Ano I - Número 19 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Jovens viram homens de negócios no Estado Vice-reitor no Auditório Nobrão Padre Wilson faz maratona para ouvir O vice-reitor da PUCCampinas, padre Wilson Denadai, promoveu uma verdadeira peregrinação nos campi para ouvir os anseios e as sugestões de alunos, professores e funcionários. Padre Wilson estará no comando da Reitoria a partir de 1º de fevereiro de 2006. Uma equipe técnica será montada para compilar as manifestações da comunidade universitária. O resultado desse trabalho poderá ser incorporado ao Plano Estratégico Institucional (PEs). Página 06 Pé na estrada Arquivo pessoal Pesquisa indica que eles são responsáveis pela abertura de 17% das empresas; muitos procuram a Universidade para ampliar os empreendimentos familiares Fotos: Ricardo Lima MIDAS - Pedro Ortigosa assumiu e incrementou o comércio do pai no Mercado Municipal de Campinas Uma pesquisa do Sebrae indicou um crescimento no número de empresas abertas por jovens com até 24 anos. Em 2000, eles eram responsáveis por 14% das novas empresas paulistas. Na última estatística divulgada, esse índice passou para 17%. As faculdades do Centro de Economia e Administração (CEA) registram uma procura de filhos de comerciantes e empresários por conhecimentos que lhes possibilitem ampliar os negócios da família. O déficit de vagas no mercado de trabalho, a disponibilidade de informações e a inclusão de disciplinas sobre o empreendedorismo nos currículos universitários são apontados como os responsáveis pelo incremento no setor. Página 05 Dados absurdos marcam trânsito campineiro Quarenta e quatro pessoas morreram no trânsito de Campinas no primeiro semestre deste ano. Nesse período houve um aumento de 34% nas ocorrências com vítimas. A Prefeitura arrecada cerca R$ 30 milhões por ano com as estimadas 30 mil multas aplicadas por mês. O secretário Municipal de Transportes, Gerson Luis Bittencourt, afirma que as multas aplicadas correspondem a apenas 1% das infrações cometidas e considera o motorista campineiro menos solidário que o paulistano. O tema reuniu representantes da sociedade no Seminário Municipal sobre Segurança no Trânsito, que terminou em 17 de novembro, no Campus I. Página 04 IMAGEM DO CAOS - Avenida Francisco Glicério no centro da cidade MURAL PARAÍSO - O Equador, banhado pelo Oceano Pacífico, recortado pela Cordilheira dos Andes e cercado por vulcões e pela Selva Amazônica, integra o roteiro turístico da coluna Pé na Estrada. A professora da Faculdade de Educação Patrícia Tropia visitou Quito, em setembro deste ano, e conta suas impressões sobre o país, cuja riqueza natural contrasta com a pobreza de um povo, que amarga o índice de 55% de indigentes. Página 08 Coluna conta um pouco do espetáculo Théatron, que abusou dos temperos tupiniquins e marcou o encerramento das atividades letivas do Grupo de Teatro do Centro de Cultura e Arte (CCA), da PUC-Campinas. Sob a direção de Paulo Afonso Coelho, os alunos da Universidade esbanjaram talento e despertaram a admiração do público, que lotou o Auditório Dom Gilberto no dia 23 de novembro, para prestigiar a peça. Confira também as dicas e a programação cultural de Natal. Página 07 Esta é a última edição do Jornal da PUC-Campinas neste ano. A publicação voltará a circular normalmente no início do ano letivo de 2006. 02 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Jornal da PUC-Campinas Editorial E tudo tem seu tempo E m agosto de 2004, quando foram aprovadas as mudanças na avaliação do processo de aprendizagem, fiz menção, em um Editorial, a um trecho do capítulo 3º do livro bíblico Eclesiastes: "Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu". Mas a referida mudança no Regimento Geral da PUCCampinas foi apenas uma das tantas outras que ocorreram ao longo dos últimos anos com a participação dos diferentes segmentos da Instituição. Algumas, por necessidades internas; outras, por necessidades externas, decorrentes das políticas para a educação superior nacional. Em 2001, iniciamos a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), encaminhado ao Ministério da Educação (MEC) em 2002. No mesmo ano, logo no início da atual gestão, iniciamos a implantação da Reforma Administrativa. Em 2003, reunimos 60 representantes dos vários setores da Universidade para o início da elaboração do Planejamento Estratégico Institucional, que definiria as diretrizes e metas da PUC-Campinas até 2010. O documento resultou no Plano Estratégico Institucional (PEs) agora em curso. A partir de março de 2005, iniciamos o Programa de Auto-Avaliação Institucional (Proavi), cujas fases de elaboração irão até o primeiro semestre de 2006, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado pelo MEC. Ao lado de todas essas atribuições, vimos desenvolvendo inúmeros outros projetos igualmente importantes. Um deles - o de Carreira Docente - está em fase de discussão com os docentes. Haja fôlego! Todos esses esforços tiveram de ser cumpridos com a Universidade em pleno funcionamento. O empenho e os sacrifícios de todos, sabemos, foram grandes. Porém, por outro lado, também sabemos que essas mudanças foram e estão sendo imprescindíveis e há urgência em cumprir seus prazos e metas. A Reitoria, à frente de todos esses processos, tem de se concentrar em viabilizá-los. Voltando à dialética do Eclesiastes: há tempo para plantar e tempo para colher. Novas sementes vêm sendo semeadas nesse sentido. Faço referência aqui à iniciativa do futuro reitor e meu companheiro de gestão, professor e padre Wilson Denadai, de se reunir com os segmentos universitários. Esses