Equipe Itinerante Manaus Um espaço inter-institucional de serviços! “Nos caminhos desse rio, muita história pra contar. Navegar nessa canoa é ter o mundo pra se entranhar...” Natasha Andrade Um espaço inter-institucional de serviços Nossa Senhora Cônegas de S. Agostinho Projeto Missionário Igrejas Irmãs – Sul 3 Filhas do Sagrado Coração de Jesus Equipe Itinerante Outras instituições, congregações ou grupos Distrito dos Jesuitas da Amazônia “Andem pela Amazônia e escutem o que o povo fala...” Nos primeiros momentos, o impulso, coragem e liberdade de espírito do Pe. Cláudio Perani sj foi fundamental. Tendo apenas uns 20 jesuitas para todo o DIA, liberou três para a Equipe Itinerante com a seguinte missão: “Dediquem-se andar pela Amazônia. Visitem as comunidades, as igrejas locais, as organizações... Observem tudo cuidadosamente e escutem atentamente o que o povo disse: sus demandas e esperanças, seus problemas e soluções, suas utopias e sonhos. Participem da vida cotidiana do povo. Observem e registrem tudo. Anotem o que o povo fala com suas próprias palavras. Não se preocupem com os resultados. O Espírito irá mostrando o caminho”. E abrindo o mapa da Amazônia, com um grande sorriso, Cláudio concluiu: “Coragem! Comecem por onde possam!” Histórico • Jun/1996: O “Projeto de Itinerância”, nasce no encontro anual dos Jesuítas do Distrito da Amazônia - DIA. • Jan/1998: O Pe. Albano sj e o Pe. Paulo Sérgio sj iniciam o projeto com ribeirinhos e marginalizados urbanos. • Out/1998: O Pe. Fernando sj e a Ir. Arizete csa começam o trabalho junto aos indígenas, articulando com o CIMI. • Nov/1999: Chegam o Pe. Paco sj e Tadeu, leigo. • Jan/2000: A Ir. Arizete é liberada para a Equipe. Chegam a Ir. Odila fscj e Cláudia leiga CNBB Sul 3 • Fev/2000: Abre-se a Comunidade Itinerante. • 2000-2002: Várias religiosas/os e leigas/os fazem experiência com a equipe e comunidade itinerante. Algumas religiosas e leigos/as iniciam experiências de participação na equipe sem formar parte da comunidade. • Out/2002: O Projeto da Equipe Itinerante é assumido interinstitucionalmente: + Congregação de Nossa Senhora – CSA, + Filhas do Sagrado Coração de Jesus – FSC. + Companhia de Jesus – SJ. Inspiração e Fundamento • Nova Evangelização que exige “novo ardor, método e conteúdo”. • Necessidade de assessoria às Igrejas, organizações e movimentos populares. • Fortalecer as organizações e contribuir na formação das comunidades mais distantes, nas próprias comunidades. • Ir ao encontro do povo, onde a vida está mais ameaçada. • Jeito itinerante de Jesus Cristo e da Igreja Primitiva de realizar a missão. • “Cavalaria ligeira”. Mobilidade dos primeiros Jesuítas (séc.XVII) do “Grão Pará”, junto aos povos indígenas, antes dos “descimentos”. • Olhar para a Amazônia como área de missão no Brasil. • “A Igreja se faz carne e arma sua tenda na Amazônia”. Objetivo Geral • Despertar, incentivar e apoiar os projetos e as iniciativas no mundo Ribeirinho, Indígena e Marginalizado Urbano, • através da itinerância e da articulação com pessoas e entidades afins, • para que os pobres, excluídos e culturalmente diferentes, se tornem sujeitos da sua libertação e história e se reconheçam como pessoas e filhos/as de Deus, • a fim de evangelizar, humanizando os ambientes mais agressivos, injustos e opressores onde a vida humana está sendo ameaçada, as culturas desrespeitadas e os direitos humanos ignorados. Objetivos Específicos • Conhecer a vida concreta das pessoas, aprendendo delas a maneira de servi-las; • Contribuir com assessorias específicas e formação às comunidades, movimentos populares, organizações sociais e igrejas; • Confrontar e cruzar experiências, tecer redes; • Estudar e aprofundar temas de interesse; • Registrar, sistematizar, devolver, teorizar a práxis e memória da Equipe e das comunidades. Sujeitos do Projeto Três sujeitos interligados Na Amazônia, esses três sujeitos históricos estão profundamente interligados: 1. Marginalizados Urbanos que foram ribeirinhos. 