UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aula VIII – Dosagem Experimental Materiais de Construção Professor: Leandro Neves Duarte 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET DOSAGEM Definição é o proporcionamento adequado e mais econômico dos materiais: Cimento Água Areia Britas Aditivos 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET ABCP A Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP foi fundada em 1936 com o objetivo de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações. É uma entidade sem fins lucrativos, mantida voluntariamente pela indústria brasileira do cimento, que compõe seu quadro de Associados. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em tecnologia do cimento, a entidade tem usado sua expertise para o suporte a grandes obras da engenharia brasileira e para a transferência de tecnologia das mais diversas formas, a saber: • Promoção de cursos de aperfeiçoamento e formação, seminários e eventos técnicos. • Parceria com dezenas de universidades, escolas e instituições de pesquisa do país. • Apoio às indústrias de produtos à base de cimento. • Publicação de livros, revistas e documentos técnicos. • Suporte à geração de normas técnicas brasileiras, no âmbito do CB-18. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Dosagem 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Dosagem Materiais constituintes – “ receita do bolo” 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET REQUISITOS PARA A DOSAGEM Trabalhabilidade Resistência físico-mecânica Permeabilidade/Porosidade Condição de exposição Custo 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET RESISTÊNCIA ESPECIFICADA Compressão simples Em todos os projetos Tração por compressão Diamentral Tração na flexão Projetos Especiais Módulo de deformação Desgaste por abrasão 7 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET DE QUE FORMA OS MATERIAIS INFLUENCIAM NO CONCRETO? Cimento Maior consumo de cimento acarreta: MAIOR plasticidade MAIOR coesão menor segregação menor exsudação MAIOR calor de hidratação MAIOR variação volumétrica 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET DE QUE FORMA OS MATERIAIS INFLUENCIAM NO CONCRETO? AGREGADO MIÚDO Aumento do teor de agregado miúdo acarreta: Aumento do consumo de água Aumento do consumo de cimento Maior plasticidade AGREGADO GRAÚDO Mais arredondado e liso maior plasticidade e menor aderência Lamelar maior consumo de cimento, areia e água e menor resistência Melhores agregados são cúbicos e rugosos 9 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Dosagem experimental do concreto Técnicas de cálculo estrutural mais desenvolvidas aliadas ao maior conhecimento dos comportamentos mecânicos do concreto e do aço fizeram surgir estruturas mais arrojadas em concreto armado ou protendido. O concreto é submetido a tensões mais elevadas 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Dosagem experimental do concreto Metodologias de dosagem mais precisas baseadas em: Leis científicas, e Ensaios experimentais Métodos de dosagem comumente utilizados no Brasil: Método da ABCP Método do IPT Método do INT Método do ITERS Método do ACI adaptado pela ABCP às condições brasileiras 11 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Fundamentos da dosagem experimental Definição e considerações gerais A dosagem visa a garantir ao concreto No estado fresco: Trabalhabilidade adequada aos meios disponíveis para que seja transportado, lançado e adensado, sem segregação No estado endurecido: Características compatíveis com as solicitações impostas pela utilização e exposição da obra (resistência, durabilidade, permeabilidade) Ser produzido a baixo custo (competitividade com outros materiais alternativos) 12 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Principais elementos considerados na dosagem de um concreto Resistência característica Risco de ataque químico no concreto massa Tipo de cimento Processo de adensamento Controle de qualidade Seção da peça e espaçamento das barras Trabalhabilidade Dimensão máxima Forma do requerida do agregado agregado Resistência de dosagem