Ano I - Número 19
28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Jovens viram homens
de negócios no Estado
Vice-reitor no Auditório Nobrão
Padre Wilson
faz maratona
para ouvir
O vice-reitor da PUCCampinas, padre Wilson
Denadai, promoveu uma
verdadeira peregrinação nos
campi para ouvir os anseios
e as sugestões de alunos,
professores e funcionários.
Padre Wilson estará no
comando da Reitoria a partir de 1º de fevereiro de
2006. Uma equipe técnica
será montada para compilar as manifestações da comunidade universitária. O
resultado desse trabalho
poderá ser incorporado ao
Plano Estratégico Institucional (PEs).
Página 06
Pé na estrada
Arquivo pessoal
Pesquisa indica que eles são responsáveis pela abertura de 17% das empresas;
muitos procuram a Universidade para ampliar os empreendimentos familiares
Fotos: Ricardo Lima
MIDAS - Pedro Ortigosa assumiu e incrementou o comércio do pai no Mercado Municipal de Campinas
Uma pesquisa do Sebrae indicou
um crescimento no número de
empresas abertas por jovens com
até 24 anos. Em 2000, eles eram responsáveis por 14% das novas empresas paulistas. Na última estatística
divulgada, esse índice passou para
17%. As faculdades do Centro de
Economia e Administração (CEA)
registram uma procura de filhos de
comerciantes e empresários por
conhecimentos que lhes possibilitem ampliar os negócios da família. O déficit de vagas no mercado
de trabalho, a disponibilidade de
informações e a inclusão de disciplinas sobre o empreendedorismo
nos currículos universitários são
apontados como os responsáveis
pelo incremento no setor.
Página 05
Dados absurdos marcam trânsito campineiro
Quarenta e quatro pessoas morreram no trânsito de
Campinas no primeiro semestre deste ano. Nesse período houve um aumento de 34% nas ocorrências com
vítimas. A Prefeitura arrecada cerca R$ 30 milhões por
ano com as estimadas 30 mil multas aplicadas por mês.
O secretário Municipal de Transportes, Gerson Luis
Bittencourt, afirma que as multas aplicadas correspondem a apenas 1% das infrações cometidas e considera
o motorista campineiro menos solidário que o paulistano. O tema reuniu representantes da sociedade no
Seminário Municipal sobre Segurança no Trânsito, que
terminou em 17 de novembro, no Campus I.
Página 04
IMAGEM DO CAOS - Avenida Francisco Glicério no centro da cidade
MURAL
PARAÍSO -
O Equador,
banhado pelo Oceano
Pacífico, recortado pela
Cordilheira dos Andes e
cercado por vulcões e pela
Selva Amazônica, integra o
roteiro turístico da coluna Pé
na Estrada. A professora da
Faculdade de Educação
Patrícia Tropia visitou Quito,
em setembro deste ano, e
conta suas impressões sobre
o país, cuja riqueza natural
contrasta com a pobreza de
um povo, que amarga o índice
de 55% de indigentes.
Página 08
Coluna conta um pouco do espetáculo Théatron,
que abusou dos temperos tupiniquins e marcou
o encerramento das atividades letivas do Grupo
de Teatro do Centro de Cultura e Arte (CCA),
da PUC-Campinas. Sob a direção de Paulo
Afonso Coelho, os alunos da Universidade
esbanjaram talento e despertaram a admiração
do público, que lotou o Auditório Dom Gilberto
no dia 23 de novembro, para prestigiar a peça.
Confira também as dicas e a programação
cultural de Natal.
Página 07
Esta é a última edição do Jornal da PUC-Campinas neste
ano. A publicação voltará a circular normalmente no início
do ano letivo de 2006.
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28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Jornal da PUC-Campinas
Editorial
E tudo tem seu tempo
E
m agosto de 2004, quando foram aprovadas as mudanças na
avaliação do processo de aprendizagem, fiz menção, em um
Editorial, a um trecho do capítulo 3º do livro bíblico Eclesiastes:
"Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu". Mas a referida mudança no Regimento Geral da PUCCampinas foi apenas uma das tantas outras que ocorreram ao longo
dos últimos anos com a participação dos diferentes segmentos da
Instituição. Algumas, por necessidades internas; outras, por necessidades externas, decorrentes das políticas para a educação superior nacional. Em 2001, iniciamos a elaboração do Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI), encaminhado ao Ministério da Educação (MEC)
em 2002. No mesmo ano, logo no início da atual gestão, iniciamos a
implantação da Reforma Administrativa. Em 2003, reunimos 60 representantes dos vários setores da Universidade para o início da elaboração do Planejamento Estratégico Institucional, que definiria as diretrizes e metas da PUC-Campinas até 2010. O documento resultou
no Plano Estratégico Institucional (PEs) agora em curso. A partir de
março de 2005, iniciamos o Programa de Auto-Avaliação Institucional
(Proavi), cujas fases de elaboração irão até o primeiro semestre de
2006, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (Sinaes), criado pelo MEC. Ao lado de todas
essas atribuições, vimos desenvolvendo inúmeros outros projetos igualmente importantes. Um deles - o de Carreira Docente - está em fase
de discussão com os docentes. Haja fôlego! Todos esses esforços tiveram
de ser cumpridos com a Universidade em pleno funcionamento. O
empenho e os sacrifícios de todos, sabemos, foram grandes. Porém, por
outro lado, também sabemos que essas mudanças foram e estão sendo
imprescindíveis e há urgência em cumprir seus prazos e metas. A
Reitoria, à frente de todos esses processos, tem de se concentrar em viabilizá-los. Voltando à dialética do Eclesiastes: há tempo para plantar
e tempo para colher. Novas sementes vêm sendo semeadas nesse sentido. Faço referência aqui à iniciativa do futuro reitor e meu companheiro de gestão, professor e padre Wilson Denadai, de se reunir com
os segmentos universitários. Esses encontros são, para todos nós que
nos empenhamos nas mudanças ocorridas nos últimos anos, a certeza de que a PUC-Campinas prossegue no caminho certo.