2. Indígenas que são Marginalizados Urbanos. 3. Ribeirinhos que são Indígenas. 4. Indígenas que foram Ribeirinhos e que são hoje Marginalizados Urbanos. 3 INDÍGENAS RIBEIRINHOS 4 2 1 MARGINALIZADOS URBANOS Marginalizados Urbanos • Na cidade de Manaus vivem mais de 1,5 milhões de pessoas. Corresponde a mais de 60% da população amazonense. • Manaus é a capital brasileira onde a riqueza e a renda estão mais concentradas nas mãos de poucos. 95% da renda estadual está concentrada na “Zona Franca” de Manaus. Isso gera uma imensa população de marginalizados urbanos. • É uma cidade que cresce em média de 12% ao ano de forma desordenada causando um progressivo processo de “invasões” ou “ocupações”. • O déficit de emprego e moradia é muito alto. • A fome faz parte do cotidiano de milhares de famílias vindas das comunidades ribeirinhas, indígenas e migrantes. Ribeirinhos • São migrantes nordestinos e de outro Estados, que vieram para a Amazônia no século XIX, por ocasião do “ciclo da borracha” e aqui formaram famílias, muitas vezes, casando-se com indígenas, dando origem à “cultura cabocla”. • Habitantes e trabalhadores das ribeiras dos rios, lagos e igarapés que vivem em povoados, aldeias ou casas isoladas. • Vivem na Várzea quando baixam as águas e em terra firme, palafitas ou flutuantes em tempo de cheia. Vivem da agricultura familiar, pequenos negócios e do extrativismo. • Sua alimentação básica é farinha e peixe. • É o povo mais desorganizado e des assistido da Amazônia. Está em busca de sua Identidade como classe social. Indígenas • Moradores ancestrais e originários da floresta amazônica, com línguas e culturas milenares. • Era 5 milhões em 1500. Apenas 200.000 na ditadura militar (1975). O projeto militar previa acabar com os índios até o ano 2000. • Mas os povos indígenas lutam e resistem: + População: 734.127. O 70% está nas aldeias e o 30% nas cidades. Uns 40 grupos continuam sem contato com ocidente (900). + Hoje são 240 povos. + Falam 180 línguas. + Muitos povos estão “ressurgindo”. • 51% dos indígenas vivem na Amazônia. • Desafios: Demarcação e defesa da terra; militarização; invasão de empresas mineradoras, madeireiras e de biodiversidade (biopirataria); respeito aos direitos diferenciados (educação e saúde, organização socioeconômica, crenças e valores culturais, etc.) • O saber milenar dos povos indígenas é solução para muitos dos problemas do ocidente. Localização, Superfície e População VENEZUELA RORAIMA COLÔMBIA G U I A N A S U R I N A M E GUIANA Francesa AMAPÁ R. Branco R. Negro Manaus R. Amazonas Ribeirinhos M. Urbanos R. Solimões R. Araguaia PERÚ AMAZONAS Indígenas PARÁ R. Tapajós R. Madeira R. Xingu R. Purus ACRE BOLÍVIA Superfície (km2) População (hab) Densidade(hab/km2) Pop. Indígena AMAZONAS 1.577.820 2.580.860 1,63 RORAIMA 225.116 266.922 1,18 PARÁ 1.253.164 5.886.454 4,69 TOTAL 3.056.100 91.660 29.709 17.582 138.951 8.734.236 2,5 Sub-Equipes, Alianças, Parcerias e Apoios Equipe Itinerante: três sub-equipes (Leigos/as, Irmãs/os, Padres) Sub-equipe “Marginalizados Urbanos” Sub-equipe “Indígenas” Sub-equipe “Ribeirinhos” Equipe de apoio intelectual, técnico e prático. Centro de Reflexão, Formação e Assessoria. Alianças Parcerias CPT; CIMI; Org. Indígenas CDH; Sindicatos; Mov. Populares; ONGs; CNBB; Pastorais Sociais; CRB; ... A ligação entre as três sub-equipes obriga a articular a analise e a reflexão, a confrontar as metodologias, enriquecendo a práxis de cada uma das sub-equipes. Metodologia 1. Caminhar ao ritmo da canoa, nem na frente nem atrás, mas ao lado do povo. 2. Criatividade para a busca de caminhos novos e não de soluções pré-fabricadas. 3. Pratica e teoria: os dois remos da canoa. 4. Visitas periódicas, de modo gratuito, numa atitude de escuta, acolhida e aprendizado. 