Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Biociências e Biotecnologia Curso de Gestão em Saúde Ambiental PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO GESTÃO EM SAÚDE AMBIENTAL (MODALIDADE Bacharelado) Campos dos Goytacazes-RJ 2012 1 Direção Acadêmica da Universidade Estadual do Norte Fluminense e do Centro de Biociências e Biotecnologia Reitor Prof. Silvério de Paiva Freitas Vice-Reitor Prof. Edson Correa Pró-Reitora de Graduação Profa. Ana Beatriz Garcia Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Prof. Antonio Amaral Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Prof. Paulo Nagipe Secretária Acadêmica Profa. Anna L. Okorokova Façanha Diretor do Centro de Biociências e Biotecnologia Prof. Gonçalo Apolinário Coordenador do Bacharelado em Ciências Biológicas Prof. Victor Martin Quintana Flores Coordenadora da Licenciatura em Ciências Biológicas Profa. Maria Cristina Gaglianone Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais Prof. Carlos Ramon Ruiz Miranda Coordenadora do Programa de Biociências e Biotecnologia Profa. Katia Valevski Fernandes Sales Coordenador do Curso de Bacharelado em Gestão em Saúde Ambiental A ser indicado 2 A UENF E SUA HISTÓRIA A implantação de uma universidade pública já era um sonho antigo da população de Campos dos Goytacazes (RJ) quando uma mobilização da sociedade organizada conseguiu incluir na Constituição Estadual de 1989 uma emenda popular prevendo a criação da Universidade Estadual do Norte Fluminense. O movimento envolveu entidades, associações e lideranças políticas. No início da década de 1990, o grande desafio do movimento popular pró-UENF foi cumprir o prazo legal para a criação da Universidade, que se extinguiria em 1990. Após um intenso esforço coletivo de sensibilização das autoridades, finalmente foi aprovada pela Assembléia Legislativa a lei 1.740 de criação da UENF, sancionada pelo então governador Moreira Franco em 08/11/90. A lei autorizava o Poder Executivo a criar a Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF, com sede em Campos dos Goytacazes. Em 1991, cumprindo compromisso de campanha assumido em Campos (RJ), o recém empossado governador do Estado Leonel Brizola delegou ao professor e senador Darcy Ribeiro a tarefa de conceber o modelo da nova universidade e de coordenar os trabalhos de sua implantação. Em 27/02/91, o Decreto 16.357 criou a UENF e aprovou seu Estatuto. Em 23 de dezembro de 1991, o decreto nº.17.206 instituiu, junto à Secretaria Extraordinária de Programas Especiais, a Comissão Acadêmica de Implantação, sob a “Chancela” do Senador Darcy Ribeiro. Ao receber a missão de fundar a UENF, Darcy Ribeiro concebeu um modelo inovador, onde os departamentos - que, na Universidade de Brasília, já tinham representado um avanço ao substituir as cátedras - dariam lugar a laboratórios temáticos e multidisciplinares como célula da vida acadêmica. Darcy Ribeiro cercou-se de pensadores e pesquisadores renomados para elaborar o projeto e o estatuto da UENF e apresentou-a como a 'Universidade do Terceiro Milênio'. Previu a presença da UENF não só em Campos, mas como uma instituição multicampi, com centros e laboratórios distribuídos noutras cidades do norte e noroeste fluminense, conforme as respectivas vocações regionais. Ao projetar a UENF, Darcy Ribeiro tinha em mente uma universidade moderna, capaz de dominar, transmitir conjunta e integralmente as novas ciências e tecnologias, além de garantir ao interior Fluminense os instrumentos técnicos, científicos e pessoal qualificado indispensáveis para o desenvolvimento das atividades produtivas. A UENF foi criada, então, 3 com objetivo primordial de alavancar o desenvolvimento científico-educacional e sócioeconômico da região. O primeiro vestibular para a UENF foi realizado em 3 de junho de 1993. Em julho de 1993, foram instituídos os laboratórios e os quatro centros de pesquisa — o Centro de Ciência e Tecnologia (CCT), o Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB), o Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA) e o Centro de Ciências do Homem (CCH). Nesses centros, foram concentradas as atividades de ensino e pesquisa em nível de graduação e pós-graduação. Em virtude da decisão de contratar apenas docentes portadores do título de Doutor e com experiência acadêmica, a UENF rapidamente passou a oferecer programas de pósgraduação de alto nível. As Atividades de Pesquisa e Pós- Graduação iniciaram-se na UENF praticamente com o início da instituição, em agosto de 1993, quando chegaram a Campos dos Goytacazes os primeiros Grupos de Pesquisa, que imediatamente se dedicaram aos trabalhos de montagem de laboratórios de pesquisa e a implantação dos programas de ensino. A primeira aula no campus da UENF foi ministrada aos 16 de agosto de 1993, data afinal definida como a da implantação ou “aniversário” da Universidade. Aos 8 de dezembro de 1993 foi inaugurada a Casa de Cultura Villa Maria, instalada em palacete de estilo eclético de 1918. Símbolo da união umbilical da UENF com a sociedade de Campos, o casarão tinha sido deixado em testamento pela senhora Maria Tinoco Queiroz - conhecida como D. Finazinha, falecida aos 18 de dezembro de 1970 - para ser a sede de uma futura universidade. Hoje se constitui um centro cultural universitário de grande