Reitor da PUC-Campinas
Padre José Benedito de Almeida David
Integração
Comunidade virtual reúne família 'pucciana'
A PUC-Campinas já formou mais de 140
mil profissionais em seus 64 anos de história e
cerca de 4 mil graduados vão para o mercado
de trabalho este ano. Com o objetivo de facilitar a integração da família 'pucciana', a
Universidade criou a Comunidade de ExAlunos. Trata-se de uma comunidade virtual
na qual todos os egressos podem se encontrar,
trocar informações sobre o mercado de trabalho e saber tudo o que a Universidade oferece
para acrescentar mais conhecimento nas áreas
profissionais.
Alguns ex-alunos já sabem da novidade e
cerca de 2,4 mil egressos se cadastraram no
site e perto de 350 estão recebendo o Jornal
da PUC-Campinas em suas respectivas
casas. O assessor de imprensa da Unicamp
Roberto Costa, formado em Jornalismo pela
PUC-Campinas em 1981, aprovou a idéia.
O assessor se cadastrou e entrou em contato
com velhos amigos da faculdade. "Ano que
vem minha turma comemora 25 anos de formada e a página da Comunidade de Ex-Alunos
será uma ferramenta essencial para ajudar a
encontrar e reunir os amigos", afirmou Costa.
Ele ainda disse que ficou sabendo da comunidade pela campanha publicitária divulgada
em outdoors e espalhou a idéia para os colegas que também se formaram pela PUCCampinas. Para se cadastrar acesse o site
www.puc-campinas.edu.br/egresso/ e aproveite os serviços oferecidos na página.
Ricardo Lima
Roberto Costa é um dos 2,4 mil egressos que se cadastraram no site
Notas
Confira a agenda das festas de fim de ano
Prosa Caipira abre as portas
>No dia 17 de dezembro, a PUC-Campinas promoverá um churrasco de confraternização exclusivo aos funcionários da Universidade e da
Sociedade Campineira de Educação e Instrução
(Scei), com sorteio de brindes. O evento ocorrerá
na Faculdade de Educação Física, das 12 às 16h. Os
convites serão encaminhados mediante a confirmação de presença pelo e-mail ([email protected]) até o dia 12 de dezembro. Missa de
Natal no dia 13 dezembro, às 12h na capela do
Campus I.
>No Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP),
apresentação de corais, missa de Natal e churrasco de confraternização compõem as festividades do fim de ano. A
missa será no dia 15 de dezembro, na Igreja Nossa
Senhora da Esperança, no Campus II, às 11h. O chur-
O Restaurante Prosa Caipira, projeto que integra o
Programa PUC-Campinas Solidária, abre suas
portas no dia 16 de dezembro no Bairro Carlos
Gomes. O restaurante terá um cardápio com
comidas típicas da região, considerada uma das
mais abandonadas e sem perspectivas de
desenvolvimento. "O Prosa será o ponto inicial para
o resgate dos valores e costumes dessa população
assim como será fonte de renda e de geração de
empregos", explicou a coordenadora do projeto,
Lenita Buchalla. O Projeto do Restaurante Prosa
Caipira envolve a participação de dez faculdades e
dos Centro de Referência em Cooperativismo e
Associativismo (CRCA), Associação Brasileira de
Preservação Ferroviária (ABPF), Banco Real e
Universidade Solidária (Unisol).
rasco ocorrerá no dia 16 de dezembro, às 17h , no estacionamento do Campus II, com sorteio de prêmios. O
Grupo de Ação Solidária (GAS) receberá doações de alimentos não-perecíveis e brinquedos. As apresentações
de corais serão nas enfermarias do HMCP, de 12 a 15 de
dezembro e de 19 a 21 de dezembro, das 19 às 22h.
>Missa de Natal no dia 14 dezembro, às 15h, na
capela do Campus Central.
>O Colégio de Aplicação Pio XII preparou duas atrações para o fim de ano. Na primeira delas, o Anoitecer
com Arte, os pais conferiram as apresentações de teatro,
de grupo instrumental e do Coral Infantil do colégio no
dia 24 de novembro, às 20h, no Auditório Dom Gilberto,
no Campus I. No mesmo local, no dia 6 de dezembro,
é a vez do Coral Infanto-Juvenil comemorar seus dez
anos com o Auto de Natal, às 19h30.
Expediente
Reitor- Padre José Benedito de Almeida David; Vice-reitor - Padre Wilson Denadai; Conselho Editorial - Ciça Toledo, Wagner José de Mello e Domenico Feliciello; Coordenador
de Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Coordenador do Setor de Jornalismo - Aderval Borges; Editora - Eunice Gomes (MTB 21.390); Redatores Aderval Borges, Adriana Furtado, Du Paulino, Eunice Gomes e Rita Hennies; Revisão - Luiz Antonio Razera; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo
Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte Gráfica Digital; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136,
Parque das Universidades. Telefones: (19) 3756-7147 e 3756-7674. E-mail: [email protected]
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Jornal da PUC-Campinas
28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Opinião
Prudência nas empresas familiares
Luiz Alberto Soares Souza
S
er empresário requer um compromisso evolutivo com o negócio da organização. É preciso administrar olhando, sem excluir qualquer ângulo, a realidade na qual a empresa está inserida. O principal executivo deve trabalhar para que o
seu negócio gere resultados a todas as esferas envolvidas. E, nessa missão de agregar
valor, a empresa precisa ser prudente, principalmente as empresas familiares porque
são diferentes. Nelas questões familiares e
empresariais, muitas vezes, se confundem
e disputam preferências.
Tal diferença não deve ser vista com
rejeição, mas, sim, com atenção. Aceitar
que involuntariamente comentários e ações
com foco nos laços familiares possam acontecer durante o cotidiano empresarial. De
fato acredito ser impossível evitar 100%
que pai e filho, sócios-fundadores de uma
empresa, falem de questões familiares na
empresa ou que levem desentendimentos
familiares para dentro dela.
