14 de maio de 2013 – Belo Horizonte (MG) Empresa: Votorantim Metais Zinco Trabalho premiado: Emergência cargas perigosas Categoria: Segurança no Trabalho Autor: Paulo Roberto Sales Rocha Revista Minérios & Minerales [email protected] [email protected] www.revistaminerios.com.br Tel.: (11) 3788-5500 1 EMERGÊNCIA CARGAS PERIGOSAS 1 PROCESSO A Votorantim Metais Zinco – JF é uma empresa do ramo metalúrgico, que produz zinco metálico, na forma de lingotes de alta pureza (SHG), ligas (como Zamac e outras), e pó de zinco, tendo como subproduto o ácido sulfúrico, dióxido de enxofre líquido, sulfato de cobre e concentrado de prata. A matéria-prima para a obtenção do zinco é o concentrado sulfetado, que é importado. O processo inicia-se com a Ustulação do concentrado (minério ZnS), em um forno de calcinação, onde ocorre a queima do enxofre, para obtenção do ustulado (ZnO), e a liberação do enxofre, na forma do gás de dióxido de enxofre que, em seguida, é processado na planta de ácido, para obtenção do ácido sulfúrico. Parte do dióxido de enxofre é direcionado para a produção de SO2 líquido. O ustulado contendo zinco e outros metais (“impurezas”) segue para o setor de lixiviação, onde ocorre a solubilização (através da adição de ácido) e a separação do zinco. A solução de sulfato de zinco é purificada e segue para o setor de eletrólise, onde, através da passagem de corrente elétrica nas cubas, ocorre a deposição do zinco nos catodos, produzindo as folhas catódicas. Na etapa final, as folhas catódicas são fundidas em um forno, de onde o zinco líquido é direcionado às lingoteiras para produção do lingote SHG, bem como aos fornos de ligas e à fábrica de pó de zinco. TOTAL DE FUNCIONÁRIOS FIXOS (Votorantim Metais Zinco - Juiz de Fora): 500 GRAU DE RISCO VMZ-JF: 4 (MÁXIMO) CNAE: 2449-1 Metalurgia dos Metais não ferrosos 2 2 SST na Empresa É de intenção de a empresa estar em conformidade com todas as leis relativas à segurança e saúde no trabalho, bem com a proteção do meio ambiente e de todos os recursos naturais. A segurança e a saúde pessoal de cada funcionário desta empresa são de importância fundamental. A prevenção de danos ou doenças ocupacionais é de tal importância que será dada precedência sobre a produtividade, sempre que necessário. A VMZJF desenvolve diversas ações de SST como Treinamentos de Comportamento seguro, Treinamentos Específicos de cada Risco Crítico da Unidade, Participação em Campanhas e premiações de segurança, Debate matinal sobre Higiene, Meio ambiente e Segurança do Trabalho (DHSMQ), Workshops sobre Segurança, Inspeções, Observações de Risco no Trabalho, Reuniões semanais sobre Higiene, Segurança e Meio Ambiente com Análises estatísticas de acidentes para educação, prevenção e planos de melhoria; Análises ergonômicas dos postos de trabalho existentes e dos projetos em implantação, Ginástica Laboral elaborada por fisioterapeuta/ergonomista; Programa de Conservação Auditiva (PCA), Gestão do PCA para empresas prestadoras de serviço na VMZJF, Programa de Proteção Respiratória, Programa de Qualificação de Parceiros, Organização de Sipat, Sistemas de Avaliação e Reconhecimento de Risco, Programa de Higiene Ocupacional. 3 Composição SST: Equipe: 1 Gerente SSMA 1 Coordenador de Segurança 1 Consultor de Meio Ambiente 1 Medico do Trabalho 1 Analista Ambiental 4 Técnico SSMA Área de Atuação 1. Prevenção de Acidentes 2. Sustentabilidade Ambiental 3. Gestão da qualidade de vida 4. Gerenciamento de Emergências 5. Relacionamento com a comunidade 6. Gestão Ocupacional 7. Treinamentos 4 Principais Resultados 1. Redução da taxa de freqüência de acidentes com e Sem afastamento 2. Programa de Qualificação de SSMA para parceiros. 3. ORT – Qualidade 4. Desenvolvimento Classe Mundial Higiene Ocupacional 5. Revitalização do processo de Treinamentos no modelo andragógico 6. Desenvolvimento do Programa de Qualidade de Vida - VM e Parceiros 7. Reestruturação do licenciamento da planta – RADA 8. Treinamento da Gerencia no Programa Comportamento 5 Principais Desafios 2012/2013 1. Renovação da Licença da planta 2. Evolução nos processos de RCA e RCS 3. Continuidade do Programa Comportamento – foco na liderança 4. Descomissionamento da Barragem dos Peixes e Duque de Caxias 5. Redução de acidentes 6. Refinamento do Programa de Qualidade de Vida 6 Composição da CIPA: CIPA GESTÃO 2012/2013 EMPREGADOR EFETIVOS: EFETIVOS: Isaac Rosa Soares – Presidente da Cipa Cezar de Alencar D.Silva Amarildo Conceição Pinto Marcelo de Oliveira Biolcati Fabio Kirchimair Portugal Watson Vinicius da Silva SUPLENTES: Delano Vaz Borges Pedro R. Monken Kronemberger Roberta Agostinho C.Oliveira Breno Luiz Franca Ferreira Elisabete Cristina de Almeida EMPREGADOS EFETIVOS: Edvan Carlos Hotz Fernando Ribeiro Dias Theylo Carlos de Lima Frank Antonio de Paiva Anderson Vitoreti Tiago Nascimento Silva 7 SUPLENTES: Paulo Henrique de Oliveira Fabio Julio Guimarães Eliseu de Souza Marques Altair José Santana João Carlos de Novaes Ferreira A Cipa é dividida em 4 grupos que fazem inspeções regulares em áreas pré determinadas. E de sua responsabilidade a realização de uma Sipat anual dentro de seu mandato corrente. 