O PROFESSOR COMO INTELECTUAL: SUA RELEVÂNCIA E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Paula Tauana Santos
Joniely Cheyenne Cruz
Elaine Duarte Santos
GT8 Espaços Educativos, Currículo e Formação Docente (Saberes e Práticas)
RESUMO: O presente artigo busca refletir a respeito das trajetórias formativa e social
dos intelectuais, bem como, sua atuação e contributos no âmbito dos espaços sociais,
considerando seu papel enquanto agentes disseminadores e organizadores da cultura. O
estudo parte de levantamentos e revisões bibliográficas na perspectiva de evidenciar
conceitos e/ou elementos indicativos da relevância desses indivíduos no meio social,
adotando como categoria base dos intelectuais, a dos professores, que neste estudo se
apresenta como referencial. À luz do marco teórico de Gramisci (1987), Marx ( 1988) e
Paro (2006).
Palavras-chave: intelectuais – professor – sociedade
ABSTRACT
This article seeks to reflect on the paths of intellectual and social training, as well as
their performance and contributions under the social spaces, considering their role as
agents of cultural organizers and disseminators. The study is based on surveys and
literature reviews with a view to demonstrating concepts and / or elements indicative of
the relevance of these individuals in the social environment, taking as base category of
intellectuals, the teachers, which in this study is presented as a reference. In light of the
theoretical framework of Gramisci (1987), Marx (1988) and Paro (2006).
Keywords: intellectuals - teacher – society
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i Pedagoga pela Universidade Tiradentes. Professora da rede Estadual e Municipal de Aracaju Sergipe ,
bolsista do TRANSEJA/ CAPES/INEP/UNIT. Pesquisadora no grupo de Pesquisa
GPGFOP/UNIT/CNPq: Políticas Públicas, Gestão Socioeducacional e Formação de Professores e do
NUPIEPED/UFS. E-mail: [email protected]
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ii Mestranda pela Universidade Lusófona, Licenciada em Pedagogia pela UNIT, especialista em
Consultoria Educacional pela UNIT e em Gestão Educacional pela Faculdade Pio Décimo, Professora da
Educação Básica, bolsista do Projeto Transeja/ Edital Capes/UNIT e pesquisadora do GPGFOP/CNPq
(Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Gestão Socioeducacional e Fomação de Professor);
[email protected]
iii Graduanda do curso de Pedagogia e pesquisadora do GPGFOP/CNPq (Grupo de Pesquisa em Políticas
Públicas, Gestão Socioeducacional e Formação de Professor)[email protected]
INTRODUÇÃO
O termo intelectual geralmente remete ao ouvinte a associação imediata
referente ao intelecto é, pois, aquele indivíduo dotado de um alto grau de inteligência
uma pessoa que estuda reflete e discute a respeitos de fatos e dos fenômenos sociais.
Visão restritiva e impregnada de senso comum, se considerado em seu sentido a
existência de diferentes níveis de manifestação da intelectualidade.
Tal premissa remete este estudo a algumas questões, buscando a compreensão e
ou análise de alguns conceitos de forma mais abrangente, a pensar: o que é ser um
intelectual? Quem são eles? O que faz de um sujeito um intelectual? Qual sua influência
e seu papel nas universidades e na sociedade da qual faz parte? Questões como essas
revelam a necessidade de uma reflexão mais aprofundada dessa temática.
O pressuposto é aquele afirmado por Gramasci todos os homens são intelectuais
se consideradas as características do pensamento e da reflexão a respeito das coisas, mas
que nem todos desempenham na sociedade esse papel. Neste sentido, esse estudo
mostra-se pertinente, pois busca desmistificar a visão simplista ou reducionista ainda
presente no conceito de intelectual elaborado pelas pessoas, é preciso considerar que
para conceituar essa categoria é necessário considerar as complexidades formativas,
políticas e sociais nela contida bem como a não neutralidade e a responsabilidade social
desses sujeitos.
