- 1 - EC1 - LAB - CIRCÚITOS INTEGRADORES E DIFERENCIADORES Pr o f : M A S S I M O A R G EN TO C ON SI D ER A Ç ÕE S TE Ó R I CA S I NI CI AI S: Im a gi ne mos u m c i rc ui t o c o mp os to po r uma sé rie R - C , al i me nt a do po r u ma t e n s ã o d o t i p o : A . H( t ), e a i n d a conside remos que no insta nte 0 - o c a p a c i t o r p o s s u í a u ma tensão resid ual i nicial V 0 . Mos tra mos a baixo o circ uito , b e m como o seu e qui valen te e m do mínio “S”; Va m o s d e t e r m i n a r a t e n s ã o s o b re o r e s i s t o r e s o b re o c a p ac i t o r. Te m o s + - A.H(t) + ++ Vo -- - -- C O equacionamento fornece: I(S) = Como : V R (S) = R.I(S) ⇒ = RC ⋅ V C (S) = V R (S) = V R (S) A − VO S + 1 / RC A − VO A − ; S S + 1 / RC + A S iv C (t) VO A − S S 1 R + SC ainda: 1 SC IV R Iv R (t) ; como I(S) - Vo S + IV C - A − VO = A − VO S ; = C ⋅ SRC + 1 SRC + 1 SC A − VO SRC + 1 V C (S) = = A − VO RC ⋅ RC S + 1 / RC A − VR ( S ) S ; ou teremos : Antitransformando V R (S) e V C (S) e denominando o produto RC = τ , iremos ter : V R (t) = ( A - V 0 )e - t / τ ; v C (t) = A - ( A - Vo ) e - t / τ Que são as Equações Gerais da carga ou descarga de um circuito R-C , onde τ é denominado de constante de tempo do circuito, e representa em termos físicos o tempo necessário à carga , ou à descarga do capacitor. - 2 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS: a) Fazendo a constante de tempo : τ pequena : Se fizermos τ suficientemente pequeno, significará que o capacitor levará pouco tempo para se carregar, e para se descarregar totalmente. Vamos então em primeira análise supor que V 0 = 0 ; teremos: V R (t) = A .e - t / τ ; v C (t) = Em t = 0 teremos : V R (t) = τ concluiremos que: V R (t) ≅ A 0 A - A.e - t / e v C (t) = e τ ; 0 v C (t) = ( Com: v C (t) + v R (t) = A ) ; Após um certo tempo t >> A . Em termos de diagrama no tempo poderemos visualizar: iv g (t) A It 0 Iv C (t) A It 0 Iv R (t) A It 0 Se ainda, num determinado instante t 0 , onde percebemos que v R (t) = 0, e que v C (t) = A , fizermos: A = 0 , perceberemos que o capacitor irá se descarregar a partir de uma tensão inicial : V 0 = A ; em termos de equações (supondo como ponto de partida agora o momento t 0 ): V R (t) = 0 - A .e - t / τ ; v C (t) = 0 - ( 0 - A ) e-t/ τ ; ou ainda : teremos - 3 V R (t) = - A .e - t / τ ; v C (t) = A e-t/ τ ; ( Com: v C (t) + v R (t) = 0 ) Em termos de diagrama no tempo poderemos visualizar: iv g (t) A It 0 Iv C (t) A It 0 Iv R (t) A It 0 -A Se alimentarmos então o circuito, com uma onda quadrada de período suficientemente grande, e tomarmos a tensão sobre o resistor, facilmente perceberemos que a forma de onda da tensão sobre o mesmo nos lembra a derivação das função H(t ) , - H(t - T/2) , + H( t - T) , etc. (lembre-se que a derivada de H(t) é δ(t)) . Em resumo: CIRCUITO DIFERENCIADOR: • A tensão deverá ser tomada sobre o resistor: + If(t) - C Iv R (t) = If(t) id idt Idf(t) idt - 4 • A constante de tempo RC = τ deverá ser muito menor do que o período T ) ; visualizando da função a ser diferenciada ( na prática fazemos τ ≤ 10 a diferenciação no caso de termos uma onda quadrada como sendo a tensão de entrada: iv g (t) A T 2 T 3T 2 2T It Iv C (t) A It Iv R (t) = v g (t) Dife renciada A It -A Para medirmos a constante de tempo, bastará ampliar um ciclo da tensão sobre o resistor durante uma “descida” ou uma “subida” por exemplo. Lembrando que a τ ± A .e - t / , se fizermos t = τ tensão sobre o resistor é dada por : V R (t) = teremos V R (t) = ± A .e - 1 ⇒ V R (t) = ± A . 