5. Inserção no meio dos pobres e excluídos/as (com, onde e como eles). 6. Atitude de escuta profunda. Ouvir mais que falar e fazer. 7. Apoiar (não sustentar) as iniciativas e projetos dos outros. 8. Trabalho em aliança, parceria, colaboração ou assessoria mutua. 9. Ser presença solidária, gratuita e diferenciada. 10. Registrar, sistematizar e devolver a memória. 11. Cruzar experiências e tecer redes entre comunidades, movimentos, organizações, paróquias, dioceses, ONG’s, etc. 12. Reciprocidade, ficar interdependentes, “des apoderar-se”. Enriquecendo o modelo existente... Modelo bi-polar de ação: Instituição–Comunidade Aldeia, Comunidade, Equipe-base, ... Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2 Modelo tri-polar de ação: Instituição–Comunidade–Equipe Itinerante Aldeia, Comunidade , Equipe-base, ... Eq-It Aldeia, Comunidade , Equipe-base, Eq-It 1 Aldeia, Eq-It Comunidade , Equipe-base, 2 Instituição Instituição Eq-It Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 5 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 4 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 3 Aldeia, Comunidade Eq-It , Equipe-base, 5 Aldeia, Comunidade , Equipe-base, 4 Eq-It Aldeia, Comunidade , Equipe-base, 3 Modelo bi-polar de ação-reflexão Instituição = Comunidade + Instituição forte que tenta responder às demandas das comunidades e bases. + Historicamente contribuiu muito no desenvolvimento social. - As instituições crescem e ficam pesadas. - A burocracia absorve grande parte das energias e do tempo institucional. - A relação com as comunidades fica muito institucional, burocrática, vertical e limitada. - Para a instituição fica cada vez mais difícil acompanhar, como desejariam, os processos locais e suas novas demandas. Aldeia, Comunidade, Equipe-base, ... Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2 Instituição Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 5 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 4 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 3 Modelo tri-polar de ação-reflexão + Mantém-se o modelo bipolar: Instituição – Comunidade. Instituição = Comunidade + Incorpora-se um terceiro elemento: Equipe Itinerante. + A Equipe Itinerante tem estrutura leve (p/ maior mobilidade) e pouco Aldeia, peso institucional (p/ não ser ameaça) Comunidad e, + A Equipe Itinerante tenta: EquipeAldeia, Eq-It Aldeia, base, Eq-It Comunidad * Apoiar os processos locais. Comunidad 1 e, * Tecer redes de relações. e, EquipeEquipebase, * Cruzar as experiências. base, 2 Eq-It ... + O movimento fundamental da Instituição Equipe Itinerante é: Eq-It 1º de comunidade em comunidade; Aldeia, 2º da comunidade para a instituição. Aldeia, Comunidad Comunidad Eq-It e, + Manter o princípio de reciprocidade e, Eq-It EquipeEquipeAldeia, e de “relação horizontal”. base, base, Comunidad 3 5 + É importante que a Equipe dependa e, Equipeda comunidade “des-apoderando-se”. base, 4 Dificuldade de relação interinstitucional Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1.6 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1.1 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1.2 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2.6 Instituiçã o 1 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1.5 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1.4 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2.1 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2.2 Instituiçã o 2 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 1.3 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2.5 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2.4 Aldeia, Comunidade, Equipe-base, 2.3 A crescente complexidade institucional (burocracia), assim como a quantidade de responsabilidades e tarefas externas desenvolvidas pela instituição, fazem que não sobrem energias institucionais suficientes para gerar outros