O procedimento metodológico adotado refere-se a uma análise e revisão
bibliográfica onde serão apontados conceitos e concepções a respeito dos intelectuais, e
do o papel que eles desempenham tanto dentro das academias como nos demais espaços
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sociais, discorrendo ainda a respeito do processo formativo dessas pessoas e suas
posições e atuações nas esferas sociais, econômicas e culturais.
A discussão se utiliza do marco teórico fundamentado à luz de alguns autores
sendo os principais deles: Marx (1988) e Paro (2006) para tratar das relações de trabalho
desempenhada por essa categoria nos meios sociais, e Gramisci (1987) no que diz
respeito as a conceituação e a formação dos intelectuais bem como do seu papel na
sociedade e nos meios acadêmicos.
INTELECTUAL: UMA ANÁLISE CONCEITUAL
Para discorrer em uma análise mais minuciosa rumo a uma elaboração
conceitual do que é ser um intelectual é preciso antes de tudo considerar que todos os
possíveis conceitos até então elaborados foram pensados por outros intelectuais que por
sua vez definem o termo segundo seus próprios posicionamentos intelectuais. A esse
respeito autores como Bobbio e Lévy apontam um aspecto em comum: o intelectual é
definido pelo meio social em que vive ou no qual estabelece sua trajetória social.
Gramisci (1987) atenta ao fato de que toda época ou ambiente é por si mesmo de
natureza contraditória e por isso, sempre existirão aqueles que corresponderão à própria
época como também aqueles que combaterão fortemente com os fatos e formas de vida
oficiais. Assim para o autor, “todos os homens são intelectuais, mas nem todos
desempenham na sociedade esse papel”, ou seja, não existe atividade humana sem
intervenção intelectual e todo homem, portanto fora de sua profissão desenvolve uma
atividade intelectual, mas a relação entre o esforço “intelectual-cerebral” e o esforço
“muscular-nervoso” não são geralmente iguais.
“Do mesmo modo que, pelo fato de que alguém possa em determinado
momento fritar dois ovos ou costurar um buraco do paletó, não quer
dizer que todo mundo seja cozinheiro ou alfaiate”
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Para o autor é complexo também compreender se os intelectuais formam um
grupo social independente de outros ou se cada grupo social possui sua categoria
própria especializada de intelectuais, essa complexidade reside no modo como se
formaram as diversas categorias intelectuais, formação que historicamente mantinha
ampla ligação com os grupos sociais dominantes.
É com o movimento de expansão da organização escolar nas sociedades
oriundas do mundo medieval que se revela a valorização pelas categorias e funções
intelectuais e a valorização da intelectualidade dos indivíduos. Para Gramasci, a
formação das camadas de intelectuais não ocorria por meio de um processo
democrático, mas de acordo com processos históricos tradicionais consolidados, o que
era perceptível na distribuição dos diversos tipos de escola: Clássicas e profissionais no
território econômico, ou seja, formar-se-iam tanto as categorias daqueles que deteriam
ou não os produção das diferentes esferas de especialização intelectual.Os intelectuais
vistos por essa ótica são “comissionários do grupo dominante para o exercício das
funções subalternas da hegemonia social e do governo político”.
A categoria dos intelectuais não há uma classificação unívoca, apresentando em
si algumas classificações resultantes da formação e dos diferentes propósitos e
posicionamentos políticos e sociais que assumem os diferentes grupos de intelectuais,
desse modo, os intelectuais podem ser considerados como Tradicionais Orgânicos ou
Progressistas.
Os intelectuais Tradicionais são aqueles que se consideram atuantes neutros, sem
portanto assumirem posicionamento de dominante ou dominado, posição que os coloca
ainda que inconscientemente do lado dos dominantes se considerado o fato de que a
atitude neutralizada não gera movimento algum e logo, mantém a ordem já
consolidada.”Aquele que cala consente”.
De forma contrária aos tradicionais, os intelectuais Progressistas mostram-se
claramente sensíveis a ordem e a doutrina dos dominados, assumindo uma posição de
defesa e luta pelos direitos dos interesses dessa classe.
