Modelagem de Sistemas Computacionais Análise de Dados Medidos Aula 06 (Capítulo 12) Profa. Priscila Solís Barreto Agenda do Capítulo 12 Probabilidade Básica e Conceitos Estatísticos: CDF, PDF, PMF, Média, Variança, CoV, Distribuição Normal Resumo de Dados com um único número: Media, Mediana, Moda, Média Aritmética, Geométrica ou Harmônica Média de uma proporção (ratio) Resumo da variabilidade: intervalo, variança, percentiles, quartis Determinação da Distribuição dos Dados: plotagem Quantile-Quantile Part III: Teoria de Probabilidade e Estatística 1. Como relatar o desempenho de um único número? O uso da média neste caso é correto ? 2. Como relatar a variabilidade das quantidades medidas ? Quais as alternativas à variança e quando são estas apropriadas ? 3. Como interpretar a variabilidade? Pode-se confiar em dados com ampla variabilidade ? 4. Quantas medidas devem ser feitas para se alcançar um nível aceitável de confiança estatística? 5. Como resumir os resultados de diversas cargas de trabalho em um único sistema computacional? 6. Como comparar dois ou mais sistemas computacionais usando-se diversas cargas de trabalho? Comparar a média é suficiênte? 7. Que modelo descreve melhor a realção entre duas variáveis? Quanto bom é este modelo ? Conceitos Básicos de Probabilidade e Estatística Eventos Independentes : Já estudamos na aula 05 Variável Aleatória: Uma variável é chamada de aleatória se esta recebe um valor dentro de um conjunto específico de valores com uma probabilidade específica. Se o conjunto de valores é qualquer intervalo de números reais, X é denominada variável aleatória contínua. Variáveis Aleatórias Uma variável aleatória é uma função (mensurável) X: Ω → R que associa um número real a cada resultado de um experimento aleatório. Exemplos: 1) Observar o sexo das crianças em famílias com três filhos. Ω={(MMM), (MMF), (MFM), (FMM), (MFF), (FMF), (FFM),(FFF)} Defina X: nº. de crianças do sexo masculino (M). Então X é uma v.a. discreta que assume valores no conjunto {0, 1, 2, 3}. 2) Observar o tempo de reação a um certo medicamento. Defina X: tempo de reação ao medicamento. X é uma v.a. contínua que assume qualquer valor real positivo. O termo aleatório indica que a cada possível valor da v.a. atribuímos uma probabilidade de ocorrência. Uma função de probabilidade deve satisfazer: Exemplo 1: O Departamento de Marketing é formado por 35 funcionários, sendo 21 homens e 14 mulheres. Uma comissão de 3 membros será constituída sorteando, ao acaso, três membros do departamento. Qual é a probabilidade da comissão ser formada por pelo menos duas mulheres? Vamos definir a v.a. X: nº de mulheres na comissão. Ω = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}. Qual é a probabilidade de cada ponto wi de Ω ? Admitindo que o dado é perfeitamente homogêneo e sendo os lançamentos independentes, então P(wi) = 1/36 , ∀ wi ∈ Ω. Defina X: soma dos pontos. Função de probabilidade de X: Então, P (X < 6) = P(X=5) + P(X=4) + P(X=3) + P(X=2) = 4/36 + 3/36 + 2/36 + 1/36 = 10/36 = 0,278 Podemos estar interessados