FAQ - Faculdade XV de Agosto
Trabalho de Conclusão de Curso
Sistemas de Informações para o controle de
estoque de uma loja de malhas de pequeno
porte
Maria Raquel de Faria
Socorro - 2005
FAQ - Faculdade XV de Agosto
Sistemas de Informações para o controle de
estoque de uma loja de malhas de pequeno
porte
Aluna: Maria Raquel de Faria
Orientador:Prof. Ms. Luiz Antônio Fernandes
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade XV de
Agosto, curso de Administração de
Empresas, como parte dos requisitos
para colação de grau e obtenção do
diploma de Administrador de
Empresas.
Socorro - 2005
SUMÁRIO
AGRADECIMENTO ...............................................................04
RESUMO...................................................................................05
1-INTRODUÇÃO........................................................... 06
1.1-Empresa analisada........................................................... 07
2- REFERENCIAL TEÓRICO........................................ 09
2.1- Estoque............................................................................ 09
2.2- Sistemas de Informações.................................................10
2.3- Logística Empresarial...................................................... 10
2.4- Curva ABC....................................................................... 11
2.5- Códigos de Barras............................................................12
3 - METODOLOGIA....................................................... 14
4 - RESULTADOS..........................................................19
5 - ANÁLISE DOS RESULTADOS....................................22
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................... 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................... 25
Agradecimento
Primeiramente agradeço a Deus, por tudo.
Por ter me dado a oportunidade de fazer um curso de graduação, na minha
própria cidade, e ainda ser da primeira turma a se formar pela Faculdade XV de
Agosto, um privilégio de poucos.
Agradeço aos meus familiares, principalmente aos meus pais, por me apoiarem
nesta conquista.
Agradeço aos meus professores, que contribuíram para o meu aprendizado,
conhecimento e experiência e também aos funcionários da faculdade.
Aos meus amigos, muito obrigado a todos. “Nada é comparável a um amigo que é
fiel, até mesmo o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a
sinceridade. Um amigo é uma proteção poderosa, um remédio de vida e
imortalidade” (Eclesiástico 6, 14-16). Principalmente: Bel, Xanda, Ricardo, Débora,
Ângela, Bete, Márcia, Marcel e Ana Maria
Agradeço a empresa Confecções Freitas que me autorizou a fazer o meu estágio.
A todos muito obrigado!
RESUMO
Nos dias de hoje, para manter uma empresa no concorrido mercado, é preciso
inovar, crescer, investir em tecnologia e serviços.
Cada vez mais é preciso ter um controle de estoque eficiente, no qual a empresa
tenha ele mais próximo da sua realidade de vendas, proporcionando um giro mais
rápido dos seus produtos e com isso um melhor atendimento de seus clientes não
deixando ocorrer falta de mercadoria ou erro na hora de venda.
Este trabalho foi desenvolvido em uma loja de fábrica, no ramo de vestuário na
cidade de Socorro – SP, elaborado para expor os benefícios alcançados no
atendimento ao cliente por meio de um sistema informatizado de vendas.
O presente trabalho utiliza ferramentas como curva ABC, definição de estoque,
sistemas informativos e código de barras.
Tem como objetivo agilizar o processo de entrada e saída de produtos, controle de
estoque, controle das devoluções e os motivos destas.
Apresenta como resultados de pesquisa a agilização dos processos referente a
fluxo de produtos, redução de custos com compras de matéria-prima, eficiência no
atendimento, agilidade no pagamento e controle de estoque em tempo real.
6
1. INTRODUÇÃO
Com as constantes modificações referentes ao ambiente tecnológico, a
informatização e a automação comercial são instrumentos cada vez mais
importantes para o desenvolvimento da empresa. Nos dias de hoje, buscar
soluções para os problemas existentes dentro das empresas requer habilidade e
dedicação.
A tecnologia deve ser utilizada não somente para automatizar processos
repetitivos, reduzir despesas e agilizar tarefas, mas principalmente para viabilizar
e otimizar o relacionamento com clientes e com o macro ambiente, obtendo
vantagem competitiva nos negócios.
Toda organização seja ela pequena, média ou grande, está todo momento
buscando baixar custos, trabalhar com estoques enxutos e corretos, organizar as
empresas, para que estas fiquem competitivas. As empresas que não se
atualizarem estão fadadas ao insucesso, e conseqüentemente à perda de fatia do
mercado.