Nessa classificação, os intelectuais Orgânicos podem ser entendidos como
aqueles que adotam uma posição defensiva da classe de onde é proveniente, seja ela a
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dominante ou a dominada, eles são recrutados das fileiras das classes sociais. Um fator
importante a ser pontuado nessa discussão é a cooptação, que consiste justamente na
escolha de posição que podem sere feita pelos intelectuais, nesse sentido um intelectual
da classe dominante pode cooptar em ser um intelectual da classe dominada, a
Cooptação é portanto a adesão a doutrina e a ética de uma outra classe que não aquela
da qual ele faz parte.
Neste estudo a categoria de intelectuais adotada como referência é a dos
profissionais da educação, os professores, enquanto agentes políticos e sociais, e
segundo as concepções de Gramisci ser um intelectual consiste em ser um agente
organizador da cultura, da massa e da sociedade, tornando-a crítica é grande o papel
social do professor, e neste sentido se faz necessário que ele seja consciente de sua
posição enquanto intelectual, o que remete a uma reflexão a respeito do processo de
formação desse profissional.
“o que se pretende é formar um profissional não apenas competente,
mas também compromissado com a sociedade em que vive, buscando
meios de colaborar com a melhoria da qualidade de vida de seus
membros, formar um profissional competente e cidadão”. (Masetto,
2005, apud Fávero e Tonieto, 2010, p.78)
Essa formação, imersa nas relações socioeconômicas, não pode se omitir diante
do compromisso e da responsabilidade de refletir e atuar em prol de uma educação
substantivamente democrática no que se refere à socialização, apropriação e superação
da cultura, fundamentada em propósitos éticos, tão necessários no contexto da
sociedade global capitalista, fortemente marcada pela exclusão social. Essas
considerações elucidam cada vez mais a responsabilidade das agências formadoras de
professores e das políticas públicas de formação docente.
Gramasci considera a escola como instrumento formador de intelectuais de
diferentes níveis, e que a complexidade da função intelectual nos vários Estadospode ser
mensurada de forma objetiva, pela quantidade de escolas especializadas e pela sua
hierarquização, assim:
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“quanto mais extensa for a “área” escolar e quanto mais numerosos
forem os “graus” “verticais” da escola, tão mais complexo será o
mundo cultural, a civilização, de um determinado Estado” (p.9)
Esta concepção aponta que quanto mais capacitadas às instituições destinadas a
formação de intelectuais mais elevado será o grau de desenvolvimento sócio-cultural
bem como o econômico local, desde que mantido o mesmo padrão em termos
qualitativos. Nisto, reside à relevância do intelectual tanto da categoria professor aqui
tratada como nas demais, pois sendo ele um organizador e disseminador da cultura esta
será reflexo direto de sua qualidade.
Diante disso, um processo formativo de fato comprometido com a eficácia na
qualidade na formação dos intelectuais deve elaborar criticamente a atividade intelectual
no sentido de uma inovação, entendendo o papel desses sujeitos na organização e
socialização da cultura e da luta contra a hegemonia.
A FORMA DE RELAÇÃO DE TRABALHO DOS INTELECTUAIS
O trabalho humano na concepção de Marx (1982) é entendido como uma
mediação entre o homem e a natureza, é a caracterização e a materialização da condição
humana em prol da produção de vida do homem, a força de trabalho ou capacidade de
trabalho consiste no conjunto das faculdades físicas e mentais presentes no corpo e na
personalidade de um ser humano que ele põe em ação ao produzir valor de uso de
qualquer espécie.
Pode este ainda, ser considerado concreto entendido como toda atividade
produtiva do homem, e produção efetiva da riqueza, ou abstrato gerador de valor
considerado dispêndio da força de trabalho, ou ainda ser classificado como simples,
concreto e social médio e superior. O trabalho considerado superior e mais complexo é
dispêndio da força de trabalho formada a custos mais elevados que requer mais tempo
de trabalho em sua produção e de modo contrário, aqueles que requerem menos
dispêndio da força de trabalho formada menores custos, e menor duração de tempo de
trabalho em sua produção referem-se as demais formas de trabalho. O excedente
quantitativo de trabalho gera o que Marx denomina de mais-valia.