em outras v.a.’s. Y: valor máximo obtido dentre os dois lançamentos Z: diferença entre os pontos do 2º e do 1º lançamento U: pontos do 2º lançamento Outros exemplos de variáveis aleatórias Moeda honesta lançada 3 vezes Ω = {ccc, cck, ckc, …} X = número de caras Y = número de transições x P(X=x) 0 1 2 3 Exemplos de variáveis aleatórias Moeda honesta lançada 3 vezes Ω = {ccc, cck, ckc, …} X = número de caras Y = número de transições x 0 1 2 3 P(X=x) 1/8 3/8 3/8 1/8 Exemplos de variáveis aleatórias Moeda honesta lançada 3 vezes Ω = {ccc, cck, ckc, …} X = número de caras Y = número de transições y P(Y=y) 0 1 2 Exemplos de variáveis aleatórias Moeda honesta lançada 3 vezes Ω = {ccc, cck, ckc, …} X = número de caras Y = número de transições y 0 1 2 P(Y=y) 1/4 2/4 1/4 Função de Distribuição Acumulada A função de distribuição acumulada de uma variável aleatória X é a função FX: R→R definida por FX(x) = P(X ≤ x) A função de distribuição ou função de distribuição acumulada de uma variável aleatória discreta (ou continua) X é definida, para qualquer valor real x, pela seguinte expressão: Observe que o domínio de F é todo o conjunto dos números reais e o contradomínio é o intervalo [0,1] Função de Distribuição Acumulada Exemplo: x 0 1 2 3 P(X=x) 1/8 3/8 3/8 1/8 1 7/8 1/2 1/8 1 2 3 Se x < 0: P(X≤x) = 0 Se 0 ≤ x <1: P(X≤x) = P(X=0) = 1/8 Se 1 ≤ x <2: P(X≤x) = P(X=0 ou X=1) = 1/8 + 3/8 = 1/2 Exemplo No exemplo 1 usando a tabela da f.p. de X: nº de mulheres na comissão. a f.d.a. de X será dada por F(x) = 0, 0,203, 0,653, 0,944, 1, se x < 0 se 0 ≤ x < 1 se 1 ≤ x < 2 se 2 ≤ x < 3 se x ≥ 3 Da relação anterior se estamos interessados na probabilidade de se ter até duas mulheres na comissão a resposta é imediata: F(2) = P(X ≤ 2) = 0,944 F(x) 1 0.944 0,653 0.203 0 1 2 3 x Função de Distribuição Acumulada Roleta numerada continuamente de 0 a 10 X = prêmio ganho 0, se x < 0 x/10, se 0 ≤ x ≤ 10 1, se x > 10 P(X ≤ x) = 1 10 Função de Distribuição Acumulada Lança moeda honesta; se tirar cara, gira roleta numerada continuamente de 0 a 10 X = prêmio ganho Função de Distribuição Acumulada Lança moeda honesta; se tirar cara, gira roleta numerada continuamente de 0 a 10 X = prêmio ganho 0, se x < 0 ½ + ½ x/10, se 0 ≤ x ≤ 10 1, se x > 10 P(X ≤ x) = 1 10 Tipos de Variáveis Aleatórias Discretas FX(x) = Σxi ≤ x P(X = xi) (Absolutamente) Contínuas FX(x) = ∫xi ≤ x fX(x) dx (onde fX(x) é a densidade de probabilidade de X) Mistas FX(x) = Σxi ≤ x P(X = xi) + ∫xi ≤ x fX(x) dx Exemplo 1 10 P(X = 0) = ½ 0, se x < 0 fX(x) = 1/20, se 0 ≤ x ≤ 10 0, se x > 10 Propriedades da F.D.A. FX é não-decrescente lim x→–∞ FX(x) = 0, lim x→+∞ FX(x) = 1 lim x→a+ FX(x) = F(a) (continuidade à direita) Função de Distribuição Acumulada A f.d.a. caracteriza completamente a distribuição de qualquer v.a. (ou seja, conhecendo a f.d.a. podemos obter a probabilidade de qualquer evento envolvendo a v.a.) P(X = 2) = P(X = 3) = P(X < 3) = P(1 ≤ X ≤ 3) = Modelos Probabilísticos Em problemas práticos, normalmente não é necessário deduzir as probabilidades de ocorrência, pois