0,368 ; ou seja: a constante de tempo é o tempo necessário para que a tensão sobre o resistor se torne aproximadamente 37% da amplitude Máxima; Visualizando: Iv R (t) A iτ iτ -A It - 5 b) Fazendo a constante de tempo : τ Grande : Se fizermos τ suficientemente Grande, significará que o capacitor leva muito tempo para se carregar, e para se descarregar totalmente . Supondo que a tensão de entrada continue sendo uma onda quadrada poderemos raciocinar em termos de que a carga e a descarga total não são atingidas (não há tempo suficiente para tal) . Nestas condições facilmente percebemos que ao tensão no capacitor irá se situar entre um valor Máximo e um valor Mínimo após alguns ciclos: iv g (t) A T 2 T 3T 2 2T It Iv C (t) Vmáx Vmín It Em termos de equacionamento, após alguns ciclos, ou ainda após o regime ter sido atingido concluiremos que: a) Na carga: Sai do valor Vmín e “quer ir” para o valor de “A” ; b) Na descarga: Sai do valor Vmáx, e “quer ir para o valor de 0 ; portanto: Carga: v C (t) = A - ( A - Vmin ) e - t / Descarga: v C (t) = Vmáx e - t / τ Mas : Na carga : Quando: t = T/2 ⇒ Na descarga: Quando: t = T/2 ⇒ Vmáx Vmáx = = τ v C (t) = Vmín ; portanto: A - ( A - Vmin ) e - T / 2 A - ( A - Vmáx e - T / 2 τ v C (t) = Vmáx ; e ainda : τ e ainda : ) e-T/2 τ Vmín = Vmáx e - T / 2 ⇒ Vmáx - Vmáx e - T / τ τ ; logo: τ = A - Ae - T / 2 ; - 6 - τ τ Vmáx(1 - e - T / ) = A ( 1 - Ae - T / 2 ) ⇒ Vmáx = 1 − e A − T 2τ − T τ 1 − e fatorando-se o denominador: Vmáx = 1 A 1 + e determinar Vmín tem-se: Vmín = e A − pico a pico sobre o capacitor será dada por: VC(PP) = A 1 + e − - T 2τ e A − 1 + e ; T 2τ VC(PP) T 2τ − − ; T 2τ T 2τ 1 + e 1 − ⇒ T 2τ ou ainda, substituindo-se para logo a tensão de = VC(PP) Vmáx = A - Vmín 1 − e 1 + e − T 2τ − T 2τ ; Note que quanto maior for τ melhor será o efeito de integração, porém menor será a tensão de pico sobre o capacitor; Escrevendo-se “A” como sendo o valor pico a pico da tensão de entrada , em onda quadrada ; ou seja: A = V E P P iremos ter: VC(PP) = VEPP 1 − e 1 + − T 2τ τ e-T/2 ( VE(PP) + VC(PP)) = − T 2τ = Ln ⇒ T − e 2τ τ VE(PP) - V E ( PP ) − V C ( PP ) V E ( PP ) + V C ( PP ) τ ⇒ T 2τ VC(PP) = Ln ⇒ e-T/2 τ V E ( P P ) (1 - e - T / 2 ) ⇒ = V E ( PP ) + V C ( PP ) V E ( PP ) − V C ( PP ) T = 2 ⋅ Ln V E ( PP ) + V C ( PP ) V E ( PP ) − V C ( PP ) Em resumo: CIRCUITO INTEGRADOR: • τ V C ( P P ) (1 + e - T / 2 ) = A tensão deverá ser tomada sobre o Capacitor: V E ( PP ) − V C ( PP ) V E ( PP ) + V C ( PP ) ⇒ ; e finalmente : - 7 - + If(t) • Iv C (t) C - = If(t) d t If(t) A constante de tempo RC = τ deverá ser muito maior do que o período da função a ser integrada ( na prática fazemos τ ≥ 10T ) ; visualizando a integração no caso de termos uma onda quadrada como sendo a tensão de entrada: iv g (t) A V E(PP) T 2 T 3T 2 2T It Iv C (t) = v g (t) In tegrad a Vmáx Vmín V C(PP) It • Para medirmos a constante de tempo, bastará medirmos a tensão de pico a pico de entrada, e a tensão pico a pico sobre o capacitor; como já anteriormente visto, determinamos a constante de tempo pela fórmula: τ T = 2 ⋅ Ln V E ( PP ) + V C ( PP ) V E ( PP ) − V C ( PP ) - 8 c) ESTUDO DE ATENUADOR COMPENSADO: Consideremos o circuito abaixo, onde queremos determinar a relação de