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Os intelectuais, ou “ideólogos”, segundo expressão de Marx e Engels (2002),
surgiram a partir da expansão da divisão social do trabalho e geralmente agregados a ao
lado da classe dominante, e é através do seu papel na divisão social do trabalho que
colabora no processo de entendimento de quem são esses sujeitos. Nesta discussão, é
preciso retomar o pressuposto neste estudo citado de que intelectual refere-se aquele
indivíduo que exerce a função de intelectual.
Na sociedade escravista, os intelectuais eram os filósofos; na sociedade feudal,
os teólogos e, na sociedade moderna se apresentam na figura dos os cientistas, dentro
das próprias academias é percebível a valorização pela construção da ciência. Gramisci
compreende a relação entre os intelectuais e o mundo da produção como mediatizadora
em diferentes graus pelo contexto social, no conjunto das superestruturas.
“os intelectuais são os “comissários” do grupo dominante para o
exercício das funções subalternas da hegemonia social, e do governo
político, isto é: 1) do consenso espontâneo dado pelas grandes massas
da população à orientação impressa pelo grupo fundamental
dominante à vida social, consenso que nasce “historicamente” do
prestígio (e, portanto, da confiança) que o grupo dominante obtém,
por causa de sua posição e de sua função no mundo da produção; 2)
do aparato de coerção estatal que assegura “ legalmente” a disciplina
dos grupos que não “consentem”, nem ativa nem passivamente, mas
que é constituído para toda a sociedade, na previsão dos momentos de
crise no comando e na direção, nos quais fracassa o consenso
espontâneo” (p. 57)
Na concepção marxiana, os intelectuais são vistos na condição de trabalhadores
assalariados improdutivos, trabalhadores que vendem sua força de trabalho em troca de
um salário, mas não produzem mais-valor. A esse respeito Paro (2006) afirma que o
consumo desse trabalho não equivale à lógica capitalista de dinheiro-mercadoria- mais
dinheiro, mas apenas a de dinheiro mercadoria dinheiro, em que o dinheiro é apenas um
mecanismo de circulação o autor atenta que o emprego dos termos produtivo e
improdutivos neste contexto refere-se apenas a característica de produção ou não
produção de mais-valia e não a utilidade do trabalho em si.
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“do ponto de vista do processo de trabalho em geral, apresenta-se-nos
como produtivo o trabalho que se realiza em um produto, mas
concretamente, em mercadoria. Do ponto de vista do processo
capitalista de produção, acrescenta-se a determinação mais precisa: de
que é produtivo o trabalho que valoriza diretamente o capital, o que
produz mais-valia”. (Marx, 1978:70 in Paro, 2006)
No entanto, o seu trabalho melhor remunerado do que os trabalhadores
produtivos (proletários) e de outros setores da sociedade. Isso se deve ao fato ao custo
de reprodução desta força de trabalho específica no se considerado o fato de que o
tempo e o valor embutidos na formação de um intelectual e bem maior se comparado a
de um trabalhador assalariado, outro fator estaria relacionado as ligações com o Estado
capitalista e demais instituições da sociedade burguesa, atendem muitas vezes aos
interesses aos interesses da classe dominante. Nessa perspectiva a função dos
intelectuais pode ser entendida como forma de produção e/ou reproduzir determinados
saberes que são de interesse da classe dominante.
Uma das críticas mais fortes aos intelectuais segundo Rodrigues (
2006)enquanto grupo social foi a realizada por Jan Wanclaw Makhaïsky (1981). Ele
realizou uma análise marxista dos intelectuais, observando os seus altos rendimentos e a
fonte de tais rendimentos: a renda nacional e esta, por sua vez, é oriunda da exploração
capitalista, isto é, da extração de mais-valor da classe operária. “O nível de vida quase
burguês dos intelectuais é derivado de sua apropriação de parte do lucro patronal, de
parte do mais-valor global. Se esta intelectualidade se diz “socialista”, ela visa
concentrar os meios de produção nas mãos do Estado, para assim garantir a apropriação
de uma parte maior do mais-valor global”.