encontros são, para todos nós que nos empenhamos nas mudanças ocorridas nos últimos anos, a certeza de que a PUC-Campinas prossegue no caminho certo. Reitor da PUC-Campinas Padre José Benedito de Almeida David Integração Comunidade virtual reúne família 'pucciana' A PUC-Campinas já formou mais de 140 mil profissionais em seus 64 anos de história e cerca de 4 mil graduados vão para o mercado de trabalho este ano. Com o objetivo de facilitar a integração da família 'pucciana', a Universidade criou a Comunidade de ExAlunos. Trata-se de uma comunidade virtual na qual todos os egressos podem se encontrar, trocar informações sobre o mercado de trabalho e saber tudo o que a Universidade oferece para acrescentar mais conhecimento nas áreas profissionais. Alguns ex-alunos já sabem da novidade e cerca de 2,4 mil egressos se cadastraram no site e perto de 350 estão recebendo o Jornal da PUC-Campinas em suas respectivas casas. O assessor de imprensa da Unicamp Roberto Costa, formado em Jornalismo pela PUC-Campinas em 1981, aprovou a idéia. O assessor se cadastrou e entrou em contato com velhos amigos da faculdade. "Ano que vem minha turma comemora 25 anos de formada e a página da Comunidade de Ex-Alunos será uma ferramenta essencial para ajudar a encontrar e reunir os amigos", afirmou Costa. Ele ainda disse que ficou sabendo da comunidade pela campanha publicitária divulgada em outdoors e espalhou a idéia para os colegas que também se formaram pela PUCCampinas. Para se cadastrar acesse o site www.puc-campinas.edu.br/egresso/ e aproveite os serviços oferecidos na página. Ricardo Lima Roberto Costa é um dos 2,4 mil egressos que se cadastraram no site Notas Confira a agenda das festas de fim de ano Prosa Caipira abre as portas >No dia 17 de dezembro, a PUC-Campinas promoverá um churrasco de confraternização exclusivo aos funcionários da Universidade e da Sociedade Campineira de Educação e Instrução (Scei), com sorteio de brindes. O evento ocorrerá na Faculdade de Educação Física, das 12 às 16h. Os convites serão encaminhados mediante a confirmação de presença pelo e-mail ([email protected]) até o dia 12 de dezembro. Missa de Natal no dia 13 dezembro, às 12h na capela do Campus I. >No Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP), apresentação de corais, missa de Natal e churrasco de confraternização compõem as festividades do fim de ano. A missa será no dia 15 de dezembro, na Igreja Nossa Senhora da Esperança, no Campus II, às 11h. O chur- O Restaurante Prosa Caipira, projeto que integra o Programa PUC-Campinas Solidária, abre suas portas no dia 16 de dezembro no Bairro Carlos Gomes. O restaurante terá um cardápio com comidas típicas da região, considerada uma das mais abandonadas e sem perspectivas de desenvolvimento. "O Prosa será o ponto inicial para o resgate dos valores e costumes dessa população assim como será fonte de renda e de geração de empregos", explicou a coordenadora do projeto, Lenita Buchalla. O Projeto do Restaurante Prosa Caipira envolve a participação de dez faculdades e dos Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo (CRCA), Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), Banco Real e Universidade Solidária (Unisol). rasco ocorrerá no dia 16 de dezembro, às 17h , no estacionamento do Campus II, com sorteio de prêmios. O Grupo de Ação Solidária (GAS) receberá doações de alimentos não-perecíveis e brinquedos. As apresentações de corais serão nas enfermarias do HMCP, de 12 a 15 de dezembro e de 19 a 21 de dezembro, das 19 às 22h. >Missa de Natal no dia 14 dezembro, às 15h, na capela do Campus Central. >O Colégio de Aplicação Pio XII preparou duas atrações para o fim de ano. Na primeira delas, o Anoitecer com Arte, os pais conferiram as apresentações de teatro, de grupo instrumental e do Coral Infantil do colégio no dia 24 de novembro, às 20h, no Auditório Dom Gilberto, no Campus I. No mesmo local, no dia 6 de dezembro, é a vez do Coral Infanto-Juvenil comemorar seus dez anos com o Auto de Natal, às 19h30. Expediente Reitor- Padre José Benedito de Almeida David; Vice-reitor - Padre Wilson Denadai; Conselho Editorial - Ciça Toledo, Wagner José de Mello e Domenico Feliciello; Coordenador de Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Coordenador do Setor de Jornalismo - Aderval Borges; Editora - Eunice Gomes (MTB 21.390); Redatores Aderval Borges, Adriana Furtado, Du Paulino, Eunice Gomes e Rita Hennies; Revisão - Luiz Antonio Razera; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte Gráfica Digital; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3756-7147 e 3756-7674. E-mail: [email protected] 03 Jornal da PUC-Campinas 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Opinião Prudência nas empresas familiares Luiz Alberto Soares Souza S er empresário requer um compromisso evolutivo com o negócio da organização. É preciso administrar olhando, sem excluir qualquer ângulo, a realidade na qual a empresa está inserida. O principal executivo deve trabalhar para que o seu negócio gere resultados a todas as esferas envolvidas. E, nessa missão de agregar valor, a empresa precisa ser prudente, principalmente as empresas familiares porque são diferentes. Nelas questões familiares e empresariais, muitas vezes, se confundem e disputam preferências. Tal diferença não deve ser vista com rejeição, mas, sim, com atenção. Aceitar que involuntariamente comentários e ações com foco nos laços familiares possam acontecer durante o cotidiano empresarial. De fato acredito ser impossível evitar 100% que pai e filho, sócios-fundadores de uma empresa, falem de questões familiares