DISCURSO DIRETO, INDIRETO
E INDIRETO LIVRE
Há várias formas de tratar as falas de personagens
numa narrativa.
Observe:
DISCURSO DI RETO: É a reproduç ão direta das falas
de personagens. É um rec urso que imprime maior
agilidade ao texto, permitindo ao autor mostrar o que
acontece em lugar de simplesmente contar. Também
permite utilizar o modo de falar dos personagens como
elemento caracterizador. Veja como exemplo:
Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos,
ficou desolado, apont ando para os ent ulhos: “Alá
minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha
lata de pegar água era aquela. Ali meu out ro tênis.”‟
Di scurso indireto:
Ela respondeu que comprara um lindo vestido.
Como você observou no exemplo, o discurso diret o
requer uma pontuaç ão específica; o mesmo não
ocorre com o discurso indireto.
Outra observação import ante: o tempo verbal, no
discurso indireto, será sempre passado em relação
ao tempo verbal do discurso direto. Dessa forma, as
relações são:
DIS CURSO DIRE TO
Verbo no presente do indicativo:
- Não bebo dessa água – afirmou a menina.
Jornal do Brasil, 29 maio 2005.
DISCURSO I NDI RETO: Neste caso, as falas dos
personagens são adaptadas e incorporadas pelo
narrador. Dessa forma, conta-se mais do que se
mostra. Observe como ficaria o trecho acima se usado
o discurso indireto:
Juarez, desolado, dizia que não tinha tido tempo
de apanhar suas coisas e que agora não possuía
mais nada.
DISCURSO I NDI RETO LIVRE: É uma combinação dos
dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos pers onagens. É uma forma de narrar
econômic a e dinâmica, pois permite mostrar e contar
os fatos a um só tempo:
O desolado Juarez tinha perdido t udo. E agora,
cadê dinheiro para comprar tudo de novo?
Como transformar um discurso
direto em indireto
e vice-versa
Ao fazer uma narração, podemos reconstituir as falas
dos personagens utilizando a estrutura de um discurso
direto ou de um discurso indiret o. Portant o, é importante
dominar essas estruturas e conhecer as relações entre
elas.
Verbo no pretérito perfeito:
- Perdi meu guarda-chuva – di sse ele.
Verbo no futuro do indicativo:
- Ele confessou:
- Irei ao jogo.
Verbo no imperativo:
- Aplaudam ! Ordenou o diretor.
DISCURSO INDIRETO
Verbo no pretérito imperfeito do indicativo:
A menina afirmou que não bebia daquela água.
Verbo no pretérito mais-que-perfeito:
Ele disse que perdera seu guarda-chuva.
Verbo do futuro do pretérito:
Ele confessou que iria ao jogo.
Verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo:
O diretor ordenou que aplaudíssemos.
Vamos destacar alguns aspectos dessas relaç ões:
O discurso direto apresenta-se em primeira pessoa;
O discurso indireto, em terceira pessoa (a fala do
personagem é reproduzida com palavras do
narrador)
Di scurso direto:
Ela respondeu:
- Comprei um lindo vestido.
Modelo - Mudança de discurso
O trecho a seguir é parte de uma entrevista com a
antropóloga Alba Zaluar, feita pela revista IstoÉ, que
teve como tema dominante a atuação do exército no
combate ao tráfico no Rio de Janeiro em novembro de
2004.
1
IstoÉ: Mas então os moradores das favelas não são
agradecidos à proteção dos traficantes, como se diz?
Alba: Quando faço pesquisas nesses locais e ouço
mães falarem, elas dizem que têm muito medo de que
seus filhos sejam atraídos pelas quadrilhas. Elas têm
uma política de atrair os menores porque são
inimputáveis*, mais dóceis e mais ágeis. Isso assusta
muito as mães. Os policiais entram nesses lugares,
matam os meninos e os marginais adultos, muitas
vezes, conseguem escapar.
IstoÉ, ed. 1311.
* Inimput ável – que não pode ser responsabilizado por
seus atos.
QUESTÃO:
Tendo como referência as informações contidas
tanto na pergunta quanto na resposta, escreva um
parágrafo, apresent ando-as em discurs o indireto,
relatado. Você não precisa se prender às palavras
utilizadas no diálogo, à estrutura das frases no mesmo,
nem à ordem em que as informações foram
apresentadas. Procure ser claro e conciso.
PROCEDIMENTO:
Leia o texto com atenção, observando tanto as
perguntas quanto as respostas. Reescreva o texto como
se estivesse relatando uma conversa, um diálogo
ouvido, sem reproduzir as palavras dos interlocutores.
A antropóloga Alba Zaluar afirma que, ao contrário
do que muitos pensam, as mães não são “agradecidas”
aos traficantes que empregam seus filhos. Elas na
verdade, temem o fato de as crianças serem atraídas
por quadrilhas que as utilizam por serem mais dóceis,
ágeis e, principalmente, inimputáveis. Seu temor é
justificado pelo fato de que, quando policiais invadem as
favelas, as crianças passam a ser as principais vítimas
da violência, sendo facilmente mortas enquanto os
marginais adultos se evadem.
(Pág. 15)
(Pág. 17)
Progressão textual
PROCEDIMENTO: Procure inteirar-se do assunto
desenvolvido. Pergunte-se qual o objetivo do autor do
texto. Observe bem o padrão de linguagem, o estilo que
ele vem utilizando, para lhe dar sequência.
Questão 1 - Progressão Textual
O trecho a seguir é o parágrafo inicial de um texto
inacabado. Sem ter a preocupação de concluir o texto,
escreva um parágrafo, at é o limite de 13 linhas, que lhe
dê continuidade.
Observe que deve haver continuidade no tratament o
do tema e na linguagem adotada.
Durante um mês, entre Junho e Julho de 2006, o
Brasil inteiro deixou em segundo plano seus problemas
2
e preocupações e fixou sua atenção na Alemanha, onde
se realizava a Copa do Mundo. Nessa fase, nada era
mais importante para o país que perseguir o sonho do
hexa, que o país almejava desde a conquista do penta;
e que, finalmente,não se concretizou. Passada a euforia
da Copa, uma questão se coloca: em meio à grave crise
social e econômica que o país atravessa, que efeito
pode ter o resgate do amor próprio dec orrente da não
conquista do hexa?
De um lado, pode ter efeitos altamente benéficos:
otimismo e euforia, que lhe dariam motivação para
enfrentar a luta. O cidadão passaria a crer em que nem
tudo está perdido e que é preciso ter esperança,
disposição, pois o desânimo e o derrotismo em nada
contribuem para solucionar problemas. Por outro,
porém, pode o brasileiro mais uma vez se deixar
ludibriar pelo f also uf anismo e “deixar a bola rolar”. Isso
é perigoso, porque como nos campeonatos de seu
esporte favorito, ficará apenas assistindo aos outros,
não fazendo sua parcela de sacrifício, eximindo -se de
responsabilidade diant e de problemas que também lhe
dizem respeito. (Pág. 19)
Questão 2 - Progressão textual
Leia o texto abaixo e redija mais dois parágrafos,
num total de até 15 linhas, dando continuidade ao
assunto, fazendo progredir as informações e garantindo
a unidade temática.
Álbum de recordações
O álbum de fotografias é uma espécie de geladeira
da história. Nele armazenamos, imperecíveis, as
imagens do nosso t empo. Guardo na mente um álbum
do Brasil dos últimos anos. Ao folheá-lo, deparei com
duas fotografias marcantes.
Uma delas mostrava uma grande multidão
concentrada numa praç a, de braços erguidos, como que
em intensa euforia, tendo ao fundo vários políticos de
braços dados. Era a campanha pelas eleições diretas.
Impossível esquecer a alegria que tomava conta das
pessoas, brasileiros de todas as classes sociais e de
todos os recantos do Brasil, entoando em coro uníssono
de liberdade o hino nacional.