Este trabalho analisa uma loja de fábrica do ramo de vestuário a qual é de suma
importância por ser sua vitrine, aberta para os atacadistas, varejistas, por isso
precisa apresentar uma boa estrutura, eficiência e variedade no atendimento ao
público e estoque adequado.
A loja
da fábrica é um dos principais canais de distribuição das Confecções
Freitas, atendendo não apenas varejistas, mas também lojistas e sacoleiras que
vêm em busca de roupas modernas com preços competitivos e pronta entrega.
A fábrica envia mercadoria para a loja toda a sexta-feira, pois o fluxo maior de
pessoas se dá nos finais de semana.Todos os modelos que chegam à loja, já vêm
codificados e separados em caixas por modelos.
No domingo, após o fechamento do caixa, um relatório com as vendas da semana
é enviado para a fábrica, para que a produção possa providenciar as devidas
7
reposições. Juntamente com o relatório de vendas também são enviado os
produtos com defeito, relacionados por código, quantidade e descrição dos
problemas apresentados, para que sejam tomadas as devidas providências.
O Código de Barras está sendo cada vez mais utilizado em função da facilidade e
agilidade que apresenta, em supermercados, hospitais, lojas de departamentos,
prisões, fazendas e até mesmo em sua própria casa. Tornou uma parte bem
aceita de nossa vida diária.
Qualquer negócio pode beneficiar-se da tecnologia de captura de dados por
código de barras. Quer você fabrique, transporte, comercialize ou faça todos
esses itens em conjunto, ele pode melhorar a sua produtividade e lucratividade.
O estudo foi desenvolvido na empresa Confecções Freitas e teve como propósito
estudar o seguinte problema: Como gerenciar o estoque de uma loja de roupas?
O principal objetivo desse estudo foi agilizar o processo de entrada e saída de
mercadorias da loja, controle eficiente do estoque, controle das devoluções e os
motivos pelos quais essas mercadorias são devolvidas. Para isto foi feito um
levantamento de fluxo de mercadoria por meio da curva ABC dos produtos.
1.1
Empresa Analisada
A empresa analisada é uma indústria do ramo de vestuário e produz roupas
confeccionadas por sua confecção interna e roupas tecidas pela sua malharia
(retilíneas), voltada para o público feminino, especialmente jovens senhoras tendo
o diferencial de trabalhar com tamanhos grandes.
A produção da empresa é voltada para confecções que são: conjuntos de malhas,
vestidos túnicas, tuniquetes em tecidos diversos, tecidos esses produzidos na
cidade de Americana e na região Sul do país.
Outro segmento que a empresa tem como produção é a malharia: são produzidas
tuniquetes de bouclê, cacharrel, sendo o trabalho de tecer
feito na própria
empresa através das máquinas retilíneas.
A empresa está localizada na Feira Permanente de Malhas, na cidade de Socorro,
considerado um pólo tradicionalmente conhecido como Circuito das Malhas, no
interior do estado de São Paulo. Compõem também o Circuito das Malhas, as
8
cidades de: Monte Sião, Lindóia, Águas de Lindóia, Serra Negra, Jacutinga,
Inconfidentes, Borda da Mata e outras cidades vizinhas.
Nessas cidades, uma das características é a promoção de vendas através de
feiras ou em lojas, onde os próprios fabricantes vendem diretamente para os
turistas, vindos muitas vezes em excursões organizadas com esse propósito.
Na loja de fábrica a empresa possui um total de cinco funcionárias, sendo que três
trabalham em horário fixo durante os dias da semana, e as demais trabalham em
sábados, domingos e feriados, pois o fluxo de movimento nesses dias é muito
maior em virtude de turistas.
Todas essas funcionárias estão subordinadas a uma gerente.
Na figura 1, apresenta-se o organograma da empresa.
GERENTE
VENDEDORES FIXOS
2
VENDEDORES
TEMPORÁRIOS
2
Figura 1: Organograma da loja de fábrica
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pela autora.
9
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Apresentam-se neste referencial teórico, definições, sobre estoque, sistemas de
informação, logística empresarial, curva ABC e código de barras.
2.1 Estoque:
Para Slack et al (1999, p. 278 -281) : “estoque é definido como a acumulação
armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas
vezes, estoque também é usado para descrever qualquer recurso armazenado”.
