Equipe Itinerante
Manaus
Um espaço
inter-institucional
de serviços!
“Nos caminhos desse rio, muita história pra contar.
Navegar nessa canoa é ter o mundo pra se entranhar...”
Natasha Andrade
Um espaço inter-institucional de serviços
Nossa Senhora
Cônegas de
S. Agostinho
Projeto
Missionário Igrejas
Irmãs – Sul 3
Filhas do
Sagrado Coração
de Jesus
Equipe
Itinerante
Outras
instituições, congregações
ou grupos
Distrito
dos Jesuitas da
Amazônia
“Andem pela
Amazônia e escutem
o que o povo fala...”
Nos primeiros momentos, o impulso, coragem
e liberdade de espírito do Pe. Cláudio Perani
sj foi fundamental. Tendo apenas uns 20
jesuitas para todo o DIA, liberou três para a
Equipe Itinerante com a seguinte missão:
“Dediquem-se andar pela Amazônia. Visitem as comunidades, as
igrejas locais, as organizações... Observem tudo cuidadosamente e
escutem atentamente o que o povo disse: sus demandas e esperanças,
seus problemas e soluções, suas utopias e sonhos. Participem da vida
cotidiana do povo. Observem e registrem tudo. Anotem o que o povo
fala com suas próprias palavras. Não se preocupem com os
resultados. O Espírito irá mostrando o caminho”.
E abrindo o mapa da Amazônia, com um grande sorriso, Cláudio concluiu:
“Coragem! Comecem por onde possam!”
Histórico
• Jun/1996: O “Projeto de
Itinerância”, nasce no
encontro anual dos
Jesuítas do Distrito da
Amazônia - DIA.
• Jan/1998: O Pe. Albano sj e o Pe. Paulo Sérgio sj
iniciam o projeto com ribeirinhos e
marginalizados urbanos.
• Out/1998: O Pe. Fernando sj e a Ir. Arizete csa
começam o trabalho junto aos indígenas,
articulando com o CIMI.
• Nov/1999: Chegam o Pe. Paco sj e Tadeu, leigo.
• Jan/2000: A Ir. Arizete é liberada para a Equipe.
Chegam a Ir. Odila fscj e Cláudia leiga CNBB Sul 3
• Fev/2000: Abre-se a Comunidade Itinerante.
• 2000-2002: Várias religiosas/os e
leigas/os fazem experiência com a
equipe e comunidade itinerante.
Algumas religiosas e leigos/as iniciam
experiências de participação na equipe
sem formar parte da comunidade.
• Out/2002: O Projeto da
Equipe Itinerante é assumido
interinstitucionalmente:
+ Congregação de Nossa
Senhora – CSA,
+ Filhas do Sagrado Coração
de Jesus – FSC.
+ Companhia de Jesus – SJ.
Inspiração e Fundamento
• Nova Evangelização que exige “novo
ardor, método e conteúdo”.
• Necessidade de assessoria às Igrejas,
organizações e movimentos populares.
• Fortalecer as organizações e contribuir
na formação das comunidades mais
distantes, nas próprias comunidades.
• Ir ao encontro do povo, onde a vida
está mais ameaçada.
• Jeito itinerante de Jesus Cristo e da Igreja
Primitiva de realizar a missão.
• “Cavalaria ligeira”. Mobilidade dos
primeiros Jesuítas (séc.XVII) do “Grão
Pará”, junto aos povos indígenas, antes
dos “descimentos”.
• Olhar para a Amazônia como área de
missão no Brasil.
• “A Igreja se faz carne e arma sua tenda
na Amazônia”.
Objetivo
Geral
• Despertar, incentivar e apoiar os projetos e as
iniciativas no mundo Ribeirinho, Indígena e
Marginalizado Urbano,
• através da itinerância e da articulação com
pessoas e entidades afins,
• para que os pobres, excluídos e culturalmente
diferentes, se tornem sujeitos da sua libertação
e história e se reconheçam como pessoas e
filhos/as de Deus,
• a fim de evangelizar, humanizando os
ambientes mais agressivos, injustos e
opressores onde a vida humana está sendo
ameaçada, as culturas desrespeitadas e os
direitos humanos ignorados.