A segunda foto, lamentavelmente, mostrava corpos
espalhados pelo chão, tendo em seus ventres marcas
de costura horríveis, como se fossem sac os de cereais.
Eram brasileiros covardemente assassinados por
quererem um pedaço de solo para plantar. E ram os
mortos de Corumbiara, talvez uma estatística apenas
para aqueles que um dia quiseram se eleger.
Jostas de Souza, Folha de São Pa ulo.20 nov. 04.
(Pág. 21)
Carta
OBJETIVO DA QUESTÃO:
Este tipo de questão - redigir um comentário ou uma
resposta a um texto dado - pretende avaliar a
capacidade que o candidato tem de escrever um texto
numa situação determinada, com um interlocutor fixo.
Os recursos de linguagem utilizados devem ser
adequados ao texto base, com o qual se deve
estabelec er a interloc ução. Do mesmo modo, a opinião
pessoal do candidato sobre o episódio descrito no texto
deve estar presente.
Obs: Não se devem us ar os formalismos estéticos de
carta, tais como: local, data, invocação, despedida etc.
exceções. A educação no país está sucateada porque o
salário dos professores, em todos os níveis de
graduação, foi sucateado, ferindo, consequentement e, a
dignidade no exercício dessa profissão.
Parece-me natural que pais professores não queiram
que seus filhos sejam futuros professores e que,
também, os influenciem na escolha de uma profissão
que traga, ao menos, um m ínimo de dignidade a quem
a exerce.
Questão de Modelo
CARTAS EDITADAS EM REVISTAS
Na seção Cartas da revista Veja (ed. 1352), figura o
seguinte texto:
Para que você se familiarize com a linguagem das
cartas, observe a seguir, alguns exemplos de cartas
publicadas nas revistas Veja e IstoÉ, de leitores que se
posicionaram sobre alguma reportagem publicada.
Há algum tempo, durante um cafezinho na copa do
prédio de Letras, da Universidade de São Paulo, ouvia,
involuntariamente, alguns comentários de professores
que ali estavam, em int ervalos de aulas. O assunto
eram os filhos. “Meu filho mais velho s e forma em
Medicina neste ano.” “O meu em Direito.” A í, por mera
curiosidade, interrompi a conversa do grupo e perguntei:
“Alguém de vocês tem, por acas o, algum filho professor
ou que esteja seguindo a carreira do magistério?”
Ninguém tinha. Perguntei por quê. A resposta comum a
todos foi que sempre des ejamos o melhor para os filhos
e ninguém quer que eles s ofram em suas vidas
profissionais os constrangiment os experimentados
pelos pais.
Antonio Suarez Ab reu
Escreva para a mesma revista um comentário, de
até 10 linhas, a respeito do assunto, com a finalidade de
que sua opinião sobre a influência dos pais na escolha
profissional dos filhos seja publicada.
Exemplo 1
Não pude deixar de sensibilizar-me com a carta do
Sr. Antônio Suárez de Abreu – cartas, Veja, ed. 1352 –,
que comenta a intromissão dos pais na escolha da
profissão dos filhos e insinua o desprestígio da
profissão de professor, uma vez que nem os próprios
pais a querem para seus filhos. Julgo lamentável que
pais professores não queiram para seus filhos a
profissão que tiveram. Isso prova o quanto a classe está
desgastada, se até eles não ac reditam mais na carreira,
o que por si só é uma pena. Pior ainda é que, com sua
formação, parecem estar estimulando os filhos a
escolher s ua profissão mais por razões econômicas do
que vocacionais. O que esperar, então, de pessoas
menos esclarecidas?
Exemplo 2
Com relação à carta do Sr. Antônio S. Abreu, publicada
nesta revista (n. 1352), creio que estão cheios de razão os
professores da USP, quando afirmam que querem o
melhor para os seus filhos ao opinarem sobre as
profissões escolhidas por ou para estes.
Ser professor, hoj e, é um exercício de
constrangiment o e de sofrimento, salvo algumas
Carta 1
Hoje, cinquentão, ainda me lembro da minha infância
e de minhas professoras do c urso primário, que
curavam nossas peraltices com carinhosas e
providenciais reguadas. Numa dessas ocasiões, quando
cheguei a casa e reclamei da punição para minha mãe,
ela não foi brigar com a escola, não procurou a
imprensa, mas se dirigiu a uma varinha de marmelo,
que mantinha estrat egicamente c olocada em um canto
do fogão à lenha, com a qual nos esquentava as
pernas. Nem eu nem meus irmãos crescemos
traumatizados. Só acrescento que varinha de marmelo
também educa, embora, hoje, seja difícil encontrar.
Roberto Antonio Cera, Piracicaba, SP – Veja, 8/05/06.
Carta 2
Sem-teto
Com imensa tristeza, li a reportagem “O céu por
cobertor” (IstoÉ, 1364). O surgimento da nova geração
de meninos de rua demonstra que em nosso país é um
salve-se-quem-puder, e os mais pobres não têm nem
teto para morar, muito menos como criar uma família.
Que fim teremos com isso?
Islânia Pereira Santos, Itaipé, MG – IstoÉ, 1366.
Carta 3
Sem-terra
Com relação à reportagem “Reforma agrária na
marra” (IstoÉ, 1358), desde que me conheço por gente,
meu pai falava em reforma agrária. Hoje, tenho mais de
40 anos bem vividos e a tão esperada reforma ainda
não saiu. Os grandes latifundiários, a cada dia, com
mais terras e os pequenos, com menos. Aqueles que
combatem as revoluções pacíficas promovem as
revoluções sangrent as.
Jorge L.Cirino, Curitiba - PR – IstoÉ, 1360.
3
Carta 4
Desaparecidos
Os coment ários da reportagem “Desaparecidos
entram em cena” (IstoÉ,1353), sobre os ativistas mortos
pelo regime militar, são curiosamente tímidos num
ponto: evita-se dar ret rospecto de suas atividades. Os
jovens devem saber qual foi a luta deles, os cursos que
muitos deles fizeram em países do bloco comunista de
então, onde aprenderam as artes da subversão e da
sabotagem. Saber detalhes do campo de treinamento
de guerrilheiros, implant ado por Lamarca no Vale do
Ribeira, que foi cercado pelas Forças Armadas, mas
não sem que um dos heróis da liberdade matasse um
refém, tenente Alberto Mendes Júnior, com uma
coronhada de fuzil. Deve informar-se dos inúmeros
assaltos a banco, efetuados na década de 70, para
arrecadar fundos para o “exército do povo”, que homens
como Lamarca queriam administrar.
Antoon Schuller, Betim, MG – IstoÉ 1354.
REDAÇÃO – Carta 1
“Inove ou morra. Você ouve falar disso toda hora, e
esse mantra parece valer para tudo: banco,
supermercado, padaria, revista, inseticida ou o que for.
E o que acontece quando você nega essa verdade
supostamente univers al? B em, se você for o colégio
católico São Bento, no Rio de Janeiro, voc ê não apenas
não morrerá, como florescerá. Na semana passada, os
alunos do S ão Bento, no Rio, sagraram-se os mais bem
preparados do país, segundo a lista do Exame Nacional
do E nsino Médio. (...) Na contramão do que fez a
maioria das escolas, o São Bento ignorou a onda das
novas teorias de educação da década de 70. Ensina
seus 1.100 estudantes – t odos do s exo masculino, de 7
a 17 anos – quase da mesma forma que há 14 8 anos,
quando foi fundado. Não tem mais palmatória, mas
piercing, tatuagem e cabelo grande nem pensar.