existem alguns modelos probabilísticos que se aplicam a várias situações práticas, fornecendo a regra de determinação das probabilidades. Modelos Probabilísticos O problema não é “como se deduzem os valores?”, mas sim “como se usam as distribuições para resolver problemas?” FDA (CDF), FDP (PDF) e FMP (PMF) Função de Distribuição Acumulada: Função de Densidade de Probabilidade: 1 f(x) F(x) 0 x x Probabilidade Dois eventos são mutuamente excludentes, ou exclusivos, se a ocorrência de um impedir a ocorrência do outro. Exercício Resultados possíveis Coroa Coroa Cara Coroa Coroa Cara Cara Cara 1o lanç.2o lanç. Resultados numéricos 0 1 1 2 Probabilidade 0,5 x 0,5 = 0,25 0,5 x 0,5 = 0,25 0,5 x 0,5 = 0,25 0,5 x 0,5 = 0,25 Soma = 1 Distribuição de Probabilidades k 0 1 2 Total P(X=k) 0,25 0,50 0,25 1 0,50 0,25 0 0,25 1 2 Exercício Um grande lote de peças possui 60% dos itens com algum tipo de defeito. Construir a distribuição de probabilidades para a variável aleatória número de itens com defeito dentre 2 sorteados aleatoriamente. Exercício Resultados possíveis Bom Bom Bom Def. Def. Bom Def. Def. 1o item 2o item Resultados numéricos 0 1 1 2 Probabilidade 0,4 x 0,4 = 0,16 0,4 x 0,6 = 0,24 0,6 x 0,4 = 0,24 0,6 x 0,6 = 0,36 Exercício k 0 1 2 Total P(X=k) 0,16 0,48 0,36 1 0,48 0,36 0,16 0 1 2 Exercício Um grande lote de peças possui 60% dos itens com algum tipo de defeito. Construir a distribuição de probabilidades para a variável aleatória número de itens com defeito dentre 3 sorteados aleatoriamente. Exercício Res. poss. Res. num. Probabilidade BBB BBD BDB DBB BDD DBD DDB DDD 0 1 1 1 2 2 2 3 0,4 x 0,4 x 0,4 = 0,064 0,4 x 0,4 x 0,6 = 0,096 0,4 x 0,6 x 0,4 = 0,096 0,6 x 0,4 x 0,4 = 0,096 0,4 x 0,6 x 0,6 = 0,144 0,6 x 0,4 x 0,6 = 0,144 0,6 x 0,6 x 0,4 = 0,144 0,6 x 0,6 x 0,6 = 0,216 Exercício k 0 1 2 3 Total P(X=k) 0,064 0,288 0,432 0,216 1 0,432 0,288 0,216 0,064 0 1 2 3 Valor Esperado O valor esperado, ou esperança, ou média, de uma distribuição de probabilidades corresponde à média dos resultados da variável aleatória quando o número de observações for muito grande. Valor Esperado X P(X) x1 x2 ... xn p1 p2 ... pn Total 1 E(X) = µx = Σ (xi.pi) Variância X P(X) x1 x2 ... xn p1 p2 ... pn Total 1 E(X) = µx = Σ (xi.pi) VAR(X) = σ2x = Σ p .(x -µ ) i i x 2 Exercício - 1 Um grande lote de peças possui 60% dos itens com algum tipo de defeito. Construir a distribuição de probabilidades para a variável aleatória número esperado de itens com defeito dentre 2 sorteados aleatoriamente e o desvio padrão. Exercício k 0 1 2 3 Total P(X=k) 0,064 0,288 0,432 0,216 1 µx = σx = 1,8 itens 0,8485 item Probabilidade A probabilidade de que dois eventos não independentes ocorram é igual à multiplicação das probabilidades individuais. U P(A e B) = P(A B) = P(A) x P(B / A) Probabilidade Condicional P(B / A) - probabilidade do evento B ocorrer dado que o evento A tenha ocorrido. Exemplo Um lote com 20 peças contém 4 defeituosas. Se forem retiradas duas peças do lote, qual é a probabilidade de serem retiradas: a) duas peças boas? b) duas peças