Os dois lados da moeda O brasileiro atualmente, mediante manifestações, demonstrou uma possível reconciliação com a maturidade crítica cidadã. De um povo apático, tornou-se um vulcão em erupção, pronto a explodir, mediante tantas irregularidades políticas expostas a tanto tempo. Todavia, é necessário refletir se todo o ocorrido é indício de uma revolução consciente ou de uma camuflagem de um povo desordeiro, desorientado e desonesto. Nesta perspectiva, um ponto a ser mencionado está na concepção e no exercer da educação fiscal. Torna-se fundamental refletir se os mesmos brasileiros que se inflamam , que vão às ruas audaciosamente, que movimentam bandeiras num profundo sentimento patriota, também estão conscientes e praticam, honestamente, a tributação fiscal. Foi possível, através da mídia, constatar a adesão de inúmeras classes e segmentos brasileiros, todos unidos em um único propósito, porém também é possível indagar se muitos destes são acometidos por práticas inescrúpulas de sonegação, em uma, tamanha hipocrisia! Aquisição de CD’s e DVD’s “piratas”, empresários que falsificam notas fiscais, declaração de imposto de renda que não condiz com a realidade, ou seja, turbilhões de atitudes que testificam a precariedade de ação crítica contundente, de uma nação ainda com atitudes irregulares, que exige conduta exemplar do comando, contudo, é discrepante quanto as suas próprias, contribuindo, também, à fomentação da desigualdade. Educar-se fiscalmente é praticar atitudes idôneas desde casa e, a partir de então, exigir com proeminência e direito de causa que as irregularidades da aplicação tributária no país tornem-se erradicadas para sempre.