Objetivos Específicos
• Conhecer a vida concreta das pessoas,
aprendendo delas a maneira de servi-las;
• Contribuir com assessorias específicas e
formação às comunidades, movimentos
populares, organizações sociais e igrejas;
• Confrontar e cruzar experiências, tecer redes;
• Estudar e aprofundar temas de interesse;
• Registrar, sistematizar, devolver, teorizar a
práxis e memória da Equipe e das
comunidades.
Sujeitos do Projeto
Três sujeitos interligados
Na Amazônia, esses três
sujeitos históricos estão
profundamente
interligados:
1. Marginalizados Urbanos
que foram ribeirinhos.
2. Indígenas que são
Marginalizados Urbanos.
3. Ribeirinhos que são
Indígenas.
4. Indígenas que foram
Ribeirinhos e que são hoje
Marginalizados Urbanos.
3
INDÍGENAS
RIBEIRINHOS
4
2
1
MARGINALIZADOS
URBANOS
Marginalizados Urbanos
• Na cidade de Manaus vivem mais de
1,5 milhões de pessoas. Corresponde
a mais de 60% da população
amazonense.
• Manaus é a capital brasileira onde a
riqueza e a renda estão mais
concentradas nas mãos de poucos.
95% da renda estadual está
concentrada na “Zona Franca” de
Manaus. Isso gera uma imensa
população de marginalizados urbanos.
• É uma cidade que cresce em média de
12% ao ano de forma desordenada
causando um progressivo processo de
“invasões” ou “ocupações”.
• O déficit de emprego e moradia é
muito alto.
• A fome faz parte do cotidiano de
milhares de famílias vindas das
comunidades ribeirinhas, indígenas e
migrantes.
Ribeirinhos
• São migrantes nordestinos e de outro
Estados, que vieram para a Amazônia
no século XIX, por ocasião do “ciclo
da borracha” e aqui formaram
famílias, muitas vezes, casando-se
com indígenas, dando origem à
“cultura cabocla”.
• Habitantes e trabalhadores das
ribeiras dos rios, lagos e igarapés que
vivem em povoados, aldeias ou casas
isoladas.
• Vivem na Várzea quando baixam as
águas e em terra firme, palafitas ou
flutuantes em tempo de cheia. Vivem
da agricultura familiar, pequenos
negócios e do extrativismo.
• Sua alimentação básica é farinha e
peixe.
• É o povo mais desorganizado e des assistido da Amazônia. Está em busca
de sua Identidade como classe social.
Indígenas
• Moradores ancestrais e originários da floresta
amazônica, com línguas e culturas milenares.
• Era 5 milhões em 1500. Apenas 200.000 na
ditadura militar (1975). O projeto militar
previa acabar com os índios até o ano 2000.
• Mas os povos indígenas lutam e resistem:
+ População: 734.127. O 70% está nas aldeias
e o 30% nas cidades. Uns 40 grupos
continuam sem contato com ocidente (900).
+ Hoje são 240 povos.
+ Falam 180 línguas.
+ Muitos povos estão “ressurgindo”.
• 51% dos indígenas vivem na Amazônia.
• Desafios: Demarcação e defesa da terra;
militarização; invasão de empresas mineradoras,
madeireiras e de biodiversidade (biopirataria);
respeito aos direitos diferenciados (educação e
saúde, organização socioeconômica, crenças e
valores culturais, etc.)
• O saber milenar dos povos indígenas é solução
para muitos dos problemas do ocidente.
