Promovendo a prosperidade nas comunidades rurais das Américas Diretor Geral do IICA assume segundo mandato Chelston Brathwaite segue dirigindo o IICA até 2006 San José, 11/01 (IICA). Neste 20 de janeiro, na Sede Central do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Chelston Brathwaite assume seu segundo mandato como Diretor Geral desse organismo, que estende até 2010. A cerimônia, que acontece em São Jose´, na Costa Rica, será assistida pelo Presidente da República daquela nação centroamericana, Abel Pacheco de la Espriella, em seu papel de Presidente da Junta Interamericana de Agricultura (JIA), principal órgão de governo do IICA. Também participa o Ministro de Agricultura e Pecuária do Equador, Pablo Rizzo Pastor. Brathwaite, cidadão de Barbados, foi reeleito por aclamação pelos ministros da Agricultura do hemisfério em agosto passado, numa sessão em Guayaquil, Equador, da Junta Interamericana de Agricultura. O Diretor Geral iniciou sua gestão à frente do Instituto em janeiro de 2002, quando iniciou um processo de transformação e modernização institucional que tem recebido o aval e apoio dos 34 Estados Membros. Entre os ganhos de tal processo destacam-se uma maior eficiência operativa, redução da burocracia, novas políticas de recursos humanos, prudência financeira e prestação de contas, assim como uma nova relação com os Estados Membros baseada no diálogo, na consulta e nas alianças. Na Opinião do Diretor Geral, estas reformas constituem uma plataforma adequada para seguir apoiando os países membros em seus esforços para promover o desenvolvimento rural sustentável, a segurança alimentar e a prosperidade nas comunidades rurais. O IICA, fundado em 1942, tem sua sede central na Costa Rica, de onde dirige e coordena a cooperação técnica que se oferece em 34 nações do hemisfério. O Instituto tem escritórios em todos esses países e conta também com uma oficina permanente para Europa, situada em Madrid, Espanha. Em Miami, baseia-se o Programa interamericano para a promoção do comércio, os negócios agrícolas e a inocuidade dos alimentos. Por um setor agropecuário moderno “Já não podemos aceitar”, afirmou Brathwaite logo após a reeleição, “a migração dos pobres rurais até as cidades como solução do problema da pobreza rural. As dificuldades sociais e econômicas associadas a essa migração seguem ameaçando a estabilidade social e o progresso que se tem alcançado e até a governabilidade democrática”. O Diretor Geral do IICA explica que, apesar dos avanços nos setores de manufatura, alta tecnologia, finanças e turismo, a produção agropecuária e de alimentos ainda dá conta de 25% do produto interno bruto da região e de mais de 40% de suas exportações. Brathwaite aporta outras cifras que respaldam a importância estratégica da agricultura e a vida rural: América Latina e o Caribe contam com 23% das terras cultiváveis do mundo, 46% das florestas tropicais, 31% da água doce, mas apenas 10% da população mundial. Promovendo a prosperidade nas comunidades rurais das Américas Desse modo, a região possui mais de 40% das espécies de flora e fauna das florestas tropicais, mais que as presentes na Ásia ou África. Das 250.000 espécies de plantas superiores identificadas, pelo menos 90.000 se encontram na América Latina e no Caribe. Porém, o Diretor Geral apresenta a outra cara dessa enorme riqueza natural: Apesar de contar com esses recursos, persiste na região o flagelo da pobreza. Segundo estatísticas da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), em 2003, 44% de sua população, ou seja, 225 milhões de pessoas viviam na pobreza e 20%, quer dizer, 100 milhões de pessoas viviam em pobreza extrema. De acordo com informações recentes da FAO, entre o ano 2000 e 2002 a desnutrição baixou um pouco. Entretanto, cerca de 10% da população da América Latina e do Caribe (aproximadamente 53 milhões de habitantes) sofrem de desnutrição. Estatísticas do Banco Mundial confirmam que nessa região, onde os 10% mais ricos da população ficam com quase a metade da renda e os 10% mais pobres com apenas 1,6% deles, dá-se a distribuição de renda mais desigual do mundo. “É por essa razão que um dos objetivos do milênio adotados pelos líderes do mundo nas Nações Unidas é o de reduzir os níveis de pobreza e fome existentes em 1990 em 50% e o ano 2015 é de tanta importância para nosso hemisfério”, sustenta o Diretor Geral do IICA. Ante esse panorama, Brathwaite apresentou em Guayaquil uma proposta para a modernização da agricultura e a vida rural do continente, que denominou Aliança Hemisférica para o Desenvolvimento Rural, da qual participam governos, organismos internacionais, ONGs e setor privado, e que se traduz em agendas nacionais para o desenvolvimento rural em cada um dos nossos países.