DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE Há várias formas de tratar as falas de personagens numa narrativa. Observe: DISCURSO DI RETO: É a reproduç ão direta das falas de personagens. É um rec urso que imprime maior agilidade ao texto, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar. Também permite utilizar o modo de falar dos personagens como elemento caracterizador. Veja como exemplo: Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apont ando para os ent ulhos: “Alá minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu out ro tênis.”‟ Di scurso indireto: Ela respondeu que comprara um lindo vestido. Como você observou no exemplo, o discurso diret o requer uma pontuaç ão específica; o mesmo não ocorre com o discurso indireto. Outra observação import ante: o tempo verbal, no discurso indireto, será sempre passado em relação ao tempo verbal do discurso direto. Dessa forma, as relações são: DIS CURSO DIRE TO Verbo no presente do indicativo: - Não bebo dessa água – afirmou a menina. Jornal do Brasil, 29 maio 2005. DISCURSO I NDI RETO: Neste caso, as falas dos personagens são adaptadas e incorporadas pelo narrador. Dessa forma, conta-se mais do que se mostra. Observe como ficaria o trecho acima se usado o discurso indireto: Juarez, desolado, dizia que não tinha tido tempo de apanhar suas coisas e que agora não possuía mais nada. DISCURSO I NDI RETO LIVRE: É uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos pers onagens. É uma forma de narrar econômic a e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo: O desolado Juarez tinha perdido t udo. E agora, cadê dinheiro para comprar tudo de novo? Como transformar um discurso direto em indireto e vice-versa Ao fazer uma narração, podemos reconstituir as falas dos personagens utilizando a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indiret o. Portant o, é importante dominar essas estruturas e conhecer as relações entre elas. Verbo no pretérito perfeito: - Perdi meu guarda-chuva – di sse ele. Verbo no futuro do indicativo: - Ele confessou: - Irei ao jogo. Verbo no imperativo: - Aplaudam ! Ordenou o diretor. DISCURSO INDIRETO Verbo no pretérito imperfeito do indicativo: A menina afirmou que não bebia daquela água. Verbo no pretérito mais-que-perfeito: Ele disse que perdera seu guarda-chuva. Verbo do futuro do pretérito: Ele confessou que iria ao jogo. Verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo: O diretor ordenou que aplaudíssemos. Vamos destacar alguns aspectos dessas relaç ões: O discurso direto apresenta-se em primeira pessoa; O discurso indireto, em terceira pessoa (a fala do personagem é reproduzida com palavras do narrador) Di scurso direto: Ela respondeu: - Comprei um lindo vestido. Modelo - Mudança de discurso O trecho a seguir é parte de uma entrevista com a antropóloga Alba Zaluar, feita pela revista IstoÉ, que teve como tema dominante a atuação do exército no combate ao tráfico no Rio de Janeiro em novembro de 2004. 1 IstoÉ: Mas então os moradores das favelas não são agradecidos à proteção dos traficantes, como se diz? Alba: Quando faço pesquisas nesses locais e ouço mães falarem, elas dizem que têm muito medo de que seus filhos sejam atraídos pelas quadrilhas. Elas têm uma política de atrair os menores porque são inimputáveis*, mais dóceis e mais ágeis. Isso assusta muito as mães. Os policiais entram nesses lugares, matam os meninos e os marginais adultos, muitas vezes, conseguem escapar. IstoÉ, ed. 1311. * Inimput ável – que não pode ser responsabilizado por seus atos. QUESTÃO: Tendo como referência as informações contidas tanto na pergunta quanto na resposta, escreva um parágrafo, apresent ando-as em discurs o indireto, relatado. Você não precisa se prender às palavras utilizadas no diálogo, à estrutura das frases no mesmo, nem à ordem em que as informações foram apresentadas. Procure ser claro e conciso. PROCEDIMENTO: Leia o texto com atenção, observando tanto as perguntas quanto as respostas. Reescreva o texto como se estivesse relatando uma conversa, um diálogo ouvido, sem reproduzir as palavras dos interlocutores. A antropóloga Alba Zaluar afirma que, ao contrário do que muitos pensam, as mães