
atingir o valor do Turin. É bastante coisa,
e são recursos de segurança ativa e passiva
– algo particularmente importante neste
segmento. Mas as faixas bônus não pagam
o disco: seu seguro é quase R$ 400 mais
caro, de acordo com a nossa cotação, ele é
movido apenas a gasolina, a origem chinesa joga contra no quesito status, e ele ainda
precisa provar que aguenta o tranco. E que
as 51 concessionárias darão conta do recado. São incertezas que certamente o desvalorizarão mais que os rivais na revenda.
Ou seja, o J3 tem cantado bem no estúdio,
mas algumas verdades só aparecerão ao
final da turnê de estreia. Este sentimento
de dúvida é o que levou a marca a oferecer a enorme garantia de seis anos: é uma
forma de demonstrar que eles confiam no
próprio taco. E ampara o comprador que
decidir investir no jovem talento.
Na audição, o Turin rendeu boas notas: nas retomadas, quase empatou com
o Prisma, que é 195 kg mais leve. Seu
câmbio é preciso e leve, como o do Siena... deveria ser. E, exatamente como no
Fiat, a suspensão do Jac é bastante macia
e confortável, acompanhada de um volante um tanto quanto leve. Um pouco
mais de rigidez na caixa de direção ajudaria os dois.
Até aqui, o ritmo fluiu bem. Mas conforme as músicas passam, você percebe
que falta experiência de palco. A comunicabilidade e ergonomia do pedal de freio
são ruins. As distâncias de frenagem estão dentro da média, mas para atingi-las,
você precisa de força. O volante grande,
de aro estreito, e o veludo simplório dos
bancos lembram carros de uma década
atrás – aos olhos e ao tato. O compressor
do ar-condicionado faz o volante vibrar
e os controles de ventilação não têm
progressividade alguma. E a iluminação
azul do painel... É um canhão de luz para
shows. Se você reler este parágrafo, vai
ver que são detalhes. Mas o clichê se justifica: eles fizeram a diferença.
Em espaço interno, o Turin trata bem
os ocupantes na frente e atrás, com boa
área lateral e vertical. O terceiro passageiro
de trás vai bem, por causa do túnel baixo,
quase plano. Mas ele não aproveita os
490 litros do seu compartimento de carga
como deveria. Quando os instrumentos
cessam e as luzes se apagam, a sensação
é de que, neste momento, o Turin ainda
não está pronto para ser a grande estrela
de uma turnê nacional. Mas tem muito
potencial. Estudando mais, refinando os
acordes... Fique de ouvidos atentos!
Cromados de verdade nas saídas de
ventilação e maçanetas, e uma bela textura
nos plásticos, são diferenciais do J3
Os controles de temperatura e
direcionamento do ar-condicionado não
possuem progressividade. É 8 ou 80
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[CHEVROLET PRISMA x FIAT SIENA x JAC J3 x VW VOYAGE]
2º
CHEVROLET PRISMA
GOSTAMOS
Desempenho, freios, acabamento interno
PODE MELHORAR
Ergonomia, sistema de som
CONCLUSÃO
Bom e barato. Mas não é espaçoso
De uns dez anos para cá, o movimento
indie, composto pelas bandas de rock que
são independentes das grandes produtoras, explodiu em todo o mundo. Mas,
diferentemente de uma Beyoncé da vida,
este sucesso é segmentado em milhares de
pequenos núcleos, sorrateiros, noturnos,
quase invisíveis a quem não está atento à
cena: daí o apelido underground, subterrâneo, em bom português.
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Esse é o Prisma. Um Arcade Fire da
vida. Despojado, pequeno e com apelo
jovial, é quase um carro de nicho. Confesso que seria o modelo que eu levaria
para casa. Mas isso não é exatamente um
elogio: não tenho filhos, não carrego muita
bagagem, não estou muito interessado em
quem está no banco de trás – em suma,
quanto menor e mais leve, melhor para
mim. O Prisma não chega a ser
apertado atrás, e o porta-malas
faz uso racional dos 439 litros
– o menor deste comparativo.
Então... serve. Sem fartura.