Ainda para Slack et al (1999) o valor do estoque varia conforme o armazenamento
pois, produtos com giro menor apresentam custo maior ou alto, sendo que a
empresa que possui grandes estoques, compromete seus recursos de giro,
obrigando-a a recorrer a empréstimos de terceiros (bancos, agiotas e outros). Em
conseqüência se o estoque for inadequado para a demanda, compromete imagem
da empresa junto aos clientes, perdendo fatia de participação do mercado. O
estoque é necessário pois existe, uma diferença de ritmo ou de taxa entre
fornecimento e demanda. Se a demanda fosse igual ao fornecimento não existiria
o estoque.
Os estoques se dividem em vários tipos entre eles destacam-se alguns modelos
descritos por Bowersox (2001, p. 225 - 226):
a) os estoques de produção - com o investimento em matéria-prima e
componente, o processo de produtos acabados.
b) estoques de atacado - é a capacidade de prover seus clientes varejistas com
grande variedade de mercadorias de diferentes fabricantes, em pequenas
quantidades.
c) estoque a varejo - é fundamentalmente uma questão de compra e venda.
Para Dias(1993, p.52) o custo de falta de estoque é determinado:
a)por meio de lucros cessantes devidos à incapacidade de fornecer; perda de
lucros com cancelamento de pedidos;
10
b) por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituição de
material de terceiros;
c) por meio de custos causados pelo não cumprimento dos prazos contratuais
como multa, prejuízos, bloqueio de reajustes.
d) por meio de “quebra de imagem” da empresa, em conseqüência, beneficiando o
concorrente.
2.2 Sistema de Informação
Conforme O´Brien (2004, p. 6) “sistema de informação é um conjunto organizado
de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que
coletam, transformam e disseminam informações em uma organização”. O
sistema recebe recursos de dados como entrada e os processa em produtos,
como saída.
Já para Oliveira (2004, p. 20) “Sistema é um conjunto de partes interagentes e
interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado
objetivo e efetuam determinada função”.
O sistema de informação depende da parte humana, de hardware, de software, de
dados, e de redes para executar atividades de entrada, processamento, produção,
armazenamento e controle que convertem recursos de dados em produtos de
informação.
Ainda para Oliveira (1999, p. 36), “a informação é um dado trabalhado que permite
ao executivo tomar decisões”. A informação como um todo, é de extrema
importância dentro da empresa, pois integra, quando usada corretamente, os
diversos subsistemas e as funções de vários setores organizacionais da empresa.
Portanto, tão importante quanto ter uma informação é saber usá-la, pois uma
informação produzida que não seja distribuída em tempo hábil, perde a sua
eficiência.
2.3 Logística Empresarial
Para Bowersox (2001, p.175), o fluxo de informações é um fator de grande
importância nas operações
logísticas. Os conjuntos básicos de informações
11
logísticas incluem pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de
estoque, programação de atividades dos depósitos, documentação de transporte e
faturas, permitindo aos executivos usar essa tecnologia, com o objetivo de
transferir e gerenciar informações eletronicamente, com maior eficiência, eficácia e
rapidez.
Ainda conforme Bowersox (2001, p.182), um sistema de informação logística
competitivo deve ser desenvolvido com base em um sistema transacional que
inclua módulos de controle gerencial, análise de decisão e planejamento
estratégico. À medida que esses módulos são aperfeiçoados, deve incorporar
características próprias de disponibilidade de informações, precisão, atualização
em tempo hábil, possibilidade de análise baseada em exceções, flexibilidade e
formatação adequada.
2.4 Curva ABC.
Para Moreira (2004, p.468) gerenciar estoques quando se tem um número grande
de itens precisa ser de uma atenção muito grande e precisa ter métodos bem
definidos para que não se torne dispendioso para a empresa. É necessário adotar
critérios que permitam distinguir claramente a importância da mercadoria dentro
de todos os itens. Um dos critérios adotados para que sejam feitas economias no
investimento é a metodologia da curva ABC, que é aplicável em qualquer caso de
classificação de itens de qualquer natureza e sob qualquer critério.
Segundo Dias, (1993, p.76), curva ABC é um importante instrumento para o
administrador; ela permite identificar àqueles itens que justificam a atenção e
tratamento adequado quanto a sua administração. Obtém-se a curva ABC através
da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.