Idade para a resistência exigida Durabilidade Relação água/cimento (x) Proporção agregado/cimento (m) Traço Capacidade da betoneira Peso dos componentes por betonada Granulometria dos agregados Proporção de cada tipo de agregado UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Concreto fresco A trabalhabilidade depende de Fatores relativos aos materiais Condições de execução da obra UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Condições de execução da obra Dimensão máxima característica do agregado Dimensões da peça Menor do que 1/4 da menor distância entre faces da forma Menor do que 1/3 da altura das lajes Pelo espaçamento das armaduras O espaço livre entre duas barras deve ser maior do que 1,2 vezes a dimensão máxima característica do agregado nas camadas horizontais e 0,5 vezes a mesma dimensão máxima característica no plano vertical UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Condições de execução da obra Dimensão máxima característica do agregado No concreto bombeado a dimensão máxima característica é limitada pelo diâmetro da tubulação Misturas mais fluidas para peças Densamente armadas Grandes dimensões de moldagem em relação ao volume Processo de adensamento menos enérgico UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Considerações preliminares Métodos de dosagem: Europa - 20 métodos Brasil - 4 métodos Método ABCP/ACI: Desenvolvido com base nos métodos do American Concrete Institute (ACI) e Portland Cement Institute (PCI), adaptando-se às condições brasileiras, ou seja, permitindo a utilização de agregados graúdos britados e a areia de rio que obedecem a NBR 7211 Fornece uma primeira aproximação da quantidade dos materiais devendo-se realizar uma mistura experimental UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Cimento: Tipo Massa específica Resistência do cimento aos 28 dias Agregados: Análise granulométrica - Módulo de finura do agregado miúdo - Dimensão máxima do agregado graúdo Massa específica Massa unitária compactada UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Concreto Consistência deseja no estado fresco Condições de exposição Resistência de dosagem do concreto fc28 fck 1,65 sd sd – desvio padrão UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Resistência característica do concreto fck fcm 1,65 sd UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT Concreto com desvio padrão conhecido CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Mesmos materiais Equipamentos similares Condições equivalentes Calcular Sd a partir de: – pelo menos 20 resultados consecutivos – obtidos em período imediatamente anterior de 30 dias Sd – sd > 2,0 MPa n i 1 ( f cj f ci ) 2 n 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Resistência de cálculo (design) f cd f ck = γc gc = coeficiente de minoração da resistência do concreto. – Desvios desfavoráveis da resistência do concreto da geometria das peças. – Em geral gc = 1,4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Resistência de dosagem (fcj) – fcj = fcm = fck + 1,65 x sd – O concreto é dosado em laboratório para a resistência média. – j = idade do concreto (28 dias em geral). UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI NBR 12655/96 – Concreto: preparo, controle e recebimento (item 6.4) Dosagem racional e experimental – Obrigatória para fck > 15 MPa (C 15) Dosagem empírica – Apenas para fck = 10 MPa (C 10) – C > 300 kg/m³ UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DEFINIÇÃO DO fc28 CONDIÇÃO DE PREPARO (aplicável às classes C 10 até C 80): o cimento e os agregados são medidos em massa, a água de amassamento é medida em Sd = 4,0 MPa massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos agregados. Condição A Condição B Sd = 5,5 MPa (aplicável para às classes C 10 até C 25): o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados em massa combinada com volume. A umidade do agregado miúdo é determinada pelo menos três vezes ao dia. O volume do agregado miúdo é corrigido através da curva de inchamento estabelecida especificamente para o material utilizado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DEFINIÇÃO