Qualquer coisa que possa tirar o aluno do objetivo
principal não passa da portaria. Nem as meninas. (...) O
colégio atribui o sucesso ao binômio „disciplina e
seriedade‟. Os garotos até a 8ª série precisam usar
uniforme completo: camisa azul de botão, calças ou
bermuda cinza, meias cinzas e tênis preto. S e us arem
algo diferente disso, voltam para casa. No ensino
médio, durante o qual a maioria dos colégios nem cobra
uniforme, o São Bento exige a camisa pólo bege c om o
brasão da escola e calça c omprida. A presença
exclusiva de meninos obedece a uma lógica. „A vis ão da
menina toca o menino afetiva e s exualmente. Eles são
mais aliciáveis que elas. Vide o fato de que revistas com
mulheres nuas vendem mais que as com homens nus‟,
a
a
afirma o reitor, Dom Tadeu de Albuquerque. Da 1 à 5
o
série do ensino fundamental e no 3 ano do ensino
4
médio, os alunos ficam no colégio das 7h30m. às 16 h.
Muita coisa? Não para Dom Tadeu, para quem esse
tempo é, em síntese, um precioso investimento no
futuro. „O aluno tem de saber que vale a pena ficar no
colégio enquanto o filho do vizinho está na praia,
surfando, afirma ele. (...) No ensino médio, os
professores estimulam os estudantes a pes quisar à
tarde sobre os temas abordados nas aulas matinais. Os
alunos têm à disposição a bibliot eca, com 13.400 títulos
em 21 mil volumes, e cinco c omput adores com acesso
exclusivo para pesquisa. „Nosso aluno não é máquina
de repetir professor. Queremos que pense. O jovem não
vai ficar t utorado para o resto da vida‟, diz a
coordenadora e professora de P ortuguês, Rosângela de
Almeida. Inovações pedagógicas das últimas décadas,
como projetos multidisciplinares em torno de grandes
temas, não são a tônica do S ão B ento. E o ponto é que
nada disso parece estar fazendo falta. Em vestibulares
disputados, a t axa de aprovação do São Bento fica fora
da curva. Quase metade dos alunos que tentam uma
vaga para Medicina chega lá, segundo o site da escola.
Sair do São Bento é relativamente fácil. Basta repetir de
a
ano, por exemplo. Ou, como fez um aluno da 5 série,
chamar a professora de „gostosa‟. Entrar é bem menos
fácil. Há dez candidatos por vaga, e os pais dos
interessados não parecem desestimulados pela
mensalidade de cerc a de R$ 1.500.”
(Época, 20 de Fevereiro de 2006, pp. 82-83.)
 Considerando a matéria acima, escolha e desenvolva
apenas UMA das propostas de redação abaixo em um
texto entre 18 e 24 linhas:
PROPOSTA A) P osicione-se como alguém res ponsável
a
pelo aluno da 5 série que foi expulso e redija uma carta
ao reitor do Colégio São B ento censurando a educação
tradicional ali ministrada.
PROPOSTA B) Posicione-se como um dos alunos
aprovados para o curso de Medicina e escreva uma
carta endereçada a Dom Tadeu de Albuquerque
elogiando a educação tradicional característica do
colégio do qual ele é o reitor.
Fundamente sua posição. NÃO ASSINE seu texto.
 Use caneta azul ou preta (Pág. 23).
REDAÇÃO – Carta 2
- Leia o texto a seguir:
Guerra contra o cigarro
A luta cont ra o cigarro ganhou uma nova e poderosa
arma no final de fevereiro, quando entrou em vigor o
primeiro tratado internacional, c om o objetivo de reduzir
o tabagismo. O documento elaborado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) foi ratificado por mais de 50
países (o necessário para entrar em vigor eram 40). O
Brasil ainda não ratificou o documento. As medidas que
deverão ser adotadas pelos países membros dizem
respeito aos locais de proibição, à publicidade do
produto e à questão de impostos e preç os.
(Galileu, abril 2005, adaptado.)
Escreva uma carta ao Presidente da República
manifestando-se a respeit o do assunto. Seu texto
deverá conter:
• Pedido para que o Presidente assine o documento.
• Argumentos a favor da proposta da OMS (Como este
é um exercício de argumentação, mesmo que você seja
contra, deverá aqui defender a proposta da OMS).
• Sugestões de como executar as medidas anunciadas
acima (lugares, publicidade, impostos, preços etc.).
Sua carta deve ter de 7 a 10 linhas.
ATE NÇÃO: A CARTA NÃO DEVE SER ASS INA DA.
LEMBRE-SE: QUA LQUER IDE NTIFICA ÇÃO ANULA A
REDA ÇÃO (Pág. 25).
RÉPLICAS
Na réplica, são dados dois textos: no primeiro, um
escritor X posiciona-se, em uma revista ou um jornal,
sobre um determinado assunt o; no segundo, Y,
escreve-se, para a revista ou para o jornal,
manifestando também sua opinião, compondo-se ao
escritor X. Este replica, defendendo -se.
Texto para réplica
Em artigo na coluna de opinião da folha de S. Paulo,
o jornalista Marcelo Beraba comentou as avaliações e
sugestões de leitores convidados por aquele jornal para
diagnosticar os grandes problemas a serem enfrentados
pelo novo governo.
Texto 1
Parece-me haver consenso de que o grande
problema de nossas administrações não é a falta de
dinheiro, mas como o dinheiro vem s endo gasto.
Principalmente nas áreas de educação e saúde. [...]
Em relação à educação, há um dado revelador: são
muitos os depoimentos que evocam as qualidades da
antiga escola pública e lament am a sua falência. São
testemunhos que provavelmente mitificam o passado,
mas indic am a insatis fação com a realidade imposta à
classe média e aos sem recursos, não alternativa. Ou é
a escola particular cada vez mais cara, ou é a escola
pública insatisfatória.
(Folha de S. Paulo, 6-11-04, p. 1-2.)
Alguns dias depois, Renato Janine Ribeiro,
professor de Filosofia Política da Universidade de São
Paulo (USP), encaminhou cart a ao jornal, comentando o
artigo.
Os passos são os seguintes:
Texto 2
Passos para a confecção do texto da
réplica
a) Tese: O escritor X externa seu ponto de vista sobre
um determinado assunto.
b) Antíte se: O escritor Y se contrapõe com
argumentos, combatendo o ponto de vista de X.
c) Seu texto: Você deverá redigir um texto,
defendendo a posição de X e combatendo a
argumentação de Y.
[Os leitores] incorrem num equívoco, que Marcelo
Beraba não corrigiu, e que consiste em imaginar que se
possa reorientar o Estado na direção da justiça e até
mesmo da nova eficácia sem gastos maciços, apenas
modificando a estrutura do dispêndio. Ora, é ilusório
acreditar que “dinheiro existe, apenas é mal gasto”.
Tome o caso da rede pública de educação. O salário é
ridículo. Por hipótese, suponhamos que parte do
dinheiro da educação esteja indo para atividades – meio
em detrimento das atividades-fim, ou para a construção
de prédios em vez de s ua manut enção. Mas quanto
dinheiro é este? Há dados realmente confiáveis que
validem essa tese? Se a “sociedade” quer mesmo um
ensino público bom, vai ter que pagar por isso, e isso
não é barato. [...] Receio muito a demagogia fácil que
hoje seduz a classe média: como ser do Primeiro
Mundo sem pagar nada por isso ?
(Folha de S. Paulo 14-11-04, p. 1-3.)
É norma em muitos órgãos de imprensa, quando
opiniões são expressas por um jornalista, ou pela
direção de um jornal citado, o editor escrever uma
réplica, em geral, um texto breve respondendo às
críticas apresentadas.
Tomando por base os trechos selecionados do artigo
do jornalista Marcelo Beraba (t exto 1) e da cart a do
professor Renato Janine Ribeiro (texto 2), escre va um
texto, até o limite de 15 linhas, que possa servir de
réplica do jornalista ao professor.
(Pág. 27)
5
Para maior clareza, observe o exemplo a seguir.
o Hospital Agamenon Magalhães inaugurou a segunda
emergência cardiológica do estado.
