Elaboração de Projetos
Socioeducativos e Culturais
PRODUTO FINAL PARA APROVAÇÃO:
Projeto Socioeducativo e/ou Cultural
contendo os diferentes elementos
que serão trabalhados e destacados
durante o Módulo.
Data Limite de Envio
26/02/2011
[email protected]
www.arturmotta.com
POR QUÊ
esta disciplina
num curso como este?
Nome
Formação
Ocupação atual
Todo ponto de vista
é a vista de um ponto.
L. Boff
1.2 - Desenvolvimento sustentável e
desenvolvimento local
Indicadores Sociais
Brasileiros e Mundiais
IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano
criado pela Organização das Nações Unidas,
mede o grau de desenvolvimento humano dos
países. Esse índice é composto por uma série de
indicadores socioeconômicos:
• expectativa de vida ao nascer;
• analfabetismo adulto;
• taxa de escolaridade;
• renda per capita.
Brasil Rico x Brasil Pobre
• PIB 2003 (em milhões):
R$ 1.556.182
• População 2003 (milhares) *:
178.985
• PIB per Capita (R$):
R$ 8.694
 Fonte: IBGE, Diretoria de
Pesquisas, Coordenação de Contas
Nacionais e Coordenação de
População e Indicadores Sociais.
 * População estimada para 1º de
julho, série revisada.
•
•
•
O Brasil está na 65ª colocação no
ranking do IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) de 2005 (em
177 países no total), com um índice de
0,792 .
Desde 1990, já subiu 14 posições.
12 países da América Latina e do Caribe
têm desempenho superior ao brasileiro,
entre eles México (53º no ranking, IDH de
0,814), Cuba (52º no ranking, IDH de
0,817), Uruguai (46º no ranking e IDH de
0,840), Chile (37º no ranking, IDH de 0,854)
e Argentina (34º no ranking, IDH de 0,863).
A Noruega lidera o ranking novamente,
com IDH de 0,963. O Brasil aparece logo
abaixo da Rússia e logo acima da Romênia.
Fonte: Banco Mundial
Brasil Rico x Brasil Pobre
• O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma
medida comparativa de pobreza, alfabetização,
educação, esperança de vida, natalidade e outros
fatores para os diversos países do mundo.
• É uma maneira padronizada de avaliação e medida do
bem-estar de uma população, especialmente bem-estar
infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista
paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde
1993 pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento em seu relatório anual.
•
Fonte: Banco Mundial
Índices Brasileiros
• O Coeficiente de Gini é uma
medida de desigualdade
desenvolvida pelo estatístico
italiano Corrado Gini, e
publicada no documento
“Variabilità e mutabilità”
(variabilidade e mutabilidade),
em 1912.
• O coeficiente de Gini é
majoritariamente usado para
mensurar a desigualdade de
renda.
• O coeficiente de Gini
classifica o Brasil como o
oitavo país mais desigual
do planeta.
Deve-se recordar que quanto mais
próximo de 1, mais desigual é o país e
quanto mais próximo de 0, menos
desigual:
•Namíbia: 0,707
•Serra Leoa: 0,629
•Brasil: 0,593
•Paraguai: 0,578
•Chile: 0,571
•Argentina: 0,522
•China: 0,447
•Estados Unidos: 0,408
•França: 0,331
•Áustria: 0,300
•Japão: 0,249
•Dinamarca: 0,247
Fonte: Relatório de desenvolvimento da ONU de 2005
ÍNDICES BRASILEIROS
SAÚDE
• 3º pior índice de
mortalidade infantil e 4ª
pior expectativa de vida,
considerando os países
da América do Sul.
GÊNERO
• Apesar das mulheres
brasileiras terem mais
escolaridade que os
homens, elas ainda
ganham em média 30%
menos.
EDUCAÇÃO X ANALFABETISMO
Fonte: Pessoas de 15 anos ou mais de
idade (%) - IBGE, Diretoria de
Pesquisas, Coordenação de População
e Indicadores Sociais, Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios.
Indicadores
METAS DO MILÊNIO
O compromisso que os 191 países que
compõem a ONU assinaram em setembro
de 2000, com o objetivo de atingir até 2015.