Nesse ponto a prudência tem de prevalecer, ou seja, deve-se evitar tudo o que
pode ser uma fonte de erro ou dano. O
ideal é mesmo não misturar essas rela-
Aproximadamente
80% das empresas
associadas ao
Ciesp-Campinas
são familiares
ções. Entretanto, quando acontecer, resolver buscando soluções inteligentes e separando a empresa, o patrimônio e a família.
A melhor maneira de encontrar uma solução é discutir abertamente, não se esquecendo do respeito.
Os sócios, os acionistas e os empreendedores da família envolvidos diretamente
precisam estar cientes da missão da empresa e trabalhar a favor dela. E a família, como
um todo, também deve saber como se
encontram os negócios e para onde estão
indo. Devem-se oficializar contratos societários contendo as regras a serem respeitadas e cumpridas, impedindo o surgimento
de surpresas desagradáveis.
Satisfação é outra palavra-chave para o
sucesso na gestão da empresa familiar. Não
é porque o Filho é sócio da empresa que não
precisa dar satisfação ao Pai sobre alguma
decisão tomada, ou vice-versa. A responsabilidade com o negócio deve sempre falar
mais alto.
Pensar no futuro comando/gerenciamento da empresa é outra questão relevante, já
que o processo de Sucessão Familiar é inevitável. Além de comunicar o negócio da empresa aos filhos e netos desde pequenos, por
exemplo, tem de mostrar que a empresa
está aberta a eles no futuro, caso haja o interesse em ocuparem cargos dentro da empresa e que deverão estar qualificados para assumir tal responsabilidade.
Se for notável o interesse de algum membro da família em participar do negócio, a
geração que estiver atuando na ocasião deve
investir em sua preparação. Inseri-lo na realidade empresarial vivenciada e passar conhecimentos técnicos e empíricos. Iniciar com
prudência o processo de preparação de um
possível sucessor.
Discutir a Sucessão Familiar é uma das
ações praticadas com grande intensidade
desde abril deste ano pelo Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Diretoria Regional de Campinas. Aproximadamente 80% das empresas associa-
Galeria
Espaço leitor
Luiz Alberto Soares Souza,
administrador com pós-graduação
em finanças e diretor titular
do Ciesp-Campinas
QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES QUE O MERCADO DE
TRABALHO EXIGE DE UM RECÉM-FORMADO?
Fotos: Ricardo Lima
"Acho importante ter
conhecimento técnico
e engajamento social.
Constar no currículo
que você fez trabalho
social faz diferença na
hora de conseguir um
emprego".
Maurício Fontes
Alexandre,
estudante da
Faculdade de
Engenharia da
Computação
@
Qual sua opinião sobre o Jornal da PUC-Campinas? Quer sugerir
uma pauta? Divulgar o que você está fazendo? Participe! Mande uma
mensagem para a redação. [email protected]
dos interesses gerais da Universidade,
além de assuntos da atualidade e polêmicas políticas.
Marjorie Helena Salim,
funcionária da PUC-Campinas
SEM FRONTEIRAS
Gostei bastante da matéria sobre viagens a Belém do Pará e Manaus. Achei
um ótimo espaço para a PUC colocar dicas de viagens, eventos culturais,
estimulando, assim, o pessoal a realizar programas diversos. As dicas
sobre hospedagem ao final da página
são ótimas também. Gostaria de receber mais informações em nosso jornal sobre diferentes locais, assim como
foi enfocado o tema diversidade tropical.
Mariana Battistini,
estudante da Faculdade de
Ciências Biológicas
"Adaptar-se às normas das
empresas e ao que elas
pedem. Rapidez, flexibilidade
e agilidade também são
importantes, pois as mudanças
do mercado são muito
rápidas".
Maria Cecília Paifer,
estudante da Faculdade
de Direito
Imagens
ORKUT
A edição anterior do Jornal da PUCCampinas está muito interessante.
As matérias tratam de interesses
atuais, fortes e relevantes como a
internet, iniciação científica, ensino a
distância, políticas públicas e o Orkut,
além de assuntos cotidianos. É muito bom, por exemplo, saber qual o
andamento de certas problemáticas
como o trânsito. Gostei muito do
interesse das empresas em relação
ao Orkut e realmente isso nem me
passava pela cabeça. Acho muito útil
o debate aberto sobre a importância
da internet na seção Galeria. Acredito
que o trabalho que o jornal vem
desenvolvendo é muito propenso a
um crescimento positivo. Há muito
tempo, desde que eu era estudante
na PUC, sentia falta de um jornal tão
interativo e estruturado que tratasse
das ao Ciesp-Campinas são familiares.
Portanto, temos incentivado essas empresas a administrarem seus negócios com
prudência e pensarem em começar agora
um planejamento sucessório - caso não
tenham iniciado ainda.
Sabe-se que o desaparecimento de
empresas familiares, na grande maioria dos
casos, é conseqüência de conflitos familiares não-resolvidos. Quem escreve o futuro
hoje certamente conseguirá alcançá-lo com
mais sucesso. Prudência aqui é evitar erros
e impedir que o negócio sofra danos.
EFERVECÊNCIA CULTURAL - A Praça de Alimentação e Serviços do Campus I, no dia 24 de novembro, abrigou diversas
manifestações artísticas. A garota Bianca Martins Lopes (à esq.) conquistou o público com sua expressiva participação na apresentação
da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. A atividade fez parte da Semana da Consciência Negra, promovida pelo Centro Acadêmico de Ciências
Sociais e História e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Na ocasião, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo promoveu
uma oficina de cenografia, cujo resultado foi pano de fundo para o grupo de teatro Último Tipo, que fez uma performance no ambiente.
"Não acho que será
difícil conseguir
emprego, mas inglês e
experiência são fundamentais. Se o aluno
não fizer estágio, fica
difícil conseguir
emprego depois de
formado".