Localização,
Superfície e
População
VENEZUELA
RORAIMA
COLÔMBIA
G
U
I
A
N
A
S
U
R
I
N
A
M
E
GUIANA
Francesa
AMAPÁ
R. Branco
R. Negro
Manaus R. Amazonas
Ribeirinhos
M. Urbanos
R. Solimões
R. Araguaia
PERÚ
AMAZONAS
Indígenas
PARÁ
R. Tapajós
R. Madeira
R. Xingu
R. Purus
ACRE
BOLÍVIA
Superfície (km2)
População (hab)
Densidade(hab/km2)
Pop. Indígena
AMAZONAS
1.577.820
2.580.860
1,63
RORAIMA
225.116
266.922
1,18
PARÁ
1.253.164
5.886.454
4,69
TOTAL
3.056.100
91.660
29.709
17.582
138.951
8.734.236
2,5
Sub-Equipes, Alianças, Parcerias e Apoios
Equipe Itinerante: três sub-equipes
(Leigos/as, Irmãs/os, Padres)
Sub-equipe
“Marginalizados
Urbanos”
Sub-equipe
“Indígenas” Sub-equipe
“Ribeirinhos”
Equipe de apoio
intelectual, técnico
e prático.
Centro de
Reflexão,
Formação e
Assessoria.
Alianças
Parcerias
 CPT;
 CIMI;
 Org. Indígenas
 CDH;
 Sindicatos;
 Mov. Populares;
 ONGs;
 CNBB;
 Pastorais Sociais;
 CRB;
 ...
A ligação entre as três sub-equipes obriga a
articular a analise e a reflexão, a confrontar
as metodologias, enriquecendo a práxis de
cada uma das sub-equipes.
Metodologia
1. Caminhar ao ritmo da canoa, nem na frente nem
atrás, mas ao lado do povo.
2. Criatividade para a busca de caminhos novos e não
de soluções pré-fabricadas.
3. Pratica e teoria: os dois remos da canoa.
4. Visitas periódicas, de modo gratuito, numa atitude de
escuta, acolhida e aprendizado.
5. Inserção no meio dos pobres e excluídos/as (com,
onde e como eles).
6. Atitude de escuta profunda. Ouvir mais que falar e
fazer.
7. Apoiar (não sustentar) as iniciativas e projetos dos
outros.
8. Trabalho em aliança, parceria, colaboração ou
assessoria mutua.
9. Ser presença solidária, gratuita e diferenciada.
10. Registrar, sistematizar e devolver a memória.
11. Cruzar experiências e tecer redes entre
comunidades, movimentos, organizações, paróquias,
dioceses, ONG’s, etc.
12. Reciprocidade, ficar interdependentes, “des apoderar-se”.
Enriquecendo o modelo existente...
Modelo bi-polar de ação:
Instituição–Comunidade
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
...
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2
Modelo tri-polar de ação:
Instituição–Comunidade–Equipe Itinerante
Aldeia,
Comunidade
,
Equipe-base,
...
Eq-It
Aldeia,
Comunidade
,
Equipe-base,
Eq-It
1
Aldeia,
Eq-It Comunidade
,
Equipe-base,
2
Instituição
Instituição
Eq-It
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
5
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
4
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
3
Aldeia,
Comunidade
Eq-It
,
Equipe-base,
5
Aldeia,
Comunidade
,
Equipe-base,
4
Eq-It
Aldeia,
Comunidade
,
Equipe-base,
3
Modelo bi-polar de ação-reflexão
Instituição = Comunidade
+ Instituição forte que tenta responder
às demandas das comunidades e
bases.
+ Historicamente contribuiu muito no
desenvolvimento social.
- As instituições crescem e ficam
pesadas.
- A burocracia absorve grande parte das
energias e do tempo institucional.
- A relação com as comunidades fica
muito institucional, burocrática,
vertical e limitada.
- Para a instituição fica cada vez mais
difícil acompanhar, como desejariam,
os processos locais e suas novas
demandas.
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
...
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2
Instituição
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
5
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
4
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
3
Modelo tri-polar de ação-reflexão
+ Mantém-se o modelo bipolar:
Instituição – Comunidade.
Instituição = Comunidade
+ Incorpora-se um terceiro elemento:
Equipe Itinerante.