importância em Campos. Somente em 1998 foram realizados os concursos públicos para regularização da situação trabalhista dos docentes e demais servidores. Até então, a Universidade era subordinada administrativa a uma fundação estatal - Fundação Estadual do Norte Fluminense (FENORTE). A conquista da autonomia administrativa, marco histórico da jovem universidade, veio após intensa luta política de professores, estudantes e servidores técnicoadministrativos, com apoio da comunidade campista e setores importantes da imprensa, especialmente durante os anos de 1999 a 2001. “Se a criação da UENF nascera de um movimento épico da sociedade campista, confluindo-se com os mais legítimos anseios da comunidade científica brasileira, a conquista de sua autonomia administrativa e patrimonial seria fruto de uma campanha heróica da própria comunidade acadêmica, de braços dados com a sociedade regional”. 4 Em 23 de outubro de 2001, através da Lei complementar n.° 99, sancionada pelo governador Anthony Garotinho, a Universidade conquista sua autonomia administrativa, separando-se da antiga mantenedora e incorpora o nome do seu fundador, passando a se chamar Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, conforme previsto em Lei n.º 2.786, de 15 de setembro de 1997. A partir do reconhecimento de sua autonomia administrativa, a UENF iniciou movimento vigoroso de aproximação com a sociedade regional, incluindo as prefeituras, as agências de desenvolvimento, as instituições de ensino superior e as entidades da sociedade organizada. A UENF foi a primeira universidade brasileira que todos os professores têm doutorado. A ênfase na pesquisa e na pós-graduação, sem paralelo na história da universidade brasileira, fez da UENF uma universidade para formar cientistas. Por ter obtido o maior percentual de ex-alunos participantes da Iniciação Científica ingressando em cursos de mestrado e doutorado, a UENF ganhou, em 2003, o Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, conferido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Desde 2008 a UENF vem sendo reconhecida pelo MEC como uma das 15 melhores universidades brasileiras, ficando em 12.º lugar no ranking nacional baseado no IGC (Índice Geral de Cursos da Instituição). O IGC compila num único índice uma série de parâmetros de qualidade da totalidade dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Também, em 2008, a UENF recebeu o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos, categoria Extensão Universitária, concedido pela Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). A UENF foi também uma das instituições públicas pioneiras na oferta de cursos de graduação à distância no Brasil. Pela Fundação CECIERJ/Consórcio CEDERJ (Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro), a UENF foi responsável, no início de 2002, pelo primeiro curso de graduação (licenciatura) em Ciências Biológicas a distância implantado no país. Em 2011, a universidade completou 18 anos de existência, diplomando mais de dois mil alunos de graduação e titulando cerca de mil pós-graduandos, mestres e doutores, transformando-se num centro de referência nacional e internacional de ensino, pesquisa e tecnologia. Até novembro de 2009, 947 teses e dissertações foram defendidas e os Programas de Pós-Graduação registraram freqüência de 1013 alunos (752 regulares e 195 5 especiais) desenvolvendo pesquisas, nas mais variadas áreas do saber. O número total de alunos matriculados na graduação (50% em cursos presenciais e 50% em cursos à distância) chegou a próximo de 4.000, dos quais aproximadamente 75% são originários das regiões Norte e Noroeste Fluminense. Atualmente, a UENF oferece 18 cursos de graduação, sendo 16 presenciais e 02 à distância (ministrados em parceria com o Consórcio CEDERJ - http://www.cederj.edu.br/) e está presente em oito municípios do Estado do Rio de Janeiro, oferecendo cerca de 1.000 vagas anuais. O quadro de docentes permanentes da UENF é composto por cerca de 300 professores doutores, além de 569 técnicos-administrativos. Dos 18 cursos de graduação atualmente oferecidos pela UENF, onze são de bacharelado (Administração Pública, Agronomia, Ciência da Computação e Informática, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Engenharia Civil, Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, Medicina Veterinária e Zootecnia) e sete são licenciaturas (Biologia, Biologia a Distância, Física, Matemática, Pedagogia, Química e Química a Distância). Na UENF existem 13 programas de pós-graduação recomendados pela CAPES, sendo que 10 destes programas incluem os níveis de mestrado e doutorado. São eles: Biociências e Biotecnologia (Ms e DS), Ciência Animal (Ms e DS), Ciências Naturais (Ms e DS), Cognição e Linguagem (Ms), Ecologia e Recursos Naturais (Ms e DS), Engenharia Civil (Ms), Engenharia de Produção (Ms e DS), Engenharia de Reservatório e de Exploração (Ms e DS), Engenharia e Ciências dos Materiais (Ms e DS), Genética e Melhoramento de Plantas (Ms e DS), Políticas Sociais (Ms), Produção Vegetal (Ms e DS) e Sociologia Política (Ms e DS). DA UNIVERSIDADE E SEUS FINS De acordo com o Estatuto da Universidade, aprovado pelo Conselho Universitário em 29 de novembro de 2001 e Publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 2002: Art. 