RESPONSABILIDADE SOCIAL
E PREVENÇÃO AOS
PROBLEMAS RELACIONADOS
AO USO DO ÁLCOOL E
OUTRAS DROGAS:
O PAPEL DA ABEAD E DE
TODOS NÓS!
Ana Cecilia Petta Roselli Marques
Presidente
Sérgio Nicastri
1o Vice-Presidente
Analice Gigliotti
2o Vice-Presidente
Antônio Nery Filho
3o Vice-Presidente
Gabriela Baldiserotto
Tesoureira
Monica Zilberman
Secretária
Marcelo Ribeiro
Responsável pelo site
A missão da ABEAD
• Divulgar e incentivar o debate informado
• Renovar idéias e consolidar práticas
• Incentivar e promover novas pesquisas
científicas
• Educar e conscientizar sobre a discriminação,
mitos e preconceitos
• Facilitar a integração e oferecer um serviço de
assistência aos profissionais (PAP)
• Facilitar o acesso ao tratamento
A missão da ABEAD
A ABEAD já tem entre os projetos consolidados, o congresso,
jornadas e simpósios, para os associados e interessados com
informações atualizadas sobre os assunto; organizados e
oferecidos nacionalmente; o site e o boletim eletrônico; o
Jornal Brasileiro de Dependência Química; a criação e
divulgação de cursos, consensos e posicionamentos
elaborados por especialistas, profissionais associados, sobre
temas polêmicos e relevantes para a discussão e elaboração de
políticas públicas mais adequadas e justas para o Brasil.
O papel da ABEAD em 2003
1. Participação e organização do XVI e XVII
Congressos, jornadas, fóruns, Simpósios
Nacionais em parceria com o CIEE/SP sobre
Prevenção entre Universitários; para Escolas de
1o e 2o graus
e Internacionais junto ao Colégio Iberoamericano de
Transtornos por Uso de Substâncias
2. Participação e organização de consensos:
Políticas Públicas para o Álcool
3. Redimensionamento do site e do boletim
eletrônico
4. Elaboração de posicionamentos sobre temas
polêmicos
O papel da ABEAD 2003-2004
5. Participação na criação da ACCA e participação na
Campanha para veiculação de propaganda sem
bebida alcoólica
6. Convênio acertado com o CIEE/SP para
desenvolver a Prevenção Secundária entre
Universitários e proposta de projeto conjunto
com o CREMESP em andamento
7. Simpósio realizado com o SIEESP para
desenvolver projeto de Prevenção Primária em
Escolas de 1o e 2o graus envolvendo a
comunidade
O papel da ABEAD 2004
8. Simpósio para Empresas sobre responsabilidade
social e prevenção com a ABIT
9. Proposta de Projeto de Assessoria Técnica
Continuada com a SENAD e MS
10. Elaboração do PAP para criação da Rede de
Integração dos Profissionais sócios da ABEAD
11. Projeto sobre Avaliação do Impacto da
propaganda entre universitários em parceria com
a GV e FEA
12. Projeto de Avaliação do Custo Social do Álcool
13. ABEAD, o selo de qualidade em prevenção e
tratamento!
XVI Congresso da ABEAD
Responsabilidade
Social e
Prevenção ao Uso
de Drogas: o
Papel da
Educação e das
Empresas
Florianópolis – SC
2 a 4 de setembro
2004
WWW.ABEAD.COM.BR
AS EVIDÊNCIAS
O uso de drogas no mundo
• 2.0 bilhões de usuários de álcool
• 1.5 bilhões de usuários de tabaco
• 200 milhões de usuários de drogas ilegais
Razões para o uso
• Expectativa de benefício, o alívio
• Para obter efeitos, como o prazer
• Para fazer parte do grupo
• Dependência
Impacto Global em 2000
• 59 milhões de pessoas com doenças crônicas
decorrentes do uso do tabaco
• 58 milhões em conseqüência do uso do álcool
• 11 milhões em conseqüência do uso de drogas
ilegais
Estado da Arte
DALYs
Developing countries
High Mortality
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Underweight
Unsafe sex
Unsafe water
Indoor smoke
Zinc deficiency
Iron deficiency
Vitamin A deficiency
Blood pressure
Tobacco (2.0%)
Cholesterol
Alcohol
Low fruit & veg intake
Developed countries
Low Mortality
Alcohol (6.2%)
Blood pressure
Tobacco (4.0%)
Underweight
Body mass index
Cholesterol
Low fruit & veg intake
Indoor smoke - solid fuels
Iron deficiency
Unsafe water
Unsafe sex
Lead exposure
Tobacco (12.2%)
Blood pressure
Alcohol (9.2%)
Cholesterol
Body mass index
Low fruit & veg intake
Physical inactivity
Illicit drugs (1.8%)
Unsafe sex
Iron deficiency
Lead exposure
Child sexual abuse
O uso de TABACO no Brasil em 2001
• 35% homens
• 27% mulheres
• 11 % jovens
O uso de ÁLCOOL no Brasil em 2001
• 75% da população geral faz uso
• 20% da população jovem faz abuso
• 10% da população é dependente
Efeito do ÁLCOOL
Source:
Ninth Special Report
to the
U.S. Congress on
ALCOHOL and
HEALTH: 86, June
1997
Efeito da NICOTINA
Comparison of MAO B activity as measured by
[11C]L-deprenyl-D2 and glucose metabolism as
measured by 18FDG in a nonsmoker and in a
smoker at the level of the thalamus. Note that
the smoker has reduced MAO B activity realtive
to nonsmoker but that the nonsmoker and the
smoker have similar brain glucose metabolism.