intercâmbios e interações inter-institucionais. Tende-se a uma certa acomodação e isolamento que empobrece e não permite a renovação teórica nem práxica das ações institucionais. Facilitar a relação e intercambio inter-comunitário e inter-institucional Aldeia, Comunidad e, Equipebase, Eq-It 1.6 Eq-It Aldeia, Comunidad Eq-It e, Equipebase, 1.5 Aldeia, Comunidad e, Equipebase, 1.1 Eq-It Aldeia, Eq-It Comunidad e, Equipebase, 1.2 Instituição 1 Aldeia, Comunidad e, Equipebase, 1.4 Aldeia, Comunidad e, Equipebase, Eq-It 2.6 Eq-It Eq-It Eq-It Aldeia, Comunidad e, Equipebase, 1.3 Aldeia, Comunidad Eq-It e, Equipebase, 2.5 Eq-It Aldeia, Comunidad e, Equipebase, 2.1 Aldeia, Eq-It Comunidad e, Equipebase, 2.2 Instituição 2 Aldeia, Comunidad e, Equipebase, 2.4 Eq-It Eq-It Aldeia, Comunidad e, Equipebase, 2.3 A leveza, mobilidade e fragilidade da Equipe Itinerante fazem que ela não apresente uma ameaça para as instituições locais... A Equipe só presta serviços, apóia os processos locais (não os sustenta), facilitando o intercambio e o confronto das experiências, a relação e interação comunitária e inter-institucional, ajudando a criar e fortalecer redes de reflexão e ação conjuntas. Ser mais fio que nó na rede Equipe Itinerante Comunidades Equipes Grupos Instituições Para que uma rede possa pegar peixes tem que estar feita com nós e fios. Só com nós ou só com fios não funciona. No meio das pessoas, comunidades, equipes, grupos, instituições, etc., a Equipe Itinerante identifica-se mais com ser fio que tenta fortalecer e enriquecer as relações, o confronto e intercambio das experiências da rede, que ser um nó. Ser mais abelhas (polinizar) que árvores (frutificar) A Equipe Itinerante tenta desenvolver mais a função das abelhas de polinizar (confrontar, “ferrar” e intercambiar as experiência) e produzir mel (coletar, sistematizar e devolver as experiências). A Equipe não pretende ser uma planta ou árvore, que se fixa no chão com profundas raízes para crescer e produzir muitos e ricos frutos. Ser mais semente que enxerto A Equipe Itinerante compreende-se mais como pequenas sementes que se enterram, deixandose fecundar pela terra para germinar e gerar plantas novas, que complementam e enriquecem a diversidade da floresta, questionando as deformações impostas, buscando novas possibilidades. A Equipe não quer ser enxerto feito numa grande árvore para melhorá-la e que assim produza frutos, em maior quantidade e de mais qualidade. Ser mais “igreja dos caminhos e rios” que “igreja das casas” A Equipe Itinerante quer ser mais “igreja dos caminhos”, “igreja dos rios” (no Amazonas), que “igreja das casas” ou “igreja dos templos ou dos centros” (espiritualidade, formação, atendimento, etc.). A Equipe vai nas “casas” dos outros (malocas, aldeias, instituições, paróquias, dioceses, etc.). Vai ao encontro do povo nas suas casas, povoados e instituições. A Equipe não fica esperando e chamando para que o povo venha na sua “casa”. Ser mais “cavalaria ligeira” que “artilharia pesada” ou “franco-atiradores” Utilizando uma imagem bélica, a Equipe Itinerante é mais “cavalaria ligeira”, com uma estrutura leve e com grande mobilidade, para chegar com facilidade nas regiões mais distantes e de maior necessidade. A Equipe não é, nem pretende ser, uma base de “artilharia pesada”, desde onde se disparam poderosas ações que atingem uma determinada região. Também a Equipe Itinerante não é um conjunto de franco-atiradores que desde uma trincheira tentam abater o inimigo. Ser mais fermento que massa ou pão A Equipe Itinerante identifica-se com o trabalho simples dos grãos pequenos de fermento que mergulham e misturam-se dentro da grande massa. A Equipe ajuda a fermentar o povo. A que o povo se “amasse” e aprenda a produzir seu próprio pão gostoso. A Equipe também não leva o pão já feito para o povo comer. A Equipe não é nem massa nem pão pronto. Tenta ser