1º- A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF, com sede e foro na Cidade de Campos dos Goytacazes e unidades instaladas em outros Municípios do Estado do Rio de Janeiro, organizada como Fundação Pública nos termos da Lei nº 3.685 6 de 3 de outubro de 2001, é uma instituição estadual de educação superior caracterizada pela indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Art. 2º- A UENF com autonomia patrimonial, financeira, administrativa, didático-científica e disciplinar, na forma do disposto no Artigo 207 da Constituição Federal e nos artigos 53 e 54 da Lei Federal nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, rege-se pelo presente Estatuto, pelo Regimento Geral e demais normas aplicáveis nos termos da legislação vigente. CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS E FUNÇÕES Art. 3º- A UENF, através de sistema indissociável do ensino, da pesquisa e da extensão, tem por objetivos buscar, gerar e difundir conhecimentos em todos os campos do saber fundamental e aplicado, incumbindo-se de: I - realizar pesquisas e estimular atividades criadoras nas ciências, nas letras e nas artes; II - ministrar ensino em níveis de graduação e pós-graduação, formando profissionais e especialistas; III - estender o ensino e a pesquisa à comunidade mediante metodologias de transferência de conhecimentos e tecnologias e prestação de serviços especiais. CÂMARAS Art. 17º - As Câmaras são órgãos normativos e deliberativos nas áreas específicas em que a administração acadêmica acha-se subdividida na UENF. Câmara de Graduação é constituída dos seguintes membros: I - O Pró-Reitor de Graduação, como seu presidente; II - 02 (dois) Professores de cada Centro; III - 01 (um) representante do corpo discente. 7 CAPÍTULO II DA ADMINISTRAÇÃO DOS CENTROS, DOS LABORATÓRIOS E DAS COORDENAÇÕES DE CURSO SEÇÃO I DOS CENTROS Art.30º- Os Centros são os órgãos que administram o exercício simultâneo de atividades de ensino, pesquisa e extensão, em uma ou mais áreas do conhecimento, respeitadas as normas legais e as resoluções dos órgãos competentes. Art. 31º - A Universidade é constituída dos seguintes Centros. I - Centro de Ciência e Tecnologia II - Centro de Biociências e Biotecnologia III - Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias IV - Centro de Ciências do Homem Art. 32º - A administração do Centro é da competência do Diretor e de seu respectivo Conselho. Art. 33º - O Conselho de Centro é constituído dos seguintes membros: I - Diretor do Centro, como seu presidente; II - Chefes de Laboratório; III - 01 (um) representante dos Coordenadores dos Cursos de Graduação e 01 (um) representante dos Coordenadores dos Programas de Pós- Graduação; O CENTRO DE BIOCIÊNCIAS E BIOTECNOLOGIA O Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB) dispõe de 59 professores e 70 técnicos de nível superior, médio, fundamental e elementar. O centro possui seis laboratórios: Laboratório de Biologia Celular e Tecidual (LBCT); Laboratório de Biologia do 8 Reconhecer (LBR); Laboratório de Biotecnologia (LBT); Laboratório de Ciências Ambientais (LCA); Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos (LFBM); Laboratório de Química e Função de Proteínas e Peptídeos (LQFPP). É no Centro de Biociências e Biotecnologia que está lotado o curso de Bacharelado em Gestão em Saúde Ambiental. MOTIVAÇÃO PARA A CRIAÇÃO DO CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE AMBIENTAL Atualmente, a Universidade Estadual do Norte Fluminense oferece 80 vagas anuais para o Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas e mais 40 para o Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Entendemos que este é um número exagerado e entendemos que o desafio contemporâneo exige um profissional com um perfil transdisciplinar que possa atuar diretamente dentro de empresas e em órgãos públicos na gestão das atividades voltadas para o meio ambiente e saúde, pois o currículo atual de formação profissional não está voltado para as tomadas de decisão na área empresarial e sim, para as atividades didáticas e de pesquisa. Neste contexto, o curso de Gestão em Saúde Ambiental surgiu como uma importante opção de aumentar as oportunidades para os estudantes da região, gerando alternativas para a formação de pessoal na área biológica em um mercado de trabalho em crescimento tanto em nível regional, nacional e internacional. Ressalta-se que atualmente todas as unidades de produção industrial possuem profissionais voltados para área de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS). A necessidade de se trabalhar a saúde e o ambiente de forma integrada já é clara para o governo e a sociedade. O documento “Subsídios para a construção de uma Política Nacional de Saúde Ambiental”, do Ministério da Saúde, publicado em 2007 destaca: “Em 1997, o Ministério da Saúde formulou o projeto VigiSUS com o objetivo, entre outros, de estruturar o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental de acordo com as diretrizes do SUS, definindo com maior clareza o papel da vigilância em saúde ambiental no que toca aos fatores que podem acarretar riscos à saúde humana. A estruturação da Vigilância em Saúde Ambiental no Brasil começa a institucionalizar-se a partir do Decreto n.º 3.450, de 9 de maio de 2000, que assegura a sua implantação em todo o território nacional. 