No Brasil, tem o nome de “Nós Podemos” e
serve como parâmetro para que cada
brasileiro atue em sua comunidade.
METAS DO MILÊNIO
8 jeitos de Mudar o Mundo
1. Erradicar a extrema pobreza e a fome.
2. Atingir o ensino básico universal.
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
4. Reduzir a mortalidade infantil.
5. Melhorar a saúde materna.
6. Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
7. Garantir a sustentabilidade ambiental.
8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.
www.nospodemos.org.br
Indicadores/Instrumentos de Avaliação
PACTO GLOBAL DA ONU
Este pacto com 10 princípios foi proposto
às empresas, em todo o mundo, pela
ONU, com o objetivo de promover a
responsabilidade
social
e
a
sustentabilidade do Meio Ambiente.
Os 10 Princípios:
Princípios de Direitos Humanos
1. Respeitar e proteger os direitos
humanos;
2. Impedir violações de direitos
humanos;
Princípios de Direitos do Trabalho
3. Apoiar a liberdade de associação no
trabalho;
4. Abolir o trabalho forçado;
5. Abolir o trabalho infantil;
6. Eliminar a discriminação no ambiente
de trabalho;
Princípios de Proteção Ambiental
7. Apoiar uma abordagem preventiva
aos desafios ambientais;
8. Promover a responsabilidade
ambiental;
9. Encorajar tecnologias que não
agridem o meio ambiente.
Princípio contra a Corrupção
10. Combater a corrupção em todas as
suas formas, inclusive extorsão e
propina.
Razões Históricas da
Desigualdade
•
•
•
•
•
•
•
País sem histórico democrático;
País sem histórico de revoluções
burguesas, como EUA, Europa etc;
País sem histórico de revoluções
socialistas, como Rússia, Cuba etc;
País que ainda não passou por
reformas tributária, agrária e social;
País com mais de 300 anos de
escravatura;
País que até a década de 30 possuía
70% da população rural;
Questões culturais (ex.: democracia
racial).
Por que o Problema
Persiste?
•
•
•
•
Gestão de políticas concorrentes,
eleitoreiras e sem visão integrada;
Falta de integração e articulação
entre governo, ONG, comunidade
e empresa;
Políticas pobres;
Estado mínimo.
Antigas exclusões ainda hoje não
resolvidas: fome, educação, mulheres,
negros e jovens, migrantes e famílias
numerosas.
Novas exclusões que se somam às
antigas: família mono-responsável
(maioria matriarcal), exclusão digital,
desemprego etc.
Pausa para reflexão...
Para nos ajudar nas reflexões deste Módulo, algumas
perguntas podem ser respondidas:
• As condutas que adoto espelham as causas que defendo?
• Tenho informações suficientes e clareza de como enfrentar a
situação de violação de direitos?
• Quem são meus aliados e quais os recursos disponíveis para
exercer a minha função?
• Tenho contribuído para garantir a participação de todos?
• Tenho buscado apoio e dado retorno às pessoas que
represento em relação às decisões que eu tenho tomado?
É necessário que pessoas e
instituições:
• construam uma autoimagem positiva;
• desenvolvam
capacidades
para
pensar
criticamente e agir assertivamente;
• construam espaços e grupos colaborativos;
• promovam a tomada de decisões de forma
horizontal e democrática;
• implementem ações em conjunto.
QUE REALIDADE PRÓXIMA DE
MIM MANIFESTA AS
DESIGUALDADES DOS DADOS
APONTADOS NOS
INDICADORES SOCIAIS?
ATENÇÃO
Elemento que deve ser considerado para iniciar
a elaboração do Projeto Final deste módulo.
UNIDADE 1
Projetos socioeducativos/ sociais e
culturais
1.1 - Princípios, Empoderamento,
Protagonismo e Empreendedorismo
1.1.1 O QUE É UM PROJETO?
1. Instrumento de comunicação;
2. Instrumento de intervenção em um
ambiente ou situação com a finalidade de
produzir mudanças;
3. Instrumento para fazer algo inovador.
1.1.2 PRINCÍPIOS
O desenvolvimento socioeconômico nos
países do terceiro mundo deve visar
resultados concretos para beneficiar os mais
necessitados,
bem
como
estimular
processos de aprendizagem coletiva e
participação universal na configuração do
destino do povo.