defeituosas? Exemplo B - Peça Boa D - Peça Defeituosa 16 P(B) = 4 P(D) = 20 20 Exemplo Se a primeira peça for: Boa P(B/B) = 15 / 19 P(D/B) = 4 / 19 Defeituosa P(B/D) = 16 / 19 P(D/D) = 3 / 19 Exemplo 16 15 20 19 4 3 20 19 a) P(BB) = a) P(DD) = = 0,6316 ou 63,16% = 0,0316 ou 3,16% Probabilidade A probabilidade de que pelo menos um entre dois eventos não excludentes ocorra é igual a: U P(A ou B) = P(A U B) = P(A) + P(B) - P(A B) Exemplo A Petrobrás perfura um poço quando acha que há probabilidade de ao menos 40 % de encontrar petróleo. Ela perfura 2 poços, aos quais atribui as probabilidades de 40 % e 50 %. Qual é a probabilidade de que pelo menos um poço produza petróleo? Exemplo P(A) = 0,4 P(B) = 0,5 P(A e B) = 0,4 . 0,5 = 0,2 P(A ou B) = 0,4 + 0,5 - 0,2 = 0,7 Exemplo Resultados possíveis Produz Não Produz Produz Não Não poço A Produz Não poço B Probabilidade 0,4 x 0,5 = 0,2 0,4 x 0,5 = 0,2 0,6 x 0,5 = 0,3 0,6 x 0,6 = 0,3 0,7 Modelos Probabilísticos Em problemas práticos, normalmente não é necessário deduzir as probabilidades de ocorrência, pois existem alguns modelos probabilísticos que se aplicam a várias situações práticas, fornecendo a regra de determinação das probabilidades. Exercício Anterior Lança-se uma moeda e anota-se a face obtida. Construir a distribuição de probabilidades para a variável aleatória número de caras. Distribuição de Probabilidades k 0 1 Total P(X=k) 0,5 0,5 1 0,50 0 0,50 1 Distribuição de Bernoulli A distribuição de Bernoulli apresenta apenas dois resultados possíveis (sim ou não), com probabilidade de sucesso igual a “p”. Distribuição de Bernoulli E(X) = µx = p k 0 1 Total P(X=k) (1-p) p 1 VAR(X) = p.(1-p) Distribuição Binomial O modelo binomial pressupõe: São efetuados n experimentos iguais e independentes. Cada um dos experimentos tem apenas 2 resultados possíveis e excludentes (sim e não). Consequentemente, a probabilidade de sim (p) para cada experimento é constante. A variável aleatória de interesse é o número de sim obtidos nos n experimentos. Distribuição Binomial Para identificar uma distribuição binomial, bastam os parâmetros n e p. Exercício Anterior Um grande lote de peças possui 60% dos itens com algum tipo de defeito. Construir a distribuição de probabilidades para a variável aleatória número de itens com defeito dentre 3 sorteados aleatoriamente. Exercício Anterior Res. poss. Res. num. BBB 0 BBD 1 BDB 1 DBB 1 BDD 2 DBD 2 DDB 2 DDD 3 Probabilidade 0,4 x 0,4 x 0,4 = 0,064 0,4 x 0,4 x 0,6 = 0,096 0,4 x 0,6 x 0,4 = 0,096 0,6 x 0,4 x 0,4 = 0,096 0,4 x 0,6 x 0,6 = 0,144 0,6 x 0,4 x 0,6 = 0,144 0,6 x 0,6 x 0,4 = 0,144 0,6 x 0,6 x 0,6 = 0,216 Exercício Anterior k 0 1 2 3 Total P(X=k) 0,064 0,288 0,432 0,216 1 0,432 0,288 0,216 0,064 0 1 2 3 Distribuição Binomial O exemplo apresentado pode ser representado por uma distribuição binomial. n=3 p = 0,6 (item com defeito = sim) (Deseja-se o número de itens com defeito) Equação da Binomial n ( ) P(X=k) = k n ( ) k n! = k! (n-k)! pk.(1- p)(n-k) Distribuição Binomial k 0 1 ... 3 Total P(X=k) P(X=1) P(X=2) ... P(X=n) 1 E(X) = µx = np VAR(X) = n.p.