Maconha: os dois lados da moeda Antonio Waldo Zuardi CANNABIS: PRIMEIRAS REFERENCIAS AC 27 17 DC C 10 10 19 20 2.700 AC CHINA Pen ts'ao ching Shen-nung Uso médico como: Laxante, Artrite reumatóide . . ..em excesso pode produzir visão de demônios ...o uso por longo tempo ilumina o corpo e faz comunicar-se com os espíritos. CANNABIS: INTRODUÇÃO NO OCIDENTE AC 27 17 DC 10 Jacques-Joseph 1845 Moreau 1804 - 1884 “…reações psicóticas agudas, geralmente durando algumas poucas horas, … seus principais achados incluem ideação paranóide, ilusões, alucinações, delírios, despersonalização, confusão, inquietação e excitação 11 1839 19 20 Willian B. O´Shaughnessy 1808 - 1889 • Reumatismo • Convulsões • Espasmo muscular (tétano e raiva) CANNABIS: ÚLTIMOS 50 ANOS AC 27 17 DC 10 11 19 20 CANNABIS: ÚLTIMOS 50 ANOS AC 27 17 DC 10 11 19 20 INÍCIO DOS ANOS 60 Identificação da estrutura química dos componentes Raphael Mechoulam Gaoni, Y & Mechoulam R, 1964 (J. Am. Chem. Soc., 86: 1646-1647) 1988 - 1990 Identificação e clonagem dos receptores CB1 Descoberta de cannabinóides endógenos SISTEMA ENDOCANABINÓIDE Devane et al., 1988; Matsuda et al., 1990 Número de Publicações sobre Cannabis Numero de publicações 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 Anos 85-89 90-94 95-99 00-04 05 09 SISTEMA ENDOCANABINÓIDE Distribuição de Receptores Endocanabinóides (CB1) HIPOTÁLAMO Apetite CÓRTEX Cognição GANGLIOS DA BASE Movimentos HIPOCAMPO Memória ACUMBENS Recompensa AMIGDALA Ansiedade, emoções CEREBELO Movimento TRONCO CEREBRAL Dor, vomito CANNABIS EFEITOS ADVERSOS EFEITOS ADVERSOS TRANSITÓRIOS APÓS USO AGUDO EFEITO CONSEQUÊNCIA ADVERSA Prejuízo na memória recente Dificuldade no aprendizado Prejuízo cognitivo e na coordenação motora Interfere na habilidade de dirigir Aumento no risco de acidentes Julgamento alterado Comportamentos de risco Doses elevadas ou alto teor de THC Ansiedade elevada ou ataque de pânico Sofrimento emocional Sintomas psicóticos Comportamentos de risco Volkov et al., 2014 (N Engl J Med;370:2219-27) Hartman & Huestis, 2013 (Clinical Chemistry 59:3 478–492) Hall & Solowij,1998 (Lancet 352: 1611–1616) D´Souza et al., 2004 (Neuropsychopharmacology 29: 1558-1572) EFEITOS ADVERSOS USO CRÔNICO DESEMPENHO ESCOLAR - Efeito agudo sugere que pode interferir - Campo de estudo com muitas variáveis de confusão % de abandono da escola sem qualificação ESTUDO NA NOVA ZELÂNDIA -1265 crianças acompanhadas do nascimento – 18 anos -Frequência de uso de maconha dos 15 aos 16 anos -comparado com -Aprovação no Exame Nacional Certificação Escolar -(abandono da escola sem qualificação formal antes dos 18 anos) -Porcentagem corrigida por variáveis de confusão relativas ao: funcionamento familiar funcionamento social fatores individuais relacionamento com familiares e amigos 40 35 30 25 20 15 10 5 Fergusson & Horwood, 1997 (Addiction 92 (3): 279-296 0 Frequencia de uso 15-16 anos Não usou 1-9 vezes >10 vezes PREJUÍZO COGNITIVO Mudança no QI 1037 crianças nascidas na Nova Zelândia 1972-1973) Dependência de Cannabis