O que se pode perceber é que o processo histórico dos intelectuais em diferentes
épocas e contextos econômicos e sociais sempre se mostrou complexo, a função por eles
desempenhada ao longo do tempo se manteve marcada por traços políticos da ordem
dominante, mas não se pode negar que também se mostraram muitos momentos como
geradores de movimento em prol do combate a hegemonia.
“Um intelectual profissional, por pertencer aos extratos mais baixos
desta classe social, pode se revoltar contra sua condição e assim
assumir um discurso crítico e até se aliar a setores que pregam a
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transformação social, o que não significa que tenha se tornado
autenticamente um intelectual revolucionário, pois sua produção
intelectual ainda fica limitada por não realizar uma superação
completa, já que o seu posicionamento não é derivado de uma
identificação dos seus interesses com os da classe explorada e sim um
descontentamento individual que proporciona uma revolta individual
sem grande alcance e que, se for compensado, pode “mudar de lado”.
(Rodrigues, 2006)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O papel do professor enquanto um intelectual é a de ser um metacrítico, ou seja,
de tornar crítica as atividades já existentes. Sua função de organizador e disseminador
da cultura revela o alto grau de comprometimento social perante as camadas populares e
as instituições sócias.
É inegável o seu poder na inculcação de ideologias e de influência de
concepções a respeito dos fenômenos sócias e se seu passado ontológico o revela como
contribuintes favoráveis a classe dominante é também inegável seu poder no processo
de transformação social.
O que se que é uma formação de intelectuais comprometidos com as
causas sociais que embora imerso no sistema capitalista consiga ultrapassar as formas
de dominação propostas por este sistema rumo à propagação de consciências críticas e
revolucionárias, no sentido do progresso e transformação social. Não cabe as pretensões
desta discussão criar para os possíveis leitores uma imagem idealística e surreal do
intelectual como aquele responsável pela resolução de todas as causas sociais, mas que
seja compreendido o alto grau de importância dessa classe na conscientização das
pessoas.
No nível da difusão da ideologia, os intelectuais são os encarregados de
gerenciar por tanto a “estrutura ideológica” da classe dominante no seio das
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organizações da sociedade civil (Igrejas, sistema escolar, sindicatos, partidos etc.) e de
seu material de difusão. Os intelectuais são igualmente os agentes da sociedade política.
Assim, o intelectual não necessariamente é formado nos espaços formais da
sociedade, mas deve levar consigo o pensamento crítico a respeito da realidade com a
perspectiva de transformação, para a qual a Práxis é um elemento essencial. Deve levar
os verdadeiros problemas da sociedade ao debate político e cultural na construção de
uma contra-hegemonia. Assim, os intelectuais são mobilizadores e sua função deve ser
fazer com que seu grupo social seja capaz de formar outros intelectuais.
O professor na perspectiva do intelectual deve ainda buscar o resgate da imagem
do ser professor, das suas posturas sociais, políticas e ideológicas em prol da superação
da cultura desvalorativa da carreira desses profissionais que ainda se apresenta nos
discursos sociais tanto da própria categoria de forma alienada e/ou inconsciente
mediante aos processos formativos e históricos quanto na visão de muitos sujeitos
sociais. Necessidade que nos leva a relevância de se pensar em mudanças na formação
do professorado, nas políticas educacionais vigentes, e até a elaboração e
implementação de um conjunto de normas éticas a serem seguidas no exercício da
profissão.
REFERÊNCIAS
GRAMISCI, A. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1978.
10
MARX, Karl. O Capital.. São Paulo, Nova Cultural, 1988.
PARO, Vitor Henrique (org.). A teoria do valor em Marx e a educação. São Paulo:
Cotrez, 2006.
RODRIGUES, Antonio Paiva. O trabalho dos intelectuais. Revista Espaço
Acadêmico-n 63 Agosto de 2006, mensal ISSN: 1519.6186
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