3 O Problema O processo consiste na queima de um minério de Sulfeto de Zinco contendo 30% de enxofre o que provoca a geração de um gás contendo cerca de 12% de SO2, que será transformado em SO3 e convertido em acido sulfúrico e parte deste gás é convertido em Dióxido de Enxofre liquefeito sendo esta a única fábrica do pais. O dióxido de enxofre liquido é o ácido sulfúrico são vendidos para o mercado interno, fazendo uma movimentação aproximada via caminhões tanques de aproximadamente 300 toneladas dia de Acido Sulfúrico e 40 toneladas dia de Dióxido de Enxofre Liquido, estas cargas são distribuídas por todo pais e isto implica em alto risco de acidentes. Todas estas cargas são transportadas por empresas especializadas e dedicadas podendo ser por frete CIF ou FOB, como nossa responsabilidade independe da modalidade de frete conforme Resolução 420 da ANTT e suas atualizações. 4 O Case O desafio foi é realizar todo o processo deste a recepção do veiculo para carregamento onde o mesmo começa a ser avaliado, como também seu condutor. Passado esta primeira fase se aprovado o veiculo vai para pesagem e após este processo é enviado para base de carregamento, onde são realizadas novas avaliações e se aprovado o mesmo e carregado. Depois de carregado o veiculo é novamente inspecionado para verificar estanqueidade da carga e se aprovado o mesmo é liberado para pesagem. Neste momento é conferido e confrontado o tipo de veiculo com o PBT e em caso de excesso de peso procedemos a correção e senão for possível impedimos que o mesmo siga o seu destino final. 8 Para que tenhamos uma eficácia no sistema e confiabilidade no mesmo fazemos com que todas as exigências legais e de padrões internos sejam atendidos na integra pelos transportadores, são exigências comuns para que o mesmo seja liberado para o transporte: Todas as licenças necessárias de órgãos municipais, estaduais e federais. Planos de manutenção de Frota. Treinamentos dos motoristas. Conhecimento do produto transportado. Conhecimento das rotas. Internamente praticamos varias ferramentas que auxiliam neste controle. Rotas internas mapeadas. Todos os riscos envolvendo o carregamento e transporte foram mapeados e realizados uma pontuação onde são previstos as necessidades de controles. 9 As tarefas que envolvem a rotina podem ser avaliadas pelo sistema de Observação de riscos da Tarefa – ORT. 10 Sistema via WEB onde se tem informações sobre o local do acidente a partir de informações Fornecidas em caso do sinistro. 11 Realização de mapeamento de riscos num raio de 200 km à partir de nossa base de carregamento em todos os sentidos de rotas que nossas cargas são movimentadas resultando num mapeamento de mais de 1000 km. Nestes mapeamentos temos todas as informações da rodovia, como sinalização áreas de riscos informações ao longo da rodovia de postos de combustíveis, pontos de apoio, policia rodoviária, informações de áreas de apoio de cada município (policia prefeituras, tratamento e capitação de água, entre outros). O objetivo de mapear 200 km para cargas expedidas esta direcionado principalmente a uma avaliação de riscos que prevê que nesta distancia uma equipe da unidade pode ser mobilizada para realização de uma atendimento e ter sucesso nestas situações, seguimos a mesma linha dentro das mesmas rotas e prevemos também um atendimento dentro de um raio de 40 km para questão de nossos insumos. Para realizar estes atendimentos foi estruturada uma equipe de especialistas mais agregações de equipamentos para atendimento a emergência. 12 13 14 Realização de estudo de casos em acidentes externos com produtos similares de nossa mesma linha. 15 Participação de cursos e seminários pelos guardiões responsáveis pelo controle de cargas – NEA FEAM em BH 16 Participação dos guardiões no Seminário de cargas em JF Participação do guardião na divulgação do risco de cargas perigosas na Unipac JF – Curso Gestão Ambiental Estatísticas: Último acidente ocorrido com cargas da unidade: Data: 19/08/2007 Hora: 16:00h Local: Rodovia Br 267 Km 281 proximidades do Trevo - Entrada para os municípios de Cruzília / S. Vicente de Minas. 17 18 Fatos: - Não ocorreu vazamento de produto. - Não ocorreu envolvimento com outros veículos. - Não ocorreu danos ambientais significativos (apenas vazamento de óleo do cavalo que foi retirado juntamente com a terra contaminada). - Ocorreram apenas danos materiais (destruição do cavalo mecânico, danos no tanque, custos de equipes de emergência e de remoção dos veículos) Conheça o autor do projeto Paulo Roberto Sales Rocha – Técnico em SSMA, Higiene do Trabalho, Mecânica, Metalurgia, Segurança do Trabalho e Química. Atua há 28 anos na área de Segurança e Higiene do Trabalho. Na Votorantim é responsável pelo sistema de Emergência e Transporte de Cargas Perigosas e coordenador do Plano de Auxilio Mútuo de Juiz de Fora (MG).