ATENÇÃO
Elementos que devem ser considerados na elaboração
do Projeto Final deste módulo.
1.1.3 EMPODERAMENTO
O conceito surgiu com os movimentos de
direitos civis nos Estados Unidos, na década de
1970, por meio da bandeira do poder negro, como
forma de auto-valoração da raça e conquista de
cidadania plena. Ainda na mesma época, o termo
começou a ser usado pelo movimento de
mulheres.
EMPODERAMENTO
Ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos
quando participam de espaços privilegiados de
decisões, de consciência social dos direitos
sociais.
É o processo pelo qual as pessoas, as
organizações, as comunidades tomam controle de
seus próprios assuntos, de sua própria vida,
tomam consciência da sua habilidade e
competência para produzir, criar e gerir seus
destinos.
EMPODERAMENTO
Possibilita tanto a aquisição da emancipação
individual, quanto a consciência coletiva
necessária para a superação da “dependência
social e dominação política”.
Enseja a superação da condição de
desempoderamento das populações pobres, as
quais segundo Nyerere (1979), não podem se
desenvolver se não tiverem poder.
EMPODERAMENTO
A capacidade de decidir sobre a própria vida
é um dos objetivos de estratégias de
empoderamento de pessoas e comunidades, mas
o poder consiste também na capacidade de
decidir sobre a vida da comunidade, do coletivo,
na intervenção em fatos que direcionam, obrigam,
circunscrevem ou impedem.
EMPODERAMENTO
Um processo de empoderamento eficiente
deve envolver tanto componentes individuais
como coletivos. Só assim é possível desenvolver
as capacidades necessárias para que se
obtenham reais transformações sociais.
EMPODERAMENTO
O centro deste processo é o incremento do
poder das comunidades, a posse e o controle dos
seus próprios esforços e destino.
Uma comunidade que trabalha para atingir
objetivos comuns, adquire força e consciência de
sua capacidade e poder coletivo para enfrentar e
resolver problemas.
EMPODERAMENTO
Um processo de “empoderamento” eficaz precisa contemplar,
pelo menos, quatro níveis:
(1) Cognitivo: conscientização sobre a realidade e os processos;
(2) Psicológico: ligado ao desenvolvimento de sentimentos de autoestima e autoconfiança, requisitos para a tomada de decisões;
(3) Econômico: que relaciona a importância da execução de atividades
que possam gerar renda que assegure certo grau de independência
econômica;
(4) Político: que envolve a habilidade para analisar e mobilizar o meio
social para nele produzir mudanças.
ATENÇÃO
Elementos que devem ser considerados na elaboração
do Projeto Final deste módulo.
1.1.5 EMPREENDEDORISMO
A palavra empreendedor, em língua
portuguesa tem origem no termo francês
entrepreneur, cunhado por volta de 1800, pelo
economista Jean-Baptiste Say.
O termo designava aquele que transfere
recursos de um setor de produtividade baixa para
um setor de maior produtividade e de maior
rendimento.
EMPREENDEDORISMO
Posteriormente, a palavra empreendedor foi
utilizada pelo economista Joseph Schumpeter, em
1911, em sua obra Teoria do desenvolvimento
econômico, como sendo uma pessoa com
criatividade e capaz de fazer sucesso com
inovações.
Assim, o termo empreendedor ganhou
destaque mundial: "Sempre enfatizei que o
empreendedor é o homem que realiza coisas
novas e não, necessariamente, aquele que
inventa".
EMPREENDEDORISMO
Schumpeter acreditava que o espírito
empreendedor era fundamental para a
sobrevivência empresarial:
“Empreendedorismo envolve qualquer forma
de inovação que tenha uma relação com a
prosperidade da empresa.”
“Fazer coisas novas ou coisas que já são
feitas [mas] de maneira diferente é vital.”
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo designa os estudos
relativos ao empreendedor, seu perfil, suas
origens, seu sistema de atividades, seu universo
de atuação.