saída Vs em função da tensão de entrada Ve : Vs Ve Temos: Vs = a tensão Ve . R1 ⋅ Z2 ; Z1 + Z 2 Z2 analogamente teremos: sendo : Z1 = R1 = R2 SR 2 C 2 + 1 ; 1 SC 1 1 + SC 1 = R1 SR 1 C 1 + 1 ; portanto iremos ter: R2 SR 2 C 2 + 1 Vs = Ve ⋅ R1 SR 1 C 1 + 1 + R2 ; se fizermos na expressão : R 1 C 1 = R 2 C 2 SR 2 C 2 + 1 notaremos que o efeito capacitivo será anulado, ou seja: Vs = Ve ⋅ R2 R1 + R 2 e a expressão se torna um divisor resistivo ; nestes condições a tensão de saída será diretamente proporcional à tensão de entrada sem nenhuma distorção; visualizando o circuito teremos: Ve Vs = Ve Note que C 1 com R 2 forma um diferenciador, ao passo que R 1 com C 2 forma um integrador ; tal montagem é utilizada na prática na ponta de prova do osciloscópio, quando não se quer distorção no sinal de entrada. - 9 PARTE EXPERIMENTAL: a) CIRCUITO DIFERENCIADOR: Monte o circuito abaixo: Gerador de Onda Quadrada Entrada Vertical 10KpF 10KΩ METODOLOGIA: Variar a freqüência do gerador de onda quadrada, até obter na tela do osciloscópio uma forma de onda correspondente à diferenciação da onda quadrada – OBS: Note que quanto mais baixa a freqüência, ou quanto maior o período da onda quadrada melhor será o efeito de diferenciação. Ajustar então a varredura e o ganho do osciloscópio de modo a se obter na tela do mesmo, uma boa forma de se fazer a leitura da constante de tempo. Faça a medida conforme visto anteriormente: Iv R (t) A iτ iτ It -A Comparar o valor teórico de τ , com o valor medido. b) CIRCUITO INTEGRADOR: Monte o circuito abaixo: Entrada Vertical “X” 10KΩ Gerador de Onda Quadrada 10KpF Entrada Vertical “Y” - 10 METODOLOGIA: Variar a freqüência do gerador de onda quadrada, até obter na tela do osciloscópio uma forma de onda correspondente à integração da onda quadrada – OBS: Note que quanto mais alta a freqüência, ou quanto menor o período da onda quadrada melhor será o efeito de integração. Ajustar então a varredura e o ganho do osciloscópio de modo a se obter na tela do mesmo, uma boa forma de se fazer a leitura da constante de tempo. Faça a medida conforme visto anteriormente; ou seja : Meça a tensão de pico a pico sobre o capacitor, a tensão pico a pico da onda quadrada, e ainda meça o seu período : iv g (t) A V E(PP) It T Iv C (t) Vmáx V C(PP) Vmín It Determine τ pela da formula anteriormente vista: τ T = 2 ⋅ Ln V E ( PP ) + V C ( PP ) V E ( PP ) − V C ( PP ) Comparar o valor teórico de τ , com o valor medido. c) ATENUADOR COMPENSADO: Monte o circuito abaixo: DÉCADA CAPACITIVA Entrada Vertical Gerador de Onda Quadrada PLAQUETA - 11 METODOLOGIA: Monte o circuito acima com valores adequados de R 1 , R 2 e C 2 e um certo valor de C ajustado na Década Capacitiva;(Discuta com o professor). Variar a freqüência do gerador de onda quadrada, até obter na tela do osciloscópio uma forma de onda não quadrada, mas sim distorcida. Vá alterando então a capacitância da Década capacitiva, até se verificar o efeito de compensação; ou seja : que sem a alteração da freqüência, mas sim pela alteração da capacitância, a forma de onda vista no osciloscópio torne a ser quadrada novamente. Quando isto ocorrer, verifique se realmente: R 1 C 1 = R 2 C 2 RELATÓRIO: Apresente detalhadamente e conceitualmente, todos os passos e medidas de cada item da experiência, bem como os comentários sobre os valores obtidos experimentalmente.Comente eventuais discrepâncias