Fernanda de Lima,
estudante da
Faculdade de
Química
" Quando
alguém TEM
FORÇA para
VENCER a si
MESMO,
nasceu PARA
grandes
empreendimentos"
Henri Lacordaire (1802-1861),
eclesiástico e orador francês
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Jornal da PUC-Campinas
Entrevista
TRÂNSITO em debate
O
Rita Hennies
[email protected]
Os acidentes representam o principal problema
no trânsito de Campinas. O secretário Municipal de
Transportes, Gerson Luis Bittencourt, afirmou que
cerca de 90 pessoas morreram em acidentes de trânsito no ano passado. Só no primeiro semestre de
2005 foram 44 mortes. A Empresa Municipal de
Desenvolvimento de Campinas (Emdec) contabilizou um aumento de 34% nas ocorrências com vítimas no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2004, quando ocorrera
1.161. Até junho de 2005 foram notificados 1.558
acidentes.
O total de ocorrências em 2004 com vítimas também aumentou 28% comparado a 2003, passando
de 1.924 para 2.467. Os dados foram apresentados
durante o Seminário Municipal sobre Segurança no
Trânsito, promovido pela Secretaria Municipal de
Transportes (Setransp), cuja programação terminou
no dia 17 de novembro, no Auditório Dom Gilberto
da PUC-Campinas. Em entrevista ao Jornal da
PUC-Campinas, Bittencourt divulgou que a
Prefeitura arrecada cerca de R$ 30 milhões anuais
com as estimadas 30 mil multas aplicadas no município mensalmente. Segundo ele, esse montante
eqüivale a menos de 1% das infrações e rebateu as
críticas referentes à "indústria de multas". Ele avalia que o motorista campineiro é menos solidário
que o paulistano.
Jornal da PUC-Campinas - Qual é a solução para
o trânsito de Campinas?
Gerson Luis Bittencourt - Cerca de 90 pessoas perderam a vida no ano passado e 44 morreram somente no primeiro semestre de 2005, em decorrência
de acidentes de trânsito. Compilamos os dados dos
últimos cinco anos, e a partir disso, propomos ações
relativas à engenharia, com melhoria da sinalização, instalação semafórica, à fiscalização em locais
onde os índices de acidentes são elevados, com instalação de lombadas ou radares e à educação de
trânsito. Vale ressaltar que os números gerais são
importantes, porém estamos abaixo das médias
estadual e nacional.
JP - Os motoristas alegam que existe uma "indústria de multas" em Campinas. A Setransp prevê a
instalação de mais dez novos radares ainda este
ano. Qual o total arrecadado no município com
as multas?
Bittencourt - Aplicam-se no município cerca de
30 mil multas por mês, algo em torno
de R$ 30 milhões por ano são arrecadados. Acho que deveriam me acusar
de incompetente, mas não de incentivador da indústria de multas, pois,
hoje, todos os estudos indicam que as
multas aplicadas correspondem a
menos de 1% das infrações cometidas
pelos motoristas. Não existe indústria,
ninguém multa por multar. Há necessidade de medidas que toquem no bolso dos infratores.
Para o secretário Municipal de Transportes,
Gerson Luis Bittencourt, os acidentes representam o
principal problema do tráfego campineiro, que
provocou 44 mortes no primeiro semestre deste ano
Fotos: Ricardo Lima
Emdec aplica 30 mil multas por mês, entre elas as registradas pelos radares, como os instalados nas ruas de acesso ao Campus I
demonstrei que não estava no local naquele dia e
que o carro fotografado não era meu. Depois, há
mais uma instância, na qual você pode recorrer da
multa se a da notificação não for aceita. E ainda
tem uma terceira instância, uma junta que analisa
as multas.
JP- O que o senhor acha da educação do campineiro no trânsito?
Bittencourt - Acho que, comparado à capital, o
trânsito de Campinas é menos solidário. Em São
Paulo, pela quantidade significativa de carros, pelos
congestionamentos e pela dimensão territorial,
quando precisamos fazer uma conversão ou entrar
em determinada via e não estamos na faixa permitida, parece-me que os motoristas têm uma compreensão maior, deixam entrar. Aqui em Campinas
é mais difícil.
JP - E os casos dos motoristas que recebem multa em locais onde nunca estiveram?
Bittencourt - Esses erros acontecem.
Eu tive uma multa numa cidade que
não visito há dez anos. O procedimento é recorrer da notificação. No meu
caso, a multa foi cancelada porque Gerson Luis Bittencourt garante que apenas 1% das infrações são punidas
Radares e semáforo
para o Campus I
Gerson Luis Bittencourt confirmou a
instalação de um semáforo próximo ao Campus I
da PUC-Campinas nos próximos meses, caso os
testes comprovem a viabilidade quanto à
segurança dos pedestres e ao controle de fluxo de
veículos. O semáforo deverá ser instalado no
cruzamento das Ruas Sérgio Carnielli e Ana
Maria Silvestre Adade, que dão acesso à
Universidade. Nessa última rua, já estão
operando os dois radares que controlam a
velocidade permitida, 60 km/h.
Bittencourt informou ainda que as
negociações sobre o projeto de um novo acesso,
apresentado pela Universidade no mês de
setembro, não estão concluídas. "O
projeto é uma possibilidade, mas
existem outras alternativas sendo
estudadas que podem ter um
impacto melhor e custo menor para
a PUC", explicou. O secretário
concordou que a região da
Universidade não recebeu
investimentos na infra-estrutura
durante muito tempo. Esse déficit,
aliado à expansão imobiliária e ao
aumento do fluxo de veículos,
agravou o trânsito na região.
"Precisamos cuidar para que novas
expansões sejam acompanhadas de
investimentos na circulação e
mobilidade das pessoas e implantar
medidas que melhorem a circulação
e a fluidez, como a melhoria da
sinalização, o recapeamento, entre
outras, já em andamento", ponderou.