avaliadas aos 18, 21, 26, 32 e 38 anos Funcionamento Neuropsicológico avaliado aos 13 e 38 anos Comparado a diferença no Quociente de inteligência (QI) - 13 e 38 anos Controle das variáveis: - Uso de Cannabis 24 horas antes do teste Pelo menos 3 diagnósticos no período - Outras drogas, álcool e tabaco - Presença de esquizofrenia - Anos de educação * Meier et al., 2012 (Proc Natl Acad Sci U S A;109(40): E2657-E2564 RELAÇÃO COM ESQUIZOFRENIA ESTUDO SUECO • Nº sujeitos – 50.087 % esquizofrenia • Período de avaliação-35 anos 4 3,5 • Controlado com relação: - ao diagnóstico - à variáveis confundidoras: outras drogas, QI, fatores de risco, integração social e outros. Associação entre o uso frequente da Cannabis e o desenvolvimento posterior de esquizofrenia (OR = 3,7) . 3 2,5 %2 1,5 1 0,5 0 0 1 2-4 5-10 11-50 >50 Uso de Cannabis no alistamento Manrique-Garcia e col., 2011 RELAÇÃO COM ESQUIZOFRENIA ESTUDO NEOZELANDÊS • Crianças foram estudadas regularmente desde a infância • Odds 5 Sintomas psicóticos examinados ratio aos 11 anos de idade (antes do 4 início do uso de maconha) • Informação do uso de maconha foi obtida aos 15 e 18 anos de idade • Sintomas psiquiátricos foram aferidos aos 26 anos de idade 3.12 3 2 1.42 1 Uso aos 15 anos Uso aos 18 anos Controlado para sintomas psicótico aos 11 anos Arseneault et al 2002 RELAÇÃO COM ESQUIZOFRENIA INTERAÇÃO COM OUTROS FATORES PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA Uso de Cannabis e polimorfismo do gene AKT1 –citosina e timina(codifica proteína kinase envolvida na cascata de sinais do receptor de dopamina) CONCLUSÃO: Em indivíduos suscetíveis, o uso intenso da Cannabis constitui-se num fator de risco para a quadros psicóticos, especialmente se ocorrer precocemente na adolescência. DEPENDÊNCIA Estudo epidemiológico nacional EUA 43.093 entrevistados- Diagnóstico DSM-IV Síndrome de Abstinência (evidências desde 2003) Sintomas mais frequentes: •Ansiedade •Irritabilidade •Insônia •Tristeza (mal estar indefinido) 67,5 Gorelick et al., 2012(Drug and Alcohol Dependence 123: 141-7) 20,9 O início na adolescência aumenta o risco de dependência nos primeiros 22,7 8,9 2 anos em 2 a 4 vezes Chen et al., 2009 (Addict Behav;34:319-22) Lopes-Quintero et al., 2011 (Drug and Alcohol Dependence 115: 120-130) EFEITOS ADVERSOS MAIS GRAVES COM O INÍCIO DO USO NA ADOLESCÊNCIA EFEITO NO DESENVOLVIMENTO CEREBRAL Ressonância Magnética – Tractografia 59 usuários de cannabis X 33 controles A e B –diferentes vistas hipocampo, comissura e splenium C – precuneo direito e splenium Áreas envolvidas na integração de funções, memória, aprendizado e cognição Age at which regular cannabis use commenced Zalesky et al., 2012 (Brain 2012;135: 2245-55) EFEITOS SOBRE O TRATO RESPIRATÓRIO Table 2 Components of marijuana and tobacco smoke Component Marijuana Tobacco Acetaldehyde Acetone Acrolein Ammonia Benz(a)anthracene Benz(a)pyrene Benzene Carbon Monoxide (ppm/cig) Hydrogen cyanide Isoprene m- and p-Cresol Naphthalene o-Cresol Phenol 1,200 443 92 228 75 31 76 2600 532 83 54,4 3000 