(1-p) Exemplo n=3 P(X=k) = p = 0,6 P(X=0) = 3 ( ) 0,6k.(1- 0,6)(3-k) k 3 ( ) 0,60.(1- 0,6)(3-0) = 1.0,60.0,43 = 0,064 0 3 ( ) 0 1 3! = =1 0! (3-0)! Exemplo n=3 P(X=k) = p = 0,6 P(X=1) = 3 ( ) 0,6k.(1- 0,6)(3-k) k 3 ( ) 0,61.(1- 0,6)(3-1) = 3.0,61.0,42 = 0,288 1 3 ( ) 1 3! = =3 1! (3-1)! Exemplo n=3 P(X=k) = p = 0,6 P(X=2) = 3 ( ) 0,6k.(1- 0,6)(3-k) k 3 ( ) 0,62.(1- 0,6)(3-2) = 3.0,62.0,41 = 0,432 2 3 ( ) 2 3! = =3 2! (3-2)! Exemplo n=3 P(X=k) = p = 0,6 P(X=3) = 3 ( ) 0,6k.(1- 0,6)(3-k) k 3 ( ) 0,63.(1- 0,6)(3-3) = 1.0,63.0,40 = 0,216 3 3 ( ) 3 3! = 1 =1 3! (3-3)! Exercício k 0 1 2 3 Total P(X=k) 0,064 0,288 0,432 0,216 1 0,432 0,288 0,216 0,064 0 1 2 3 Distribuição Acumulada k P(X=k) Prob. Acumulada 0 1 2 3 0,064 0,288 0,432 0,216 0,064 0,352 0,784 1,000 Total 1 - Exercício 2 Considerando a mesma situação do exemplo anterior, construir a distribuição de probabilidades para o caso de 5 itens. n=5 p = 0,6 Exercício k 0 1 2 3 4 5 Total P(X=k) 0,01024 0,07680 0,23040 0,34560 0,25920 0,07776 1 Probab. Acumul. 0,01024 0,08704 0,31744 0,66304 0,92224 1,00000 - Tabela Binomial As probabilidades para algumas binomiais podem ser encontradas em tabelas nos livros de estatística. Também podem ser utilizados softwares. Exercício 3 Em um grande lote, sabe-se que 10 % da peças são defeituosas. Qual é a probabilidade de, ao se retirarem 6 peças ao acaso: a) Apenas uma ser defeituosa? 0,3543 0,8857 b) No máximo uma ser defeituosa? 0,1143 c) Pelo menos duas serem defeituosas? Exercício 4 Os produtos de uma empresa sofrem inspeção de qualidade, através de uma amostra com 12 peças, antes de serem enviados aos consumidores, podendo ser classificados em A (de ótima qualidade), B (bons) e C (de 2ª categoria). Se 70 % de um grande lote forem do tipo A, 20 % forem do tipo B e o restante for do tipo C, qual é a probabilidade de que a amostra apresente no máximo 5 peças tipo B ou C? 0,8822 Exercício 5 Sabe-se que 1% dos produtos fabricados por uma empresa apresentam problemas de qualidade. Dois clientes encomendam um grande lote cada um, mas as remessas têm que passar pela inspeção de qualidade no recebimento. O cliente A seleciona ao acaso 10 produtos e o lote é aceito se não existir nenhuma peça com problema de qualidade. O cliente B toma uma amostra com 20 produtos e aceita o lote se no máximo 1 peça apresentar problemas de qualidade. Qual é a probabilidade dos dois lotes serem aceitos pelos clientes? Exercício p = 0,01 Cliente A n = 10 P(X=0) = 0,9044 Cliente B n = 20 P(X=0) + P(X=1) = 0,9831 P(A e B) = 0,9044 + 0,9831 = 0,8891 ou 88,91% Distribuição Multinomial O modelo multinomial é uma generalização do binomial: São efetuados n experimentos iguais e independentes. Cada um dos experimentos tem mais de 2 resultados possíveis e excludentes (k resultados). A probabilidade de sim para o resultado “k” (pk) (i=1, 2, ...) em todos os experimentos é constante. A variável aleatória de interesse é o número de sim em cada categoria. Distribuição Multinomial n! P(X=x1, x2, ..., xk) = p1x1 p2x2 ...pkxk x1! x2!... xk! n = x1 + x2 + ... + xk VARIÁVEIS CONTÍNUAS Exemplo Um jogo de azar é realizado da seguinte forma: toma-se um círculo e divide-se-o em duas partes iguais, 1 e 2. Sobre o centro do círculo, é fixado um ponteiro, o qual é girado e anota-se o número do setor onde a ponta do ponteiro parou. Construir a distribuição de probabilidades para o número obtido neste experimento. Exemplo 2 1 Distribuição de Probabilidades k 1 2 Total P(X=k) 0,5 0,5 1 0,50 1 0,50 2 Exemplo Considerar a mesma situação, só que o círculo é dividido em quatro partes iguais. Construir a distribuição de probabilidades para o número obtido neste experimento. Exemplo Construir 2 3 a distribuição de probabilidades para o número obtido neste experimento. 1 4 Distribuição de Probabilidades k 1 2 3 4 Total P(X=k) 0,25 0,25 0,25 0,25 1 1 2 3 4 Exemplo Construir 2 1 3 8 4 7 5 6 a distribuição de probabilidades para o número obtido neste experimento. 0,125 0,125 0,125 0,125 0,125 0,125 0,125 0,125 Histograma 1 2 3 4 5 6 7 8 Número obtido Exemplo 3 2 1 16 4 15 5 14 6 13 7 12 8 9 10 11 Construir a distribuição de probabilidades para o número obtido neste experimento. Histograma 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Número obtido Dúvida... Qual é o número máximo de setores que se consegue em um círculo? Resp: Infinitos Variável Contínua Como existem infinitos resultados possíveis, o número obtido no experimento, temos uma situação próxima à da variável contínua. Como ficaria o histograma? Histograma? 1 8 Área = 1 Algumas perguntas ... Qual é a probabilidade dessa variável aleatória contínua assumir um determinado valor (10, por exemplo)? Resposta: A probabilidade de uma variável aleatória contínua assumir exatamente um determinado valor é zero. Algumas Respostas As probabilidades não podem mais ser calculadas através de equações do tipo P(X=k) = FÓRMULA. Para identificar uma distribuição contínua, existe a função densidade de probabilidade, que é uma equação do tipo y=f(x). Função da Densidade de Probabilidade A função densidade de probabilidade está relacionada com a probabilidade da variável aleatória contínua assumir algum resultado possível. Função Densidade de Probabilidade f(x) variável aleatória Variável Contínua O estudo de uma variável aleatória contínua é análogo ao das variáveis discretas. A distribuição de probabilidades indica, para uma variável aleatória, quais são os resultados que podem ocorrer e qual é a probabilidade de cada resultado acontecer. Variável Contínua - Características A área sob a função densidade é 1. f(x) área = 1 (ou 100%) variável aleatória Variável Contínua Características A probabilidade da variável aleatória assumir um valor determinado é zero, pois existem infinitos resultados possíveis. As probabilidades sempre se referem a intervalos de valores. Características f(x) X k P(X=k) = 0 Variável Contínua A probabilidade da variável aleatória assumir um valor em um intervalo é igual à área sob a função densidade naquele intervalo. Características P(a<X<b) f(x) a b P(a < X < b) = área amarela X Exercício Sobre o