Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) O DIREITO À CIDADE NA METRÓPOLE. OS DESAFIOS PARA O NOVO ESTATUTO Jeroen Klink Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) 1. Complexidade da metrópole • • As nossas narrativas (representações do espaço da metrópole) não parecem captar a essência da dinâmica da metrópole; Por exemplo: Escala da metrópole como a “escala natural/inerente” que deveria nortear o planejamento e gestão das Funções Públicas de Interesse Comum (FPIC); Governança colaborativa/planejamento colaborativo Metrópole como desafio e potencialidade para o projeto nacional (“...influência nacional”) ou regional (...”área de influência de uma capital regional...”) – espaço privilegiado para a articulação setorial Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) 2. Desencantamento com a reforma urbana e o EC Do Direito à cidade (”processo constituinte” mais radical?) à reforma urbana (“processo constituído” mais moderado) – Ganhos, perdas e o deslocamento Dois eixos estruturantes do projeto reformista (“urbanismo progressista” articulando o Estado e Mercado): processo – plano diretor e o planejamento colaborativo (“racionalidade comunicativa”) – mudam o modelo tecno-burocrático; Melhores resultados – função social da propriedade alavancada mediante os instrumentos urbanísticos (caixa de ferramentas) Melhor Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) No entanto........... Não subestimamos as contradições da atuação e organização territorial do Estado (nas múltiplas escalas)? (path dependencies/fetichização dos instrumentos?) Planejamento colaborativo no modo brasileiro.... Convivência de Instrumentos “supostamente” progressistas e instrumentos menos progressistas/distributivos? O que significa um instrumento redistributivo? E a função social da propriedade? Quais os projetos e as estratégias dos demais agentes que (re)produzem o espaço? Como fazer a articulação entre os diversos instrumentos? Síntese: como avançar do projeto para uma estratégia redistributiva? A escala urbana como arena contestada pelos agentes públicos e privados (com estratégias e projetos conflitantes........) Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) 3a. O que podemos esperar do EM? Leitura da trajetória histórica das institucionalidades metropolitanas.... Existe um movimento pendular? Autoritarismo/arranjo tecno-burocrático; Vácuo institucional nos anos 90; Gradativa retomada: (i) consórcios; (ii) abordagem setorial – saneamento; resíduos; (iii) EM Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) 3b. EM representa um approach diferente? Re-escalonando o Estatuto das Cidades para a metrópole? (art. 6–I: “prevalência do interesse comum sobre o local”) Eixo central: PDU-I e instrumentos urbanísticos (“...zonas para a aplicação compartilhada dos Instrumentos urbanísticos....”) Maior contundência? “Planejamento colaborativo compulsório”? (sanções após 3 anos – art. 21) (OUC-interfederativas......) – Tema polêmico Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) 3c. Outras questões...... Critérios para a criação de RMs – ponto positivo; Ausência do fundo – ponto negativo – sanções sem incentivos (sticks without carrots) - perda de encadeamento entre os instrumentos . Reflexo da ausência de um padrão de financiamento e de uma política nacional para as RMs; Planos setoriais (“poderão ser formulados planos setoriais interfederativos...” Diálogo com conflito inter-federativo em torno do saneamento?) Desafios do Estatuto da Metrópole – Ibdu (06/03/2015) 4. Por fim...... Ironicamente – A proliferação dos debates em torno da institucionalidade metropolitana-regional (questões setoriais; consórcios; EM; acórdão) não se enraizou num processo de mobilização da sociedade (poder constituinte) em prol da produção e apropriação dos recursos de propriedade comum, do direito à cidade (e à vida) na metrópole