9 A Lei n.º 10.683/03, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, atribui como uma das competências do Ministério da Saúde a “saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva, inclusive a dos trabalhadores e índios” (BRASIL, 2003b, art. 27, XX, c). De acordo com o Decreto n.º 4.726/2003, que trata da Estrutura Regimental do Ministério da Saúde, compete à Secretaria de Vigilância em Saúde coordenar a gestão do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde, incluindo o ambiente de trabalho (BRASIL, 2003a, art. 29, I, b). A Instrução Normativa SVS/MS n.º 1, de 7 de março de 2005, estabeleceu o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (Sinvsa) e definiu os níveis de competência das três esferas de governo na área de vigilância em saúde ambiental, o que vem sendo estruturado de forma gradativa no País. Tal normatização define o ambiente de trabalho como objeto de vigilância, de forma complementar à Instrução Normativa de Vigilância à Saúde do Trabalhador, aprovada pela Portaria n.º 3.120, de 1.º de julho de 1998. Esta tem como objetivo instrumentalizar minimamente os setores responsáveis pela vigilância, nas secretarias estaduais e municipais, de forma que incorporem, em suas práticas, mecanismos de análise e intervenções sobre os processos e os ambientes de trabalho. Também a Portaria n.º 777, de 28 de abril de 2004, é um importante instrumento para a vigilância ambiental, ao definir os agravos relacionados à saúde do trabalhador como de notificação compulsória em rede sentinela de serviços de saúde. As intoxicações exógenas por substâncias químicas (que abrangem os agrotóxicos, os gases tóxicos e os metais pesados) estão incluídas na lista. Vale ressaltar, ainda, a Portaria n.º 3.908/98 – Norma Operacional de Saúde do Trabalhador, que trata das responsabilidades do SUS, nos três níveis de gestão, no campo da Saúde do Trabalhador. 10 O documento citado acima também enfatiza: “A Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA) tem como objetivos precípuos proteger e promover a saúde humana e colaborar na proteção do meio ambiente, por meio de um conjunto de ações específicas e integradas com instâncias de governo e da sociedade civil organizada, para fortalecer sujeitos e organizações governamentais e não-governamentais no enfrentamento dos determinantes socioambientais e na prevenção dos agravos decorrentes da exposição humana a ambientes adversos, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população sob a ótica da sustentabilidade.” Desta forma, a criação do bacharelado em Gestão em Saúde Ambiental está em consonância com os desafios de formulação das políticas públicas nacionais e o anseio da sociedade. Percebe-se que há um mercado aberto e em expansão para os profissionais a serem formados no curso de Gestão em Saúde Ambiental, tanto no âmbito regional como no nacional. PERFIL PROFISSIONAL O egresso do bacharelado de Gestão em Saúde Ambiental terá uma formação baseada no tripé saúde, ambiente e sociedade. Os egressos terão uma visão crítica e conhecimento técnico sobre sistemas de gestão da saúde e do ambiente, bem como serão aptos a apresentar e implementar soluções que minimizem os impactos das atividades humanas na saúde dos cidadãos e no ambiente. Desta forma, será um profissional preparado para garantir o desenvolvimento sustentável, onde as ações econômicas serão sempre executadas em consonância com aspectos da saúde ambiental, garantindo um ambiente saudável e seguro para a sociedade. Este profissional estará sendo preparado para lidar com um dos maiores desafios das futuras gerações, ou seja, compatibilizar as perspectivas econômicas e ambientais. Neste sentido, o Curso de Gestão em Saúde Ambiental estará construindo as bases de um ambiente saudável, alicerçado na sustentabilidade e no desenvolvimento social e econômico, criando novas perspectivas de 11 identificação, caracterização e prevenção de fatores de risco para a saúde originados no meio ambiente. ÁREA DE ATUAÇÃO O egresso do curso será apto a trabalhar no setor privado e público, integrando e/ou liderando equipes multidisciplinares que possibilitem ações que visem: Promover e implantar programas de gestão ambiental, auditoria e qualidade ambiental. Gerenciar procedimentos relacionados à segurança e saúde do trabalhador. Identificar fatores de risco para a saúde no ambiente e no trabalho. Participar de estudos de impacto ambiental quanto ao risco à saúde da população e ao ambiente, estando estas relacionadas ao emprego de novas tecnologias. Realizar o monitoramento de contaminantes das águas, solos e atmosfera que são potencialmente tóxicas a população. Realizar vigilância epidemiológica de doenças relacionadas à contaminação ambiental. MERCADO DE TRABALHO O egresso do curso encontra um mercado de trabalho aberto e em franca expansão. Atualmente é impensável a realização de projetos, a produção de bens e produtos, serviços e o desenvolvimento econômico sem a avaliação da vertente da saúde ambiental. O mercado necessita de profissionais com uma base sólida e que possa atuar na empresa utilizando uma visão transdisciplinar envolvendo as questões da saúde, segurança e meio ambiente. Empresas privadas, o setor público e o terceiro setor são as grandes áreas em que o bacharel em gestão da saúde ambiental estará apto a trabalhar. 