Brivaldo Markman Filho, Recife, PE – IstoÉ, 1390.
Exemplo de réplica
Realment e o professor Janine tem razão (artigo da
Folha de S. Paulo de 14-11-94). Os leitores incorrem
em um equívoco: o de repetirem discursos sem
analisarem a realidade.
Historicamente, o discurso que se ouvia era que
primeiro o bolo tinha que c rescer para depois ser
dividido. O bolo cresceu; comeram-no. O que restou,
hoje, utilizam para tampar rombos de banqueiros.
O povo precisa continuar puxando a carroça, e a
espiga de milho que lhe põem à frent e, na atualidade, é
o chavão de que para se chegar ao “P rimeiro Mundo” é
preciso pagar um preço equivalente a este. Resta
saber, agora, a quem?!
Réplicas publicadas
Réplica 3
Victor Fasano
Minha entrevista na Veja desta semana apresenta a
seus leitores um homem com o qual não me identifico.
Só minha inc apacidade de verbalizar ideais e
sentimentos poderia justificar frases que me situam
como simpatizante nazista. Estou chocado, inclusive
comigo, pela forma como um ingênuo comentário,
restrito a meus estudos sobre a eugenia de criações em
cativeiro, deu margem a tal apresentação. Quero me
desculpar com todas as pessoas que se sentiram
ofendidas por esse lamentável mal-entendido em
especial a comunidade judaica, ferida pela interpretação
de conceitos que emiti, única e exclusivamente, ao
dissertar s obre espécies animais. Eu abomino, sempre
abominei, toda e qualquer forma de discriminação.
Victor Fasano, Rio de Janeiro, RJ – Veja 18/10/05.
As réplicas abaixo foram publicadas nas revistas
Veja e IstoÉ. As mesmas são defesas daqueles que se
sentiram atacados, de uma forma, ou de outra por
reportagens que citavam os seus nomes, deturpando o
que eles haviam dito ou feito anteriormente.
Réplica 1
Preste s Filho
A reportagem “Cavalheiro solitário” (IstoÉ, 1368) cometeu um grave erro ao atribuir à cidade de Santo
Ângelo (RS) uma população de “17 mil habitantes
cercada por favelas”. Santo Ângelo, que foi palco do
primeiro levante revolucionário liderado por Luiz Carlos
Prestes, é hoje a maior cidade do noroeste gaúcho.
Com cerca de 80 mil habitantes, destaca -se por ser um
pólo de desenvolviment o econômico, social, turístico e
cultural na histórica região das Missões. Quanto à
afirmação de que a cidade está cercada por favelas;
retrat a uma imagem deturpada de quem não conhece
esta região, pois esse fator, derivante do êxodo rural e
comum a todas as cidades brasileiras de grande e
médio porte, não é, nem de longe, a principal
característica da histórica, bela e hos pedeira cidade de
Santo Ângelo.
Adroaldo Mousquer Loureiro, Prefeito de
Santo Ângelo, RS – IstoÉ 1370.
Réplica 2
Coração
A afirmação atribuída à minha pessoa, referindo-se à
inexistência de emergência cardiológica no serviço público
do estado de Pernambuco, como foi dito na reportagem “O
Rio marca passo” (IstoÉ, 1387) encontra-se incorreta. Na
verdade, o Hospital Osvaldo Cruz, ligado à Universidade
de Pernambuco, possui emergência especializada em
cardiologia há aproximadamente 20 anos. Recentemente,
6
*PROPOSTA 1:
A seguir, apres enta-se o trecho de entrevista
concedida pelo padre José Ant ônio Trasferetti,
professor de teologia moral na Pontifícia Uni versidade
Católica (P UC) de Campinas, defendendo a
participaç ão dos homossexuais na Igreja.
IstoÉ: Porque a Igreja é tolerante no c aso dos
homossexuais?
Trasferetti: A igreja não aceita, na prática, o
homossexualismo. Se o sujeito for gay, porém casto,
não está cometendo nenhum pecado. A igreja considera
as relações genit ais entre pessoas do mesmo sexo um
ato desordenado, uma anomalia. Isso precisa ser
revisto. Há casais homossexuais que vivem 15, 20 anos
juntos, que são íntegros, trabalham e são felizes em seu
modo de ser.
IstoÉ: O sr., então, é um rebelde, que discorda da
posição da igreja?
Trasferetti: Eu sou padre. O problema é que tenho na
região de minha paróquia homossexuais, travestis que
têm famílias aqui, que são religiosos e acho que devo
dar atenção a eles. A igreja ent ende que o modo de
vida deles está errado, mas não vou também
discrimina-los. Assim como recebo os outros que não
vivem de acordo com os preceitos da igreja, os recebo
também. Defendo que não basta condená -los. A igreja
deveria dar mais atenção a essa gente e acabar com a
homofobia.
IstoÉ: Mas, para o sr., o homossexualismo é uma
anomalia?
Trasferetti: Acho que é uma opção de vida. Mas é
preciso fazer certa distinção. Há homossexuais
anômalos e heteros anômalos. Um tarado, por exemplo,
é anormal mesmo sendo heterossexual. A anomalia não
está em ser hetero ou homo e sim na forma como o
indivíduo vive a sua condição sexual.
QUESTÃO:
A partir desse diálogo, escreva um texto conciso (máximo
de 12 linhas), em discurso indireto, apresentando o ponto
de vista do padre em relação aos homossexuais e à
posição da Igreja.
(Pág. 29)
* PROPOSTA 2:
pelos narcotraficantes, alguns meninos e meninas de
rua são utilizados para atos delituosos leves ou graves.
E, quando isso acontec e, a tese de penalizar o
adolescente aos 14 ou 16 anos vem à tona. (...) Onde
estão as políticas públicas em nível nacional, estadual e
municipal
que
proporcionem
a
prevenção à
marginalidade e à delinquência? (...) Não à penalização
aos 14 ou 16 anos. Combatam-se as causas estruturais
que alimentam a violência (...).
Benedito Domingos Mariano
Se você acha:
O trecho a seguir é o parágrafo inicial de um texto
inacabado. Sem ter a preocupação de concluir o texto,
escreva um parágrafo, at é o limite de 10 linhas, que lhe
dê continuidade. Observe que deve haver continuidade
no tratamento do tema e na linguagem adotada.
a) Que não se deve punir penalmente os menores de 18
anos, escreva uma carta ao general Nílton Cerqueira,
rebatendo os argumentos por ele apresentados,
contrapondo-lhe outros que justifiquem a posição que
você defende.
O Brasil é um país enorme, complexo e contraditório.
Nele convivem diferentes etapas do desenvolvimento,
manifestações culturais muito acentuadas. Coexistem
aqui o arcaico e o moderno, o luxo e a miséria. Neste
país se vai da arquitetura barroca de Ouro Preto à
modernidade de Bras ília, dos pinheirais do S ul aos
palmeirais do Nordeste. Nele estão presentes diversas
raças e tipos humanos diferentes.
(Pág. 31)
Ou
b) Que se deve punir penalmente os menores de 18
anos, escreva uma carta a Benedito Domingos
Mariano, rebatendo os argumentos por ele
apresentados, contrapondo-lhe outros que justifiquem
a posição que você defende.
Use 15 linhas com caneta azul ou preta.
(Pág. 33)
* PROPOSTA 3:
(UNICAMP - SP) Nos últimos tempos, vêm ocorrendo
intensas discussões a propósito dos meios de combater
a violência praticada por menores, nas grandes cidades.
Um ex emplo é a divergência de opiniões entre Nílton
Cerqueira (Sec retário Estadual de Segurança Pública
do Rio de Janeiro) e Benedito Domingos Mariano
(Ouvidor da Polícia do Estado de S ão Paulo), veiculada
pela Revista IstoÉ, de 04 set. 2005.