Para Pereira (2005) uma classificação ABC de itens de estoque tida como típica
apresenta uma configuração na qual 20% dos itens são considerados A e
respondem por 65% do valor de demanda ou consumo anual. Os itens B
representam 30% do total de itens e 25% do valor de demanda ou consumo anual.
12
Tem-se ainda que os restantes 50% dos itens e 10% do valor de consumo anual
serão considerados de classe C, conforme a figura 2.
Figura 2: Gráfico de curva ABC
Fonte: Pereira (2005)
2.5 Código de Barras
Para Lamb (1999), código de barras é um conjunto de padrões, que possibilita a
gestão eficiente de cadeias de suprimentos globais e multissetoriais, identificando
com exclusividade produtos, unidades logísticas, localizações, ativos e serviços e
viabilizando a total rastreabilidade das operações.
O código de barras é projetado para superar as limitações decorrentes do uso de
codificações específicas (restritas) de um setor, organização ou empresa, e tornar
o comércio muito mais eficiente e reativo aos clientes com informações adicionais,
tais como datas de validade, números de série e números de lote.
Para que os computadores entendam o que se quer que façam ou escrevam é
preciso se comunicar numa linguagem compreendida por eles.Quando utilizamos
o teclado de um computador, estamos lendo, sobre as teclas, a linguagem de
sinais que conhecemos. Ao digitar uma tecla emitimos ao computador uma série
de sinais eletrônicos, possíveis de serem compreendidos pelo processador que,
após interpretá-los envia outros sinais eletrônicos ao monitor que, liga alguns
pontos na tela e geram uma imagem possível de ser interpretada por nós. Ao
13
lermos um código de barras, com um equipamento específico, estamos
transformando sinais gráficos em sinais eletrônicos, assim como quando
utilizamos o teclado, só que milhões de vezes mais rápido e, o que é mais
importante, sem erros.
Conforme pesquisa realizada junto ao site Sistemas e Soluções em Código de
Barra
(SBC, 2005) encontram-se:
”Os varejistas podem controlar o fluxo de estoque e suas
informações desde o recebimento até a expedição. Os softwares
das lojas e armazéns, com comunicações sem fio, ajudam os
varejistas a aumentarem a produtividade. Por exemplo, podem tirar
vantagem de sistemas de auditoria de preços, quantidades de
produtos nas gôndolas, melhor gerenciamento de preço, controle de
estoque e movimentação de mercadorias”.
14
3. METODOLOGIA
O estudo realizado em uma loja de fábrica de roupas foi um estudo de caso.
Conforme Simon(2005), “estudo de caso é uma técnica de estudo, onde se faz
uma pesquisa sobre um caso particular, para tirar conclusões sobre princípios
gerais daquele caso específico” .
Através de reunião com o acionista da empresa, a gerente comercial da
confecção, e a gerente da loja, verificou-se que existia um sistema de controle de
estoque, inadequado, feito de forma manual, sujeito a muitos erros, e assim foram
propostas algumas mudanças necessárias para o desenvolvimento do trabalho.
O trabalho iniciou–se com um levantamento dos dados considerados importantes
para
se
fazer
um
sistema
eficiente
de
estoque,
como
código
do
produto,quantidade, preço, descrição do produto, data das entradas e saídas,
formas diferenciadas de saída como por exemplo venda e retirada por defeito.
Através de uma análise de como seria feito o fluxo de produto entre fábrica e loja.
Foi usada como modelo a planilha que a fábrica utiliza para vendas, que contém
dados considerados importantes para o controle de estoque, porém de fácil
utilização, conforme figura 3.
15
Cliente: Feira de Malhas
Endereço:
Município: Socorro
CNPJ:
Vendedor:
Condição Pgto:
Código
Quantidade
Feira Nº 00001
Data 01/02/2005
Código:1213
CEP:13960-000
Bairro:
Insc.Est.
Descrição
Produto
do Preço unitário
Preço Total
Valor
Total
Observações
__________________________
Assinatura do Cliente
Figura 3: Planilha de entrada de Mercadoria Loja
Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora
Com essa planilha conseguiu-se um controle de mercadoria que vem da fábrica
para a loja, onde vem discriminado o código, produto, preço, quantidade, que são
conferidos e depois lançados no estoque da loja.