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Jornal da PUC-Campinas
28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Fotos: Ricardo Lima
Tendência
Pesquisa do Sebrae
indica que 17% dos
novos negócios
foram abertos
por jovens
com até 24 anos;
filhos de
empresários e
comerciantes
procuram a
Universidade
para incrementar
os negócios
de família
Jobert Batista
Franco buscou
alternativas
para a
empresa de
conversão de
veículos a gás
Pedro (à esq.)
e o irmão,
Paulo César,
ampliaram o
patrimônio
dos Ortigosa
Cresce o número de empresas
abertas por JOVENS
A
Adriana Furtado
[email protected]
A cada ano aumenta o número de empresas abertas por jovens de até 24 anos. Essa informação vem do
Departamento de Pesquisas Econômicas do SebraeSP. De acordo com a pesquisa, no período de 1999 a
2000, os jovens foram responsáveis pela abertura de
14% das empresas paulistas. Em 2003, essa mesma faixa respondeu por 17% dos novos negócios. "De fato
há uma tendência de que os jovens abram suas empresas em função do déficit de empregos no mercado",
confirmou o diretor da Faculdade de Ciências
Administrativas do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas José Antonio
Olmos. A instituição utilizou como amostra para a pesquisa cerca de 634 mil empresas registradas na Junta
Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), entre
1999 e 2003. O resultado foi divulgado em outubro
deste ano. O Sebrae credita o incremento no segmento à maior disponibilidade de informações pela internet e à inclusão de disciplinas relacionadas ao empreendedorismo nos currículos universitários.
O diretor do CEA, Maurício de Oliveira, ratifica
essa informação e acrescenta a preocupação da
Universidade de não formar os alunos apenas para o
mercado, mas sim para serem empreendedores.
"Também há um grande número de alunos das
Faculdades de Ciências Administrativas, Econômicas
e Contábeis que busca ferramentas para incrementar
os negócios da família", revelou o diretor do CEA.
Pedro Luís Ortigosa, formado em Administração de
Empresas pela PUC-Campinas em 2003, exemplifica essa tendência. Ortigosa é proprietário, junto com
seu irmão, Paulo César, de duas bancas no Mercado
Municipal de Campinas. Ele explicou que, desde 1972,
seu pai tinha um boxe no mercado no qual comercializava frutas e verduras. Em 1991, ele e o irmão assumiram os negócios da família e devido à concorrência do segmento, em 1994, decidiram mudar de rumo
e passaram a comercializar frangos. Em 2004, depois
de formado, Ortigosa expandiu os negócios adquirindo mais três boxes. "Ampliamos a Banca 2 Irmãos e a
viajado ao Rio de Janeiro e percebi a proliferação de carros movidos a gás. Tive
a idéia de trazer esse conceito para
Campinas, fiz pesquisas e consegui a
implementação da minha empresa",
explicou Franco.
Mas o sucesso não veio rápido. Os
postos de combustíveis só conseguiram
licença da Prefeitura para a comercialização do produto em Campinas em
2003. Nesses três anos de espera, Franco
teve de procurar alternativas e as encontrou na própria faculdade. "Nas aulas de
marketing, os professores nos diziam
Diretor do CEA, Maurício de Oliveira (à dir.), e o professor José Antonio Olmos
para buscar o cliente onde ele estava.
Como em Campinas havia o problema dos postos,
venda de frangos e abrimos a Marina Temperos para
não havia consumidor. Não deu outra, fui para as estradiversificar os negócios", explicou Ortigosa. A diverdas observar quais empresas viajavam de Campinas
sificação dos negócios é uma das influências da grapara São Paulo, onde havia postos e, conseqüenteduação no empreendimento da família Ortigosa.
mente, clientes", contou o ex-aluno.
"Tínhamos de ter um produto alternativo para venda
Além dessas idéias práticas, Franco ressalta que as
a fim de enfrentar as oscilações do mercado de franaulas
o ajudaram a melhorar o relacionamento com
go", enfatizou o ex-aluno. Ele acredita que o aprendifuncionários
e o marketing pessoal. Esses e outros
zado na faculdade foi decisivo para conquistar seus
conceitos foram decisivos na superação de imprevisobjetivos nos negócios. A Banca 2 Irmãos mantém
tos no início da empresa. Atualmente, Franco gerenuma carteira de clientes composta por cerca de 20 rescia a matriz da Gásauto e já vendeu outras seis frantaurantes e autolanches de Campinas, comercializanquias da marca. "Com certeza aproveitei muito o condo em média 15 mil quilos de frango por mês .
teúdo universitário e pude aplicá-lo no cotidiano.
Mas os negócios da família não param por aí. Os
Mesmo porque tinha autonomia para aplicar as idéias
irmãos já adquiriram um imóvel no Jardim Nova
que obtinha com professores e em debates com os
Europa, onde pretendem abrir um novo empreendicolegas", finalizou Franco.
mento. "Ainda não temos definido o que faremos, mas
estamos nos preparando para as novas oportunidades", concluiu.
O empresário Jobert Batista Franco representa a
eficácia da aplicabilidade do conhecimento teórico
obtido na Universidade em negócios particulares. Ele
ingressou na Faculdade de Economia em 1997. Em
2000, transferiu-se para Administração de Empresas
com Ênfase em Logística com objetivo de administrar
seu próprio negócio. Naquele mesmo ano, Franco
abriu a Gásauto Campinas, empresa de conversão de
veículos à gás. "Antes de abrir minha empresa eu tinha
Cuidado com as ciladas
O CEA tem cerca de 4,7 mil alunos nas Faculdades de Ciências
Administrativas, Econômicas e Contábeis e forma em média mil
alunos por ano. Os professores do centro dão algumas dicas para os
jovens-empreendedores:
> Fazer uma pesquisa de mercado
> Ter o mínimo de domínio sobre a área que deseja atuar
> Ter propostas inovadoras de tecnologia e de gestão
> Procurar proteção legal, principalmente se a idéia for inovadora
> Ter espírito de equipe
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28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Jornal da PUC-Campinas
Fotos: Ricardo Lima
Sucessão
Padre Wilson
durante
encontro com
funcionários
dos órgãos
complementares
e da Scei, no
Auditório Dom
Gilberto
O futuro reitor,
padre Wilson Denadai,
promoveu uma maratona
de reuniões para
ouvir alunos, professores
e funcionários
Comunidade apresenta
sugestões à Reitoria
Aderval Borges
[email protected]
Veja como a comunidade interna avalia a iniciativa da nova gestão
O
"Trabalho há quatro meses na PUC.