Leia abaixo trechos dessa polêmica:
O Estatuto do Adolescente, como está hoje, é uma lei
de proteção aos infratores. Quem rouba os tênis das
crianças que vão ao colégio? Quem assalta as crianças
nos ônibus? São os menores infratores. A lei acaba
deixando desprotegida a maioria, que são vítimas. Os
infratores ficam em liberdade por causa da
impossibilidade de uma atuação serena e enérgica dos
policiais. Com isso, aqueles elementos de alta
periculosidade têm campo aberto para suas ações
criminais. E acabam acontecendo t ragédias como a da
Candelária ou a das mães de Acari, que até hoje não
acharam seus filhos. Temos que cort ar essas
possibilidades retirando esses menores das ruas . (...)
Ao contrário do que ocorre hoje, os menores infratores
deveriam estar presos, sujeitos ao Código Penal.
No Brasil, é muito comum que as questões sociais
não resolvidas se transformem em questão de polícia. É
o caso dos milhares de meninos e meninas de rua,
marginalizados pela sociedade e pelo Estado. Usados
muitas vezes pelos “pais” de rua, por maus policiais e
Atenção: ao assinar a carta, use apenas as iniciais
de seu nome.
* PROPOSTA 4
Na seção de cartas da revista Veja (n. 1335), figura o
seguinte texto:
Casado sob comunhão univers al de bens em 1990 e
separado em 2006 por sentença judicial, continuo
mantendo minha ex-mulher, advogada e cas ada com
um brigadeiro da Aeronáutica, mediante o descont o de
37,5% de meus vencimentos de médico do Ministério da
Saúde. Além disso, perdi um apartamento no Rio,
comprado após o casamento e que pagu ei com grande
sacrifício através de financiamento de quinze anos.
Hoje ele está alugado pela ex-companheira com o
objetivo de aument ar a sua renda, pois ela reside em
um imóvel do Ministério da Aeronáutica, em Brasília.
Escreva, para a mesma revista, um comentário de até
12 linhas a respeito do assunto, com a finalidade de que
sua opinião sobre a pensão alimentícia paga às
mulheres, pelos homens, quando separados, seja
publicada.
(Pág. 35)
COMO ARGUMENTAR
Argumentar é um processo que apres enta dois
aspectos: o primeiro, ligado à razão, supõe ordenar
7
idéias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente
à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e
persuadi-lo. Assim, argument ar é uma operação
delicada, já que é necessário construir idéias e não uma
realidade.
A argumentação compreende um quadro constituído
de um tema, assunto sobre o qual haja dúvidas quanto
à legitimidade, um argumentador, que desenvolve um
raciocínio a respeito do tema, e um receptor, a quem
se dirige os argumentos com a finalidade de que venha
a participar da mesm a opinião ou certeza do
argumentador.
6. Carnaval menos violento este ano.
__________________________________________________
7. Só agora sai a lista dos convocados para a Seleção.
__________________________________________________
8. Governo vai intervir nos laboratórios.
__________________________________________________
9. Escoteiros dirigem o trânsito na Zona Sul do Rio.
__________________________________________________
PRÁTICA TEXTUAL
01. Quando observamos um fat o, tiramos algumas
conclusões (inferências), a partir de dados que se
encontravam implícitos, ou seja, contidos nele. A final, o
que é uma inferência? Uma inferência é apenas um
raciocínio ou um argumento. Uma infer ência é o que
fazemos quando concluímos algo a partir de qualquer
coisa. Eu vejo um homem com gesso num braço; infiro
a partir daí que esse homem partiu o braço. Posso
cristalizar a minha inferência num argumento: «O
homem tem gesso no braç o; logo, partiu o braço».
Como é óbvio, esta inferência é razoável, mas o homem
pode ter gesso por out ros motivos; pode t er tido apenas
um problema muscular; ou pode estar a fazer uma
experiência com um novo tipo de gesso; ou pode ser
louco e pensar que tem o braço partido, apesar de o
não ter; ou os médicos que lhe c olocaram gesso podem
ter-se enganado e ele não ter realmente o braço partido.
 Imaginemos, por exemplo, que você leia no jornal a
seguinte m anchete: “Brasil import a automóveis”. Indique
três inferências que você poderá fazer dessa leitura.
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
10. Indústria demite dois mil funcionários só este mês.
__________________________________________________
03. No exercício a seguir fornecemos uma manchete de jornal
e uma inferência. Indique, na linha em branco, uma outra
inferência.
1. Jorge Amado premiado na Europa.
a) Jorge Amado é magnífico escritor.
b) _______________________________________________
2. Inflação chega a trinta e cinco por cento este mês.
a) O Brasil não tem mais jeito.
b) _______________________________________________
3. O Vasco da Gama ganhou torneio em Madri.
a) O Vasco da Gama tem um time magnífico.
b) _______________________________________________
4. Calor no Rio chega a quarenta e dois graus.
a) É necessário trabalhar com ar condicionado.
b) _______________________________________________
02. Indique uma inferência para cada manchete de jornal
destacada a seguir.
5. Uma multidão saqueou o supermercado.
1. Mulheres já podem trabalhar na Bolsa de Valores.
a) A miséria está se alastrando.
__________________________________________________
b) _______________________________________________
2. Carros brasileiros são recusados pelo Iraque.
__________________________________________________
3. Corinthians vende seu principal jogador.
__________________________________________________
4. Aulas recomeçam na próxima segunda-feira.
__________________________________________________
5. Tribo inteira morre de Sarampo.
__________________________________________________
8
04. Vamos agora fazer um exercício oposto. Damos uma
inferência e você vai imaginar um fato que a possa ter gerado.
1. O verão está terminando.
_______________________________________________
2. As crianças estão mudando muito.
_______________________________________________
3. Precisamos mudar as leis que protegem os menores.
_______________________________________________
4. Vai ser mais fácil comprar a casa própria.
__________________________________________________
_______________________________________________
5. Os pais vão tirar os filhos das escolas públicas.
_______________________________________________
05. Cada par de palavras abaixo apresenta uma relação
específica entre si. Indique, diante de cada um deles, que tipo
de relação ocorre. A seguir, escreva, nas linhas em branco,
palavras que mantenham a mesma relação do par inicial.
Observe o modelo.
Inverno – verão (Relação de oposição)
Frio – alto – rico – gordo
Quente – baixo – pobre – magro
1. futebol – campo _________________________________
basquetebol – atletismo – teatro – circo
_______________________________________________
2. cadeira – branco – sofá – poltrona (A)
armário – cama – penteadeira – mesa (B)
__________________________________________________
3. perua – galinha – pato – faisão (A)
urubu – pinguim – andorinha – gavião (B)
__________________________________________________
4. janeiro – abril – maio – fevereiro (A)
agosto – dezembro – setembro – outubro (B)
__________________________________________________
5. janeiro – março – agosto - dezembro (A)
abril – junho – setembro – novembro (B)
__________________________________________________
2. morno – quente __________________________________
frio – rico – pobre – pequeno
_______________________________________________
6. janeiro – abril – julho – outubro (A)
março – junho – setembro – dezembro (B)
3. livro - páginas ___________________________________
escova – pente – espiga – caderno
_______________________________________________
7. cavalo – baleia – porco – carneiro (A)
pato – pardal – cobra – peru (B)
__________________________________________________
__________________________________________________
4. touro - força_____________________________________
raposa – coruja – cão – formiga
_______________________________________________
8. elefante – cavalo – porco – carneiro (A)
galinha – urubu – peru – pato (B)
__________________________________________________
5. fevereiro - março _________________________________
penúltimo – dezembro – sábado – vestibulando
_______________________________________________
6. leão - animal____________________________________
martelo – caminhão – ouro – ameixa
_______________________________________________
7. feliz - contente___________________________________
delicado – desprezado – delicioso – fraco
_______________________________________________
8. cavalo - equino___________________________________
porco – carneiro – gato – cabra
_______________________________________________
9. velocidade - velocímetro___________________________
vento – chuva – tempo – pressão
_______________________________________________
10. soldado - farda___________________________________
padre – estudante – folião – índio
_______________________________________________
06. Para cada grupo a seguir, indique que traço comum une
as palavras de (A) e (B) e que características separam os dois
grupos.