17,9 980 578 85 198 43 22 67 4100 498 310 65 1200 24 76,8 39 Doenças pulmonares pelo uso crônico do tabaco, não são observadas consistentemente com o uso crônico da maconha Tashkin, 2013 (Annals of the American Thoracic Society, Vol. 10, (3) 239-247 Owen et al., 2014 (Clinic Rev Allerg Immunol 46:65–81 ESTUDO CARDIA 5.115 pessoas acompanhadas por 20 anos 851 apenas tabaco e 795 apenas maconha Função pulmonar – capacidade vital forçada Efeitos agudos da maconha e tabaco Broncoscopia Hiperplasia vascular Edema na submucosa Infiltrado inflamatório Owen et al., 2014 (Clinic Rev Allerg Immunol 46:65–81 Pletcher et al., 2012 (JAMA 307: 173-181 CANNABINÓIDES EFEITOS BENÉFICOS CLÍMAX DO USO MÉDICO NO OCIDENTE FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX Segunda metade do século XIX → + 100 publicações Principais laboratórios farmacêuticos lançam medicamentos USO MÉDICO INICIO DO SÉCULO XX 1924 INDICAÇÕES SEDATIVO/HIPNÓ TICO ANALGÉSICO ESPASTIVIDADE OUTROS USOS Insônia, Melancolia, Mania, Delirium tremens, Coréia, Cefaléia, Enxaquecas, Tensão ocular, Neuralgias, Úlceras gástricas, Reumatismo, Dismenorréia Tétano, Raiva Anorexia, Dispepsia, Diarréia, Vertigem USO MÉDICO – DECLÍNIO 1º metade do século XX Razões: 1. Efeitos não replicáveis (variabilidade de potência) 2. Medicamentos efetivos para as principais indicações da época. Ex.: barbitúricos, aspirina, vacinas. 3. Restrições legais. (Marihuana Tax Act – 1937) Deixou de figurar na farmacopéia Americana em 1941 REDESCOBERTA NO INÍCIO DOS ANOS 60 CANABINOIDES 80 canabinóides ENSAIOS CLÍNICOS CONTROLADOS: Dtsch Arztebl Int 2012; 109(29–30): 495–501 EVIDÊNCIAS DE EFEITOS TERAPÊUTICOS SIGNIFICATIVOS INDICAÇÕES NÚMERO DE ESTUDOS PRODUTO PREDOMINANTE EFICÁCIA RESULTADOS POSITIVOS ANTiEMÉTICO CONCLUSÕES NEGATIVOS 41 THC 40 1 > antieméticos habituais e efeito aditivo às drogas novas (antagonistas 5HT3) 12 THC 11 1 Impede a perda de peso observada no grupo placebo. 26 THC 22 4 Efetivo nas dores crônicas, mas pouco ou não efetivo nas agudas. 15 THC ou THC+CBD 12 (Quimioterapia) ESTIMULANTE DO APETITE (AIDS – Tumores) DOR CRÔNICA (Dor neuropática – EM – Câncer – Reumatismo) ESPASTICIDADE (Esclerose Múltipla Paraplegias) 3 Melhora a espasticidade, a frequência de espasmos e a qualidade do sono em EM. PRODUTOS FARMACÊUTICOS CONTENDO CANABINÓIDES: THC SINTÉTICO INDICAÇÕES: Anorexia (AIDS e Câncer) Náusea (Quimioterapia) Analgésico THC ANÁLOGO INDICAÇÕES: Anorexia (AIDS e Câncer) Náusea (Quimioterapia) Analgésico Dronabinol Nabilone THC + CBD INDICAÇÕES: EXTRAÍDO DA Espasticidade (Esclerose Múltipla) Analgésico (dor neuropática e câncer) PLANTA EFEITOS COLATERAIS - AGONISTAS CB1 (Cannabis, dronabinol e nabilone) Prejuízo da memória Prejuízo na coordenação motora AGUDOS Em doses altas: -Ansiedade ou Pânico -Sintomas Psicóticos Tolerância e dependência Associado ao uso na adolescência: - Alteração no desenvolvimento cerebral CRÔNICOS - Prejuízo no desempenho educacional - Diminuição na satisfação - Aumento do risco transtornos psicóticos CBD COMO