Efeito do ÊXTASE
Estado da Arte
Existem medidas de efetividade comprovada para reduzir os
custos e os danos relacionados ao uso de drogas e portanto,
programas de prevenção e tratamento baseados em
evidências científicas devem ser implementados.
Pesquisas epidemiológicas revelam mudanças na forma como
o álcool afeta a saúde e o bem-estar social da população em
diferentes regiões do mundo: os países desenvolvidos como
aqueles em desenvolvimento têm sido atingidos de forma
crescente e peculiar por problemas relacionados ao consumo
do álcool e outras drogas.
Políticas de controle do álcool em uma perspectiva de saúde pública (Bruun et al., 1975)
Política do álcool e o bem comum (Edwards et al., 1994)
Alcohol: no ordinary commodity (Babor et al, 2003)
Estado da Arte
O Relatório sobre Neurociências e Drogas
OMS, 2004
PADRÕES DE CONSUMO
EFEITOS
TÓXICOS
VOLUME CONSUMIDO
INTOXICAÇÃO
DEPENDÊNCIA
DOENÇA
CRÔNICA
ACIDENTES
TRAUMAS
(DOENÇA AGUDA)
PROBLEMAS
SOCIAIS
AGUDOS
PROBLEMAS
SOCIAIS
CRÔNICOS
Estado da Arte
Abuso de Drogas é um
comportamento evitável.
Dependência de Drogas é
uma doença tratável.
Conclusões
• Os problemas decorrentes do consumo de
drogas vem aumentando.
• O uso de álcool e o tabaco devem ser
considerados prioridades e demandar mais
recursos para implementar medidas de saúde
pública do que as drogas ilícitas.
• Políticas Públicas devem contemplar todos os
danos relacionados ao consumo.
• Mais atenção deve ser direcionada às
evidências epidemiológicas e às pesquisas em
neurociências e efetividade dos diferentes
tratamentos modernos e programas de
prevenção que têm apresentado resultados
inefetivos.
• A Comunidade deve participar como parceira
imprescindível em qualquer projeto.
Conclusões
O Controle Social
O preço
• Preço é o maior problema!
1 lata de cerveja (355ml) = U$ 0,25
1 litro de cachaça = U$ 0,50
1 maço de cigarros = U$ 0,50
1 litro de leite = U$ 0,60
1 litro de água = U$ 0,40
1 BIGMAC = U$ 1,30
Preço
A regulação do preço e das taxas tem sido de longe a
mais efetiva das estratégias: um aumento do preço
resulta em um diminuição do consumo e de problemas
como violência, homicídios e outros crimes (seqüestro,
assaltos, furtos, roubo a veículos, violência domestica e
abuso de crianças).
Preço Mínimo Estabelecido para Cerveja
Em Paulínia, um acordo entre os comerciantes
controlou o preço da cerveja
durante o Carnaval no Sambódromo
Municipal e obteve uma diminuição da taxa de
ocorrências médicas e de violência.
Acesso
A disponibilidade física ou acessibilidade ao produto,
isto é, as condições de venda ao consumidor final tem
se mostrado efetivos quando controlados: restringem
horas ou dias de venda, localização dos pontos de
venda, propagandas, promoções e quem pode ou não
comprá-las. Proibições parciais tendem a ser efetivas
Paulínia (SP): no Carnaval proibiu-se a venda de
destilados dentro da área do sambódromo
municipal, permitindo apenas cerveja, houve
queda nos índices de violência e de atendimentos
médicos.