EMPREENDEDORISMO
Empreendedor é o termo utilizado para
designar, principalmente, as atividades de quem
se dedica à geração de riquezas, seja na
transformação de conhecimentos em produtos ou
serviços, na geração do próprio conhecimento, ou
na inovação em áreas como marketing, produção,
organização, entre outras.
1.1.6 Perfil do empreendedor
• Assume riscos e começa algo novo;
• Busca a mudança, reage a ela e a explora como
oportunidade;
• Inova, cria algo diferente, muda e transforma valores e
situações;
• Capaz de conviver com riscos e incertezas.
(Fonte:http://books.google.com.br/books?id=k5v2JkajaAkC&printsec=frontcover&dq=empreendedor+origem+do+termo&source=gbs_summary
_s&cad=0
“Grandes realizações são
possíveis quando se dá atenção
aos pequenos começos."
Lao Tse
Empreendedorismo no Brasil
No Brasil, o empreendedorismo começou a
ganhar força na década de 1990, durante a
abertura da economia.
A entrada de produtos importados ajudou a
controlar os preços, uma condição importante para
o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para
alguns setores que não conseguiam competir com
os importados, como foi o caso dos setores de
brinquedos e de confecções, por exemplo.
Empreendedorismo no Brasil
Para ajustar o passo com o resto do
mundo, o país precisou mudar. Empresas
de todos os tamanhos e setores tiveram que
se modernizar para poder competir e voltar
a crescer.
Empreendedorismo no Brasil
O governo deu início a uma série de
reformas, controlando a inflação e ajustando a
economia. Em poucos anos o País ganhou
estabilidade, planejamento e respeito.
A economia voltou a crescer. Só no ano
2000, surgiu um milhão de novos postos de
trabalho. Investidores de outros países voltaram a
aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações
aumentaram. Juntas essas empresas empregam
cerca de 40 milhões de trabalhadores.
Características do empreendedor
Uma pessoa empreendedora precisa ter
características
diferenciadas
tais
como:
originalidade, flexibilidade e facilidade nas
negociações, tolerância, iniciativa, otimismo, autoconfiança e intuição. Além de ser visionário para
negócios futuros.
Características do empreendedor
Um empreendedor é um administrador,
necessita ter conhecimentos administrativos, ter
uma política para a empresa, ter diligência,
prudência e comprometimento.
As habilidades requeridas de um
empreendedor podem ser classificadas
em 3 áreas:
1. Técnicas
Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar
informações, ser organizado, saber liderar e
trabalhar em equipe.
ATENÇÃO
Elementos que devem ser considerados na elaboração
do Projeto Final deste módulo.
2. Gerenciais
Incluem as áreas envolvidas na criação e
gerenciamento
da
empresa
(marketing,
administração, finanças, operacional, produção,
tomada de decisão, planejamento e controle).
ATENÇÃO
Elementos que devem ser considerados na elaboração
do Projeto Final deste módulo.
3. Características pessoais
Ser disciplinado, assumir riscos, ser
inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter
iniciativa, coragem, humildade e, principalmente,
ter paixão pelo que faz.
ATENÇÃO
Elementos que devem ser considerados na elaboração
do Projeto Final deste módulo.
Formas de Empreender
•
•
•
•
Empresário
Autônomo
Intracorporativo ou in company
Social
Empreendedorismo Social
“Trata-se (...) do negócio do social, que tem
na sociedade civil o seu principal foco de atuação
e na parceria envolvendo comunidade, governo e
setor privado (...). Estamos diante de uma nova
meta – como tornar a comunidade autosustentável? Como desenvolvê-la política, social,
cultural, econômica, ética e ambientalmente?
Este objetivo será atingido pelo fomento de ações
empreendedoras de cunho social e de novas
estratégias
de
inserção
social
e
de
sustentabilidade” (NETO;FRÓES, 2002).
Empreendedorismo Social
Redesenho da relação comunidade, governo e setor privado
↓
Parcerias
↓
Novos processos de geração de riquezas e valores éticos
↓
“empoderamento”
↓
Promoção de equidade social, cultural, econômica e ambiental
↓
SUSTENTABILIDADE CONTINUADA
(Adaptado de Neto & Fróes, 2002, p.30)
Download

empreendedor