na empresa ou que levem desentendimentos familiares para dentro dela. Nesse ponto a prudência tem de prevalecer, ou seja, deve-se evitar tudo o que pode ser uma fonte de erro ou dano. O ideal é mesmo não misturar essas rela- Aproximadamente 80% das empresas associadas ao Ciesp-Campinas são familiares ções. Entretanto, quando acontecer, resolver buscando soluções inteligentes e separando a empresa, o patrimônio e a família. A melhor maneira de encontrar uma solução é discutir abertamente, não se esquecendo do respeito. Os sócios, os acionistas e os empreendedores da família envolvidos diretamente precisam estar cientes da missão da empresa e trabalhar a favor dela. E a família, como um todo, também deve saber como se encontram os negócios e para onde estão indo. Devem-se oficializar contratos societários contendo as regras a serem respeitadas e cumpridas, impedindo o surgimento de surpresas desagradáveis. Satisfação é outra palavra-chave para o sucesso na gestão da empresa familiar. Não é porque o Filho é sócio da empresa que não precisa dar satisfação ao Pai sobre alguma decisão tomada, ou vice-versa. A responsabilidade com o negócio deve sempre falar mais alto. Pensar no futuro comando/gerenciamento da empresa é outra questão relevante, já que o processo de Sucessão Familiar é inevitável. Além de comunicar o negócio da empresa aos filhos e netos desde pequenos, por exemplo, tem de mostrar que a empresa está aberta a eles no futuro, caso haja o interesse em ocuparem cargos dentro da empresa e que deverão estar qualificados para assumir tal responsabilidade. Se for notável o interesse de algum membro da família em participar do negócio, a geração que estiver atuando na ocasião deve investir em sua preparação. Inseri-lo na realidade empresarial vivenciada e passar conhecimentos técnicos e empíricos. Iniciar com prudência o processo de preparação de um possível sucessor. Discutir a Sucessão Familiar é uma das ações praticadas com grande intensidade desde abril deste ano pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Diretoria Regional de Campinas. Aproximadamente 80% das empresas associa- Galeria Espaço leitor Luiz Alberto Soares Souza, administrador com pós-graduação em finanças e diretor titular do Ciesp-Campinas QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES QUE O MERCADO DE TRABALHO EXIGE DE UM RECÉM-FORMADO? Fotos: Ricardo Lima "Acho importante ter conhecimento técnico e engajamento social. Constar no currículo que você fez trabalho social faz diferença na hora de conseguir um emprego". Maurício Fontes Alexandre, estudante da Faculdade de Engenharia da Computação @ Qual sua opinião sobre o Jornal da PUC-Campinas? Quer sugerir uma pauta? Divulgar o que você está fazendo? Participe! Mande uma mensagem para a redação. [email protected] dos interesses gerais da Universidade, além de assuntos da atualidade e polêmicas políticas. Marjorie Helena Salim, funcionária da PUC-Campinas SEM FRONTEIRAS Gostei bastante da matéria sobre viagens a Belém do Pará e Manaus. Achei um ótimo espaço para a PUC colocar dicas de viagens, eventos culturais, estimulando, assim, o pessoal a realizar programas diversos. As dicas sobre hospedagem ao final da página são ótimas também. Gostaria de receber mais informações em nosso jornal sobre diferentes locais, assim como foi enfocado o tema diversidade tropical. Mariana Battistini, estudante da Faculdade de Ciências Biológicas "Adaptar-se às normas das empresas e ao que elas pedem. Rapidez, flexibilidade e agilidade também são importantes, pois as mudanças do mercado são muito rápidas". Maria Cecília Paifer, estudante da Faculdade de Direito Imagens ORKUT A edição anterior do Jornal da PUCCampinas está muito interessante. As matérias tratam de interesses atuais, fortes e relevantes como a internet, iniciação científica, ensino a distância, políticas públicas e o Orkut, além de assuntos cotidianos. É muito bom, por exemplo, saber qual o andamento de certas problemáticas como o trânsito. Gostei muito do interesse das empresas em relação ao Orkut e realmente isso nem me passava pela cabeça. Acho muito útil o debate aberto sobre a importância da internet na seção Galeria. Acredito que o trabalho que o jornal vem desenvolvendo é muito propenso a um crescimento positivo. Há muito tempo, desde que eu era estudante na PUC, sentia falta de um jornal tão interativo e estruturado que tratasse das ao Ciesp-Campinas são familiares. Portanto, temos incentivado essas empresas a administrarem seus negócios com prudência e pensarem em começar agora um planejamento sucessório - caso não tenham iniciado ainda. Sabe-se que o desaparecimento de empresas familiares, na grande maioria dos casos, é conseqüência de conflitos familiares não-resolvidos. Quem escreve o futuro hoje certamente conseguirá alcançá-lo com mais sucesso. Prudência aqui é evitar erros e impedir que o negócio sofra danos. EFERVECÊNCIA CULTURAL - A Praça de Alimentação e Serviços do Campus I, no dia 24 de novembro, abrigou diversas manifestações artísticas. A garota Bianca Martins Lopes (à esq.) conquistou o público com sua expressiva participação na apresentação da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. A atividade fez parte da Semana da Consciência Negra, promovida pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais e História e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Na ocasião, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo promoveu uma oficina de cenografia, cujo resultado foi pano de fundo para o grupo de teatro Último Tipo, que fez uma performance no ambiente. "Não acho que será difícil conseguir emprego, mas inglês e experiência são fundamentais. Se o aluno não fizer estágio, fica difícil conseguir emprego depois de formado". Fernanda de Lima, estudante da Faculdade de Química " Quando alguém TEM FORÇA para VENCER a si MESMO, nasceu PARA grandes empreendimentos" Henri Lacordaire (1802-1861), eclesiástico e orador francês 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 04 Jornal da PUC-Campinas Entrevista TRÂNSITO em debate O Rita Hennies [email protected] Os acidentes representam o principal problema no trânsito de Campinas. O secretário Municipal de Transportes, Gerson Luis Bittencourt, afirmou que cerca de 90 pessoas morreram em acidentes de trânsito no ano passado. Só no primeiro semestre de 2005 foram 44 mortes. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) contabilizou um aumento de 34% nas ocorrências com vítimas no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2004, quando ocorrera 1.161. Até junho de 2005 foram notificados 1.558 acidentes. O total de ocorrências em 2004 com vítimas também aumentou 28% comparado a 2003, passando de 1.924 para 2.467. Os dados foram apresentados durante o Seminário Municipal sobre Segurança no Trânsito, promovido pela Secretaria Municipal de Transportes (Setransp), cuja programação terminou no dia 17 de novembro, no Auditório Dom Gilberto da PUC-Campinas. Em entrevista ao Jornal da PUC-Campinas, Bittencourt divulgou que a Prefeitura arrecada cerca de R$ 30 milhões anuais com as estimadas 30 mil multas aplicadas no município mensalmente. Segundo ele, esse montante eqüivale a menos de 1% das infrações e rebateu as críticas referentes à "indústria de multas". Ele avalia que o motorista campineiro é menos solidário que o paulistano. Jornal da PUC-Campinas - Qual é a solução para o trânsito de Campinas? Gerson Luis Bittencourt - Cerca de 90 pessoas perderam a vida no ano passado e 44 morreram somente no primeiro semestre de 2005, em decorrência de acidentes de trânsito. Compilamos os dados dos últimos cinco anos, e a partir disso, propomos ações relativas à engenharia, com melhoria da sinalização, instalação semafórica, à fiscalização em locais onde os índices de acidentes são elevados, com instalação de lombadas ou radares e à educação de trânsito. Vale ressaltar que os números gerais são importantes, porém estamos abaixo das médias estadual e nacional. JP - Os motoristas alegam que existe uma "indústria de multas" em Campinas. A Setransp prevê a instalação de mais dez novos radares ainda este ano. Qual o total arrecadado no município com as multas? Bittencourt - Aplicam-se no município cerca de 30 mil multas por mês, algo em torno de R$ 30 milhões por ano são arrecadados. Acho que deveriam me acusar de incompetente, mas não de incentivador da indústria de multas, pois, hoje, todos os estudos indicam que as multas aplicadas correspondem a menos de 1% das infrações cometidas pelos motoristas. Não existe indústria, ninguém multa por multar. Há necessidade de medidas que toquem no bolso dos infratores. Para o secretário Municipal de Transportes, Gerson Luis Bittencourt, os acidentes representam o principal problema do tráfego campineiro, que provocou 44 mortes no primeiro semestre deste ano Fotos: Ricardo Lima Emdec aplica 30 mil multas por mês, entre elas as registradas pelos radares, como os instalados nas ruas de acesso ao Campus I demonstrei que não estava no local naquele dia e que o carro fotografado não era meu. Depois, há mais uma instância, na qual você pode recorrer da multa se a da notificação não for aceita. E ainda tem uma terceira instância, uma junta que analisa as multas. JP- O que o senhor acha da educação do campineiro no trânsito? Bittencourt - Acho que, comparado à capital, o trânsito de Campinas é menos solidário. Em São Paulo, pela quantidade significativa de carros, pelos congestionamentos e pela dimensão territorial, quando precisamos fazer uma conversão ou entrar em determinada via e não estamos na faixa permitida, parece-me que os motoristas têm uma compreensão maior, deixam entrar. Aqui em Campinas é mais difícil. JP - E os casos dos motoristas que recebem multa em locais onde nunca estiveram? Bittencourt - Esses erros acontecem. Eu tive uma multa numa cidade que não visito há dez anos. O procedimento é recorrer da notificação. No meu caso, a multa foi cancelada porque Gerson Luis Bittencourt garante que apenas 1% das infrações são punidas Radares e semáforo para o Campus I Gerson Luis Bittencourt confirmou a instalação de um semáforo próximo ao Campus I da PUC-Campinas nos próximos meses, caso os testes comprovem a viabilidade quanto à segurança dos pedestres e ao controle de fluxo de veículos. O semáforo deverá ser instalado no cruzamento das Ruas Sérgio Carnielli e Ana Maria Silvestre Adade, que dão acesso à Universidade. Nessa última rua, já estão operando os dois radares que controlam a velocidade permitida, 60 km/h. Bittencourt informou ainda que as negociações sobre o projeto de um novo acesso, apresentado pela Universidade no mês de setembro, não estão concluídas. "O projeto é uma possibilidade, mas existem outras alternativas sendo estudadas que podem ter um impacto melhor e custo menor para a PUC", explicou. O secretário concordou que a região da Universidade não recebeu investimentos na infra-estrutura durante muito tempo. Esse déficit, aliado à expansão imobiliária e ao aumento do fluxo de veículos, agravou o trânsito na região. "Precisamos cuidar para que novas expansões sejam acompanhadas de investimentos na circulação e mobilidade das pessoas e implantar medidas que melhorem a circulação e a fluidez, como a melhoria da sinalização, o recapeamento, entre outras, já em andamento", ponderou. 