12 INFRAESTRUTURA O curso de Gestão em Saúde Ambiental conta com a infraestrutura do Centro de Biociências e Biotecnologia e demais dependências da UENF tais como salas de aulas (6), sala de conferência (2), auditórios (2), laboratórios didáticos (4), secretaria, banheiros e biblioteca. Além disso, a construção de novo prédio didático para atender aos cursos do CBB está em execução, com previsão para término no ano de 2012. Os demais centros da universidade também dispõem de Bibliotecas Setoriais e Laboratórios para atividades didáticas que poderão ser utilizadas pelos discentes; a Universidade dispõe de setores de Suporte de Computação, Transporte, Esporte e atendimento emergencial para saúde. 13 QUADRO DOCENTE POR LABORATÓRIO Laboratório de Biologia Celular e Tecidual - LBCT Drª. Maria Luiza Lopes Alvarez; Dr. Flávio Costa Miguens; Dr. Edésio José Tenório; Drª. Nadir Francisca Sant´anna; Dr. Renato Augusto DaMatta; Dr. Maura da Cunha; Dr. Fábio Lopes Olivares; Dr. Cláudio Andrés Retamal Martinez; Dr. Arnoldo Rocha Façanha; Dr. Clóvis de Paula Santos; Dr. Arthur Giraldi Guimarães; Drª Claudete Santa Catarina. Total: 12 Laboratório de Biologia do Reconhecer - LBR Drª. Andrea Cristina Vetö Arnholdt; Drª Alba Lucínia Peixoto Rangel; Drª. Elena Lassounskaia; Drª. Lilian Maria Garcia Bahia de Oliveira; Dr. Jorge Hudson Petreski; Dr. Milton Masahiko Kanashiro. Total: 06 Laboratório de Biotecnologia - LBT Dr. Álvaro Frabrício Lopes Rios; Drª. Ana Beatriz Garcia; Dr. Enrique Medina-Acosta; Drª. Tânia Jacinto Freitas da Silva; Dr. Francisco José Alves Lemos; Dr. Gonçalo Apolinário de Souza Filho; 14 Drª. Denise Saraiva Dagnino; Drª. Marília Amorim Berbert de Molina; Dr. Victor Martin Quintana Flores; Dr. Vanildo Silveira. Total: 10 Laboratório de Ciências Ambientais - LCA Dr. Alvaro Ramon Coelho Ovalle; Dr. Carlos Eduardo Rezende; Drª. Ilana Rosental Zalmon; Drª. Cristina Maria Magalhães de Souza; Dr. Marcelo Trindade Nascimento; Drª. Dora Maria Vilela José; Dr. Carlos Ramon Ruiz-Miranda; Drª. Glauca Torres Aragon; Dr. Ronaldo Novelli; Dr. Carlos Eduardo Veiga de Carvalho; Drª. Marina Satika Suzuki; Dr. Paulo Pedrosa Andrade; Drª. Ana Paula Madeira Di Beneditto; Drª. Maria Cristina Gaglianone; Drª. Ângela Pierre Vitória; Dr. Leandro Rabello Monteiro; Dr. Marcos Sarmet Moreira de Barros Salomão. Total: 17 Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microrganismos - LFBM Drª. Valdirene Moreira Gomes; Dr. Júlio César Ferreira; Drª. Ana Lvovna Okorokova Façanha; Dr. João Carlos Aquino Almeida; Dr. Andre de Oliveira Carvalho Total: 05 15 Laboratório de Química e Função de Proteínas e Peptídeos - LQFPP Dr. Elias Walter Alves; Drª. Olga Lima Tavares Machado; Drª. Marílvia Dansa de Alencar Petretski; Drª. Kátia Valevski Sales Fernandes; Dr. Gustavo Lazzaro Rezende; Dr. Carlos Jorge Logullo de Oliveira; Drª. Antonia Elenir Amâncio Oliveira; Dr. Jorge Hernandez Fernandez; Dr. Thiago Motta Venâncio. Total: 09 Total Geral: 59 Todos os Laboratórios do CBB estão envolvidos no Curso de Gestão em Saúde Ambiental, nas disciplinas de básico e nas de conteúdo específico. OBJETIVOS DO CURSO O curso de Gestão em Saúde Ambiental da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro tem como objetivo a formação de profissionais qualificados em nível superior na área de gestão em saúde e meio ambiente, que apresentem uma visão crítica e conhecimento técnico sobre sistemas de gestão da saúde e do ambiente, com capacidade de implementação de soluções que minimizem os impactos das atividades humanas na saúde dos cidadãos e no ambiente. O curso possui integralidade própria caracterizada pela Coordenação do Curso, por Colegiado próprio, e representatividade no Conselho de Centro e na Câmara de Graduação. O Colegiado do Curso será composto pelo Coordenador, por um professor representante de cada um dos seis laboratórios e por um representante discente, possuindo então 8 membros. As funções do Colegiado seguem o estipulado no Regimento Geral da Graduação da UENF. 16 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO O curso de Bacharelado em Gestão em Saúde Ambiental da UENF apresenta uma estrutura organizacional em 8 semestres, possibilitando ao egresso uma formação sólida no seu campo de atuação profissional. A proposta curricular visa atender as Diretrizes do Plano Nacional de Saúde Ambiental assim como o seu caráter interdisciplinar. Sua entrada é baseada nos processos seletivos da UENF e, seu funcionamento, pautado nas Normas da Graduação da UENF. O curso está estruturado em disciplinas obrigatórias, optativas, atividades complementares e monografia. O Curso tem em sua totalidade de 3247 horas: incluindo-se 306 h atribuídas para monografia e 204 no estágio curricular supervisionado. Além disso, o discente dispõe de 748 h de disciplinas optativas distribuídas da seguinte forma: 408 h na área Ambiental e 340 h na área de Saúde, nos termos da resolução vigente na UENF. O controle da integralização curricular é feito pelo sistema de créditos, correspondendo um crédito a 17 (dezessete) horas de atividades teóricas ou a 34 (trinta e quatro) horas de atividades práticas ou a 68 (sessenta e oito) horas de atividades curriculares suplementares (extracurricular). MATRIZ CURRICULAR As disciplinas estão apresentadas na matriz curricular a seguir. Obs. Disciplinas oferecidas: pelo CBB; pela UENF; não oferecidas. Código LBT02102 MAT01211 LCA02101 BCT02308 MAT01112 LEL04202 LCA 1º PERÍODO Disciplina Bioética e biossegurança Cálculo diferencial e integral I Dinâmica da terra Biologia Celular Fundamentos da ciência da computação Português instrumental I Ecologia geral I (Ecossistema e Organismo) TOTAL Créditos 2 4 3 3 3 2 3 20 Horas aula 34 68 51 85 68 68 68 442 17 Código BCT02307 LBR LCA BCT2205 FBM02201 CCH PRO 01332 Código EAG03114 LCA CCT01113 CIV01426 CCH 04101 LQFPP Código BCT02309 LBR02403 LBR02101 PRO01441 PRO01540 2º PERÍODO Disciplina Biofísica para biologia e saúde Biologia de Organismos Patogênicos Ecologia geral II (Populações e Comunidades) Anatomia e fisiologia humana Microbiologia Inglês Instrumental II Introdução à Economia TOTAL 3º PERÍODO Disciplina Bioestatística Manejo e Conservação de Ecossistemas Terrestres Introdução Engenharia Ambiental Topografia Teoria Geral da Administração Ciência e Sociedade Bioquímica Clínica TOTAL 4º PERÍODO Disciplina Metodologia Científica Toxicologia Geral Análises clínicas Imunobiologia geral Higiene e Segurança do Trabalho Empreendorismo Saúde no Trabalho Saúde Preventiva e Comunitária TOTAL Créditos 2 3 3 3 3 2 4 20 Créditos 3 2 3 6 4 2 3 23 Créditos 2 3 4 3 2 2 2 2 20 Horas aula 34 68 68 68 68 68 68 374 Horas aula 51 34 51 102 68 34 51 391 Horas aula 34 68 68 51 34 34 34 34 357 18 LCA02610 LCA02604 LBR CIV01343 5º PERÍODO Manejo e Conservação de Ecossistemas Costeiros Estudo de Impacto Ambiental Mecanismos Básicos de Agressão e Defesa Introdução ao SIG e Geoprocessamento Políticas Públicas em Saúde e Meio Ambiente Fundamentos de arquitetura e urbanismo Hidrologia e Recusrsos Hídricos TOTAL 2 2 3 4 2 3 4 20 34 34 51 68 34 51 68 340 6º PERÍODO Direito Ambiental Eco-epidemiologia de Doenças Infecciosas e Transmissíveis Microbiologia Ambiental Biorremediação Vigilância Sanitária e Ambiental Recuperação de Áreas Degradadas TOTAL 4 68 3 4 2 3 4 20 68 68 34 51 68 357 7º PERÍODO Gestão em Saúde Pública Gestão Ambiental Sistemas de Saúde no Brasil Seminários I (Tópicos em Saúde e Meio Ambiente) AACC I Estágio Supervisionado I Monografia I TOTAL 4 4 2 1 3 3 3 20 68 68 34 17 102 102 102 493 8º PERÍODO Estágio Supervisionado II Monografia II Seminários II (Tópicos em Saúde e Meio Ambiente) AACC II TOTAL 3 6 1 3 13 102 204 17 102 425 TOTAL DO BACHARELADO 3247 19 DISCIPLINAS OPTATIVAS Código BCT02103 BCT02207 FBM02401 LBT02409 LBT02312 BCT02108 LCA02608 LCA02502 LCA02307 LCA02410 LCA02308 Disciplina SAÚDE Embriologia Biologia tecidual Virologia Biotecnologia industrial Fundamentos de Biotecnologia Parasitologia Métodos em Vigilância Epidemiologica Molecular TOTAL AMBIENTAL Oceanografia Ecologia de Manguezal Ecologia Marinha Limnologia Fundamentos da Química de Sistemas Aquáticos Métodos Analíticos para Monitoramento Ambiental Saneamento Ambiental TOTAL Horas Créditos aula 1 3 2 4 2 2 4 18 17 68 34 68 34 51 68 340 3 3 2 3 2 68 68 34 68 34 4 4 21 68 68 408 20 DISCIPLINA DE LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS A disciplina de Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS com carga horária de 68 horas sendo 34 horas de aulas práticas e 34 h de aulas teóricas. Nessa disciplina são abordados os conceitos iniciais básicos sobre deficiência auditiva (surdez) e o indivíduo surdo: identidade, cultura e educação. Essa disciplina foi introduzida no curso para atender o DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005 que Regulamenta a Lei n 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº.10.098, de 19 de dezembro de 2000. ESTÁGIO CURRICULAR O Estágio Curricular Supervisionado, além de integrar o currículo do Curso, atendendo ao dispositivo legal (Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 que dispõe sobre o estágio de estudantes; Orientação Normativa nº 7, de 30 de outubro de 2008, da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que estabelece orientação sobre a aceitação de estagiários no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e Resolução COLAC/UENF 002/2006, que estabelece a Política e o Regulamento dos Estágios dos Cursos Oferecidos pela UENF e dos Estágios Realizados em Suas Dependências), é um dispositivo imprescindível que proporciona ao aluno o contato com a realidade e os desafios inerentes à profissão na qual o mesmo atuará. Caracteriza-se como um momento de análise e apreensão do contexto real, sendo um elemento fundamental para a formação profissional. É parte integrante do processo de formação inicial e constitui-se como o espaço, por excelência, da relação dialética entre a teoria e a prática. Visa proporcionar ao aluno a vivência de experiências pré-profissionais que permitam uma estreita integração entre a Ciência e a Tecnologia, através da utilização de forma mais racional e efetiva dos recursos humanos do Curso e das Empresas, bem como 21 do produto por elas gerado, capacitando o Gestor sob o ponto de vista técnico-científico e desenvolvendo sua competência social, visando um desempenho profissional adequado. Desta forma o estágio supervisionado do curso de Gestão em Saúde Ambiental tem por objetivos: a) Completar e sedimentar a formação do