+ A Equipe Itinerante tem estrutura
leve (p/ maior mobilidade) e pouco
Aldeia,
peso institucional (p/ não ser ameaça)
Comunidad
e,
+ A Equipe Itinerante tenta:
EquipeAldeia,
Eq-It
Aldeia,
base,
Eq-It Comunidad
* Apoiar os processos locais.
Comunidad
1
e,
* Tecer redes de relações.
e,
EquipeEquipebase,
* Cruzar as experiências.
base,
2
Eq-It
...
+ O movimento fundamental da
Instituição
Equipe Itinerante é:
Eq-It
1º de comunidade em comunidade;
Aldeia,
2º da comunidade para a instituição. Aldeia,
Comunidad
Comunidad
Eq-It
e,
+ Manter o princípio de reciprocidade
e,
Eq-It
EquipeEquipeAldeia,
e de “relação horizontal”.
base,
base,
Comunidad
3
5
+ É importante que a Equipe dependa
e,
Equipeda comunidade “des-apoderando-se”.
base,
4
Dificuldade de relação interinstitucional
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1.6
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1.1
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1.2
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2.6
Instituiçã
o
1
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1.5
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1.4
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2.1
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2.2
Instituiçã
o
2
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
1.3
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2.5
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2.4
Aldeia,
Comunidade,
Equipe-base,
2.3
A crescente complexidade institucional (burocracia), assim como a quantidade de
responsabilidades e tarefas externas desenvolvidas pela instituição, fazem que não
sobrem energias institucionais suficientes para gerar outros intercâmbios e
interações inter-institucionais. Tende-se a uma certa acomodação e isolamento que
empobrece e não permite a renovação teórica nem práxica das ações institucionais.
Facilitar a relação e intercambio
inter-comunitário e inter-institucional
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
Eq-It
1.6
Eq-It
Aldeia,
Comunidad
Eq-It
e,
Equipebase,
1.5
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
1.1
Eq-It
Aldeia,
Eq-It Comunidad
e,
Equipebase,
1.2
Instituição
1
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
1.4
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
Eq-It
2.6
Eq-It
Eq-It
Eq-It
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
1.3
Aldeia,
Comunidad
Eq-It
e,
Equipebase,
2.5
Eq-It
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
2.1
Aldeia,
Eq-It Comunidad
e,
Equipebase,
2.2
Instituição
2
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
2.4
Eq-It
Eq-It
Aldeia,
Comunidad
e,
Equipebase,
2.3
A leveza, mobilidade e fragilidade da Equipe Itinerante fazem que ela não apresente
uma ameaça para as instituições locais... A Equipe só presta serviços, apóia os
processos locais (não os sustenta), facilitando o intercambio e o confronto das
experiências, a relação e interação comunitária e inter-institucional, ajudando a criar e
fortalecer redes de reflexão e ação conjuntas.
Ser mais fio que
nó na rede
Equipe
Itinerante
Comunidades
Equipes
Grupos
Instituições
Para que uma rede possa pegar peixes
tem que estar feita com nós e fios. Só
com nós ou só com fios não funciona.
No meio das pessoas, comunidades,
equipes, grupos, instituições, etc., a
Equipe Itinerante identifica-se mais com
ser fio que tenta fortalecer e enriquecer
as relações, o confronto e intercambio
das experiências da rede, que ser um nó.
Ser mais abelhas (polinizar)
que árvores (frutificar)
A Equipe Itinerante tenta desenvolver mais a função das abelhas
de polinizar (confrontar, “ferrar” e intercambiar as experiência) e
produzir mel (coletar, sistematizar e devolver as experiências).
A Equipe não pretende ser uma planta ou árvore, que se fixa no chão
com profundas raízes para crescer e produzir muitos e ricos frutos.
Ser mais semente que enxerto
A Equipe Itinerante compreende-se mais como
pequenas sementes que se enterram, deixandose fecundar pela terra para germinar e gerar
plantas novas,
que complementam e
enriquecem a diversidade
da floresta,
questionando as
deformações impostas,
buscando novas
possibilidades.
A Equipe não quer ser enxerto feito
numa grande árvore para melhorá-la e
que assim produza frutos, em maior
quantidade e de mais qualidade.
Ser mais “igreja dos caminhos
e rios” que “igreja das casas”
A Equipe
Itinerante
quer ser mais
“igreja dos caminhos”, “igreja dos rios”
(no Amazonas), que “igreja das casas” ou
“igreja dos templos ou dos centros”
(espiritualidade, formação, atendimento, etc.).
A Equipe vai nas “casas” dos outros (malocas,
aldeias, instituições, paróquias, dioceses, etc.).
Vai ao encontro do povo nas suas casas,
povoados e instituições.
A Equipe não fica esperando e chamando
para que o povo venha na sua “casa”.
Ser mais “cavalaria ligeira” que “artilharia
pesada” ou “franco-atiradores”
Utilizando uma imagem bélica, a Equipe
Itinerante é mais “cavalaria ligeira”, com uma
estrutura leve e com grande mobilidade, para
chegar com facilidade nas regiões mais distantes
e de maior necessidade.
A Equipe não é, nem pretende ser, uma
base de “artilharia pesada”, desde onde
se disparam poderosas ações que
atingem uma determinada região.
Também a Equipe Itinerante não é um conjunto de franco-atiradores
que desde uma trincheira tentam abater o inimigo.
Ser mais fermento que massa ou pão
A Equipe Itinerante identifica-se
com o trabalho simples dos grãos
pequenos de fermento que
mergulham e misturam-se dentro
da grande massa.
A Equipe ajuda a fermentar o povo.
A que o povo se “amasse” e aprenda
a produzir seu próprio pão gostoso.
A Equipe também não leva o pão já
feito para o povo comer.
A Equipe não é nem massa nem pão
pronto. Tenta ser simplesmente
fermento!
Ser mais sal ou tempero
que comida ou cozinheira
A Equipe Itinerante junta o sal e os temperos
que encontra nas distintas diversas experiências
que vai conhecendo para oferecê-los a outros
que os necessitam para preparar sua comida.
A Equipe não é comida pronta, nem cozinheira
que faz a comida para os outros.
A Equipe é como o sal e tempero. Sem
aparecer ajudam a que os alimentos fiquem
mais gostosos. Para isso, é importante
saber qual é o tempero e quantidade de sal
que cada comida precisa. Em excesso, o
sal e o tempero, estragam a comida.
As 4 “i” do Projeto
nserido
quipe
nter - institucional
nter - disciplinar
tinerante
Processo Metodológico
Nível de
intervenção
na realidade
Nível de
reflexão da
realidade
4. DEVOLUÇÃO
5. AÇÃO
3. ELEIÇÃO SISTEMATIZAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
2. REFLEXÃO
Nível de
contato-inserção
na realidade
1. CONTEXTO EXPERIÊNCIA
Dinamismo histórico
3 SISTEMATIZAÇÃO
- ELEIÇÃO
Nível de
reflexão da
realidade
6 AVALIAÇÃO
2’ REFLEXÃO
2 REFLEXÃO
4 DEVOLUÇÃO
Nível de
intervenção
na realidade
3’ SISTEMATIZAÇÃO
-ELEIÇÃO
4’ DEVOLUÇÃO
História
5’ AÇÃO
5 AÇÃO
Nível do
contato-inserção
na realidade
6’ AVALIAÇÃO
Projeto
histórico
do povo
1’’ CONTEXTO EXPERIÊNCIA
1’ CONTEXTO EXPERIÊNCIA
1 CONTEXTO EXPERIÊNCIA
Marco situacional do trabalho
MUNDO
INDÍGENA
MUNDO DE
INTER-RELAÇÕES
MUNDO NÃOINDÍGENA
(Envolvente)
Equipe
Itinerante
Fortalecer a identidade e autonomia em relação!
PERSPECTIVA
• Cultural
• Religiosa
• Pedagógica
• Política
COMPONENTES
• Presença solidária
• Hermenêutico
• Maiêutico
• Crítico
CAMINHO
• Inserção
• Reciprocidade
• Diálogo Intercultural
• Diálogo Inter-religioso
Organização do tempo e das tarefas
T = Tempo
EL = Equipe Local
AA = Aldeias
T1
T2
T3
EL
EL - EI
AA - EL - EI
EI = Equipe Itinerante
T4
EL - EI
EI
T5
EL
EI
T1: A EL e a EI entram em contato para definir temas, materiais e calendário.
T2: A EL e a EI encontram-se para preparar a oficina: conteúdo, metodologia, etc.
T3: A EL e a EI juntos vão desenvolvendo a oficina de aldeia em aldeia.
T4: A EL e a EI sistematizam o trabalho das comunidades (“material de devolução”).
T5: A EL devolve (ativamente) o trabalho às comunidades. A EI volta para sua base.
Níveis de Planejamento – Avaliação
e Sistematização – Devolução
Planejamento - Avaliação
(Processo contínuo e crítico)
a. Equipe Itinerante.
b. Subequipes: Ind. Rib. Etc.
c. Equipe Local (Past.Indig.,
ONGs, Org.Ind. etc.).
d. Comunidades/Aldeias.
e. Regional CIMI, CPT, etc.
f. Assessorias diversas.
Sistematização - Devolução
a. Relatório geral.
b. Retorno escrito p/ Equipe Local.
c. Material de devolução, na própria
língua quando possível, com os
desenhos e reflexões deles.
d. Exposição de desenhos, fotos,
textos, músicas...
e. Artigos, entrevistas, depoimentos,
publicações...
Recursos Humanos, Econômicos e Materiais da Equipe
• Recursos humanos: Padres, religiosas/os, leigos/as.
• Enviados/as por uma instituição ou grupo de apoio.
• Recursos econômicos: 2 salários mínimos mensal por
pessoa. Tudo colocado na caixa comum da missão.
• Recursos materiais: Um escritório com biblioteca para
apoiar os trabalhos.
• Encontros e reuniões para refletir, rezar, partilhar,
estudar, descansar... Três encontros ao ano de 5 dias
cada um. Cada sub-equipe organiza suas reuniões
periodicamente conforme as necessidades.
• Serviços por 2 anos; pode ser reeleito/a 1 ano mais.
Serviços na
Equipe Itinerante
1. Coordenador/a
geral.
2. Administrador/a.
3. Secretário/a.
Serviços nas
Sub-Equipes
1. Coordenador/a área
Ribeirinha.
2. Coordenador/a área
Marginalizados Urbanos.
3. Coordenador/a área
Indígena.
Espiritualidade Itinerante
Itinerar, interna e geograficamente,
deixando-se conduzir pela brisa do
Espírito de Deus, discernindo a sua
Vontade, no cotidiano da vida dos
pobres, diferentes e excluídos.
Traços da Espiritualidade Itinerante
• Deixar-se levar pelo sopro do Espírito
• Descer ao encontro do outro
• Os excluídos como sujeitos
• Ao serviço dos outros
• Complementaridade
• Co-responsabilidade
• Discernimento
• Inculturação
• “Des-apoderar-se”
• Leveza
• Mobilidade
• Itinerância interior
• Itinerância geográfica
• Diálogo intercultural
• Diálogo inter-religioso
• Amizade e fraternidade
• Senso de humor
Comunidade
Itinerante
Uma opção livre dentro
do Projeto da Equipe
Itinerante
História e descrição
• Aberta em Fev/2000 na área de
palafitas do Jardim dos Baré,
Manaus.
• Primeiros membros: Ir. Arizete, Ir.
Odila, Cláudia, Tadeu, Pe. Paulo
Sérgio, Pe. Fernando e Pe. Paco.
• Objetivo: Apoiar a missão da
Equipe Itinerante.