05 Jornal da PUC-Campinas 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Fotos: Ricardo Lima Tendência Pesquisa do Sebrae indica que 17% dos novos negócios foram abertos por jovens com até 24 anos; filhos de empresários e comerciantes procuram a Universidade para incrementar os negócios de família Jobert Batista Franco buscou alternativas para a empresa de conversão de veículos a gás Pedro (à esq.) e o irmão, Paulo César, ampliaram o patrimônio dos Ortigosa Cresce o número de empresas abertas por JOVENS A Adriana Furtado [email protected] A cada ano aumenta o número de empresas abertas por jovens de até 24 anos. Essa informação vem do Departamento de Pesquisas Econômicas do SebraeSP. De acordo com a pesquisa, no período de 1999 a 2000, os jovens foram responsáveis pela abertura de 14% das empresas paulistas. Em 2003, essa mesma faixa respondeu por 17% dos novos negócios. "De fato há uma tendência de que os jovens abram suas empresas em função do déficit de empregos no mercado", confirmou o diretor da Faculdade de Ciências Administrativas do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas José Antonio Olmos. A instituição utilizou como amostra para a pesquisa cerca de 634 mil empresas registradas na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), entre 1999 e 2003. O resultado foi divulgado em outubro deste ano. O Sebrae credita o incremento no segmento à maior disponibilidade de informações pela internet e à inclusão de disciplinas relacionadas ao empreendedorismo nos currículos universitários. O diretor do CEA, Maurício de Oliveira, ratifica essa informação e acrescenta a preocupação da Universidade de não formar os alunos apenas para o mercado, mas sim para serem empreendedores. "Também há um grande número de alunos das Faculdades de Ciências Administrativas, Econômicas e Contábeis que busca ferramentas para incrementar os negócios da família", revelou o diretor do CEA. Pedro Luís Ortigosa, formado em Administração de Empresas pela PUC-Campinas em 2003, exemplifica essa tendência. Ortigosa é proprietário, junto com seu irmão, Paulo César, de duas bancas no Mercado Municipal de Campinas. Ele explicou que, desde 1972, seu pai tinha um boxe no mercado no qual comercializava frutas e verduras. Em 1991, ele e o irmão assumiram os negócios da família e devido à concorrência do segmento, em 1994, decidiram mudar de rumo e passaram a comercializar frangos. Em 2004, depois de formado, Ortigosa expandiu os negócios adquirindo mais três boxes. "Ampliamos a Banca 2 Irmãos e a viajado ao Rio de Janeiro e percebi a proliferação de carros movidos a gás. Tive a idéia de trazer esse conceito para Campinas, fiz pesquisas e consegui a implementação da minha empresa", explicou Franco. Mas o sucesso não veio rápido. Os postos de combustíveis só conseguiram licença da Prefeitura para a comercialização do produto em Campinas em 2003. Nesses três anos de espera, Franco teve de procurar alternativas e as encontrou na própria faculdade. "Nas aulas de marketing, os professores nos diziam Diretor do CEA, Maurício de Oliveira (à dir.), e o professor José Antonio Olmos para buscar o cliente onde ele estava. Como em Campinas havia o problema dos postos, venda de frangos e abrimos a Marina Temperos para não havia consumidor. Não deu outra, fui para as estradiversificar os negócios", explicou Ortigosa. A diverdas observar quais empresas viajavam de Campinas sificação dos negócios é uma das influências da grapara São Paulo, onde havia postos e, conseqüenteduação no empreendimento da família Ortigosa. mente, clientes", contou o ex-aluno. "Tínhamos de ter um produto alternativo para venda Além dessas idéias práticas, Franco ressalta que as a fim de enfrentar as oscilações do mercado de franaulas o ajudaram a melhorar o relacionamento com go", enfatizou o ex-aluno. Ele acredita que o aprendifuncionários e o marketing pessoal. Esses e outros zado na faculdade foi decisivo para conquistar seus conceitos foram decisivos na superação de imprevisobjetivos nos negócios. A Banca 2 Irmãos mantém tos no início da empresa. Atualmente, Franco gerenuma carteira de clientes composta por cerca de 20 rescia a matriz da Gásauto e já vendeu outras seis frantaurantes e autolanches de Campinas, comercializanquias da marca. "Com certeza aproveitei muito o condo em média 15 mil quilos de frango por mês . teúdo universitário e pude aplicá-lo no cotidiano. Mas os negócios da família não param por aí. Os Mesmo porque tinha autonomia para aplicar as idéias irmãos já adquiriram um imóvel no Jardim Nova que obtinha com professores e em debates com os Europa, onde pretendem abrir um novo empreendicolegas", finalizou Franco. mento. "Ainda não temos definido o que faremos, mas estamos nos preparando para as novas oportunidades", concluiu. O empresário Jobert Batista Franco representa a eficácia da aplicabilidade do conhecimento teórico obtido na Universidade em negócios particulares. Ele ingressou na Faculdade de Economia em 1997. Em 2000, transferiu-se para Administração de Empresas com Ênfase em Logística com objetivo de administrar seu próprio negócio. Naquele mesmo ano, Franco abriu a Gásauto Campinas, empresa de conversão de veículos à gás. "Antes de abrir minha empresa eu tinha Cuidado com as ciladas O CEA tem cerca de 4,7 mil alunos nas Faculdades de Ciências Administrativas, Econômicas e Contábeis e forma em média mil alunos por ano. Os professores do centro dão algumas dicas para os jovens-empreendedores: > Fazer uma pesquisa de mercado > Ter o mínimo de domínio sobre a área que deseja atuar > Ter propostas inovadoras de tecnologia e de gestão > Procurar proteção legal, principalmente se a idéia for inovadora > Ter espírito de equipe 06 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Jornal da PUC-Campinas Fotos: Ricardo Lima Sucessão Padre Wilson durante encontro com funcionários dos órgãos complementares e da Scei, no Auditório Dom Gilberto O futuro reitor, padre Wilson Denadai, promoveu uma maratona de reuniões para ouvir alunos, professores e funcionários Comunidade apresenta sugestões à Reitoria Aderval Borges [email protected] Veja como a comunidade interna avalia a iniciativa da nova gestão O "Trabalho há quatro meses na PUC. Fui funcionário de várias empresas e é a primeira vez que vejo uma iniciativa como esta.". Jonas Souza e Silva, funcionário do Centro de Ciências Humanas. "Os funcionários precisam mesmo ser ouvidos. Acho que a Universidade só tem a ganhar com esses encontros". Daniela Maria da Cunha Ribeiro, funcionária do Centro de Economia e Administração. vice-reitor da PUC-Campinas, padre Wilson Denadai, concluiu uma série de 23 reuniões com alunos, professores e funcionários, realizadas em novembro, com o objetivo de ouvir sugestões da comunidade universitária para sua gestão como reitor, a partir de 1º de fevereiro de 2006. Os encontros foram realizados com os três segmentos, separadamente, em cada um dos seis centros. Também ocorreu uma reunião com funcionários dos órgãos complementares da Reitoria e da Sociedade Campineira de Educação e Instrução (Scei), mantenedora da Universidade, com a mesma finalidade. Durante os encontros, alunos, professores e funcionários puderam conversar com o futuro reitor sobre assuntos de interesse geral e específicos das suas áreas de atuação. Padre Wilson também distribuiu nos encontros um documento com três questões objetivas: uma sobre a avaliação das atividades dos participantes, outra sobre as áreas às quais estão vinculados e a terceira sobre suas expectativas quanto à futura gestão. A comunidade interna deverá "Ressalto a importância da valorização das práticas que utilizam as tecnologias de apoio ao ensino e a ampliação de ofertas de capacitação de docentes para a utilização de recursos digitais disponíveis". Suely Galli Soares, professora da Faculdade de Educação e assessora da Coordenadoria de Ensino a Distância. "É experiência democrática, louvável sob todos os aspectos. Certamente será um importante fator de integração na Universidade". Wagner Bastos, professor da Faculdade de Publicidade e Propaganda. "Faltava esse contato humano para a construção de uma Universidade melhor. Todos temos muito a colaborar." Felipe Azevedo Moretti, estudante da Faculdade de Fisioterapia e representante do Diretório Acadêmico. "Nas conversas diretas com o reitor poderemos tocar em certos assuntos, sem nos esbarrarmos em empecilhos burocráticos" Daniel Filippi, estudante da Faculdade Engenharia da Computação e membro da Comissão Própria de Avaliação. responder essas questões por escrito e enviá-las à Reitoria. Segundo padre Wilson, todas as sugestões apresentadas serão analisadas por uma comissão e deverão constituir um documento, a ser concluído no final do primeiro semestre de 2006, para subsidiar os projetos do Plano Estratégico Institucional (PEs) da Universidade e as ações de sua administração à frente da nova Reitoria. O vice-reitor destacou que as reuniões com alunos, professores e funcionários ocorrerão pelo menos uma vez a cada ano no quadriênio de sua gestão, que se encerra em 31 de janeiro de 2010. "A intenção é que sejam momentos de reflexão coletiva, mas de forma organizada, para que tomemos decisões com base em sérios processos de avaliação", observou. Além do padre Wilson Denadai como reitor, a futura Reitoria será composta pelos seguintes professores: Angela de Mendonça Engelbrecht (vice-reitora), Germano Rigacci Júnior (pró-reitor de Graduação), Vera Engler Cury (próreitora de Pesquisa e Pós-graduação), Paulo de Tarso Barbosa Duarte (pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários) e Marco Antonio Carnio (pró-reitor de Administração). Agenda 28/11 Fórum Permanente de Políticas Públicas, às 8h30 , na sala 900 do Centro de Economia e Administração, Campus I. Informações: (19) 3756-7217. 29/11 Fórum de Debates Perfil do Egresso, das 14 às 17h30, sala 900, prédio H02 , Campus I. Informações: (19) 3756-7377. 30/11 Palestra Qualidade de Ensino Superior e a Questão das Competências, no Auditório Nobrinho, Campus Central, das 9 às 12h. Informações: (19) 3735-5839. 2/12 Prazo para inscrição no Processo Seletivo-2006 do Curso de Teologia. Informações: www.puc-campinas.edu.br Prova Específica do Vestibular-2006 da PUC-Campinas para diversos cursos, das 14 às 18h. Informações: www.puc-campinas.edu.br. 3/12 Prova geral do Vestibular-2006 da PUC-Campinas para todos os candidatos, das 9 às 13h. Informações: www.puc-campinas.edu.br 5/12 Ultimo dia da exposição Retrospectiva: Desenhos e Pinturas, na Galeria Show-Room da Faculdade de Artes Visuais, das 13 às 22 h, Campus I. Informações: (19) 3756-7158 5 e 6/12 Seminário Brasil/Estados Unidos sobre Institucionalização da Educação Internacional, no Campus I. Informações: [email protected] 7/12 Início do prazo para pré-matrícula de alunos dos cursos de graduação para 2006. Informações: www.puc-campinas.edu.br 14/12 Matrícula no Colégio Pio XII para filhos de professores e funcionários. Informações: (19) 3737-3178 e [email protected] 15 a 17/12 Matrícula no Colégio Pio XII para todos os alunos. Informações: (19) 3737-3178 e [email protected] 22/12 Encerramento das atividades acadêmicas de 2005. 