Foi feito um levantamento de todo o estoque de mercadoria da loja separado por
códigos, discriminando todos os produtos existentes. Também contratou-se um
programador
para desenvolver e implantar um software de estoque - winner
system1 - e montado um banco de dados com todos os produtos codificados,
quantidades e preços atualizados, dessa forma tendo um melhor controle. Esse
sistema permite a utilização de um sistema de código de barras, baseando-se nos
dados levantados atendendo assim as necessidades da empresa, ainda permite
visualizar todas as entradas e saídas de mercadoria,
discriminadas por data,
código do produto, preço, quantidade.
O preço é atualizado de forma rápida e segura, pois esse sistema é protegido por
uma senha que só a gerente comercial possui, evitando erros.
16
Nas vendas, a forma de pagamento é discriminada permitindo saber a quantidade
vendida em cheque, dinheiro, cartão evitando assim possíveis erros.
A fábrica envia todos os produtos codificados com o tag juntamente com a
etiqueta, com código de barras, conforme figura 4.
Figura 4: Tag com etiqueta com código de barras
Fonte: Confecções Freitas (2005)
Todos os produtos foram cadastrados no novo sistema, com códigos e
quantidades atualizadas.
Todas as entradas de mercadorias são lançadas no sistema no final do dia e
conferidas pela gerente na loja e pela gerente comercial através de relatórios
emitidos.
Uma vez por semana é feito um balanço da quantidade de mercadoria existente
na loja. Por meio do relatório semanal, a gerente comercial e a gerente da loja
fazem a conferência do estoque.
O sistema de venda implantado através de código de barras e leitor óptico,
permite que seja automaticamente dado baixa, no estoque, das mercadorias
vendidas.
No código de barras vem cadastrada toda a descrição pertinente ao produto como:
código do produto, descrição, preço unitário.
17
Figura 5: Código de barras de Produtos
Fonte: Confecções Freitas (2005)
Com a ajuda do sistema implantado o controle de estoque é atualizado
diariamente, saindo um relatório, diário, semanal e mensal das vendas realizadas.
Quando um produto é devolvido pelo cliente, esta devolução é lançada em uma
planilha manual, lançada no final do dia junto ao sistema.
O sistema de devolução do produto para a fábrica é feito através de uma planilha
de descrição do motivo pelo qual o mesmo foi devolvido, como mostram as figuras
6 e 7.
Cliente:
Código
Relatório de Mercadoria de Troca
Motivo:
Quantidade
Produto
Preço
Figura 6: Relatório de Mercadoria de Troca
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pela autora.
Total
18
Relatório de Mercadoria com defeito
Código
Quantidade
Produto
Defeito
Figura 7: Relatório de Mercadoria com defeito
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pela autora.
O sistema gera relatórios com dados sobre os produtos mais vendidos,
discriminados por seus códigos, quantidade vendida e estoque atual, conforme
figura que segue:
RELATÓRIO
Data
COD PRODUTO
132 PONCHO FRIZ TRABALHADO
303 CALÇA. M. INGLESA
119 CASACO PARCA
117 CAMISETE AMARRADA
130 CAMISETE M ¾
135 BL. LINHA GOLA ALTA
311 BL.PEROLA
209 BL. L. HOLANDESA ¾
143 CJ RELEVO ML
144 BL. GOLA A ONDA
TOTAL
26/05/2005 a 29/05/2005
SAÍDAS DEVOL. ATUAL V. BRUTA
112
0
23
2016,00
84
0
132
1176,00
55
0
94
1485,00
51
0
72
561,00
51
0
79
561,00
38
0
2
608,00
38
0
76
836,00
37
0
5
629,00
2
0
6
48,00
2
0
26
20,00
470
0
515
7940,00
Figura 8 : Exemplo do relatório das mercadorias vendidas por período
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pela autora
19
4. RESULTADOS
O sistema implantado trouxe como resultado um melhor controle do fluxo de
produtos da loja e um levantamento real do estoque, permitindo que a qualquer
momento se tenha a quantidade exata de qualquer item existente na loja e
também o valor no estoque.