Fui funcionário de várias empresas e
é a primeira vez que vejo uma
iniciativa como esta.".
Jonas Souza e Silva, funcionário do
Centro de Ciências Humanas.
"Os funcionários precisam mesmo ser
ouvidos. Acho que a Universidade só
tem a ganhar com esses encontros".
Daniela Maria da Cunha Ribeiro,
funcionária do Centro de Economia
e Administração.
vice-reitor da PUC-Campinas, padre Wilson
Denadai, concluiu uma série de 23 reuniões com
alunos, professores e funcionários, realizadas em
novembro, com o objetivo de ouvir sugestões da comunidade universitária para sua gestão como reitor, a partir
de 1º de fevereiro de 2006. Os encontros foram realizados
com os três segmentos, separadamente, em cada um dos
seis centros. Também ocorreu uma reunião com funcionários dos órgãos complementares da Reitoria e da
Sociedade Campineira de Educação e Instrução (Scei),
mantenedora da Universidade, com a mesma finalidade.
Durante os encontros, alunos, professores e funcionários puderam conversar com o futuro reitor sobre assuntos de interesse geral e específicos das suas áreas de atuação. Padre Wilson também distribuiu nos encontros um
documento com três questões objetivas: uma sobre a avaliação das atividades dos participantes, outra sobre as áreas
às quais estão vinculados e a terceira sobre suas expectativas quanto à futura gestão. A comunidade interna deverá
"Ressalto a importância da valorização das
práticas que utilizam as tecnologias de
apoio ao ensino e a ampliação de ofertas
de capacitação de docentes para a
utilização de recursos digitais disponíveis".
Suely Galli Soares, professora da
Faculdade de Educação e assessora da
Coordenadoria de Ensino a Distância.
"É experiência democrática, louvável
sob todos os aspectos. Certamente
será um importante fator de
integração na Universidade".
Wagner Bastos, professor da
Faculdade de Publicidade e
Propaganda.
"Faltava esse contato humano para a
construção de uma Universidade
melhor. Todos temos muito a
colaborar."
Felipe Azevedo Moretti, estudante da
Faculdade de Fisioterapia e
representante do Diretório Acadêmico.
"Nas conversas diretas com o
reitor poderemos tocar em certos
assuntos, sem nos esbarrarmos em
empecilhos burocráticos"
Daniel Filippi, estudante da
Faculdade Engenharia da
Computação e membro da
Comissão Própria de Avaliação.
responder essas questões por escrito e enviá-las à Reitoria.
Segundo padre Wilson, todas as sugestões apresentadas serão analisadas por uma comissão e deverão constituir um documento, a ser concluído no final do primeiro
semestre de 2006, para subsidiar os projetos do Plano
Estratégico Institucional (PEs) da Universidade e as ações
de sua administração à frente da nova Reitoria.
O vice-reitor destacou que as reuniões com alunos,
professores e funcionários ocorrerão pelo menos uma vez
a cada ano no quadriênio de sua gestão, que se encerra em
31 de janeiro de 2010. "A intenção é que sejam momentos de reflexão coletiva, mas de forma organizada, para que
tomemos decisões com base em sérios processos de avaliação", observou.
Além do padre Wilson Denadai como reitor, a futura
Reitoria será composta pelos seguintes professores: Angela
de Mendonça Engelbrecht (vice-reitora), Germano Rigacci
Júnior (pró-reitor de Graduação), Vera Engler Cury (próreitora de Pesquisa e Pós-graduação), Paulo de Tarso Barbosa
Duarte (pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários)
e Marco Antonio Carnio (pró-reitor de Administração).
Agenda
28/11
Fórum Permanente de Políticas Públicas, às 8h30 ,
na sala 900 do Centro de Economia e Administração,
Campus I. Informações: (19) 3756-7217.
29/11
Fórum de Debates Perfil do Egresso, das 14 às 17h30, sala
900, prédio H02 , Campus I.
Informações: (19) 3756-7377.
30/11
Palestra Qualidade de Ensino Superior e a Questão das
Competências, no Auditório Nobrinho, Campus Central,
das 9 às 12h. Informações: (19) 3735-5839.
2/12
Prazo para inscrição no Processo Seletivo-2006 do Curso
de Teologia.
Informações: www.puc-campinas.edu.br
Prova Específica do Vestibular-2006 da PUC-Campinas para
diversos cursos, das 14 às 18h.
Informações: www.puc-campinas.edu.br.
3/12
Prova geral do Vestibular-2006 da PUC-Campinas para
todos os candidatos, das 9 às 13h.
Informações: www.puc-campinas.edu.br
5/12
Ultimo dia da exposição Retrospectiva: Desenhos e
Pinturas, na Galeria Show-Room da Faculdade de Artes
Visuais, das 13 às 22 h, Campus I.
Informações: (19) 3756-7158
5 e 6/12
Seminário Brasil/Estados Unidos sobre Institucionalização
da Educação Internacional, no Campus I.
Informações: [email protected]
7/12
Início do prazo para pré-matrícula de alunos dos cursos de
graduação para 2006.
Informações: www.puc-campinas.edu.br
14/12
Matrícula no Colégio Pio XII para filhos
de professores e funcionários. Informações:
(19) 3737-3178 e [email protected]
15 a 17/12
Matrícula no Colégio Pio XII para todos os alunos.