07 Jornal da PUC-Campinas 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Cantoria nos campi O Coral Universitário da PUC-Campinas, sob a regência de Nelson Silva, fará três apresentações em dezembro durante a programação eucarística do Natal 2005: no dia 13 se apresenta, às 12h, na capela do Campus I; no dia 14 , às 15h, na capela do Campus Central e no dia 15 , às 11h, na Igreja Nossa Senhora da Esperança, no Campus II. Trinta vozes integram o coral. Na programação, peças litúrgicas, canções de Milton Nascimento e Caetano Veloso e canções de domínio público de tradição oral, como os cantos das fiandeiras. L A R U M BID financia projetos culturais O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) abriu linhas de financiamentos para 23 países, entre os quais o Brasil, como parte do Programa de Desenvolvimento Cultural, que visa estimular a elaboração de projetos inovadores, preservar e recuperar tradições e conservar o patrimônio cultural. As inscrições vão até 31 de janeiro. Informações: www.bid.org e www.iadb.org e [email protected] DRE: (19) 3756-7196 Fotos: Ricardo Lima Literatura para o fim de ano Teatro grego com tempero nacional Aderval Borges [email protected] A história do teatro representada em atos, que resgatam e congregam os diferentes momentos da humanidade e das artes cênicas, mas dentro do universo cômico e de crítica social do nosso teatro de revista. Esse foi o mote do espetáculo Théatron, encenado pelo Grupo de Teatro do Centro de Cultura e Arte (CCA), no Auditório Dom Gilberto, Campus I, em 23 de novembro. O processo de montagem vem de longa data. Foi concebido a partir de uma pesquisa realizada entre março e junho deste ano. Théatron era o nome que se dava aos espaços destinados aos espectadores das tragédias encenadas no século 5º a.C. A escolha do ambiente de teatro de revista - popular no Brasil a partir do final do século 19 - é uma homenagem. Segundo o diretor Paulo Afonso Coelho, a peça faz várias referências a outros gêneros. "É possível notar citações ao teatro grego clássico, à commedia dell'arte, ao teatro universitário brasileiro dos anos 60 e até ao teatro do absurdo", afirmou o professor. Chico Buarque, Millôr Fernandes, Shakespeare, Nelson Rodrigues e Carmen Miranda são alguns dos ícones identificáveis pelo público, que interagem com outros personagens da peça. Enfim, é um espetáculo recheado de surpresas. Dezessete alunos de diversos cursos compõem o elenco. A estudante de Turismo e Artes Visuais Rafaela Zanatta assina a assistência de direção. Além de diretor da peça, coube ao professor a tarefa de converter a pesquisa dos alunos em roteiro teatral. Coreografias, cenários, trilhas sonoras, figurinos e textos de apoio foram produzidos pelos alunos. "Fizeram um trabalho de qualidade profissional, que superou as expectativas", elogiou Paulo Afonso. Informações: (19) 3756-7282 e [email protected] Sambistas dos opostos BOAS FESTAS (Assis Valente) Ministério banca filmes Alô cineastas com pouca grana e boas idéias! A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV/MinC) informa, por meio do portal www.cultura.gov.br, que estão abertas as inscrições para o Concurso de Apoio à Produção de Obras Cinematográficas Inéditas. Podem ser inscritos, até 4 de março de 2006, projetos de longas-metragens de ficção de baixo orçamento. O ministério apoiará dez filmes com orçamentos de até um milhão de reais cada. Podem participar diretores estreantes ou não estreantes. Informações: www.cultura.gov.br/apoio a_projetos/editais/ Um dos mais cariocas escritores brasileiros das últimas quatro décadas é Rubem Fonseca. Os cenários da maioria dos seus contos e romances estão situados na cidade do Rio de Janeiro. Detalhe: Fonseca é mineiro de Juiz de Fora. Seus melhores livros são de contos: A Coleira do Cão (1965), Feliz Ano Novo (1975) e O Cobrador (1979). Ao lado do paranaense Dalton Trevisan, está entre os melhores autores do gênero no Brasil. Fica uma sugestão de leitura para este fim de ano: Feliz Ano Novo, Editora Artenova. Para quem não conhece, Fonseca, que foi policial civil, tem uma narrativa crua, de quem conheceu de perto os ambientes onde se passam seus enredos. O conto que dá o título ao livro está, na íntegra, no endereço www.releituras.com/rfonseca_feliz.asp Batatinha (1924-1997) e Assis Valente (1911-1958), ambos baianos e compositores, escreveram canções opostas ao que foram. Estes versos de Diplomacia, de Batatinha - "Meu desespero ninguém vê/sou diplomado na matéria de sofrer" -, não refletem a personalidade tranqüila do seu autor. Por outro lado, os versos de Brasil Pandeiro, Camisa Listrada, Tem Francesa no Morro e tantas outras canções de contagiante alegria não parecem ter saído da mente conturbada de Assis. Batatinha viveu confortavelmente por 73 anos. Assis matou-se aos 47 anos. Ele é o autor da mais popular música de Natal brasileira. Por sinal, sua única canção com letra triste: Eu pensei que todo mundo Fosse filho de Papai Noel E assim felicidade Eu pensei que fosse uma Brincadeira de papel Já faz tempo que eu pedi Mas o meu Papai Noel não vem Com certeza já morreu Ou então felicidade É brinquedo que não tem Colaborou Érica Araium classificados Anoiteceu, o sino gemeu E a gente ficou feliz a rezar Papai Noel, vê se você tem A felicidade pra você me dar MORADIA Divido casa com moça Próximo ao Campus II. (19) 3745-1668 SERVIÇOS Dissertações, Teses, Tradução: Inglês [email protected] (19) 3276-1613 TRANSPORTE Dinho TUR Campinas - Campus I (19) 3269-5176 e 9705-2051 MORADIA Procuro vaga em