Barueri e Diadema (SP): bares são fechados às 23
horas resultou em queda nos índices de violência.
Idade mínima e embriaguez
A proibição de venda a quem não atingiu a maioridade
e a quem já se encontra embriagado: medidas efetivas
Está no Código Civil Brasileiro, a responsabilidade
dos funcionários por danos decorrentes da
embriaguez de um cliente.
Pesquisas realizadas nos bares de Paulínia (SP),
revelou que a maioria dos proprietários não se
considera responsável pela embriaguez de seus
clientes.
Regulamentação
A Regulamentação auxilia na prevenção.
Inibir promoções com descontos, como venda de bebidas
com preço menor durante a “happy hour”.
Regulamentar o lay-out e os insumos do bar ou
restaurante; incluir especificações em relação a oferta de
comestíveis, disponibilidade de entretenimento não
relacionadas com o consumo de álcool.
Especificar o volume das doses: em Paulínia
encontrou-se variações no volume da dose de
destilados igual a de 75ml, muito acima do
padrão internacional de 35ml.
Consenso sobre beber e dirigir
Medidas de sucesso na prevenção de problemas
relacionados ao beber e dirigir:
• realizar fiscalizações dos limites da CAS de forma
freqüente e visível;
•suspender efetivamente a habilitação dos infratores;
• estabelecer a certeza da punição especialmente por
meio de checagens aleatórias;
•estabelecer um nível baixo da CAS tolerada para os
motoristas.
No Brasil, o limite legal para se dirigir é 0,06%,
sendo que 50%
dos acidentes automobilísticos fatais
são relacionados ao consumo de álcool
entre jovens de 18 a 25 anos.
Punição
A única punição que parece ter um impacto
consistente é a perda ou suspensão da carteira de
habilitação.
Uma estratégia para aumentar a “certeza de punição”
entre os motoristas consiste em
aumentar a freqüência e
a visibilidade da fiscalização pela
polícia que visam ao cumprimento
da lei em checkpoints.
Checagem
Cada 1000 testes diários correspondem a 6% de redução em
todos os acidentes graves e 19% de redução nos acidentes
noturnos.
Campanhas de curta duração com checagem seletiva (só motoristas
que a polícia julga estarem alcoolizados) reduzem acidentes, mas seus
efeitos são temporários: a polícia “deixa passar” 50% dos motoristas
com CAS > 0,10%.
As checagens aleatórias são muito visíveis, causam impacto na mídia
e seus efeitos se mantém por 10 anos, pois os bebedores pesados
bebem menos quando em companhia dos amigos.
A checagem aleatória é duas vezes mais efetiva do que as
checagens seletivas: reduzem em 35% os acidentes fatais, as
seletivas apenas 15%.
Aleatória + seletiva = declínio de 22% (variação de 13% a 36%) nos
acidentes fatais.
Licenças e vendedores de bebidas
O mecanismo de controle mais direto e imediato tende
a ser a implantação de um sistema de licenças
para a venda de bebidas alcoólicas
Controle sobre quem está habilitado a vender
bebidas alcoólicas: idade mínima; antecedentes
criminais; treinamento dos servidores de bebidas
Fiscalização dos bares
Policiamento pró-ativo, envolvendo visitas regulares
aos estabelecimentos para forçar o cumprimento das leis,
constitui uma estratégia efetiva para evitar a intoxicação
e a venda a menores.
Responsabilizar, do ponto de vista legal, os donos de
bares e quem serve as bebidas por conseqüências
decorrentes de oferecer mais álcool a quem já está
intoxicado ou a menores funciona.
Pontos de venda
Redução do número de pontos de venda, limite das
horas de funcionamento e remoção da necessidade
de lucro com o monopólio da produção e
distribuição.
Limite Individual
A estratégia de limite individual para compra tem
apresentado algumas evidências a seu favor e
portanto, tem surgido iniciativas de implantação de
um limite de compra apenas em eventos específicos.
Teor Alcoólico
Baixo teor alcoólico: sem evidências
científicas de efetividade. Outra proposta é o
incentivo e organização de
“festas alcohol-free”.
Redução de Danos
O custo tende a diminuir quanto maior o apoio
popular às medidas implantadas. O custo de
implantação tende a se elevar se os interesses comerciais
são maiores.
A mobilização da comunidade ligada à empresa tem sido usada
para aumentar o grau de consciência dos problemas associados ao
consumo, como por exemplo, pressionando os proprietários dos
bares a reconhecer sua responsabilidade para com a comunidade,
em termos de comportamento dos clientes problemas, ou de
barulho excessivo, com redução das agressões e de outros
problemas relacionados ao consumo em bares, como atendimento
médico de urgência, traumas e acidentes de trânsito.