O que mais? Não tenho esposa para reclamar de suspensão dura (pelo contrário, minha
namorada adora carros esporRodas de alumínio aro 14 são
opcionais. Dos carros 1.4, ele
obteve as melhores retomadas
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tivos), quero reações dinâmicas ligeiras,
e um câmbio leve, curto e ágil. O Prisma
não é um rojão, mas guardadas as proporções, oferece tudo isso. É o sedã compacto
para quem não quer um sedã compacto. A
muitos, ele não satisfaria tão bem as necessidades de espaço, típicas do segmento
– mas o seu preço, quase R$ 3.000 mais
barato que seus rivais, muda a conversa,
apara arestas e encanta os ouvidos.
A exemplo do Siena, o Prisma está
na turnê de despedida – o novo sedã da
Fiat deve chegar ao final deste ano, e o
projeto Ônix da GM deve se tornar realidade alguns meses depois disso. Mas diferentemente do Elton John sobre rodas,
a Chevrolet caprichou nas vestimentas e
equipamentos do Farewell Tour da banda.
Dos três nacionais do comparativo, ele
é o que apresenta o maior frescor de novidade: a sutil reestilização à la Malibu fez
bem. O interior ficou mais sofisticado com
as novas texturas dos plásticos, e ganhou
sensação de amplitude com a tonalidade
cinza claro, combinada a detalhes em prata
fosco. O ponto forte da cabine é o revestimento dos bancos, que emprega três tecidos diferentes e costuras brancas: é o mais
caprichado dos quatro.
Elogiei bastante? Bem, é hora de descer
o metal pauleira. Você não precisa ser muito
alto para se sentir dentro de uma casa de
bonecas na cabine do Prisma. Nosso especialista em ergonomia, Marcelo Oliveira
já tinha apontado este problema no Celta
(veja no 0 a 100): todos os bancos são muito
altos, então qualquer pessoa com mais de
1,75 m se sentirá com gigantismo – seja na
frente ou atrás. Mas estranhamente, o volante fica muito distante, colado ao painel.
Imagino que algo como um orangotango
seja o tipo físico ideal para este carro: baixinho e com braços enormes.
Para relaxar, música é sempre bemvinda: o sistema de som oferece compatibilidade com mp3 e Bluetooth, e tem saída
USB. Perfeito para a molecada cheia dos
gadgets. Mas carece bastante de massa sonora, principalmente nos registros graves.
Combinado ao pouco isolamento acústico
da cabine, o resultado é uma experiência
sonora diet. Por fim, a fechadura do portamalas precisa de convencimento físico –
também conhecido como pancada – para
funcionar. Igual ao Agile.
Quer gastar pouco, se divertir ao volante, e consegue conviver com a ideia de
ter um porta-malas menor e espaço interno não tão amplo? Então, o Prisma é a
banda indie para você curtir.
FOTO: LEO SPOSITO
O acabamento interno do Prisma evoluiu
bastante com as texturas dos plásticos e
tecidos – o volante ficou muito bonito
O volante fica muito inclinado e distante
do motorista. E os bancos altos não
ajudam em nada na ergonomia
O câmbio é preciso, leve e ágil. Ele e o
Jac J3 possuem ótimos trambuladores,
mas o Chevrolet passa mais robustez
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[CHEVROLET PRISMA x FIAT SIENA x JAC J3 x VW VOYAGE]
1º
VOLKSWAGEN VOYAGE
GOSTAMOS
Acabamento, desempenho, espaço interno
PODE MELHORAR
Preço de manutenção, itens de série
CONCLUSÃO
O que os outros gostariam de ser
Desde que foi formado, em 1962, o
Rolling Stones já esteve no topo das paradas e deu a volta ao mundo algumas
dezenas de vezes. Quando os canhões de
luz se acendem, esses caras sabem exatamente o que fazer. Mais do que isso, eles
transpiram aquilo que é conhecido como
presença de palco: impõem moral, controlam a situação de uma forma que tudo
aparenta ser fácil.
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O Voyage, com quase três anos de mercado, é este veterano precoce. Ergonomia
e comportamento dinâmico excelentes,
o maior espaço para os passageiros de
trás deste comparativo, porta-malas amplo, motor de respostas muito boas (mas
consumo, nem tanto), e aquela pitadinha
extra de status – apesar do nome, que traz
lembranças de algo velho e não
exatamente chique.