república feminina Próximo ao Campus I. (19) 9178-0701 AULAS PARTICULARES Ensino Superior [email protected] (19) 3296-5663 TRANSPORTE Barreta Maldonato Transportes Jaguariúna - Campus I (19) 3867-5081 e 9761-1786 As ofertas acima são de responsabilidade dos anunciantes Agradecemos a todos que participaram de nossas promoções. Os ganhadores devem retirar os cupons dos respectivos prêmios até o dia 25 de outubro de 2005 no Departamento de Comunicação da PUC-Campinas, que funciona no Prédio da Pastoral I , Campus I, das 8h às 17h. Confira os vencedores da promoção O Mágico de OZ: Renata Epifanio da Silva, Carla Andréia Ruffo Rosa, Marisa Franchi, Ivan Conti, Liége Honda, Natália Chiavaro, Rachel Kiyomi Sugawara, Daniela Rodrigues, Rita Reis, Fernando da Cruz. 08 28 de novembro a 11 de dezembro /2005 Pé na estrada Jornal da PUC-Campinas Fotos: arquivo pessoal Praça construída em Quito onde passa a linha imaginária do Equador A beleza EXUBERANTE de um país pobre A riqueza da natureza, do artesanato e da culinária do Equador contrasta com a miséria da população; Ilhas Galápagos são Patrimônio Natural da Humanidade e estão a mil quilômetros do Continente SERVIÇOS >>Hospedagem Hotel Chalet Suisse Diárias: a partir de US$ 57 Informações: www.hotelchaletsuisse.com/index1.htm Albergue da Juventude Quito International IOUF Hostel Diárias: partir de US$ 8 Informações: (11) 3258-0388 e www.hihostels.com >>Transporte Aéreo - Copa Airlines Tarifa: a partir de US$ 791 (ida e volta) Informações: www.copaair.com >>Informações Central de Intercâmbios: (19) 3754-5100 e www.ci.com.br Professora Patrícia Tropia perto do Guagua Pichincha; abaixo, vulcão Imbabura C Patrícia Tropia Especial para o Jornal da PUC-Campinas Com o propósito de apresentar um trabalho no 7º Congresso Ibero-Americano de História da Educação Latino-Americana, estive no mês setembro deste ano em Quito, capital do Equador. O Equador é um dos poucos países da América do Sul que não fazem fronteira com o Brasil. Tem 256.370 quilômetros quadrados e 13 milhões de habitantes, dos quais 55% vivem em áreas rurais. É um país predominantemente indígena: são ao todo 13 nações lingüísticas. É o maior produtor de banana do mundo e um grande exportador de flores, petróleo, camarão e cacau. O artesanato é, contudo, um dos maiores atrativos, seja pela diversidade, seja pela beleza e requinte de detalhes. O congresso foi organizado pela Universidade Andina Simón Bolívar com o apoio das Associações Argentina, Colombiana, Chilena, Espanhola, Mexicana, Portuguesa e Brasileira de História da Educação. Participei do Grupo de Trabalho Historia Económica de La Educación o Economía de La Educación. Pude estabelecer contatos com pesquisadores ibero-americanos e divulgar a pesquisa que desenvolvo na PUC-Campinas. A biodiversidade do Equador é excepcional e luxuriante. O país é banhado pelo Oceano Pacífico, recortado, de norte a sul, pela Cordilheira dos Andes; em direção ao leste a paisagem transforma-se de árida, em função da presença de vários vulcões, à florestal, a Selva Amazônica. Além disso, fazem parte do território equatoriano as Ilhas Galápagos, um conjunto de 13 ilhas principais de origem vulcânica, distantes mil quilômetros do Continente e famosas por terem sido fundamentais nas investigações que levaram o biólogo inglês Charles Darwin à Teoria da Evolução das Espécies. A culinária do Equador é muito variada, composta por diversas espécies de frutas, verduras, legumes, carnes e pescados, ingredientes dos pratos típicos, temperados por pimentas e condimentos. A carne de cuy (um roedor), o plátano (ou banana) e a quinua (espécie de cacto comestível) são algumas das curiosidades da tradicional culinária equatoriana. A viagem para o Equador foi inesquecível. São muitas as memórias: a começar pelo vôo de São Paulo até Quito. A rota é feita pelo Brasil Central, atravessa a Bolívia até a Cordilheira dos Andes e segue para Lima, na Costa do Pacífico. Nesse trajeto é possível avistar os Andes e o lago Titicaca. É impossível, para quem mora próximo ao nível do mar, não sentir a altitude de Quito, que atinge 2,8 mil metros. Como sabemos, quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica e o oxigênio rarefeito exige que tomemos algumas precauções com a alimentação de fácil digestão, com a hidratação abundante, com o físico (devemse evitar caminhadas longas nos primeiros dias) e que bebamos, se necessário, o chá de coca. Apenas assim não sentimos tanto o soroche, a sensação de fadiga imensa que aflige sobremaneira o turista pouco acostumado com a altitude. Situada ao pé da grande cordilheira, a cidade de Quito é rodeada por montanhas e vales e, nos dias claros, vê-se o vulcão Guagua Pichincha, a 4,8 mil metros, que em 1999 entrou em erupção. O centro histórico de Quito é Patrimônio Cultural da Humanidade e as ilhas Galápagos são Patrimônio Natural da Humanidade. Do Panecillo é possível avistar todo o centro histórico, onde destaco o Mosteiro de São Francisco. A beleza arquitetônica e natural do país contrasta, contudo, com as condições de vida da maioria da população, especialmente a rural. Alto índice de analfabetismo, precárias condições de saúde e exclusão de direitos sociais básicos são problemas históricos. A metade da população é considerada indigente. Esse quadro foi agravado pelos recentes governos neoliberais que, entre outras medidas, dolarizaram a economia. Essa política afetou a população mais pobre, impedida de proteger seus recursos diante da inflação e da mudança cambial. Pé na Estrada é uma coluna de dicas de viagem aberta à participação da comunidade universitária.