AS INTERFACES DO ESTRESSE A PARTIR DE UM ENFOQUE PSICOSSOMÁTICO: ESTUDO REALIZADO EM AMBIENTE OCUPACIONAL Gabriela Pires DORNELAS (PIC/UnilesteMG) Cláudia Cristina de Castro ALVES (Orientadora/UnilesteMG) Em meio à era da globalização, viver se tornou uma competição que leva às vezes o homem ao sucesso ou ao fracasso. Realização e derrota caminham lado a lado, possuir boa posição social e colocação de emprego é uma exigência desta sociedade complexa e competitiva. Assim, em resposta a tantas tensões cotidianas os profissionais, de diversas áreas, têm desenvolvido números cada vez maiores de estresse ocupacional. O estresse pode acontecer de maneira positiva de forma que propulsiona o homem a novas realizações e conquistas ou de forma negativa que desestimula e desestrutura este mesmo homem. Uma forma ou outra vai ser revelada de acordo com a intensidade dos fatores estressores e da capacidade adaptativa frente à nova condição de vida. Desta forma, o objetivo deste estudo é descrever as pressões biopsíquicossociais desencadeadoras de estresse no trabalho e as diferentes manifestações somáticas no indivíduo, analisar as interfaces do estresse e como elas interferem no espaço ocupacional. Tomando por base os pilares da psicossomática a amostra consiste em 87 colaboradores diretos de uma instituição hospitalar de atendimento público-privado, localizado na cidade de Timóteo na Região do Vale do Aço-MG. A metodologia utilizada é descritiva e exploratória, onde são apontadas referências teóricas sobre o tema proposto e realizada investigação através de questionário apropriado. Os resultados obtidos apontam que 83% dos entrevistados são do gênero feminino. 49% dos entrevistados possuem escolaridade de 2º grau completo, 15% superior incompleto e 15% nível superior completo. Os sintomas psicossomáticos relativos ao estresse relatados com mais relevância neste estudo são “dor de cabeça” (para 17% dos entrevistados), “dor nos músculos”, “irritabilidade fácil” e “nervosismo” (para 13% dos entrevistados), “fadiga e cansaço” (para 12% dos entrevistados). Os fatores estressores mais apontados nos últimos 12 meses são “trabalho exigente de muito esforço” (para 41% dos entrevistados), “alteração da situação financeira” (para 36% dos entrevistados), “alta pressão da chefia ou dos colegas de trabalho” (para 22% dos entrevistados). Avaliando as relações intrapessoais e o ambiente de trabalho 32% dos entrevistados afirmaram que não se consideram bem sucedidos, no momento presente. Ainda pode-se observar que 36% dos entrevistados não se sentem motivados a produzir diante das pressões do ambiente de trabalho, 20% afirmaram não conseguir serem criativos diante de uma situação de insatisfação/estresse e 17% afirmaram que não têm esperança de que haverão melhorias em seus locais de trabalho. Por outro lado, 79% dos entrevistados afirmaram conseguir pensar em várias formas para atingir seus objetivos atuais e ajudam a resolver os problemas no ambiente de trabalho de forma participativa. A maioria dos entrevistados (81%) afirma que consegue pensar em outras saídas, se estivesse numa rua sem saída. Entre os entrevistados 44% dos mesmos afirmam estarem satisfeitos com a empresa e que esta proporciona condições de crescimento pessoal, contudo, 42% dos entrevistados afirmam que nunca ou raramente pensam em mudar de profissão. Pode-se concluir que é significante a presença de fatores estressores entre a amostra avaliada considerando os sintomas somáticos apontados pelos entrevistados. Palavras chave: Estresse, psicossomática, trabalho, fatores estressores, [email protected] [email protected] (31) 9683 1944 (31)3824 5418