1. ruído – estalo – rangido – campainha (A)
miado – latido – rugido – gorjeio (B)
07. Uma das formas mais simples de argumentar
consiste de duas frases, uma das quais é conclusão da
outra, chamada premissa (As premissa s são os juízos
que precedem a conclusão). Indique, para cada
conjunto de frases a seguir, o que é premissa (P) e o
que é conclusão (C).
1. A água está saindo da chaleira. ( )
A água deve estar fervendo. ( )
2. É possível que Roosevelt ganhe as eleições
presidenciais. ( )
Roos evelt tem muitos eleitores no interior do país.
( )
3. Os exames finais devem ser extintos. ( )
Os exames finais dão muito trabalho a alunos e a
professores. ( )
4. Ele já namorou muitas louras. ( )
Ele tem certa queda pelas louras. ( )
5. João comprou um carro novo. ( )
João está bem empregado. ( )
6. Os índios brasileiros não usavam língua escrita. ( )
Os índios brasileiros eram culturalmente primitivos.
( )
7. É muito difícil aprender a escrita japonesa. ( )
O alfabeto japonês tem mais de três mil símbolos.(
)
8. A inflação preocupa o governo. ( )
9. É mais macio escrever com canet a-tinteiro. ( )
9
__________________________________________________
1. O livro sobre a vida e a obra de Nelson Rodrigues é muito
grosso e caro, por isso deve vender pouco. ( )
2. Os restaurantes estão fazendo como as lojas de roupas,
oferecendo pratos a preços mais baratos, por isso estão
vendendo mais. ( )
3. Os marinheiros têm uma namorada em cada porto, por
isso as mulheres devem evitar casar-se com eles. ( )
4. Os animais também amam, sentem dor e prazer, e
morrem, como os seres humanos. Por que falar de
crueldade quando se defendem? ( )
5. Medindo grupos de cidadãos brasileiros de várias partes
do país, inferimos que os nordestinos são mais baixos que
os sulistas. ( )
2. O parlamentarismo deve ser implantado no Brasil.
11. Leia o texto e responda às perguntas.
10. Marcelo é mau mot orista. ( )
Marcelo bateu com o carro muitas vez es este ano.
( )
08. Às vezes, uma conclusão é fruto de uma série de
premissas. Indique duas possíveis premissas de cada
conclusão dada a seguir.
1. As provas de múltipla escolha devem ser proibidas.
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
3. Devemos comprar sempre carros nacionais.
__________________________________________________
Contam que um soldado vivia sempre bêbedo. Um dia, o
sargento o chamou, mostrou-lhe um copo onde colocou
cachaça; pôs, em seguida, no mesmo copo, uma gema de ovo
e o resultado foi uma gosma asquerosa. Virou-se para o
soldado e disse:
-
__________________________________________________
4. Os alunos devem usar cadernos de papel reciclado.
Veja soldado, o que acontece no seu estômago quando
você bebe! Depois de ver isso, o que você pretende fazer?
E o soldado impressionado:
- Nunca mais vou comer ovo!
__________________________________________________
1. Que tipo de inferência indutiva foi usada pelo sargento?
__________________________________________________
09. Em muitos casos recusamos a conclusão tirada da(s) premissa(s). Os argumentos abaixo podem ser recusados por várias razões:
(1) A premissa não é verdadeira.
(2) A conclusão não é uma decorrência lógica da premissa.
(3) A premissa não é suficiente para a conclusão.
Escreva nos parênteses o número correspondente a cada
caso.
1. O PCB protege o povo contra a exploração.
O povo deve votar com o PCB. ( )
2. O governo Brizola construiu muitas escolas.
O analfabetismo decresceu no Governo Brizola. ( )
3. Os alunos acham a prova muito difícil.
Os alunos têm que apelar para a cola. ( )
4. Bermuda não é traje indecente.
Os alunos deviam ser proibidos de usar berm uda nos
colégios. ( )
5. A empresa não paga devidamente aos funcionários.
Os funcionários da empresa devem entrar em greve. ( )
6. Os camelôs apresentam deficiências físicas.
Os camelôs devem ser protegidos. ( )
7. Os camelôs vendem mais barato.
Dever der permitida a presença de camelôs nas ruas. ( )
8. Tudo o que é bom para os Estados Unidos é bom para o
Brasil.
Devemos copiar as leis americanas. ( )
9. As máquinas de escrever custam cada vez mais caro.
Devemos escrever com canetas esferográficas. ( )
10. As inferências são de dois tipos: indutivas (do particular
para o geral) e dedutivas (do geral para o particular). Em
todos os casos a seguir, temos inferências indutivas; verifique
se elas são fruto de generalização (G), relação de causa/efeito
(C) ou de analogia (A).
10
_______________________________________________
_______________________________________________
2. Por que a inferência surpreendeu?
_______________________________________________
_______________________________________________
COMO ADEQUAR O
VOCABULÁRIO
Um ato de comunicação envolve elementos
lingüísticos e extralingüísticos e, para que o vocabulário
empregado possa surtir o melhor efeito, devem-se levar
em conta algumas observações.
Em primeiro lugar, não há, a priori, uma palavra
melhor que a outra, sendo todas elas igualmente
válidas, desde que adequadas às circunstâncias do ato
de comunicação; em segundo lugar, para que uma
palavra seja empregada de modo adequado, é
necessário levar em conta todos os elementos que
participam do ato de comunicação, ou seja, o emissor e
o receptor, o canal, o código, o referente, todos
inseridos numa situação contextual e psicossocial.
Para tornar uma palavra adequada ao referente é
necessário considerar prioritariamente a s ua precisão,
ou seja, sua maior especificidade: assento é melhor que
móvel, cadeira é melhor que assento. Em muitos casos,
porém, a situação de comunicação pode fazer c om que
se prefiram os termos de conteúdo geral.
A adequação da palavra aos participantes do ato de
comunicação, emissor e receptor, leva em conta não só
quem são, mas também a imagem. Um policial não
pode usar a de um senador, sal vo circunstâncias de
apropriação da imagem do out ro. Também aqui se deve
levar em conta o uso do jargão profissional, já que cada
profissão desenvolve um vocabulário próprio de sua
atividade.
A adequaç ão ao código leva à correção: cada
palavra tem sua forma própria, que envolve uso correto
de letras e ac entos gráficos, além de sua adequação
semântica ao referente. As palavras que têm som
semelhante ao de outras, os “parônimos”, são fonte
comum de erro nessa área.
A adequação à situação de comunicaç ão pode levar
à escolha de voc ábulos positivos ou negativos, curtos
ou longos, regionais ou não, de vários níveis de
linguagem, etc., tudo com o mesmo objetivo de retirar
os melhores efeitos do uso dos vocábulos. Como dizia
Guimarães Ros a, um vocábulo deve ser um “cacho de
sensações”.
PRÁTICA TEXTUAL
01. Preencha as lacunas com uma das opções entre
parênteses, aquela que julgar mais adequada ao contexto.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
Da janela do apartamento, a menina rica_____________
_____uma boneca maravilhosa, que seria a rainha das
outras, se descesse. (apresentava – exibia)
Ele está fazendo _______________. (sucesso – êxito)
Ficarei muito _______________ caso me faças tal
obséquio. (agradecido – grato)
Vocês riram num momento ___________ .(incompetente
– impróprio)
Os jogos foram _______________ em várias cidades do
Mé xico. (feitos – realizados – executados)
Respeitável público, lamento ______________ que o nos so cômico Pipoca deixou de comparecer, prejudicando
nosso espetáculo. (comunicar – dizer – declarar)
Quase todos os alunos, nesta classe, ______________
sempre boas notas. (ganharam – obtiveram)
Com que ____________________ vou chegar perto da
Júlia? (expressão – cara – rosto – aparência)
Os concorrentes deverão_____________ tarefas bem
penosas. (cumprir – executar – desempenhar)
O verdadeiro esportista _____________ dos vícios.