Gestor através de experiências préprofissionais, quer no aspecto técnico-científico quer no relacionamento humano, inerente às atividades da área objeto do estágio; b) Proporcionar ao aluno conhecimento sobre a realidade na qual atuará; c) Incentivar o interesse pela pesquisa e oferecer subsídios à identificação de preferência de atuação futura; d) Refletir sobre a relação dialética estabelecida entre teoria x prática; e) Possibilitar a transferência de tecnologia e instrumentar o processo de avaliação/reformulação curricular; f) Formar alunos a partir de um contexto real de atuação. O estágio curricular supervisionado do curso de Gestão em Saúde Ambiental iniciase no sétimo período, totalizando 204 horas ao final do curso. A escolha do local de realização do estágio fica a critério do aluno, desde que a instituição pública ou privada esteja conveniada junto ao NUCEST (Núcleo de Estágio) da UENF e relacionada à área de Gestão em Saúde Ambiental. O Estágio Curricular é feito sob a orientação de um docente da UENF e de um supervisor na organização em que for trabalhar, e o estágio é oficializado através do Termo de Compromisso que define as atribuições do aluno, do orientador e do supervisor, e deve ser assinado por todos, além do Coordenador da Disciplina Estágio Supervisionado do curso de Gestão em Saúde Ambiental. 22 O acompanhamento e a orientação do estágio ficarão a cargo do professor da disciplina de Estágio Supervisionado do curso de Bacharelado em Saúde Ambiental. Cabe ao professor orientador: - analisar e aprovar as propostas das atividades a serem desenvolvidas nos estágios; - orientar, acompanhar e avaliar as atividades e a execução dos trabalhos; - prestar informações sobre o estagiário e atividades desenvolvidas pelo mesmo quando se fizer necessário; - estabelecer as normas para elaboração dos relatórios; - verificar o cumprimento dos prazos relacionados à entrega dos relatórios. É dever do acadêmico: - cumprir todos os prazos estipulados para entrega dos relatórios, a carga horária estipulada para o estágio e as obrigações de estagiário constantes na Resolução COLAC/UENF 002/2006; - prestar, sempre que requisitado, todas as informações sobre o estágio. A avaliação do estágio levará em conta o documento concedido pela empresa ou local de estágio do aluno, atestando as atividades desenvolvidas, bem como a carga horária cumprida e a aprovação dos respectivos relatórios de estágio. Ao final da atividade de estágio, no término do semestre, o aluno deverá apresentar o relatório final, contemplando todas as atividades desenvolvidas para avaliação do professor. 23 Durante todo o período do estágio, os alunos participarão de reuniões mensais na UENF com o professor/coordenador da disciplina Estágio supervisionado. Nesta ocasião serão trocadas experiências, apresentadas as dúvidas que possam surgir e o resultado dos trabalhos. Os professores da UENF estarão em contato permanente com as entidades em que os alunos estejam realizando o estágio supervisionado a fim de avaliar o seu desempenho. As colaborações entre as entidades envolvidas e a UENF estão sob a responsabilidade da NUCEST. ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS A introdução das atividades acadêmico-científico-culturais na grade curricular do curso de Bacharelado em Saúde Ambiental tem por finalidade proporcionar o enriquecimento curricular, favorecendo a formação mais ampla do profissional, seu conhecimento da realidade dos vários grupos sociais, seus saberes e manifestações culturais. Estas atividades estão previstas nas resoluções do Conselho Nacional de Educação (Resolução CNE/CP 2/2002 e Resolução CNE/CES 2/2007). Os alunos serão estimulados e incentivados à organização e à participação em eventos, seminários, encontros e congressos científicos, jornadas, exposições, feiras de cultura, feiras de ciências, etc. Para integralização da estrutura curricular do curso de graduação, em conformidade com a legislação educacional, os acadêmicos deverão apresentar a comprovação das horas de participação e/ou organização nessas atividades acadêmico-científico-culturais. As Atividades Acadêmico-Científico-Culturais integram obrigatoriamente o currículo do curso e constituem-se como requisito indispensável para a colação de grau, sendo parte do aprofundamento da formação acadêmica. Desta forma, caso o acadêmico não cumpra com a carga horária obrigatória das AACC, ficará impossibilitado de participar da colação de grau, devendo cumpri-la na íntegra no semestre ou período letivo imediatamente posterior. 