Depois de toda essa rasgação de seda, você pode achar
que o Voyage é o carro perfeito. Meu amigo, nem os Stones
são. Da mesma forma que o
guitarrista Keith Richards tinha alguns vícios da pesada, a
O motor 1.6 empurra tanto
quanto bebe. Estas rodas de liga
são da versão topo de linha
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A cabine do Voyage tem o melhor
isolamento acústico. Mas o volante não
está à altura do restante do acabamento
Volkswagen insiste em cobrar caro por
um carro completamente nu de equipamentos: nem mesmo direção hidráulica
acompanha o preço de entrada. Sua cesta
básica de peças é 35% mais cara que o J3
Turin (veja na próxima página). E já que estamos alimentando os tabloides britânicos,
é bom deixar claro que o desempenho de
frenagem do Voyage foi o segundo pior,
só ficando atrás do Siena. Aliás, pedal de
freio mole e sensível demais são dissonâncias dos dois. Ei, ei, anotem isso também:
é uma vergonha ele não possuir controle
dos vidros traseiros na porta do motorista,
mesmo na versão mais completa. Os botões ficam isolados no painel.
Só que nada disso muda a sensação do
sedã da VW ser a banda principal da noite. É a diferença de estar no camarote do
Restart comparado à pista dos Stones. A
chave do tipo canivete, de saída, já causa
uma impressão inicial diferenciada. Dá pra
fazer aquela babaquice de colocar na mesa
do bar, sem pagar mico. O fechar de portas
ressoa um isolamento acústico superior, e
o cluster do painel é elegante e funcional.
Ele é o único que possui regulagem de altura do banco de motorista – o ajuste de
coluna de direção é opcional, coisa que o
J3 oferece de série. O porta-malas só perde
para o Siena, e é aberto por um botão na
chave. Quem vai atrás, desfruta do melhor
conforto entre os quatro: os bancos são
mais reclinados e há mais espaço para as
pernas e cabeça. Mas o túnel central é alto,
e o console no chão atrapalha um pouco a
vida de um quinto adulto.
A impressão de superioridade continua quando o Voyage é posto à prova na
pista. O arranjo de suspensão consegue
ser rock’n’roll e baladinha romântica ao
mesmo tempo: ele vai tão rápido quanto o
Prisma nas curvas, e proporciona um conforto de rodagem que não fica muito atrás
do Jac e do Siena. No limite da aderência,
ele é o mais comunicativo e fácil de domar
dos quatro. Um pai de família pode se divertir, quando estiver em carreira solo.
O motor 1.6 de 104 cv (potência a etanol) e a transmissão MQ200 – referência
entre os câmbios – formam uma dupla
mais que harmônica. Com cerca de 200
cc a mais de deslocamento, era de se esperar que ele andasse mais que os outros
– e bebesse na mesma proporção. Sem
surpresas. Da mesma forma que o Rolling
Stones agrada crianças de 8 a 80 anos, é
difícil encontrar alguém que não goste do
Voyage. Sim, o ingresso é salgado e não
acompanha brindes. Mas vale o show.
A maior parte da interação visual do
motorista com o carro se dá com o cluster.
E nisso, o Voyage dá um show de classe
Mesmo na versão mais completa, você
não controla os vidros elétricos traseiros
na porta – o comando fica no painel
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VOYAGE
[CHEVROLET PRISMA x FIAT SIENA x JAC J3 x VW VOYAGE]
O Voyage oferece o maior espaço
para as pernas, cabeça e o encosto é
bem reclinado. Mas o túnel alto com
console atrapalha quem vai no meio. O
tamanho da foto tem uma razão: ele é
o mais espaçoso do quarteto
O J3 tem o túnel central raso, rente ao
assoalho. O espaço para as pernas é amplo.