(abstém-se – priva-se)
O título de rei, que me deram, foi uma ______________
generosa, que recebi em nome, principalmente, do meu
amor ao esporte. (oferta – oferenda)
Às oito horas__________________ o espetáculo.
(começou – principiou)
O contínuo ficou envergonhado por não ter_________
__________ o discurso do chefe. (entendido – percebido)
Durante a reunião, senti necessidade de _____________
____________ calada. (manter-me – sustentar-me)
Esse é um assunto que não me ____________________.
(compete – abrange)
É____________________ que líderes autênticos existam.
(possível – exequível)
Não era possível que esse estado de coisas _________
___________.(pudesse continuar – continuasse)
O professor necessitou de duas horas para ________
___________ estes exercícios. (elaborar – criar – bolar)
19. Esse era o programa que o professor tinha de _________
_______ durante o semestre. (realizar – cumprir)
02. Preencha as lacunas com palavras adequadas aos novos
contextos, derivados da substituição dos vocábulos em
destaque.
1. O aluno deixou repentinamente a carteira.
a)
b)
c)
d)
O soldado deixou repentinamente o _________________.
O camelô deixou repentinamente o __________________.
O automóvel deixou repentinamente a _______________.
O passageiro do avião deixou repentinamente a _______.
2. O turista ficou alegre com a feliz notícia.
a) O turista ficou _______________ com a repentina notícia.
b) O turista ficou __________________ com a trágica notícia.
c) O turista ficou _______________ com a misteriosa notícia.
d) O turista ficou___________________ com a infeliz notícia.
3.
a)
b)
c)
d)
4.
O menino chegou com a roupa molhada de chuva.
O menino chegou com
O menino chegou com
O menino chegou com
O menino chegou com
a roupa_____________ de sereno.
a roupa ______________ de tinta.
a roupa _______________ de óleo.
a roupa ______________ de lama.
Ergueu o polegar como símbolo de sucesso.
a) Ergueu a taça como símbolo de _______________.
b) Ergueu a espada como símbolo de ________________.
c) Ergueu a cruz como símbolo de ________________.
d) Ergueu a bandeira como símbolo de ________________.
5. Resolveu mandar embora a empregada.
a) Resolveu ____________________ o funcionário.
b) Resolveu _____________________ o ministro.
c) Resolveu ______________________ o operário.
d) Resolveu ____________________ o presidente.
03. Indique um vocábulo de sentido geral que se aplique a
cada um dos conjuntos a seguir:
1. Queijo – manteiga – iogurte – leite __________________.
2. Pintura – escultura – dança – teatro _________________.
3. Alpinismo – basquete – futebol – tênis _______________.
4. Sapo – rã – perereca – salamandra _________________.
5. Liquidificador – batedeira – aspirador de pó ___________.
6. Samba – valsa – tango – bolero ____________________.
7. Brinco – colar – pulseira – anel ____________________.
8. Batom – rímel – delineador – pó-de-arroz ____________.
9. Bolsa – cinto – sapato – chapéu ____________________.
10. Siri – lagosta – camarão – caranguejo _______________.
04. Indique as palavras ou expressões empregadas ou
colocadas de modo inadequado.
1. As pessoas que respiram gás de cozinha morrem
frequentemente.
_______________________________________________
11
2. Há várias alternativas a seguir em face do problema.
_______________________________________________
07. Substitua o adjetivo pequeno, nas frases a seguir, por
outros adjetivos de significado equivalente.
3. O volume de documentos a serem examinados o
desanimava.
1. Homem pequeno ________________________________
_______________________________________________
3. Pequena viagem ________________________________
4. Os jornais vincularam notícias de corrupção.
_______________________________________________
5. Por ser minha companheira de partido, suas ideias iam de
encontro às minhas.
_______________________________________________
6. A mãe colocou o babador no filho quando precisou dar-lhe
água no bebedor.
_______________________________________________
05. Seguindo o modelo, substitua o verbo ter por outro de
sentido mais específico, fazendo as adaptações necessárias.
Tenho de z minutos para almoçar.
Disponho de dez minutos para almoçar.
1. Meu avô tem um sítio em Minas.
_______________________________________________
2. Ontem à tarde, tinha um sujeito se afogando na lagoa.
_______________________________________________
3. O que ele tem?
_______________________________________________
4. Tenha a gentileza de entrar!
_______________________________________________
5. Espero que tenhamos boas férias!
_______________________________________________
06. Indique uma palavra de sentido equivalente ao da palavra
grande nos textos a seguir.
1. O grande Capistrano de Abreu declarava só ter entrado
para a sociedade humana porque não fora previamente
consultado.
_______________________________________________
2. Alma grande é aquela que percebe que o cachorro está
com sede e lhe dá de beber.
_______________________________________________
3. A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer
uma vontade presente, não penso mal que em breve daí
pode resultar.
_______________________________________________
4. A amizade é um contrato pelo qual nos comprometemos a
prestar pequenos serviços a alguém a fim de ele nos
prestar grandes.
_______________________________________________
5. A amizade de um grande homem é um benefício dos
deuses.
_______________________________________________
12
2. Pequena lembrança ______________________________
4. País pequeno ___________________________________
5. Pequena passagem ______________________________
08. Preencha as lacunas com a palavra ou expressão mais
adequada, escolhida, entre as que estão em destaque.
Abaixo – a baixo – baixo – debaixo – de baixo – em baixo
1. A temperatura no Sul estava _________________de zero.
2. Examinaram o suspeito de alto _____________________.
3. A modelo nada usava ____________________ do vestido.
4. A namorada o esperava _________________, na portaria.
5. Pendurou a gravura ________________ do quadro a óleo.
09. Preencha as lacunas com a palavra adequada, entre as
seguintes.
Abaixar – rebaixar – baixar
1. O novo governo não conseguiu ____________________ a
inflação.
2. Decidiu ____________________________ o teto da sala.
3. O general devia _______________ os militares acusados.
4. Tinha que ________________ a cabeça para passar pela
porta.
5. Com a medida, o dólar devia ________________ no
câmbio negro.
10. Preencha as lacunas com uma das seguintes palavras:
Comunicar – informar – declarar – avisar – participar
1. O diretor decidiu __________________ a resolução a
todos.
2. A enfermeira achou melhor _________________ sobre os
riscos da operação.
3. Queremos ____________________ a todos o nosso casamento.
4. A testemunha resolveu __________________ o que havia
ouvido.
5. Desejamos ________________ aos empregados que o
salário deste mês será pago com atraso.
O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA
PALAVRA TREM
Interessante que o assunto mineirês veio à tona po r
parte de alguns jornalistas que escreveram a seguinte
manchete:
"Trens batem de frente em Minas".
Os mineiros obviamente não deram a devida
importância, já que pra mineiros isto quer dizer
apenas que duas coisas bateram. Poderiam ser dois
carros, um carro e uma moto, uma carroça e um carro
de boi; ou até mesmo um choque entre uma mala de
viagem e a mesa de jantar...
Movida pela curiosidade, resolvi então consultar o
Aurélio e vejam o que diz:
Trem: sm. 1. Objetos que formam a bagagem dum
viajante. 2. Mobiliário duma casa. 3. Bras. Comboio
ferroviário. 4. Bateria de cozinha. 5. Bras.Pop. Treco.