24 As atividades podem ser realizadas em 03 (três) grupos, a saber: Grupo I: Atividades de Ensino e Iniciação à Docência; Grupo II: Atividades de Iniciação à Pesquisa; Grupo III: Atividades de Extensão e Atividades/Eventos Variados. Para efetivação e aproveitamento das atividades acadêmico-científico-culturais, estão estabelecidos critérios e procedimentos a serem adotados pelos bacharelandos e pela coordenação do curso. O PROJETO DE MONOGRAFIA Importância da pesquisa na formação do bacharel A execução e a elaboração das monografias de final de curso é uma etapa fundamental para a formação do futuro gestor. Elaboração das Monografias A elaboração das monografias tem o objetivo de proporcionar a formação de competência na produção do conhecimento com atividades que levem o aluno a: procurar, interpretar, analisar e selecionar informações; identificar problemas, realizar experimentos ou revisões bibliográficas. Considera-se que a elaboração das monografias é uma etapa importante na formação de um profissional reflexivo sobre sua prática. Assim, é importante que os trabalhos desenvolvidos possam auxiliar na compreensão, análise e reflexão. É interessante também que as investigações tenham uma dimensão propositiva, levando aos estudantes a sugerir caminhos e fornecer propostas de mudanças. Trabalhos teóricos de diferentes abordagens em saúde e ambiente devem ser incentivados. Quanto ao modelo de texto para monografia e ao processo de avaliação da mesma, esses devem seguir os parâmetros já adotados para os demais cursos da Universidade de acordo com Regimento Geral da Graduação da UENF. 25 NORMAS E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO O Curso de Bacharelado em Saúde Ambiental utiliza o sistema de avaliação da aprendizagem no sentido de considerar o desempenho do discente. De acordo com o Regimento da Graduação para a AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM -CAPÍTULO X dispõe: Art. 33 - A avaliação da aprendizagem em cada disciplina compreende a apuração do aproveitamento obtido nos trabalhos escolares realizados durante o período letivo, o qual é expresso em uma única nota final, numa escala numérica de 0 a 10. § 1- Compreende-se por trabalhos escolares, para efeito de avaliação da aprendizagem: exames escritos ou orais, monografias, relatórios, seminários, estágios e outros trabalhos a critério do professor e de acordo com a natureza das disciplinas. § 2 - Compete ao professor responsável pela disciplina determinar o número de trabalhos escolares necessário para efeito de avaliação da aprendizagem. Art. 35 - Em cada disciplina, os alunos que obtiverem aproveitamento igual ou superior a 6 ao final do período letivo, de acordo com Art.33, são considerados aprovados, desde que cumpridos, no mínimo, 75% de freqüência às atividades didáticas programadas. Parágrafo Único - Os alunos com aproveitamento inferior a 6 serão submetidos a uma avaliação final, cuja forma será determinada pelo professor responsável pela disciplina desde que observada a exigência de cumprimento de no mínimo, 75% de frequência. A nota final segue a seguinte fórmula: NF= (MS+AF)/2 [Nota Final = (Média do Semestre + Avaliação Final) / 2]. Para que o aluno seja considerado aprovado, a Nota Final “NF” deve ser igual ou superior a 6. Art. 36 - Ao término de cada período letivo e ao término do curso de graduação, o aluno terá um coeficiente de rendimento (CR). Parágrafo Único - Para o cálculo do CR, são considerados o número de créditos das disciplinas (NC) e as respectivas notas finais (N), de acordo com a seguinte fórmula: 26 CR= (NC1xN1) + (NC2xN2) + ... + (NCnxNn) NC1 + NC2 + ... + NCn Onde: NCi= Número de créditos da disciplina i Ni = Nota atribuída à disciplina i onde i é = 1,2 ..., n. Ao discente que faltar a quaisquer das avaliações de aprendizagem, serão asseguradas avaliações especiais de aprendizagem (segunda chamada), sempre compatíveis com as possibilidades de sua consecução pela Universidade e pelo aluno (Resolução nº. 4 da Câmara de Graduação da UENF de 21/07/2007), nos seguintes casos: a) que esteja amparado pela Lei Nº 6.202/75 (aluna gestante), pelo Decreto-Lei Nº 41.475//57 (Serviços Militares) e pelo Decreto-Lei Nº 1.044/69 (aluno portador de traumas físicos ou psíquicos e doenças infecto-contagiosas); b) que esteja sob impedimento legal, tais como: intimações para depoimento em inquéritos oficiais, convocações para júri popular e para Justiça Eleitoral e outras convocações judiciais; c) que tenha motivos de força maior: falecimento e funeral de pais, irmãos, cônjuge, filhos e avós, o nascimento de filhos, núpcias e intervenções cirúrgicas de emergência e procedimentos médicos de emergência; d) que esteja participando de atividades externas de interesse da graduação, oficializadas pela Universidade. É direito de todo discente a vista e revisão de qualquer avaliação escrita, conforme determinado na Resolução Nº 01 da Câmara de Graduação da UENF, de 02/06/2000. 27 FORMAS DE INGRESSO PROCESSO SELETIVO O Curso oferece 40 vagas anuais com entrada única no primeiro semestre de cada ano. O processo seletivo será feito exclusivamente através do SiSU, com base nos resultados obtidos pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, assim como todos os cursos da UENF. Em cumprimento à Lei Estadual no. 5348/2008, que dispõe sobre o sistema de cotas, as vagas ofertadas estão distribuídas da seguinte forma: VAGAS TOTAIS AMPLA CONCORRÊNCIA 40 22 RP 8 RESERVA DE COTAS N/I D/F* 8 2 RP, aluno oriundo da rede pública de ensino; N/I, negro e indígena; D/F*, pessoas com deficiência. A distribuição dos pesos por carreira e por matéria na prova do Enem está discriminada no quadro abaixo: Pesos Linguagem, Códigos e suas tecnologias 2 Matemática e suas Tecnologias 1 Ciências Humanas e suas Tecnologias 1 Ciências da Natureza e suas Tecnologias 4 Redação 2 O Curso também oferece vagas remanescentes para processos de transferência, reingresso e isenção do vestibular seguindo os procedimentos estabelecidos pelo Regimento Geral da Graduação. 28