ANTIEPILÉPTICO Primeira evidência de efeito próprio do CBD 1973 Tabela 1. Efeito antiepiléptico do CBD em modelos animais Modelo Descargas convulsivas hipocampais Animais Ratos Convulsões por leptazol Camundongos Convulsões por Eletrochoque Camundongos Convulsões por Eletrochoque Ratos Convulsões por Eletrochoque transcorneal Camundongos Convulsões por Sulfato de estricnina Camundongos Convulsões por Picrotoxina Camundongos Convulsões por acido 3mercaptopropionico Camundongos Convulsões por pentilenotetrazol Camundongos Convulsões por acido izonicotinico hidrazina Camundongos Convulsões por bicoculina Camundongos Atividade epileptiforme em tecido hipocampal In vitro (Ratos) Convulsões por pentilenotetrazol Ratos Convulsões por pilocarpina Ratos Crises parciais por penicilina intra ventricular Resultados + + + + + + + + + Dose com resultados significantes Referência 5 mg/kg Isquierdo et al., 1973 200 mg/kg Carlini et al., 1973 ED50 = 120 mg/kg Turkanis et al., 1974 Via oral (?) Consroe & Wolkin, 1977 ED50 = 267 mg/kg Consroe et al., 1982 - Consroe et al., 1982 ED50 = 194,4 mg/kg Consroe et al., 1982 ED50 = 122,5 mg/kg Consroe et al., 1982 ED50 = 304,8 mg/kg Consroe et al., 1982 ED50 = 266,1 mg/kg Consroe et al., 1982 + + ED50 = 379,9 mg/kg Consroe et al., 1982 1 – 100 uM Jones et al., 2010 100 mg/kg Jones et al., 2010 1, 10, 100 mg/kg Jones et al., 2012 Ratos + + + Convulsões por Eletrochoque Camundongos + Convulsões por pentilenotetrazol Camundongos + 10, 100 mg/kg 20, 100, 200 ng (Intra cérebro ventricular) 200 ng (Intra cérebro ventricular) Jones et al., 2012 Shirazi-zand et al, 2013 Shirazi-zand et al, 2013 15 PACIENTES – Resistentes ao tratam. 1980 CBD (200-300mg/dia) ou PLACEBO (em adição à medicação) DURANTE 4 ½ meses. Porcentagem de pacientes com crise generalizada PLACEBO CBD 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 PRÉ FINAL Caso Charlotte/USA Canabidiol (CBD) e Epilepsia (CDKL5) UNIVERSIDADE DE STANFORD Questionário aos pais de 19 crianças com epilepsia resistente ao tratamento e que faziam uso do CBD. 29 (2013) 574–577 EFEITOS COLATERAIS COMPARADOS COM O STIREPENTOL EFEITOS COLATERAIS CBD STIRIPENTOL Melhora no humor 79 % 27 % Aumento no alerta 74 % 23 % Melhora no sono 68 % 27 % Diminuição na auto estimulação 32 % 9% Sonolência 37 % 23 % Fadiga 16 % 32 % Diminuição no apetite 5% 23 % Outros sintomas (irritabilidade, insônia, agressividade, perda de peso, auto estimulação, aumento do apetite, confusão, ganho de peso, ansiedade, náusea, vômito, rash cutâneo, tontura 0% 5 a 27 % Positivos Negativos 0 25 50-60 > 80 % de redução de crises Ensaio clínico aberto e prospectivo Universidades de Nova York e Califórnia Análise parcial 27 crianças c/ crises convulsivas resistentes Completaram pelo menos 12 semanas de tratamento Linha de base - 4 semanas Tratamento CBD (5 a 20 mg/kg/dia) + drogas da linha de base – 12 semanas Medida de desfecho = % redução de crises na 12º semana x Linha de base % pacientes 15 % 22 % 41 % 48 % % de redução de crises 100 % 90 % 70 % 50 % Efeitos adversos % de pacientes Sonolência 40 % Fadiga 26 % Diarreia 16% Diminuição do apetite 11 % Aumento do apetite 10% CBD COMO ANTIPSICÓTICO Interação THC x CBD Voluntários Saudáveis SINTOMAS PSICÓTICOS Positivos % de voluntários THC THC + CBD Negativos THC THC + CBD 0 30 60 minutos 120 180 Efeitos antipsicóticos do CBD em modelos animais Modelo Animais Estereotipia pela apomorfina Prolactina plasmática Aumento na locomoção pela Anfetamina Aumento na locomoção pela Ketamina Alteração da inibição pré-pulso pelo MK801 Isolamento social pelo ∆9-THC- Camundongos Camundongos Camundongos Camundongos Aumento na locomoção pela Anfetamina Camundongos Aumento da inibição pré-pulso Alteração da inibição pré-pulso pelo MK801 Aumento na locomoção pelo MK-801 – Isolamento social pelo ∆9-THCIsolamento social pelo ∆9-THC- (crônico) Condicionamento de medo ao contexto Aumento na locomoção Déficit na interação social Alteração da inibição pré-pulso Camundongos Camundongos Ratos Resultados Dose com resultados significantes + + + + + 60 mg/kg 240 mg/kg 30, 60 mg/kg 30 mg/kg 5 mg/kg + 20 mg/kg - - (agudo) + (crônico) + - 50 mg/kg 1, 5, 50 mg/kg - Ratos Ratos Ratos Ratos Ratos especiais1 Ratos especiais1 Ratos especiais1 Ratos especiais1 Referência Zuardi et al. ,1991 Zuardi et al. 1991 Moreira & Guimarães , 2005 Moreira & Guimarães, 2005 Long et al., 2006 Malone et al., 2009 Long et al., 2010 Long et al., 2010 Gururajan et al., 2011 + (parcial) + + 3, 10 mg/kg 3 mg/kg 1 mg/kg 30 mg/kg Gururajan et al. , 2011 Gururajan et al., 2011 Klein et al., 2011 Levin et al., 2012 Almeida et al., 2013 Almeida et al., 2013 Levin et al., 2014 ESTUDOS COM PACIENTES ESTUDO DE CASO – ESQUIZOFRENIA FEM. – 19 anos de idade e 2 anos de doença BPRS Avaliação cega Avaliação aberta CBD HALOPERIDOL DIAS PSYCHOTIC SYMPTOMS CBD NIVEIS DE EVIDÊNCIAS DE EFEITO TERAPÊUTICO DO CBD Ensaio clínico duplo cego crônico Ensaio clínico duplo cego agudo Estudos experimentais em humanos Epilepsia Distúrbios do Sono Psicose Fobia Social Ansiedade Neuroproteção, isquemia, náusea e vômitos, diabetes, Estudos experimentais em animais espasticidade., inflamação, dor, imunossupressão, câncer, depressão e outros. Criança de 6 anos portadora da Síndrome de Dravet Pai (médico) documentou experiência com o CBD Em 16 dias: •diminuiu o número de crises de 5 a 6 por dia para 3 em todo o período. •De 3 status epilepticus por semana para nenhum •Menos agitado •Melhorou o sono •Melhorou comportamento autista •Melhorou a interação PREVALÊNCIA DO USO E ABUSO DE CANNABIS EM PSICÓTICOS Odds ratio Referência Arseneault et al (2002) Coulthard et al (2002) Degenhardt & Hall (2001) Amostra Uso Abuso Nova Zelândia (26 anos) 2,22 4,11 Reino Unido (16–74 anos) 1,58 2,92 Australia (18-50 anos) 3,98 5,86 Uso como “auto-medicação” melhor evolução Agudamente Cronicamente SINTOMAS PSICÓTICOS GRAVES EM 4 ANOS NÃO USUÁRIOS COM HISTÓRIA DE USO INTERROMPEU CONTINUOU 23,0 % 33,3 % 56,3 % OR = 1 OR = 1,32 OR = 3,67 1970s ∆9 THC não explica toda a atividade da planta I.G. Karniol E.A.Carlini