Através dos relatórios, foi possível, verificar o número de itens mais vendidos, para
que assim a fábrica esteja sempre produzindo a mercadoria necessária. Por meio
da utilização da planilha de curva ABC foi possível identificar através dos itens
mais vendidos e rentáveis, o que ficará em linha e o que não será mais produzido,
como demonstram as figuras 9, 10 e 11.
Data
RELATÓRIO
26/05/2005 até 29/05/2005
COD PRODUTO
SAIDAS DEVOL. ATUAL V. BRUTA % FAT. % PROD.
132 PONCHO FRIZ TRABALHADO
112
0
23
2016
25,4
23,8
303 CALÇA. M. INGLESA
84
0
132
1176
14,8
17,9
119 CASACO PARCA
55
0
94
1485
18,7
11,7
117 CAMISETE AMARRADA
51
0
72
561
7,1
10,9
130 CAMISETE M ¾
51
0
79
561
7,1
10,9
135 BL. LINHA GOLA ALTA
38
0
2
608
7,7
8,1
311 BL.PEROLA
38
0
76
836
10,5
8,1
209 BL. L. HOLANDESA ¾
37
0
5
629
7,9
7,9
143 CJ RELEVO ML
2
0
6
48
0,6
0,4
144 BL. GOLA A ONDA
2
0
26
20
0,3
0,4
TOTAL
470
0
515
7940 100,0
100,0
Figura 9 : Exemplo do relatório das mercadorias vendidas por período e
representação em porcentagem
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pela autora.
2016
1485
1176
836
629
608
561
561
48
20
PONCHO FRIZ TRABALHADO
CASACO PARCA
CALÇA. M. INGLESA
BL.PEROLA
BL. L. HOLANDESA ¾
BL. LINHA GOLA ALTA
CAMISETE AMARRADA
CAMISETE M ¾
BL. ML TURMALINA
BL. ML LISTRA
25,4
18,7
14,8
10,5
7,9
7,7
7,1
7,1
0,6
0,3
25,4
44,1
58,9
69,4
77,4
85,0
92,1
99,1
99,7
100,0
Figura 10: Tabela de classificação curva ABC
Fonte: Dados elaborados pela autora
CURVA ABC
120
100
80
60
58,9
69,4
77,4
85,0
92,1
99,1 99,7 100,0
% FAT
% ACUMUL
44,1
40
25,4
20
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Figura 11: Gráfico da curva ABC (% FATURAMENTOS)
Fonte : Dados elaborados pela autora
ABC
% ACUMUL
% FAT
PRODUTO
COD
132
119
303
311
209
135
117
130
127
126
VLR. BRUTO
20
A
A
B
B
B
C
C
C
C
C
21
No código de barras já consta o prazo diferenciado para atacadistas que já
possuem cadastro junto à empresa.
Com esse sistema implantado, foi possível diminuir o fluxo de pessoas no ato do
pagamento junto ao caixa, uma vez que apenas uma funcionária consegue
realizar essa tarefa por estar tudo informatizado, permitindo que as outras
funcionárias fiquem no atendimento do balcão.
22
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS.
Com a realidade apurada de que o sistema da empresa era deficiente em gerar
informações, viu-se a necessidade de investir em um equipamento que, utilizado
de forma adequada, reduzisse custos, viabilizasse os serviços e agilizasse o
atendimento ao cliente. Com o sistema de leitura óptica instalado, a transação de
mercadoria feita pela fábrica e loja tornou-se mais eficiente. Houve uma redução
de erros muito considerável, pois os produtos protocolados tornam o serviço
prático e confiável.
Conforme as figuras nº 8 e 9, observou-se que os relatórios, além de agilizar todo
o processo de fluxo de estoque da empresa, ajudam seu acionista a tomar
decisões precisas e certeiras na compra da matéria - prima correta.
Este sistema ajuda o responsável pela produção a efetuar a compra certa do fio
ou do tecido para a fabricação do produto mais rentável naquele momento. Assim,
com um foco de compra já estudado de acordo com a demanda do mercado, o
acionista não investe
mais do que é preciso, compra-se o necessário e de
maneira certa, evitando acúmulos de estoque com fios e peças paradas e
desperdício de tempo com toda a produção da empresa.
As linhas de produção, mais precisamente no setor de embalagem, preparam o
produto para ser comercializado. É ali que acontece toda a colocação dos tags e
etiquetas que contêm os códigos de barras. A mercadoria chega a loja, já
catalogada facilitam para a funcionária que a recebe, confere e guarda. Esse
processo teve uma redução em perda de tempo, disponibilizando esta funcionária
para atender outros clientes.