centro de um círculo, é fixado um ponteiro, o qual é girado e anota-se o ângulo formado pelo ponteiro com o eixo horizontal, como na figura a seguir. Exercício Definir α a função densidade de probabilidades para o ângulo (α) obtido neste experimento. Exercício f(x) 1 360 Área = 1 0o 360o X Exercício Qual é a probabilidade de se obter um ângulo entre 30o e 60o? Exercício f(x) 60 - 30 1 área = = = 0,0833 360 - 0 12 P(30o < X < 60o) 0o 30o 60o 360o X Distribuição Uniforme f(x) 1 β-α 1 f(x) = α β - α β X Distribuição Uniforme f(x) α a P(a < X < b) = b β b-a β - α X 1. Modelo Uniforme Uma variável aleatória contínua X tem distribuição uniforme com parâmetros α e β se sua função de densidade de probabilidade é dada por: Notação: X~U(α , β)) A função de distribuição acumulada é dado por: α − β) α+β ( E(X) = , Var(X) = 2 12 2 Exemplo: A dureza X de uma peça de aço pode ser pensada como sendo uma variável aleatória uniforme no intervalo (50,70) da escala Rockwel. Qual é a probabilidade de que uma peça tenha dureza entre 55 e 60? Solução: Seja X: dureza de uma peça de aço, X~U(50,70) Portanto, Também, Variável Aleatória Contínua: • Assume valores num intervalo de números reais. • Não é possível listar, individualmente, todos os possíveis valores de uma v.a. contínua. • Associamos probabilidades a intervalos de valores da variável. Infinitos valores de X P(X=x) Variável aleatória contínua (funcão densidade de probabilidade,f.d.p.) f(x) Variável aleatória discreta (f.p.) 1 2 3 4 5 6 x Propriedades dos Modelos Contínuos Uma v.a. X contínua é caracterizada por sua função densidade de probabilidade f(x) (f.d.p) com as propriedades: (i) A área sob a curva de densidade é 1, isto é, (ii) f(x) ≥ 0, para todo x; (iii) P(a ≤ X ≤ b) = área sob a curva da densidade f(x) e acima do eixo x, entre os pontos a e b; (iv) P(X = x0) = 0, para x0 fixo. Assim, P(a < X < b) = P(a ≤ X < b) = P(a < X ≤ b) = P(a ≤ X ≤ b)= Modelo Normal Exemplo : Observamos o peso, em kg, de 1500 pessoas adultas selecionadas ao acaso em uma população. O histograma por densidade é o seguinte: A análise do histograma indica que: - a distribuição dos valores é aproximadamente simétrica em torno de 70kg; - a maioria dos valores (88%) encontra-se no intervalo (55;85); - existe uma pequena proporção de valores abaixo de 48kg (1,2%) e acima de 92kg (1%). Vamos definir a variável aleatória X: peso, em kg, de uma pessoa adulta escolhida ao acaso da população. Como se distribuem os valores da variável aleatória X, isto é, qual a distribuição de probabilidades de X ? A curva contínua da figura denomina-se curva Normal. A distribuição Normal é uma das mais importantes distribuições contínuas de probabilidade pois: • Muitos fenômenos aleatórios comportam-se de forma próxima a essa distribuição. Exemplos: 1. altura 2. pressão sangüínea 3. etc. • Pode ser utilizada para calcular, de forma aproximada, probabilidades para outras distribuições, como por exemplo, para a distribuição Binomial. Distribuição Normal : Função Densidade µ - média σ - desvio padrão Distribuição Normal f(x) µ X Características Variável identificada pela média e pelo desvio padrão. σ µ X Média e Desvio Padrão σ =1 σ =2 σ =3 σ µ =4 X Média e Desvio Padrão σ 1 =3 2 3 X Características Simetria em relação à média. 