DO fc28 CONDIÇÃO DE PREPARO (aplicável somente para os concretos de classe C 10 e C 15): o cimento é medido em massa, os agregados são medidos em Sd = 7,0 MPa volume, a água de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da consistência do concreto. Condição C UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI FIXAÇÃO a/c Critérios Durabilidade - ACI ou NBR 12655 - Relação a/c e tipo de cimento Resistência mecânica - Escolha do a/c é função da curva de Abrams do cimento UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Curva de Abrams Resistência à compressão do concreto requerida aos 28 dias, MPa 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 Resistência normal do cimento aos 28 dias 15,0 10,0 5,0 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 Relação água/cimento, l/kg • 26 • 29 • 32 • 35 • 38 • 41 • 44 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Quando a resistência normal do cimento é conhecida: – A adoção da relação a/c é feita diretamente com a resistência normal conhecida Quando a resistência normal do cimento é desconhecida mas é conhecida a resistência média e o desvio padrão ou o coeficiente da variação do cimento em questão – Resistência estimada = resistência média - 1,65 x s – s= desvio padrão da fabricação do cimento – Utiliza-se a resistência estimada para a adoção da relação a/c Quando o desconhecimento é total Adota-se como estimativa da resistência normal do cimento a resistência mínima especificada pela norma, de acordo com a classe do cimento (que vem impressa no saco de cimento) UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO APROXIMADA DO CONSUMO DE ÁGUA (Ca) UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO APROXIMADA DO CONSUMO DE ÁGUA (Ca) Para seixo rolado como agregado graúdo, estes valores podem ser reduzidos de 5 a 15% Areias muito finas (zona 1 da NBR 7211) podem gerar aumentos da ordem de 10% Determinação experimental do consumo de água - tentativas C AR • • • • AR 0,1 C AI ( ) AI Car=consumo de água requerida Cai=consumo de água inicial AR=Abatimento requerido AI=Abatimento inicial UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE CIMENTO (C) C Ca /(a / c)(kg / m ) 3 O consumo de cimento depende diretamente do consumo de água UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADOS Consumo de agregados: obtido pela diferença de volume necessária para compor 1 m3 de concreto Proporcionamento agregado graúdo/miúdo (é a composição granulométrica do agregado total quem vai ditar a trabalhabilidade e o custo final) UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO (Cb) Pelo método ABCP/ACI o consumo de agregado graúdo é função de: Dimensão máxima característica do concreto Módulo de finura da areia Cb=VC x dC (kg/m3) VC=Volume do agregado seco por m3 de concreto dC=Massa unitária compactada do agregado UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO (Cb) Volume compactado seco (VC) de agregado graúdo por m3 de concreto MF 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 9,5 0,645 0,625 0,605 0,585 0,565 0,545 0,525 0,505 0,485 0,465 19,0 0,770 0,750 0,730 0,710 0,690 0,670 0,650 0,630 0,610 0,590 Dmáx (mm) 25,0 0,795 0,775 0,755 0,735 0,715 0,695 0,675 0,655 0,635 0,615 32,0 0,820 0,800 0,780 0,760 0,740 0,720 0,700 0,680 0,660 0,640 38,0 0,845 0,825 0,805 0,785 0,765 0,745 0,725 0,705 0,685 0,665 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO (Cb) COMPOSIÇÃO COM DOIS AGREGADOS GRAÚDOS Critério do menor volume de vazios Proporcionar as britas de maneira a obter a maior massa unitária compactada UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO (Cm) Determinação do consumo de agregado miúdo (Cm) – Somatório dos volumes dos materiais=1m3 de concreto – VC+Va+Vm+Vb= 1 m3 Vm 1- ( C gC Cb gb Ca ga ) – Cm= Vm x gm – g= massa específica dos materiais UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Apresentação do traço – Cimento (1) : areia : graúdo : relação a/c Cm Cb Ca 1: : : C C C UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Método de dosagem ABCP/ACI Cuidados e correções A colocação da água deve ser gradativa, até a