simplesmente fermento! Ser mais sal ou tempero que comida ou cozinheira A Equipe Itinerante junta o sal e os temperos que encontra nas distintas diversas experiências que vai conhecendo para oferecê-los a outros que os necessitam para preparar sua comida. A Equipe não é comida pronta, nem cozinheira que faz a comida para os outros. A Equipe é como o sal e tempero. Sem aparecer ajudam a que os alimentos fiquem mais gostosos. Para isso, é importante saber qual é o tempero e quantidade de sal que cada comida precisa. Em excesso, o sal e o tempero, estragam a comida. As 4 “i” do Projeto nserido quipe nter - institucional nter - disciplinar tinerante Processo Metodológico Nível de intervenção na realidade Nível de reflexão da realidade 4. DEVOLUÇÃO 5. AÇÃO 3. ELEIÇÃO SISTEMATIZAÇÃO 6. AVALIAÇÃO 2. REFLEXÃO Nível de contato-inserção na realidade 1. CONTEXTO EXPERIÊNCIA Dinamismo histórico 3 SISTEMATIZAÇÃO - ELEIÇÃO Nível de reflexão da realidade 6 AVALIAÇÃO 2’ REFLEXÃO 2 REFLEXÃO 4 DEVOLUÇÃO Nível de intervenção na realidade 3’ SISTEMATIZAÇÃO -ELEIÇÃO 4’ DEVOLUÇÃO História 5’ AÇÃO 5 AÇÃO Nível do contato-inserção na realidade 6’ AVALIAÇÃO Projeto histórico do povo 1’’ CONTEXTO EXPERIÊNCIA 1’ CONTEXTO EXPERIÊNCIA 1 CONTEXTO EXPERIÊNCIA Marco situacional do trabalho MUNDO INDÍGENA MUNDO DE INTER-RELAÇÕES MUNDO NÃOINDÍGENA (Envolvente) Equipe Itinerante Fortalecer a identidade e autonomia em relação! PERSPECTIVA • Cultural • Religiosa • Pedagógica • Política COMPONENTES • Presença solidária • Hermenêutico • Maiêutico • Crítico CAMINHO • Inserção • Reciprocidade • Diálogo Intercultural • Diálogo Inter-religioso Organização do tempo e das tarefas T = Tempo EL = Equipe Local AA = Aldeias T1 T2 T3 EL EL - EI AA - EL - EI EI = Equipe Itinerante T4 EL - EI EI T5 EL EI T1: A EL e a EI entram em contato para definir temas, materiais e calendário. T2: A EL e a EI encontram-se para preparar a oficina: conteúdo, metodologia, etc. T3: A EL e a EI juntos vão desenvolvendo a oficina de aldeia em aldeia. T4: A EL e a EI sistematizam o trabalho das comunidades (“material de devolução”). T5: A EL devolve (ativamente) o trabalho às comunidades. A EI volta para sua base. Níveis de Planejamento – Avaliação e Sistematização – Devolução Planejamento - Avaliação (Processo contínuo e crítico) a. Equipe Itinerante. b. Subequipes: Ind. Rib. Etc. c. Equipe Local (Past.Indig., ONGs, Org.Ind. etc.). d. Comunidades/Aldeias. e. Regional CIMI, CPT, etc. f. Assessorias diversas. Sistematização - Devolução a. Relatório geral. b. Retorno escrito p/ Equipe Local. c. Material de devolução, na própria língua quando possível, com os desenhos e reflexões deles. d. Exposição de desenhos, fotos, textos, músicas... e. Artigos, entrevistas, depoimentos, publicações... Recursos Humanos, Econômicos e Materiais da Equipe • Recursos humanos: Padres, religiosas/os, leigos/as. • Enviados/as por uma instituição ou grupo de apoio. • Recursos econômicos: 2 salários mínimos mensal por pessoa. Tudo colocado na caixa comum da missão. • Recursos materiais: Um escritório com biblioteca para apoiar os trabalhos. • Encontros e reuniões para refletir, rezar, partilhar, estudar, descansar... Três encontros ao ano de 5 dias cada um. Cada sub-equipe organiza suas reuniões periodicamente conforme as necessidades. • Serviços por 2 anos; pode ser reeleito/a 1 ano mais. Serviços na Equipe Itinerante 1. Coordenador/a geral. 2. Administrador/a. 3. Secretário/a. Serviços nas Sub-Equipes 1. Coordenador/a área Ribeirinha. 2. Coordenador/a área Marginalizados Urbanos. 