6. Diz de pessoa ou coisa ruim, imprestável.
(Bras. : é a abreviatura de Brasileirismo)
Vejam que o sentido de comboio ferroviário é apenas o
3º, e ainda é considerado um brasileirismo. Comentei
o fato com um amigo especialista em etimologia que
esclareceu a questão: o comboio ferroviário recebeu o
nome de trem, justamente porque trazia, porque
transportava, os trens das pessoas. Vale lembrar que
nesta época o Brasil possuía uma malha ferroviária
com relativa capilaridade e o transporte ferroviário era
o mais importante, assim era natural que as pessoas
fizessem esta associação..........................................
Moral da história: O mineiro é antes de tudo um
erudito. Além de erudito, ainda é humilde e aceita que
o pessoal dos outros estados tripudiem da forma como
usa a palavra trem. Na verdade, acho que isto faz
parte do espírito cristão do mineiro, ele escuta as
gozações e pensa:
"Que trem, sô... mas que sejam perdoados, pois não
sabem o que dizem".
ORIGEM DO TERMO "FORRÓ"
O forró, baile animado em que se dança ao som de
ritmos nordestinos, é a redução do vocábulo
"forrobodó", que Câmara Cascudo define no seu
Dicionário do Folclore Brasileiro como uma festa
popular, com música movimentada. O processo é o
mesmo que produziu formas como "japa" (japonês),
"refri" (refrigerante) ou "pornô" (pornográfico).
Contudo, há uma versão popular de que o nome teria
vindo da leitura estropiada da expressão inglesa " for
all ", com que os engenheiros ferroviários ingleses da
Great Western (ou os oficiais da base aérea americana
de Natal, noutra versão) avisavam os operários de que
a festa era aberta para todos. Linguisticamente, a
hipótese é tola; além disso, o forrobodó já existia no
Brasil Colonial, muito antes da presença de ingleses ou
americanos por aqui.
Anotações:
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13
Anotações:
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Proposta 1: Discurso DIRETO para INDIRETO
(CEFET)
Transponha o texto abaixo para o discurso indireto, mantendo-s e fiel às informações.
Use caneta azul ou preta e somente a extensão das linhas dadas.
MÁRCIA GOLDSCHMIDT USA WEB COM PRUDÊNCIA
Em entrevi sta a Gente, a apresentadora do programa Hora da Verdade, Márcia Goldschmidt,
falou para que a internet é útil.
Qual a sua opinião sobre a internet?
Para mim, internet é utilidade, não é lazer. O grande barato é a praticidade.
Para que usa a web?
Buscar informações e pesquisar. Faço compras de vitaminas, suplement os aliment ares,
maquiagem, mas não uso cart ão de crédit o, faço através de depósito bancário, porque não se sabe
direito o destino das coisas que você digita. Ainda não me convenci da segurança. Operações
bancárias também não faço, não me sinto tranq uila. Em bate-papo entrei uma vez, tinha de c onhecer,
achei uma grande bobagem, uma conversa es quisita.
Quais site s ace ssa mais?
Todos os dias a internet me ajuda c om a pauta do meu programa. Entro muito nos Últimas
notícias, do UOL, no globo.com e no babado.com, que é um vício.
(Adaptado de uma reportagem de Marina Monzillo para a revista ISTOÉ Gente, edição 30/09/2002.)
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Orientações do corretor:
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Turma:
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Data:
Proposta 2: ( UFPR ) Considere os seguintes trechos de entrevistas.
Entrevista com a escritora Susan Sontag.
Veja – Exposição demais à violência por meio de fotos e imagens de televisão pode levar as pessoas à indiferença e à
passividade?
Susan – Essa foi uma idéia que comecei a discutir nos anos 70, quando escrevi meu primeiro ensaio sobre fotografia, e
que senti a necessidade de retomar agora. Naquela época eu disse de maneira um tanto forte que as imagens poderiam,
sim, nos tornar passivos. Hoje eu acredito que isso não é necessariam ente verdade. As coisas só acontecem dessa
maneira se a mensagem que acompanha a imagem for a de que nada pode ser feito. Se a mensagem subliminar for "sim,
tudo é horrível, mas interferir está fora de nossas possibilidades", aí ela leva você à passividade . E é preciso estar alerta
também para a compaixão e a simpatia fácil que as imagens de sofrimento nos provocam. (...) Esse tipo de surpresa é
uma espécie de clamor de inocência, um álibi. Precisamos sempre questionar o papel da compaixão quando vemos algo
terrível que está acontecendo longe de nós. Se não carregar consigo a idéia de que as coisas podem mudar, talvez você
se torne realmente passivo e comece a pensar na realidade como um espetáculo.
(Veja, ed. 1817, ago. 2003.)
Entrevista com o cineasta Steven Spielberg.
Veja – O que o senhor acha da tese de que a violência no cinema e na televisão estimula o público a agir da mesma
forma?
Spielberg – Acho correta. Assistir à violência no cinema ou em programas de TV estimula muito mais os espectadores a
imitar o que veem do que assistir a ela ao vivo ou nos telejornais. No cinema, a violência é filmada com iluminação
perfeita, em cenas espetaculares, em câmera lenta, tornando-se até romântica. Já no noticiário, o público tem uma
percepção muito melhor de como a violência pode ser horrorosa e usada com finalidades que não existem no cinema.
(Veja, ed. 1821, set. 2003.)
Em um texto de 12 a 15 linhas, compare os pontos de vista de Susan Sontag e Steven Spielberg sobre os efeitos
da exposição do público a imagens de violência. Use discurso indireto.
Caneta azul ou preta.
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Orientações do corretor:
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QUESTÃO 1 – Progressão Textual 13 linhas
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Orientações do corretor:
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Nome:
Questão 2 – Progressão Textual 15 linhas
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Orientações do corretor:
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Turma:
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CARTA 1 – 18 a 24 linhas – usar caneta azul ou preta. Proposta : A ( ) ou B ( )
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Turma:
CARTA 2 – 07 a 10 linhas – usar caneta azul ou preta
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Orientações do corretor:
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RÉPLICA – 15 linhas – use caneta azul ou preta.
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Orientações do corretor:
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Nome:
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* Proposta 1 – 12 linhas – discurso direto para indireto.
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Orientações do corretor:
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* Proposta 2 – 10 linhas – Progressão textual
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* Proposta 3 – 15 linhas – Carta Argumentativa
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Orientações do corretor:
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Nome:
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Período:
Data:
* Proposta 4 – 12 linhas – Carta Argumentativa
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Orientações do corretor:
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BÔNUS
Texto 1
Texto 2
Cada corpo, uma solução
O verão se aproxima e com ele a hora em que cada um se olha
no espelho e lamenta. Seu corpo se parece um tubo, reto e sem
curvas? Ou em formato de pêra, típico da brasileira, com cintura
bem marcada, coxas e quadris largos? S e houvesse uma
maneira de solucionar isso... Depois de oito anos estudando a
anatomia das mulheres, Matt Roberts, personal trainer de
estrelas como Madonna, a atriz Sandra Bullock, a modelo
Naomi Campbell e os estilistas Tom Ford e John Galliano,
lançou um esquema de preparação física especifico para os
diferentes perfis femininos. Desta vez, não s e trat a de um
programa unissex para perder peso como foi Boa Forma em 90
dias, seu best-seller anterior.
Corpo em Forma é um guia de exercícios para as mulheres que
visa a uma transformação maior que a mera diminuição de
gordurinhas. Roberts classifica a estrutura do corpo em quatro
categorias: pêra, maçã, tubo e ampulheta. “Apesar do format o
natural ser genético, é possível ta nto modifica-lo quant o
equilibra-lo para potencializar os pontos fracos e mascarar os
problemáticos.”
(VEIGA, A. e MONTEI RO, B. Cada Corpo, uma solução. Época, Rio de Janeiro, n. 339, p. 86, 15 nov. 2004. )
Com base na imagem e no texto, produza um texto dissertativo di scutindo a relação entre o corpo e
concepção de beleza na sociedade atual.
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DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE