OS 7 SACRAMENTOS
O Novo Dicionário Aurélio nos informa que a Igreja Católica dá à palavra
sacramento a seguinte definição: “Sinal sagrado instituído por Jesus Cristo para
distribuição da salvação divina àqueles que, recebendo-o, fazem uma profissão de fé
(são sete: o batismo, a confirmação ou crisma, a eucaristia, a penitência ou confissão,
a ordem, o matrimônio e a extrema-unção)”.
Acerca dos sacramentos, católicos e evangélicos divergem sobre três questões:
nome, quantidade e finalidade:
NOME: A maioria dos evangélicos (e com bons motivos para tanto, embora por ora
não tratemos deste assunto) prefere a palavra “ordenança,” ao vocábulo
“sacramento”, embora saibamos que esta questão é periférica e não cardeal.
QUANTIDADE: Os evangélicos crêem que só há duas ordenanças (ou cerimônias)
ordenadas por Jesus : Batismo e Ceia do Senhor.
Finalidade: Crêem os evangélicos que os mesmos não podem preceder a salvação.
Logo, esta não é conseqüência daqueles. Para crerem assim, apóiam-se no fato de que
a Bíblia fala de pessoas que se salvaram antes do batismo( Lc 7. 7 50; 19.9; At 10. 1118. ), bem como sem jamais participarem destes atos de fé ( 23.43.). Sim, o ladrão de
que trata Lc 23.43 não foi batizado, tampouco participou da Ceia da Senhor. Não
obstante voou para o Paraíso naquele mesmo dia. Reconhecemos a importância do
batismo e da Ceia do Senhor, mas cremos paralelamente que, se por um motivo
qualquer, não for possível participar destes ritos, não haverá condenação alguma.
É verdade que Cristo disse que comer Sua carne e beber Seu sangue são
condições imprescindíveis à salvação (Jo 6.53), mas entendemos que neste caso,
Cristo não se referia à Ceia do Senhor, e sim, ao fato de que duas coisas precedem a
salvação, a saber, o sacrifício de Cristo na cruz, e a nossa fé no sangue que por nós
Ele derramou. Caso contrário, cremos nós, o supracitado ladrão não teria se salvado.
Sim, cremos que Mt 26.26-28 trata de um assunto e que Jo 6.53 trata de outro.
Quanto às divergências que há entre católicos e evangélicos a respeito dos
sacramentos, a polêmica não gira tanto sobre o número deles, mas sim, sobre a
finalidade dos mesmos. Contrários ao parecer bíblico dos evangélicos sobre os
sacramentos, a Igreja Católica prega oficialmente que os sacramentos são necessários
à salvação (Catecismo da Igreja Católica, página 318 # 1.129), e anatematiza os que
dela divergem: “Se alguém diz que os sacramentos... não foram todos instituídos pelo
Senhor Jesus Cristo, ou que existem mais ou menos de sete...seja anátema”.20 Como o
leitor acaba de ver, a Igreja Católica é intolerante. Ela não respeita a fé de ninguém.
Até os que divergem dela em questões banais, como é o caso do número dos
sacramentos, são anatematizados, isto é, divinamente amaldiçoados ou
excomungados.
BATISMO: O Catecismo da Igreja Católica diz: “... A Igreja não conhece outro meio
senão o batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna...” (página 350 #
1.257). Este é o motivo pelo qual o clero católico duvida da salvação até do recémnascido que morreu sem o batismo. Ora, a Igreja Católica nos aconselha a fazermos
exéquias pelas almas das criancinhas que estão no Limbo, como já vimos, mas o fato
dela dizer paralelamente que não conhece outro meio senão o batismo, que garanta a
entrada no Paraíso, prova que ela não garante que as exéquias produzirão o efeito
desejado.
Vários católicos já nos disseram que o fato de Jesus haver dito que “quem crer e
for batizado será salvo” prova que o batismo é necessário para a salvação até dos
recém-nascidos. Mas os temos ajudado a entender que se assim fosse, a perdição dos
nenéns seria inevitável, pois que dependeriam de duas coisas para serem salvos: fé e
batismo. Batizá-los é fácil, mas fazê-los crer foge da nossa alçada.
A CONFIRMAÇÃO OU CRISMA tem, entre outras coisas, dois porquês, segundo o
Catolicismo: Primeiro, é necessário à salvação. Segundo, é mais um grilhão a prender
o católico ao Catolicismo: “... tornar mais sólida a nossa vinculação com a igreja...”
Catecismo da Igreja Católica, página 364, # 1.316. É uma invencionice inteligente.
EUCARISTIA: Esta será considerada no próximo capítulo. Lá veremos que atribuir-lhe
valor salvífico não é bíblico.
CONFISSÃO: A confissão ao padre não é necessário à salvação, como o quer o
clérigos católicos. Isso lhes dá status, mas diminui a Cristo, nosso único mediador
entre Deus e nós (1 Tm 2.5).
Confessarmos uns aos outros, é bíblico (Tg 5.16); mas ao padre, não.
Confessarmos mutuamente significa que quando pecarmos contra o nosso irmão,
teremos que dizer-lhe que reconhecemos que erramos e suplicar-lhe o perdão.
Aquele que não está conseguindo vencer a carne e o Diabo, pode e deve procurar
o seu pastor. Não para receber dele o “eu te absolvo”, mas sim, ajuda, em forma de
orientação, jejum, oração...
MATRIMÔNIO: O matrimônio, como um sacramento necessário à salvação, é algo
difícil de se engolir. Que tem a ver casamento com salvação?
A ORDEM: Não pode ser necessária à salvação, pois os Ministros do Evangelho têm
por missão anunciar a redenção em Cristo, e não distribuí-la.
A EXTREMA-UNÇÃO: Finalmente chegamos ao sétimo sacramento, na ordem por nós
alistada, conforme transcrevemos do Novo Dicionário Aurélio. O nome atual da
extrema-unção é unção dos enfermos . A Bíblia realmente manda ungir os enfermos
com óleo e orar, objetivando a cura (Tg 5.14,15). Basta lembrarmos que só Cristo
salva (At 4.12) e que é pela fé que tomamos posse da graça da salvação (Ef 2.8), para
sabermos que de fato não necessitamos de sacramento algum para sermos salvos.
Logo, a extrema-unção não é necessária à salvação.
Saiba o leitor que os “teólogos” católicos criaram só sete sacramentos porque
quiseram. Se quisessem inventar dezenas, conseguiriam. Exemplos: sacramento da
oração, sacramento do louvor, sacramento do cântico, sacramento da caridade,
sacramento da leitura da Bíblia, sacramento das coletas para os santos, sacramento do
jejum, sacramento do ensino, sacramento da pregação do Evangelho, sacramento da
fé, etc.
PASTOR JOEL SANTANA
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dela divergem: “Se alguém diz que os sacramentos... não foram