3. Coordenador/a área Indígena. Espiritualidade Itinerante Itinerar, interna e geograficamente, deixando-se conduzir pela brisa do Espírito de Deus, discernindo a sua Vontade, no cotidiano da vida dos pobres, diferentes e excluídos. Traços da Espiritualidade Itinerante • Deixar-se levar pelo sopro do Espírito • Descer ao encontro do outro • Os excluídos como sujeitos • Ao serviço dos outros • Complementaridade • Co-responsabilidade • Discernimento • Inculturação • “Des-apoderar-se” • Leveza • Mobilidade • Itinerância interior • Itinerância geográfica • Diálogo intercultural • Diálogo inter-religioso • Amizade e fraternidade • Senso de humor Comunidade Itinerante Uma opção livre dentro do Projeto da Equipe Itinerante História e descrição • Aberta em Fev/2000 na área de palafitas do Jardim dos Baré, Manaus. • Primeiros membros: Ir. Arizete, Ir. Odila, Cláudia, Tadeu, Pe. Paulo Sérgio, Pe. Fernando e Pe. Paco. • Objetivo: Apoiar a missão da Equipe Itinerante. • Viver na comunidade é uma opção livre. Pode-se fazer parte da Equipe sem morar na Comunidade Itinerante. • Residência: Três casas em palafitas. • Características: + Mista: mulheres-homens, leigos/as-religiosos/as. + Multidimensional: pessoas formadas em distintas áreas. + Itinerante: leveza e mobilidade. Partilha e Discernimento de Fé, Vida e Missão • FÉ: Celebrar, orar, partilhar e discernir a experiência de fé pessoal e comunitária; fazer juntos: retiros e exercícios espirituais. • VIDA: Partilhar um estilo de vida simples, assumindo o cotidiano da vida co-responsavelmente: caixa comum, orçamento planejado comunitariamente, limpeza, comidas, descanso, lazer, retiros, viagens... • MISSÃO: Discernir e partilhar a Missão. Tentando descobrir e interpretar os “sinais dos tempos” (Mt 16,2-3), buscando juntos a vontade de Deus, o que Ele quer de nós nesta missão. Recursos Humanos, Materiais e Econômicos da Comunidade Itinerante • Recursos Humanos: mulheres e homens pertencentes a distintas instituições, leigos/as, religiosas/os, padres... • Enviados/as por alguma instituição ou grupo que apóia. • Moradia. Três palafitas: uma para as mulheres, outra para os homens e uma terceira comum com cozinha e capela. • Um salário mínimo por pessoa/mês. O salário que cada membro da comunidade recebe é colocado em caixa comum. • Partilha e comunhão de bens: esse é o espírito que deve orientar o uso dos recursos. • Serviços: Coordenador/a, tesoureiro/a, secretário/a. Os serviços são por dois anos; podendo ser prorrogados por um ano. Perfil para a Equipe Itinerante • Ser enviado/a por uma instituição ou grupo que o sustenta. • Espírito comunitário simples e comunicativo, de partilha e discernimento. • Saúde boa: tolere diversos alimentos, caminhadas com peso... • Capacidade de diálogo inter-cultural, inter e intra religioso. • Criatividade, não soluções pré-fabricadas, sim valorizar o local. • Capacidade de observação e escuta. Saber registrar. • Adaptação às culturas, hábitos e costumes diferentes. • Flexibilidade metodológica: trabalho com diversas instituições. • Renuncia afetiva para não apropriar-se dos projetos alheios. • Tempo de serviço mínimo: dois ou três anos. Equipes Itinerantes... Manaus Junte-se à caminhada! Vamos itinerar com a gente e ampliar a missão em novas regiões da Amazônia! Equipe Itinerante Rua Luis de Freitas, 113, São Jorge CEP: 69.033-540, Manaus-AM - Brasil Fone-Fax: (92) 625-2899. E-mail: [email protected] Venham! Vamos remar para águas mais profundas... Equipe Itinerante Bênção da Itinerância O Deus Itinerante: • Caminhe à tua frente para te guiar, te dar confiança, te mostrar o rumo e dar-te esperança na utopia do Reino! • Caminhe atrás de ti para te empurrar, te cutucar, te inquietar, te questionar! • Caminhe ao teu lado para te acompanhar, te alegrar e fazer-te sentir Sua presença! • Caminhe abaixo de ti para te sustentar, te fortalecer e dar-te coragem, firmeza e segurança! • Caminhe sobre ti para te abençoar, te iluminar, te proteger e te defender! • Caminhe dentro de ti para fazer-te sentir Seu perdão, Sua paz, Sua liberdade, Seu carinho e Seu amor sem condições! O Deus Itinerante, que é Pai, Filho e Espírito Santo te abençoe. Amem! Pe. Paco Almenar sj – Equipe Itinerante