As extremidades do encosto incomodam
Apesar do entre-eixos mais curto, o
Siena aproveita bem o espaço interno,
comparável ao J3 – exceto o túnel alto
O encosto do Prisma é bastante
verticalizado e o assento fica alto. Não é
confortável ou espaçoso como os rivais
QUANTO VALE O SHOW
Confira os principais gastos que você terá com o carro. A estimativa anual de combustível usa a média
entre cidade e estrada, multiplicando 16.000 km pelo litro a R$ 2,68 (gasolina) e R$ 2,20 (etanol)
J3 TURIN
SIENA
VOYAGE
PRISMA
Seguro: R$ 1.765,80
Comb. em um ano: R$ 3.728 (gasolina)
Total de peças: R$ 1.327,40
Jogo de velas: R$ 68
Pastilhas de freio: R$ 94
Filtro de ar: R$ 23
Filtro de combustível: R$ 17
Filtro de óleo: R$ 14,40
Correia do alternador: R$ 65
Correia dentada: não possui
Par de amortecedores dianteiros: R$ 236
Jogo de palhetas: R$ 116
Farol dianteiro: R$ 298
Para-choque completo: R$ 396
74
Seguro: R$ 1.339,08
Comb. em um ano: R$ 3.685 (etanol)
Total de peças: R$ 1.481,86
Jogo de velas: R$ 42,23
Pastilhas de freio: R$ 88,96
Filtro de ar: R$ 17,38
Filtro de combustível: R$ 15,30
Filtro de óleo: R$ 15,73
Correia do alternador: R$ 24,44
Correia dentada: R$ 77,54
Amortecedores dianteiros: R$ 292,12
Jogo de palhetas: R$ 43,13 par
Farol dianteiro: R$ 366,62
Para-choque completo: R$ 498,41
Seguro: R$ 1.325,08
Comb. em um ano: R$ 3.846 (etanol)
Total de peças: R$ 2.050,57
Jogo de velas: R$ 70
Pastilhas de freio: R$ 178,57
Filtro de ar: R$ 35
Filtro de combustível: R$ 15
Filtro de óleo: R$ 25
Correia do alternador: R$ 140
Correia dentada: R$ 70
Amortecedores dianteiros: R$ 400
Jogo de palhetas: R$ 90
Farol dianteiro: R$ 360
Para-choque completo: R$ 667
Seguro: R$ 1.370,77
Comb. em um ano: R$ 3.320 (etanol)
Total de peças: R$ 1.480
Jogo de velas: R$ 70
Pastilhas de freio: R$ 55
Filtro de ar: R$ 14
Filtro de combustível: R$ 20
Filtro de óleo: R$ 14
Correia do alternador: R$ 53
Correia dentada: R$ 91
Amortecedores dianteiros: R$ 397
Jogo de palhetas: R$ 50
Farol dianteiro: R$ 318
Para-choque completo: R$ 398
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LITERALMENTE FALANDO
Ninguém mais coloca luvas dentro de um porta-luvas, mas no porta-malas, a
música é outra. As fábricas anunciam o volume do compartimento em litros,
mas como isso fica na prática? Utilizamos um jogo de malas da Rimowa, com
três tamanhos diferentes. A maior mede 82 x 55 x 27,5 cm. A média, 68 x 45,5
x 24,5 cm. E a pequena, 57 x 44,5 x 25 cm. Confira o resultado abaixo:
O Siena
sagrou-se como
o porta-malas
campeão. 500
litros, muito bem
distribuídos,
resultaram em
uma mala grande,
duas médias e
uma pequena
dentro do
compartimento
O Voyage
(480 litros) é o
único que abre
por um botão na
chave – mas não
há abertura pela
cabine. Nele,
couberam uma
mala grande, uma
média e duas
pequenas, sem
dificuldades
Absurdo,
mas o Prisma
(439 litros)
comportou a
mesma bagagem
do Voyage. O
porta-malas
é alto, o que
possibilitou um
arranjo diferente
dos demais.
Fechá-lo é dureza
O J3 Turin
tem o segundo
maior volume
(490 litros), mas
há uma travessa
no fundo do
compartimento
que dificulta
muito as coisas.
Couberam
apenas duas
malas médias e
duas pequenas
OUTRAS BANDAS RIVAIS
RENAULT SYMBOL 1.6 8V
PREÇO: R$ 40.490
Ele mostra que não é só chinês que vem completo:
o Symbol Expression sai de fábrica com ar, direção,
vidros e travas elétricas, mais air bag de série
PEUGEOT 207 PASSION 1.4
PREÇO: R$ 43.200
Tal como o Symbol acima, a versão XR S também
vem completa – exceto o air bag. Seu acabamento é
caprichado, e isso se reflete na etiqueta de preço
CHEVROLET CORSA SEDAN 1.4
PREÇO: R$ 37.780
Mais sofisticado (e menos ágil) que o Prisma, o sedã
Premium traz direção, e vidros e travas elétricas de
série. O ar é opcional, e vem num pacote de R$ 2.958
FORD FIESTA SEDAN 1.6
PREÇO: R$ 36.970
Rival direto do Corsa Sedan, o Fiesta tem um excelente
acerto de suspensão. Vem pelado de fábrica. O kit com
ar, direção, e vidros elétricos sai por R$ 4.900
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