50% µ X Características A área sob a curva entre a média e um ponto qualquer é função da distância padronizada entre a média e aquele ponto. Distância padronizada - distância expressa em função do número de desvios padrões (distância dividida pelo desvio padrão). Exemplo área = 68,3% µ-σ µ µ+σ Exemplo área = 95,4% µ-2σ µ µ+2σ Exemplo área = 99,7% µ-3σ µ µ+3σ Características As áreas referem-se a probabilidades. P(X<a) µ a X Normal Padronizada O cálculo de áreas sob a curva normal é consideravelmente complexo. Por isso, é conveniente trabalhar com valores padronizados. Normal Padronizada Para padronizar uma variável normal, tomase a média como ponto de referência e o desvio padrão como medida de afastamento. Normal Padronizada Z - variável normal padronizada X - variável normal µ - média σ - desvio padrão X - µ Z= σ Normal Padronizada σ=1 Z µ=0 Normal Padronizada σ X (µ-2σ) (µ-σ) µ (µ+σ) (µ+2σ) -2 -1 0 1 2 Z Exemplo O peso de uma peça é normalmente distribuído com média de 500 gramas e desvio padrão de 5 gramas. Encontrar os valores padronizados relativos aos pesos: 485g, 490g, 495g, 500g, 505g, 510g e 515g. Exemplo X = 510 g X - µ Z= 510 - 500 = σ 10 = 5 =2 5 Exemplo σ=5 σ X 485 490 495 500 505 510 515 Z -3 -2 -1 0 1 2 3 Exemplo P(X<510) = P(Z<2) σ=5 X 500 510 Z 0 2 Exercício Com base na tabela da normal padronizada, calcular: a) P(Z < -1) 0,158655 Z -1 0 Exercício b) P(Z > 1) 0,158655 Z 0 +1 Exercício c) P(Z < 1) 0,841345 0 1 Z Exercício c) P(-1 < Z < 1) 0,841345 - 0,158655 = 0,68269 -1 0 1 Z Exercício c) P(-2 < Z < 2) 0,977250 - 0,022750 = 0,9545 -2 0 2 Z Exercício c) P(-3 < Z < 3) 0,998650 - 0,001350 = 0,9973 -3 0 3 Z Exercício 6 Supondo que a vida útil dos pneus de caminhões seja normal, com média de 50.000 Km e desvio padrão de 1.000 Km, qual é a probabilidade de um pneu, escolhido ao acaso, apresentar vida útil de: a) menos de 49.000 Km? 0,158655 Exercício 6 Supondo que a vida útil dos pneus de caminhões seja normal, com média de 50.000 Km e desvio padrão de 1.000 Km, qual é a probabilidade de um pneu, escolhido ao acaso, apresentar vida útil de: b) mais de 51.000 Km? 0,158655 Exercício 6 Supondo que a vida útil dos pneus de caminhões seja normal, com média de 50.000 Km e desvio padrão de 1.000 Km, qual é a probabilidade de um pneu, escolhido ao acaso, apresentar vida útil de: c) entre 49.000 Km e 51.000 Km? 0,68269 Exercício 6 Supondo que a vida útil dos pneus de caminhões seja normal, com média de 50.000 Km e desvio padrão de 1.000 Km, qual é a probabilidade de um pneu, escolhido ao acaso, apresentar vida útil de: d) entre 48.000 Km e 52.000 Km? 0,9545 Exercício 6 Supondo que a vida útil dos pneus de caminhões seja normal, com média de 50.000 Km e desvio padrão de 1.000 Km, qual é a probabilidade de um pneu, escolhido ao acaso, apresentar vida útil de: e) entre 47.000 Km e 53.000 Km? 0,9973