SINPRECE NA LUTA CONTRA OS DESMANDOS NA GEAP Nos últimos anos, o SINPRECE junto com outras entidades tem travado uma batalha sem trégua em defesa dos direitos dos servidores assistidos pela GEAP. Vale lembrar que após ter assumido a presidência do país, o PT tem utilizado a GEAP para beneficiar seus apadrinhados políticos, colocando pessoas sem a menor competência para administrar o nosso plano Fruto da incompetência administrativa e objeto dos interesses do governo federal, a GEAP transformou-se numa grande dor de cabeça para aqueles que pagam o custeio do plano de saúde, que estão há anos sem reajuste salarial e acabam tendo que arcar com o prejuízo. Um levantamento inicial indica uma verdadeira destruição do patrimônio da fundação: apenas nesse ano, seu valor caiu de 70 para 15 milhões! A GEAP também perdeu milhões por conta dos maus investimentos feitos por sua diretoria no mercado pecuário. A dívida total da GEAP pode chegar a R$ 500 milhões até o final de 2012! Enquanto os ativos financeiros da fundação minguavam, a direção seguiu esbanjando outros milhões com instalações luxuosas e privilégios financeiros aos membros de sua direção. Esses gestores, quase todos escolhidos diretamente pelo PT, gozam de altos salários e encontram-se totalmente fora do controle dos servidores. Isso ficou claro na imposição do novo diretor executivo, Paulo Paiva, alvo de denúncias de atos irregulares praticados quando exercia o cargo de gerente regional da GEAP na Paraíba. Essa imposição, contestada pelos conselheiros Valmir Braz, representante dos servidores do Ministério da Saúde, e Lucas Thadeu, representante dos servidores do Ministério do Transporte, acabou gerando a demissão da presidente do conselho, de Raquel Marshall. O que fazer? A direção da GEAP enviou correspondência aos servidores do Ministério da Saúde informando como ficará o valor a ser pago com a repactuação assinatura do novo convenio com o MS e estabelecendo inclusive prazo para que os servidores migrem de plano. A migração para planos de custeio inferior implicam em uma redução ainda maior da qualidade do atendimento, podendo prejudicar seriamente aqueles que se encontram em tratamento ou têm procedimentos já marcados, como exames e cirurgias. Em reunião da FENASPS e sindicatos estaduais realizada no dia 29/09, com a presença do SINPRECE, foi discutida a grave situação financeira e administrativa da GEAP. Se não for paga a divida em torno de R$ 500 milhões, a GEAP estará sujeita a sofrer uma intervenção por parta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Se isso ocorrer, os assistidos serão distribuídos para outros planos ou simplesmente ficarão sem plano de assistência de saúde, correndo ainda o risco de ver os recursos do fundo de pecúlio dos servidores ser usados para quitar as dívidas contraídas pela má gestão da GEAP. Embora saibamos da difícil situação dos planos (a Amil foi vendida para uma empresa norte-americana) é preciso seguir resistindo na defesa e manutenção do nosso plano de saúde. Para isso o sindicato já encaminhou várias atividades nesse ano de 2012: • Ocupação da sede da GEAP em Fortaleza. • Representação junto ao Ministério Público Federal. • Denúncia da situação junto aos meios de comunicação. • Realização de Encontro Regional da GEAP, no Marina Park Hotel, dia 08/05/2012. • Apoio à eleição dos candidatos indicados pela FENASPS ao Conselho Deliberativo (CONDEL) e Conselho Fiscal (CONFIS). • Ações judiciais solicitando a suspensão do aumento no custeio dos valores do plano de saúde. O SINPRECE ingressou com um pedido de liminar solicitando a imediata revogação do aumento do custeio e a o retorno das mensalidades aos valores que vigoravam até a resolução que autorizou o reajuste. Esse pedido foi indeferido (negado) pelo juiz da 16ª Vara Cível de Brasília, Fernando Cardoso de Freitas, acatando acriticamente os argumentos usados pela direção da GEAP para justificar o aumento exorbitante, desconsiderando totalmente os impactos do reajuste nos orçamento dos trabalhadores. Com isso, a assessoria jurídica do SINPRECE entrou imediatamente com uma ação de agravo de instrumento junto ao Tribunal de Justiça de Brasília, com o objetivo de obter nessa instância a revisão do indeferimento. Estamos aguardando que essa ação obtenha êxito. Mas tudo isso não adiantará de nada se não estivermos unidos e participando dessa batalha. Todos os assistidos pela GEAP devem se posicionar nessa luta. Sem a mobilização dos servidores, o governo não tirará as mãos de cima da fundação. Também não podemos permitir que mexam no nosso fundo de pecúlio. Vamos à luta! 12 de outubro de 2012