Informações: (19) 3737-3178 e
[email protected]
22/12
Encerramento das atividades acadêmicas de 2005.
07
Jornal da PUC-Campinas
28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Cantoria nos campi
O Coral Universitário da PUC-Campinas, sob a regência de Nelson Silva,
fará três apresentações em dezembro durante a programação eucarística do Natal 2005: no dia
13 se apresenta, às 12h, na capela do Campus I; no dia 14 , às 15h, na capela do
Campus Central e no dia 15 , às 11h, na Igreja Nossa Senhora da Esperança,
no Campus II. Trinta vozes integram o coral. Na programação,
peças litúrgicas, canções de Milton Nascimento e
Caetano Veloso e canções de domínio
público de tradição oral, como os
cantos das fiandeiras.
L
A
R
U
M
BID financia projetos culturais
O Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) abriu linhas de financiamentos para 23 países, entre os quais o Brasil, como parte do Programa
de Desenvolvimento Cultural, que visa estimular a elaboração de projetos inovadores, preservar e recuperar tradições e conservar o patrimônio cultural. As inscrições vão até 31 de janeiro. Informações:
www.bid.org e www.iadb.org e [email protected]
DRE: (19) 3756-7196
Fotos: Ricardo Lima
Literatura para
o fim de ano
Teatro grego com
tempero nacional
Aderval Borges
[email protected]
A
história do teatro representada em atos, que resgatam e congregam os diferentes momentos da humanidade e das artes cênicas, mas dentro do universo cômico e de crítica social do nosso teatro de revista. Esse
foi o mote do espetáculo Théatron, encenado pelo Grupo de Teatro do Centro de Cultura e Arte (CCA),
no Auditório Dom Gilberto, Campus I, em 23 de novembro.
O processo de montagem vem de longa data. Foi concebido a partir de uma pesquisa realizada entre março e junho
deste ano. Théatron era o nome que se dava aos espaços destinados aos espectadores das tragédias encenadas no
século 5º a.C. A escolha do ambiente de teatro de revista - popular no Brasil a partir do final do século 19 - é uma
homenagem. Segundo o diretor Paulo Afonso Coelho, a peça faz várias referências a outros gêneros. "É possível
notar citações ao teatro grego clássico, à commedia dell'arte, ao teatro universitário brasileiro dos anos 60 e até ao
teatro do absurdo", afirmou o professor. Chico Buarque, Millôr Fernandes, Shakespeare, Nelson Rodrigues e
Carmen Miranda são alguns dos ícones identificáveis pelo público, que interagem com outros personagens da peça.
Enfim, é um espetáculo recheado de surpresas.
Dezessete alunos de diversos cursos compõem o elenco. A estudante de Turismo e Artes Visuais Rafaela Zanatta
assina a assistência de direção. Além de diretor da peça, coube ao professor a tarefa de converter a pesquisa dos alunos em roteiro teatral. Coreografias, cenários, trilhas sonoras, figurinos e textos de apoio foram produzidos pelos
alunos. "Fizeram um trabalho de qualidade profissional, que superou as expectativas", elogiou Paulo Afonso.
Informações: (19) 3756-7282 e [email protected]
Sambistas dos opostos
BOAS FESTAS (Assis Valente)
Ministério banca filmes
Alô cineastas com pouca grana e boas idéias!
A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV/MinC) informa, por
meio do portal www.cultura.gov.br, que estão abertas as inscrições para o Concurso
de Apoio à Produção de Obras Cinematográficas Inéditas. Podem ser inscritos,
até 4 de março de 2006, projetos de longas-metragens de ficção de baixo orçamento. O ministério apoiará dez filmes com orçamentos de até um milhão de reais
cada. Podem participar diretores estreantes ou não estreantes. Informações:
www.cultura.gov.br/apoio a_projetos/editais/
Um dos mais cariocas
escritores brasileiros das
últimas quatro décadas é
Rubem Fonseca. Os
cenários da maioria dos
seus contos e romances
estão situados na cidade
do Rio de Janeiro. Detalhe:
Fonseca é mineiro de Juiz
de Fora. Seus melhores
livros são de contos: A
Coleira do Cão (1965),
Feliz Ano Novo (1975) e O
Cobrador (1979). Ao lado
do paranaense Dalton
Trevisan, está entre os
melhores autores do
gênero no Brasil. Fica uma
sugestão de leitura para
este fim de ano: Feliz Ano
Novo, Editora Artenova.
Para quem não conhece,
Fonseca, que foi policial
civil, tem uma narrativa
crua, de quem conheceu
de perto os ambientes
onde se passam seus
enredos. O conto que dá o
título ao livro está, na
íntegra, no endereço
www.releituras.com/rfonseca_feliz.asp
Batatinha
(1924-1997) e Assis Valente (1911-1958), ambos baianos e compositores, escreveram canções opostas
ao que foram. Estes versos de Diplomacia, de
Batatinha - "Meu desespero ninguém vê/sou diplomado na matéria de sofrer" -, não refletem a
personalidade tranqüila do seu autor. Por
outro lado, os versos de Brasil Pandeiro,
Camisa Listrada, Tem Francesa no Morro e tantas outras canções de contagiante alegria
não parecem ter saído da mente conturbada de Assis. Batatinha viveu confortavelmente por 73 anos. Assis matou-se
aos 47 anos. Ele é o autor da mais popular música de Natal
brasileira. Por sinal, sua única canção com letra triste:
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem
Colaborou Érica Araium
classificados
Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
MORADIA
Divido casa com moça
Próximo ao Campus II.
