PERFIL ECONÔMICO DO CONSUMIDOR SEGURANÇA Pesquisa indica que 32,4% dos brasileiros afirmaram que teriam sobra de dinheiro no bolso depois de liquidar as despesas no mês de abril. Sob influência do freio recente do consumidor para organizar as contas, o resultado está acima da média histórica para o mês, de 29,1%, mas revela desigualdade na administração do orçamento entre a população. É que, por outro lado, 43,1% disseram que a receita no mês seria a conta certa para pagar todas as despesas, enquanto 19,7% afirmaram que faltaria dinheiro. As manifestações populares ocorridas nos últimos meses impactaram a rotina de consumo e lazer dos brasileiros, com cerca de 39,3% e 28,9% de entrevistados, respectivamente, afirmando que, de alguma maneira, mudaram os seus hábitos ou planos por conta dos protestos. Para o grupo com sobra no orçamento, dois destinos chamam a atenção: 60,9% afirmaram a intenção de poupar para o futuro, a maior parcela para o mês de abril deste indicador. Em abril de 2013, este indicador estava em 53,2%. Em relação a toda a série histórica, este é o terceiro maior dado de intenção de poupança entre brasileiros com sobra no orçamento. Destaque também para a intenção de compra de vestuário entre os que apontaram sobra de recursos: 9,2% desses afirmaram o desejo de adquirir roupas com o dinheiro extra, sob efeito da Copa do Mundo e das mudanças bruscas de temperatura no país neste outono. Há um ano, o percentual era de apenas 2,0%. CONSUMO CONSCIENTE Um em cada quatro brasileiros (25,0%) ainda mantém o hábito de varrer ou lavar a calçada com o jato d´água da mangueira e um em cada cinco (20,5%) lava o carro com mangueira, duas das atividades domésticas corriqueiras entre as que mais contribuem para o desperdício. Um ano antes, os percentuais eram de 24,5% e 19,3%, respectivamente. Há adesão significativa ao hábito de fechar a torneira ao escovar os dentes: apenas um em cada dez brasileiros (10,3%) não a fecha durante a escovação, mas no ano passado essa parcela estava em 8,8%. O levantamento mostra ainda que 60,0% dos entrevistados afirmam manter hábitos que levam em consideração a preservação do meio ambiente, mesma proporção registrada em 2013 (60,1%). A pesquisa também revela queda no número de brasileiros preocupados com o desperdício, com 71,3% dos entrevistados afirmando que verificam os armários e a geladeira antes de fazer compras. Em 2013, este percentual era de 69,7%. Destaque positivo para o item apagar as luzes ao sair de um recinto: é a atividade com a maior adesão, com 91,3% das respostas afirmativas. Quando questionados sobre o destino do lixo coletado em sua rua, os brasileiros se mostraram céticos. Para 64,6% dos entrevistados, o lixo é misturado na coleta, sem separação entre reciclável e orgânico. Ou seja, para a maioria da população, mesmo que o morador separe o lixo em casa, não é feita a separação efetiva entre reciclável e orgânico pela coleta pública. A percepção sobre o processamento inadequado do lixo é responsável por menos da metade da população brasileira separá-lo para reciclagem (48,1%). Porém, houve melhora na comparação com 2013, quando 44,4% dos entrevistados afirmaram que faziam a separação. O consumo de alimentos orgânicos, apontado por 26,5% dos entrevistados em 2013 como parte da rotina, baixou para 19,9% no levantamento deste ano. Quando os entrevistados foram questionados sobre qual seria a melhor solução para resolver o problema da criminalidade e violência, “Colocar mais policiais na rua” foi o tema mais mencionado (43,9%), seguido de “Fazer com que a Polícia Federal e a Polícia Estadual trabalhem mais juntas no combate ao crime”. Esse foi o ponto que mais aumentou na pesquisa em comparação ao ano anterior, passando de 25,7% para 31,3% e é recorde para este item na série histórica. Na sequência, destaca-se “Aprovar leis mais duras e penas mas longas”, com 30,8% e “Melhorar os salários e as condições dos policiais”, com 26,4% (dado também recorde para este item na série histórica). Entre os itens mais mencionados, também se destacam: “Gerar mais empregos para a população” (com 26,2% de adesão), “Implementar mais programas de primeiro emprego para jovens” (24,3%) e ”Treinar e qualificar melhor os policiais” (20,7%). Já quando se trata do movimento dos “rolezinhos”, apenas 10,0% dos brasileiros avaliam o encontro de jovens em centros comerciais pelo país como um evento pacífico. Por outro lado, a pesquisa indica ainda que quando questionados objetivamente com relação a ações estruturais para a sociedade, 59,5% afirmam que a melhor solução para a criminalidade e a violência é prestar mais atenção nas condições de vida da população, com medidas eficazes para garantir moradia, saúde, educação, e emprego ao jovem, em comparação a uma política marcada pela coerção policial. Porém, houve recuo em relação ao ano passado, quando ações sociais eram consideradas as mais eficientes por 63,0%. A coerção como melhor solução, por sua vez, passou de 33,7% para 36,2%, de 2013 para 2014. GREVE DOS ÔNIBUS Considerando os passageiros que utilizam o ônibus como 1ª condução para ir de casa ao trabalho, a estimativa é de que 888,5 mil trabalhadores do setor do comércio tenham sido afetados pela greve dos ônibus no dia 13 de maio. O contingente corresponde a 44% dos cerca de 2 milhões de passageiros que sofreram consequências da interrupção da circulação dos coletivos. ALGUMAS ENTRADAS NA MÍDIA Consumo consciente http://globotv.globo.com/globo-news/estudio-i/t/todos-osvideos/v/pesquisa-mostra-habitos-dos-brasileiros-quando-o-assunto-econsumo-consciente/3391491/ Segurança http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-05-19/pesquisa-mostraimpacto-de-protestos-na-vida-do-pais.html Greve dos ônibus http://www.jb.com.br/rio/noticias/2014/05/13/fecomercio-8885-miltrabalhadores-do-setor-foram-afetados-pela-greve/ Material elaborado pela Superintendência de Economia e Inteligência de Negócios | Maiores informações podem ser solicitadas a Juliana Campos através do email [email protected].