Antropologia Filosófica Profa. Dra Solange Costa Contato: [email protected] 1 ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA (60h) EMENTA: A problemática da Antropologia Filosófica. Elementos de Antropologia Moderna. Dualismo Cartesiano. Evolucionismo. O problema Antropológico no Idealismo Alemão. Antropologia e Imagem Científica do Homem. A Ontologia de Heidegger. A Concepção Existencialista de Heidegger e Sartre. 2 OBJETIVOS: O objetivo da disciplina é apresentar tanto a problemática epistemológica da Antropologia Filosófica em sua inter-relação com as Ciências Humanas quanto uma visão histórica das concepções filosóficas paradigmáticas acerca do ser humano. Serão abordados diversos modelos antropológicos: metafísico, existencial, e científico. 3 Antropologia Filosófica: o que é? Estudaremos os textos: Cassirer: Antropologia Filosófica Nietzsche: Humano, demasiado, humano Sartre: “O existencialismo é um humanismo”. Heidegger: “Carta sobre o humanismo.” 4 Antropologia Filosófica • Investigação da essência do homem. • Interpretação ontológica do homem. • Tem como objetivo o estudo do homem em suas características essenciais, nas manifestações culturais. O que é o homem? 5 Objeto de estudo • Significado do “Ser”. • Interessa estudar o homem e estudar tudo o mais apenas em relação a ele. • O que é mais significativo é o conhecimento do homem, e não o de nós próprios enquanto individualidade. 6 Informações históricas • A Antropologia Filosófica surgiu por volta de 1920. Seu objetivo maior é saber o que é o homem. Para isso ela usa métodos do tipo: fenomenológico, dedutivo, histórico e muitos outros. • Diz Scheler que o homem possui espírito, pode amar, admirar, contemplar, enquanto que os outros animais não dispõem de nada disso. Pois estes contam com o instinto e aquele com a razão; a esta diferença atribui-se a limitação dos outros animais. 7 8 O que é o homem? • Quem primeiro se inclinou a estudar o homem foi Sócrates, filósofo grego do final do século V e IV a.C., que dizia “Conhece-te a ti mesmo”. ANTROPOCÊNTRICA COSMOCÊNTRICA TEOCÊNTRICA 9 O estudo do homem • • • • • • O que é o homem? Como ele surgiu? Por que ele surgiu? Como ele age? Como deve agir? Como é composto? (corpo e alma = dualismo) • Antropologia filosófica: Estudo reflexivo sobre o fenômeno humano e todas suas formas de existência, produção cultural, crenças, costumes, valores e formas de pensar. 10 ANTROPOCÊNTRICA Visão FENÔMENO HUMANO MÚLTIPLAS MANIFESTAÇÕES DE SUA RACIONALIDADE 11 Vários conceitos: • • • • • Um ser racional (Descartes) Um Ser livre (Sartre) Um ser religioso (Luckmann) Um ser de ciência (Comte) Um animal essencialmente social (Marx) 12 Início da cultura: MITO Relação: homem e fenômeno MITOS RITOS 13 Mito • Importância: – Exercício do intelecto – Desenvolvimento da linguagem – Agregação social – Religião e transcendência – Diversificação • Os mitos podem ser: Para Mircea Eliade (p. 11): – Cosmogônicos “O mito conta uma história sagrada; ele relata um acontecimento ocorrido no – Antropogônicos tempo primordial, o tempo fabuloso do ‘princípio”. Narrativa da criação 14 Por que o mito é importante? Demonstra a imaginação dos primeiros povos; Une as tribos em torno de uma crença comum; Auxilia na formação política e organização social; Desenvolve a linguagem e a comunicação; Registra as leituras de mundo e os costumes das culturas primitivas. 15 Função do mito: • “A principal função do mito consiste em revelar os modelos exemplares de todos os ritos e atividades humanas significativas: tanto a alimentação ou o casamento, quanto o trabalho, a educação, a arte ou a sabedoria” (Eliade, p. 13) 16 “HISTÓRIAS VERDADEIRAS” Relatar Conhecer Reverenciar Celebrar “HISTÓRIAS FALSAS” “Nas civilizações primitivas, o mito desempenha uma função indispensável: ele exprime, enaltece e codifica a crença; salvaguarda e impõe os princípios morais; garante a eficácia do ritual e oferece regras práticas para a orientação do homem. O mito, portanto, é um ingrediente vital da civilização humana; longe de ser uma fabulação vã, ele é ao contrário uma realidade viva, à qual se recorre incessantemente” (p. 23) 17 Leitura texto do Cassirer 18 Bibliografia sugerida: ABBAGNANO, Nicola. Introdução ao Existencialismo. São Paulo: Martins Editora, 2006. BEAUFRET, Jean. Introdução às filosofias da existência. Duas Cidades, 1976. BORHEIM. Gerd. Sartre: Metafísica e Existencialismo. Coleção Debates. São Paulo: Perspectiva, 2000. NUNES, Benedito. No Tempo do Niilismo. São Paulo, 1993. Editora Ática. COLETTE, Jacques. Existencialismo. São Paulo: L&PM Editores, 2014. REYNOLDS, Jack. Existencialismo. Petrópolis: Vozes, 2013. Literatura: Kafka e Camus. 19 SARTRE, Jean-Paul. O Ser e O Nada. Tradução e notas de Paulo Perdigão. Petrópolis, 2001. 10ª edição. Vozes. _______, Que é a Literatura? Tradução de Carlos Felipe Moisés. São Paulo, 1989. Ed. Ática. _______, O Imaginário: psicologia fenomenológica da imaginação. Tradução de Duda Machado. São Paulo, 1996. Editora Ática. _______, O existencialismo é humanismo. Os Pensadores. São Paulo, 1973. Editora Abril, S. A. KIERKEGAARD, S. B. O desespero humano. In: Os pensadores. Tradução de Carlos Grifo; Maria José Marinho; Adolfo Casais Monteiro. São Paulo: Abril Cultural, 1979. KIERKEGAARD, S. B. O conceito de angústia. Petrópolis: Vozes, 2011. Entrevista: Franklin Leopoldo da Silva: http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/17/artigo699461.asp Vídeo Paradigmas do Séc XXI: https://www.youtube.com/watch?v=ct1FfOGvBkY 20