(19) 3745-1668
SERVIÇOS
Dissertações, Teses, Tradução: Inglês
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(19) 3276-1613
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(19) 3269-5176 e 9705-2051
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Jaguariúna - Campus I
(19) 3867-5081 e 9761-1786
As ofertas acima são de responsabilidade dos anunciantes
Agradecemos a todos
que participaram de
nossas promoções. Os
ganhadores devem retirar os
cupons dos respectivos prêmios
até o dia 25 de outubro de 2005
no Departamento de
Comunicação da PUC-Campinas,
que funciona no Prédio da
Pastoral I , Campus I, das 8h às
17h. Confira os vencedores da
promoção O Mágico de OZ:
Renata Epifanio da Silva, Carla
Andréia Ruffo Rosa, Marisa
Franchi, Ivan Conti, Liége
Honda, Natália Chiavaro,
Rachel Kiyomi Sugawara,
Daniela Rodrigues, Rita Reis,
Fernando da Cruz.
08
28 de novembro a 11 de dezembro /2005
Pé na estrada
Jornal da PUC-Campinas
Fotos: arquivo pessoal
Praça
construída
em Quito
onde passa
a linha
imaginária
do Equador
A beleza
EXUBERANTE
de um
país pobre
A riqueza da natureza,
do artesanato e da
culinária do Equador
contrasta com a
miséria da população;
Ilhas Galápagos são
Patrimônio Natural da
Humanidade e estão
a mil quilômetros
do Continente
SERVIÇOS
>>Hospedagem
Hotel Chalet Suisse
Diárias: a partir de US$ 57
Informações: www.hotelchaletsuisse.com/index1.htm
Albergue da Juventude
Quito International IOUF Hostel
Diárias: partir de US$ 8
Informações: (11) 3258-0388 e www.hihostels.com
>>Transporte
Aéreo - Copa Airlines
Tarifa: a partir de US$ 791 (ida e volta)
Informações: www.copaair.com
>>Informações
Central de Intercâmbios: (19) 3754-5100 e www.ci.com.br
Professora Patrícia Tropia
perto do Guagua Pichincha;
abaixo, vulcão Imbabura
C
Patrícia Tropia
Especial para o Jornal da PUC-Campinas
Com o propósito de apresentar um trabalho no 7º Congresso Ibero-Americano
de História da Educação Latino-Americana, estive no mês setembro deste ano em
Quito, capital do Equador. O Equador é um dos poucos países da América do Sul
que não fazem fronteira com o Brasil. Tem 256.370 quilômetros quadrados e 13
milhões de habitantes, dos quais 55% vivem em áreas rurais. É um país predominantemente indígena: são ao todo 13 nações lingüísticas. É o maior produtor de
banana do mundo e um grande exportador de flores, petróleo, camarão e cacau. O
artesanato é, contudo, um dos maiores atrativos, seja pela diversidade, seja pela beleza e requinte de detalhes.
O congresso foi organizado pela Universidade Andina Simón Bolívar com o
apoio das Associações Argentina, Colombiana, Chilena, Espanhola, Mexicana,
Portuguesa e Brasileira de História da Educação. Participei do Grupo de Trabalho
Historia Económica de La Educación o Economía de La Educación. Pude estabelecer contatos com pesquisadores ibero-americanos e divulgar a pesquisa que desenvolvo na PUC-Campinas.
A biodiversidade do Equador é excepcional e luxuriante. O país é banhado pelo
Oceano Pacífico, recortado, de norte a sul, pela Cordilheira dos Andes; em direção
ao leste a paisagem transforma-se de árida, em função da presença de vários vulcões,
à florestal, a Selva Amazônica. Além disso, fazem parte do território equatoriano as
Ilhas Galápagos, um conjunto de 13 ilhas principais de origem vulcânica, distantes
mil quilômetros do Continente e famosas por terem sido fundamentais nas investigações que levaram o biólogo inglês Charles Darwin à Teoria da Evolução das Espécies.
A culinária do Equador é muito variada, composta por diversas espécies de frutas, verduras, legumes, carnes e pescados, ingredientes dos pratos típicos, temperados por pimentas e condimentos. A carne
de cuy (um roedor), o plátano (ou banana) e a quinua (espécie de cacto comestível) são algumas das curiosidades da tradicional culinária equatoriana.
A viagem para o Equador foi inesquecível. São muitas as
memórias: a começar pelo vôo de São Paulo até Quito. A rota
é feita pelo Brasil Central, atravessa a Bolívia até a Cordilheira
dos Andes e segue para Lima, na Costa do Pacífico. Nesse trajeto é possível avistar os Andes e o lago Titicaca.
É impossível, para quem mora próximo ao nível do mar, não
sentir a altitude de Quito, que atinge 2,8 mil metros. Como
sabemos, quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica
e o oxigênio rarefeito exige que tomemos algumas precauções
com a alimentação de fácil digestão, com a hidratação abundante, com o físico (devemse evitar caminhadas longas nos primeiros dias) e que bebamos, se necessário, o chá
de coca. Apenas assim não sentimos tanto o soroche, a sensação de fadiga imensa que
aflige sobremaneira o turista pouco acostumado com a altitude. Situada ao pé da grande cordilheira, a cidade de Quito é rodeada por montanhas e vales e, nos dias claros,
vê-se o vulcão Guagua Pichincha, a 4,8 mil metros, que em 1999 entrou em erupção.
O centro histórico de Quito é Patrimônio Cultural da Humanidade e as ilhas
Galápagos são Patrimônio Natural da Humanidade. Do Panecillo é possível avistar todo o centro histórico, onde destaco o Mosteiro de São Francisco. A beleza
arquitetônica e natural do país contrasta, contudo, com as condições de vida da
maioria da população, especialmente a rural. Alto índice de analfabetismo, precárias condições de saúde e exclusão de direitos sociais básicos são problemas históricos. A metade da população é considerada indigente. Esse quadro foi agravado
pelos recentes governos neoliberais que, entre outras medidas, dolarizaram a economia. Essa política afetou a população mais pobre, impedida de proteger seus recursos diante da inflação e da mudança cambial.
Pé na Estrada é uma coluna de dicas de viagem aberta
à participação da comunidade universitária.
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Uma pesquisa do Sebrae indicou um crescimento - PUC