Outro fator importante beneficiado com a implantação do sistema de leitura óptica,
foi a organização do estoque e dados do produto, pois o cliente chegava à loja,
solicitava um determinado produto e, caso este não estivesse na prateleira, era
preciso perder tempo para ir procurá-lo no estoque, conferir etiqueta, ver preço no
computador, achar tamanho, e outros. Hoje, com a informatização, ao digitar o
código de barras ou passar para leitura óptica, a funcionária responsável pela
venda já sabe se naquele momento a loja já o disponibiliza, quanto custa, quais os
23
tamanhos disponíveis e quantas peças podem ser vendidas, reduzindo assim o
tempo no atendimento, podendo atender um número ainda maior de clientes.
Conforme a figura nº 7, observou-se que os relatórios de devolução explicam à
produção da fábrica o detalhe dos defeitos apresentados, orientando a produção
para acerto.
Com a implantação do leitor óptico através do código de barras, o estoque da loja
é tido como real, facilitando os pedidos de mercadoria para a fábrica.
O processo de pagamento se torna mais rápido e eficiente, pois no fechamento da
venda apresenta dados concretos sem margem de erros, naquilo que antes era
feito de forma manual.
24
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Ao vivenciar algumas situações na loja através do trabalho, em momentos de pico,
das 9:00 às 11:00 e 14:00 às 16:00 h, principalmente nos finais de semanas e
feriados, percebia-se um grande tumulto no atendimento das funcionárias que ali
trabalham. Durante a implantação do sistema observou-se que o software utilizado
pela loja era totalmente compatível com o sistema de leitura óptica, e que o
investimento foi aprovado por todos que ali trabalham.
O código de barras controla o fluxo de estoque e suas informações desde o
recebimento até sua expedição, reduzindo os serviços e agilizando o atendimento,
que fica mais personalizado e atencioso. Toda movimentação de mercadoria entre
fábrica e loja fica mais equilibrada e precisa, reduzindo os custos com telefones,
transporte, e outros.
Visando à melhoria do processo, um dos objetivos apresentados por este trabalho,
acompanhou-se todo o mecanismo de implantação do sistema, percebendo
nitidamente que a loja, como vitrine da empresa, apresenta uma fábrica com
criação de tendências, uma empresa que procura estar sempre crescendo em
tecnologia, buscando novos processos, quebrando paradigmas, acompanhando
as inovações de mercado, e que, com isso traz para seus clientes benefícios,
comodidade, agilidade, satisfação na busca da excelência do atendimento.
25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOWERSOX, Donal J. Logística empresarial: o processo de integração da
cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. p.175 –226.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística.
4.ed. São Paulo: Atlas,1993. p.52; 76.
LAMB, Edson; O que são código de barras. [s.l: s.n] 1999. Disponível em
<www.acinh.com.br/infotec/infotec05.htm> Acesso em 13 de jun 2005.
MOREIRA, Daniel A. Administração da produção e operações. São Paulo:
Pioneira, 2004. p. 468.
O´BRIEN, J. A. Sistemas de Informações e as decisões gerencias na era da
internet. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p.6.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações
gerenciais: estratégias táticas operacionais. 6.ed. São Paulo: Atlas, 1999. p.
36-37.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistema de informações gerenciais.
6.ed. São Paulo: Atlas, 2004. p. 20.
PEREIRA, Moacir. O uso da curva ABC na empresa. [s.l : s.n], 2005 . Disponível
em <http:/www. kplus.cosmo.com.br/material.asp?co=5Srv=Vivencia> . Acesso
em: 13 de jun 2005.
SIMON, Inre. A produção e disseminação da literatura acadêmica. São Paulo:
USP, s.d. p.1. Disponível em< http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac33901/aulas/www.linux.ime.usp.br/hvila/mac339/tema8.html> . Acesso em 23 de jun.
2005.
SISTEMAS e soluções de código de barra : código de barra; Varejo.[s.l] : SBC,
2005. Disponível em: <www. scb.com.br/secundarias/codigodebarras > . Acesso
13 de jun. 2005.
SLACK, Nigel.et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. p. 278281.
Download

descrição preço