obtenção da consistência desejada C AR • • • • AR 0,1 C AI ( ) AI Car=consumo de água requerida Cai=consumo de água inicial AR=Abatimento requerido AI=Abatimento inicial Novo consumo de cimento UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Exemplo de aplicação Cimento CP II E-32 Concreto g = 3100 kg/m³ • fck = 25,O MPa Areia MF = 2,60 Inch. 30% c/ 6% de umid. g = 2650 kg/m³ d =1470 kg/m3 (solta) • Abat. = 90±10 mm Brita g= 2700 kg/m³ dc= 1500 kg/m³ (compac.) d = 1430 kg/m3 (b1 solta) d = 1400 kg/m³ (b2 solta) Dmax = 25 mm B1 = 80% • sd= 5,5 Mpa Proporção das britas B2 = 20% UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 1˚ Etapa – Determinação da relação água cimento (a/c) fc28 fck 1,65 sd 25 1,65 5,5 34,0MPa Res. do cimento = 32,0 MPa Res. do concreto = 34,0 MPa a/c = 0,475 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Resistência à compressão do concreto requerida aos 28 dias, MPa 60,0 • 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,40 26 0,50 • 29 0,60 • 0,70 0,80 0,90 Relação água/cimento, l/kg 32 • 35 • 38 • 41 • 44 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 2˚ Etapa – Determinar consumo dos materiais Consumo de água Abat. = 90 mm Dmáx = 25 mm Cons.água = 200 l UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 2˚ Etapa – Determinar consumo dos materiais Consumo de cimento a 200 0,475 421Kg / m3 c 0,475 Cons.cimento = 421 kg/m3 Determinação do consumo de brita MF = 2,60 Dmax = 25 mm MF Vc = 0,715 Cb = 0,715 x 1500 = 1072 kg/m³ Cb1 = 1072x0,80 = 858 kg/m³ Cb2 = 1072x0,20 = 214 kg/m³ m3 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 9,5 0,645 0,625 0,605 0,585 0,565 0,545 0,525 0,505 0,485 0,465 19,0 0,770 0,750 0,730 0,710 0,690 0,670 0,650 0,630 0,610 0,590 Dmáx (mm) 25,0 0,795 0,775 0,755 0,735 0,715 0,695 0,675 0,655 0,635 0,615 32,0 0,820 0,800 0,780 0,760 0,740 0,720 0,700 0,680 0,660 0,640 38,0 0,845 0,825 0,805 0,785 0,765 0,745 0,725 0,705 0,685 0,665 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 2˚ Etapa – Determinar consumo dos materiais Determinação do consumo de areia Vm 1 ( Cc Cb Ca 421 1072 200 ) 1 ( ) gc gb ga 3100 2700 1000 Vm 1 (0,732) 0,268m3 Cm Vm gm 0,268 2650 Cm 710kg / m3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 3˚ Etapa – Apresentação do traço – Cimento (1) : areia : graúdo : relação a/c C m Cb C a 1: : : C C C 710 858 214 200 1: : : : 421 421 421 421 1,0: 1,686 : 2,038 : 0,508 : 0,475 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 4˚ Etapa – DOSAGEM EM VOLUME A dosagem pode ser feita em volume, o cimento é medido em sacos inteiros e a água em recipientes graduados. Desta forma obtemos boa precisão nas medidas desses materiais. Para medir os agregados após a sua transformação em volumes correspondentes a um saco de cimento, o usual é providenciar padiolas. O volume da caixa deve corresponder ao volume do agregado. Considerando-se que as padiolas são transportadas por dois homens, não convém que a massa total ultrapasse 60 kg. Medidas usuais são largura = 35 cm e comprimento = 45 cm. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 4˚ Etapa – DOSAGEM EM VOLUME ( E )Var ( A)Var Par dar( solta ) Par (1 inch) dar( solta ) ( B)Vag1 Pag1 dag1( solto) (C )Vag 2 Pag2 dag2( solto) ( D)Va 24 841,06 84 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 4˚ Etapa – DOSAGEM EM VOLUME – Cálculo das Padiolas PADIOLAS medidas padrão da ANBT - L= 35cm, C= 45cm e H ≤ 30 cm Ab = Área da base da padiola = (L x C) = 35 x 45 = 1575 cm2 Volume = área da base x altura HT = Altura total da padiola H = Altura da padiola dos agregados N˚ Número inteiro de padiolas por agregados HT Vol(total ) Ab(cm2 ) H HT 30cm n UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Exercício – Elaborar o traço para o material abaixo e montar o quadro de dosagem volumétrica Cimento CP II E-32 Concreto g = 3100 kg/m³ • fck = 20,0 MPa Areia MF = 2,60 Inch. 25% c/ 5% de umid. g = 2650 kg/m³ d =1470 kg/m3 (solta) • Abat. = 60±10 mm Brita g= 2700 kg/m³ dc= 1500 kg/m³ (compac.) d = 1430 kg/m3 (b1 solta) d = 1400 kg/m³ (b2 solta) Dmax = 25 mm B1 = 80% • sd= 5,5 Mpa Proporção das britas B2 = 20%