• Viver na comunidade é uma opção
livre. Pode-se fazer parte da Equipe
sem morar na Comunidade
Itinerante.
• Residência: Três casas em palafitas.
• Características:
+ Mista: mulheres-homens,
leigos/as-religiosos/as.
+ Multidimensional: pessoas
formadas em distintas áreas.
+ Itinerante: leveza e mobilidade.
Partilha e Discernimento
de Fé, Vida e Missão
• FÉ: Celebrar, orar, partilhar e discernir a
experiência de fé pessoal e comunitária;
fazer juntos: retiros e exercícios
espirituais.
• VIDA: Partilhar um estilo de vida
simples, assumindo o cotidiano da vida
co-responsavelmente: caixa comum,
orçamento planejado comunitariamente,
limpeza, comidas, descanso, lazer,
retiros, viagens...
• MISSÃO: Discernir e partilhar a
Missão. Tentando descobrir e interpretar
os “sinais dos tempos” (Mt 16,2-3),
buscando juntos a vontade de Deus, o
que Ele quer de nós nesta missão.
Recursos Humanos,
Materiais e Econômicos da
Comunidade Itinerante
• Recursos Humanos: mulheres e homens
pertencentes a distintas instituições,
leigos/as, religiosas/os, padres...
• Enviados/as por alguma instituição ou
grupo que apóia.
• Moradia. Três palafitas: uma para as
mulheres, outra para os homens e uma
terceira comum com cozinha e capela.
• Um salário mínimo por pessoa/mês. O salário que
cada membro da comunidade recebe é colocado em
caixa comum.
• Partilha e comunhão de bens: esse é o espírito que
deve orientar o uso dos recursos.
• Serviços: Coordenador/a, tesoureiro/a, secretário/a.
Os serviços são por dois anos; podendo ser
prorrogados por um ano.
Perfil para a
Equipe Itinerante
• Ser enviado/a por uma instituição ou grupo que o sustenta.
• Espírito comunitário simples e comunicativo, de partilha e
discernimento.
• Saúde boa: tolere diversos alimentos, caminhadas com peso...
• Capacidade de diálogo inter-cultural, inter e intra religioso.
• Criatividade, não soluções pré-fabricadas, sim valorizar o local.
• Capacidade de observação e escuta. Saber registrar.
• Adaptação às culturas, hábitos e costumes diferentes.
• Flexibilidade metodológica: trabalho com diversas instituições.
• Renuncia afetiva para não apropriar-se dos projetos alheios.
• Tempo de serviço mínimo: dois ou três anos.
Equipes Itinerantes...
Manaus
Junte-se à
caminhada!
Vamos itinerar com a gente
e ampliar a missão
em novas
regiões da
Amazônia!
Equipe Itinerante
Rua Luis de Freitas, 113, São Jorge
CEP: 69.033-540, Manaus-AM - Brasil
Fone-Fax: (92) 625-2899. E-mail: [email protected]
Venham!
Vamos remar
para águas mais
profundas...
Equipe
Itinerante
Bênção da Itinerância
O Deus Itinerante:
• Caminhe à tua frente para te guiar, te
dar confiança, te mostrar o rumo e
dar-te esperança na utopia do Reino!
• Caminhe atrás de ti para te empurrar,
te cutucar, te inquietar, te questionar!
• Caminhe ao teu lado para te
acompanhar, te alegrar e fazer-te
sentir Sua presença!
• Caminhe abaixo de ti para te
sustentar, te fortalecer e dar-te
coragem, firmeza e segurança!
• Caminhe sobre ti para te abençoar, te
iluminar, te proteger e te defender!
• Caminhe dentro de ti para fazer-te
sentir Seu perdão, Sua paz, Sua
liberdade, Seu carinho e Seu amor
sem condições!
O Deus Itinerante, que é Pai, Filho e
Espírito Santo te abençoe. Amem!
Pe. Paco Almenar sj – Equipe Itinerante
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Equipe Itinerante