Estratégias de de redução de danos no ambiente em que se bebe,
têm uma relação custo-efetividade não tão vantajosa quanto outras
estratégias de controle e de taxação do álcool.
O papel da ABEAD 2003
Diante das evidências, cumprindo sua missão, a ABEAD vem
debatendo e fazendo parte da elaboração do Consenso
sobre Políticas Públicas para o Álcool , e iniciou um
movimento a partir de medidas de CONTROLE
SOCIAL, com o objetivo de:
Tornar as evidências científicas (riscos,
intervenções e custo) mais acessíveis para os que
elaboram e implementam políticas públicas e
empresariais no Brasil, debatendo com os
especialistas nacionais as diversas estratégias
disponíveis, segundo critérios de efetividade,
suporte científico, custo e viabilidade de
transposição cultural.
O que temos no Brasil
• Levantamento domiciliar de 2001: 10% dependentes de
álcool
• Levantamento sobre internações: 90% associadas ao uso
de álcool
• Levantamentos em populações específicas: meninos de rua,
mulheres, estudantes de 1o e 2o graus; universitários: 12 a
18% de abuso de álcool
• Estudos sobre Morbidade e Mortalidade relacionados ao
álcool: 75% dos jovens abaixo de 18 anos já usaram
• Centros de tratamento especializados: a maioria sem
avaliação da efetividade de diferentes intervenções.
• Programas de Prevenção ainda sem resultados consistentes
tanto na comunidade, nas empresas, como na escola e na
universidade.
O que já temos
• Leis destinadas a prevenir acidentes automobilísticos
relacionados ao álcool (alcoolemia máxima permitida).
• Leis que impõem uma idade mínima à compra de
álcool, leis que limitam as horas de funcionamento de
bares, leis que proíbem parcialmente a propaganda de
bebidas alcoólicas, leis que limitam a hora e o lugar em
que bebidas alcoólicas podem ser servidas ou
compradas; leis que regulam a taxação de bebidas
alcoólicas; lei que limita a venda para indivíduos
alcoolizados.
• Lei 6368, 10409 para drogas ilícitas e outras em votação.
Justificativas
• O uso, abuso e dependência de álcool não têm diminuído;
• O foco deve ser direcionado para a intoxicação, pois dela
decorrem altas taxas de acidentes automobilísticos e uso de
álcool como a principal causa de morte entre jovens de 18 a 25
anos;
• O modelo de prevenção não tem funcionado;
• O modelo de tratamento atual deve ser redimensionado para
um modelo integrado e mais breve;
• A articulação dos pesquisadores e dos planejadores das
políticas públicas e privadas é imprescindível, mas ainda não
acontece sistematicamente: não é possível adotar uma
proposta empírica, ou polarizada, sem comprovação científica,
colocando em risco a saúde individual e coletiva, e também
gerando custos muito altos, saldados com o dinheiro público.
ABEAD e o Consenso sobre Políticas para o Álcool
• Participação na elaboração de relatórios sobre
medidas preventivas e assistenciais baseadas em
evidências para fundamentar as Políticas Públicas
para o Álcool: SENAD, MS e ABEAD
As Propagandas
Propaganda de bebidas alcoólicas
reforçam o comportamento de beber
Proibição da propaganda de bebidas alcoólicas
na mídia pode auxiliar na diminuição do consumo.
Assim como foi feito para o TABACO, a Aliança Cidadã
para Controle do Álcool definiu o seu primeiro passo
nesta proposta:
1. MANIFESTO SOBRE A PROPAGANDA DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS
2. DISCUSSÃO DE UMA LEI, PARA A PROIBIÇÃO DA
PROPAGANDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NA MÍDIA
3. COLETA DE 1 MILHÃO DE ASSINATURAS
XVI Congresso da ABEAD
Responsabilidade
Social e
Prevenção ao Uso
de Drogas: o
Papel da
Educação e das
Empresas
Florianópolis – SC
2 a 4 de setembro
2004
WWW.ABEAD.COM.BR
XVII Congresso da ABEAD
Responsabilidade
Social e
Prevenção ao Uso
de Drogas: o
Papel da
Comunidade e
das Políticas
Públicas
Ouro Preto – MG
24 a 28 de agosto de 2005
WWW.ABEAD.COM.BR
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Ata da 5a reunião da diretoria da ABEAD