PROF. ELISALDO CARLINI CBD interfere com os efeitos do ∆9 THC CBD Prof. Isaac G. Karniol ∆9 THC EFEITOS AGUDOS DO THC EM VOLUNTÁRIOS SADIOS DÉCADA DE 70 Estudos controlados: • Hollister e col., 1968 • Peres-Reyes e col., 1973 • Melges e col., 1974 • Tassinari e col., 1976 • Peters e col., 1976 THC (↑Doses) → Sintomas psicóticos EFEITOS AGUDOS DO THC EM PACIENTES COM ESQUIZOFRENIA Prevalência do “uso de Cannabis no último ano” entre adultos jovens. (Annual Report, 2009). Nesse período a prevalência de esquizofrenia permaneceu relativamente estável No entanto a idade de início da esquizofrenia diminuiu no período (MacLaren et al., 2009) META-ANÁLISES DE ESTUDOS PROSPECTIVOS Referência Estudos Efeito Henquet et al., 2005 Zammit et al., 2002 VanOs et al., 2002 Weiser et al., 2002 Arseneault et al., 2002 Fergusson et al., 2003 Stefanis et al., 2004 Henquet et al., 2005 Semple et al., 2005 Andreasson et al., 1987 Rolfe et al., 1993 Grech et al., 1998ª Grech et al., 1998b Arsenaut et al., 2002 Farrell et al., 2002 VanOs et al., 2002 2,1 2,93 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL Mean activation in left caudate Núcleo caudado (relevância de estímulos inesperados) Mean activation in ventral striatum Núcleo acumbens (lembrança de palavras pareadas) Bhattacharyya et al., 2012; Arch Gen Psychiatry, 69:27-36 Bhattacharyya et al., 2010; Neuropsychopharmacology; 35(3):764-774 Winton-Brown et al., 2011; Neuropsychopharmacology; 36(7):1340-1348 Córtex temporal direito (estímulo auditivo) VENTRAL STRIATUM Mean activation in ventral striatum Mean activation in left caudate DORSAL STRIATUM RIGHT TEMPORAL CORTEX Bhattacharyya et al., 2012; Arch Gen Psychiatry, 69:27-36 Bhattacharyya et al., 2010; Neuropsychopharmacology; 35(3):764-774 Winton-Brown et al., 2011; Neuropsychopharmacology; 36(7):1340-1348 Ação sedativa do CBD 15 voluntários com insonia. CBD (40, 80, 160 mg), Plac, Nitraz. Duplo cego, crossover, com uma semana de intervalo entre os tratamentos Sono > 7 hours 10 Nº voluntários 9 * 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Nitraz. PLAC CBD CBD CBD 40 80 160 ÁREAS CEREBRAIS ENVOLVIDAS Esquizofrenia – atribuição de relevância a estímulos inesperados está alterada B 88 % A C Estriado e Hipocampo 12 % Córtex Pré-frontal Bhattacharyya et al. , submitted RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL Bhattacharyya et al. , submitted RELATOS DE CASOS BPRS BPRS 60 45 40 50 35 40 30 30 25 Blind 20 Open 10 CBD HALOPERIDOL 0 Responsive to: Clozapine Non-responsive to clozapine 20 15 10 responsive to olanzapine 5 0 -3 0 6 13 20 27 30 34 41 48 55 Days Zuardi et al., 1995 J. Clin. Psychiatry PLB 1 CANABIDIOL 2 3 4 PLB 5 6 WEEKS OLANZAPINE 7 8 9 10 Zuardi et al., 2006 J. Psychopharmacol. ESTUDOS PROSPECTIVOS Referência País Zammit et al.,2002 Suécia VanOs et al.,2002 Holanda Arseneaut et al.,2002 n Follow up (anos) Odds ratio 50.053 35 3,5 4.045 3 2,8 Nova Zelândia (Dunedin) 759 11 3,1 Fergusson et al.,2003 Nova Zelândia (Christchurch) 1.024 3 1,8 Henquet et al.,2005 Alemanha 2.437 4 1,7