não são “agradecidas” aos traficantes que empregam seus filhos. Elas na verdade, temem o fato de as crianças serem atraídas por quadrilhas que as utilizam por serem mais dóceis, ágeis e, principalmente, inimputáveis. Seu temor é justificado pelo fato de que, quando policiais invadem as favelas, as crianças passam a ser as principais vítimas da violência, sendo facilmente mortas enquanto os marginais adultos se evadem. (Pág. 15) (Pág. 17) Progressão textual PROCEDIMENTO: Procure inteirar-se do assunto desenvolvido. Pergunte-se qual o objetivo do autor do texto. Observe bem o padrão de linguagem, o estilo que ele vem utilizando, para lhe dar sequência. Questão 1 - Progressão Textual O trecho a seguir é o parágrafo inicial de um texto inacabado. Sem ter a preocupação de concluir o texto, escreva um parágrafo, at é o limite de 13 linhas, que lhe dê continuidade. Observe que deve haver continuidade no tratament o do tema e na linguagem adotada. Durante um mês, entre Junho e Julho de 2006, o Brasil inteiro deixou em segundo plano seus problemas 2 e preocupações e fixou sua atenção na Alemanha, onde se realizava a Copa do Mundo. Nessa fase, nada era mais importante para o país que perseguir o sonho do hexa, que o país almejava desde a conquista do penta; e que, finalmente,não se concretizou. Passada a euforia da Copa, uma questão se coloca: em meio à grave crise social e econômica que o país atravessa, que efeito pode ter o resgate do amor próprio dec orrente da não conquista do hexa? De um lado, pode ter efeitos altamente benéficos: otimismo e euforia, que lhe dariam motivação para enfrentar a luta. O cidadão passaria a crer em que nem tudo está perdido e que é preciso ter esperança, disposição, pois o desânimo e o derrotismo em nada contribuem para solucionar problemas. Por outro, porém, pode o brasileiro mais uma vez se deixar ludibriar pelo f also uf anismo e “deixar a bola rolar”. Isso é perigoso, porque como nos campeonatos de seu esporte favorito, ficará apenas assistindo aos outros, não fazendo sua parcela de sacrifício, eximindo -se de responsabilidade diant e de problemas que também lhe dizem respeito. (Pág. 19) Questão 2 - Progressão textual Leia o texto abaixo e redija mais dois parágrafos, num total de até 15 linhas, dando continuidade ao assunto, fazendo progredir as informações e garantindo a unidade temática. Álbum de recordações O álbum de fotografias é uma espécie de geladeira da história. Nele armazenamos, imperecíveis, as imagens do nosso t empo. Guardo na mente um álbum do Brasil dos últimos anos. Ao folheá-lo, deparei com duas fotografias marcantes. Uma delas mostrava uma grande multidão concentrada numa praç a, de braços erguidos, como que em intensa euforia, tendo ao fundo vários políticos de braços dados. Era a campanha pelas eleições diretas. Impossível esquecer a alegria que tomava conta das pessoas, brasileiros de todas as classes sociais e de todos os recantos do Brasil, entoando em coro uníssono de liberdade o hino nacional. A segunda foto, lamentavelmente, mostrava corpos espalhados pelo chão, tendo em seus ventres marcas de costura horríveis, como se fossem sac os de cereais. Eram brasileiros covardemente assassinados por quererem um pedaço de solo para plantar. E ram os mortos de Corumbiara, talvez uma estatística apenas para aqueles que um dia quiseram se eleger. Jostas de Souza, Folha de São Pa ulo.20 nov. 04. (Pág. 21) Carta OBJETIVO DA QUESTÃO: Este tipo de questão - redigir um comentário ou uma resposta a um texto dado - pretende avaliar a capacidade que o candidato tem de escrever um texto numa situação determinada, com um interlocutor fixo. Os recursos de linguagem utilizados devem ser adequados ao texto base, com o qual se deve estabelec er a interloc ução. Do mesmo modo, a opinião pessoal do candidato sobre o episódio descrito no texto deve estar presente. Obs: Não se devem us ar os formalismos estéticos de carta, tais como: local, data, invocação, despedida etc. exceções. A educação no país está sucateada porque o salário dos professores, em todos os níveis de graduação, foi sucateado, ferindo, consequentement e, a dignidade no exercício dessa profissão. Parece-me natural que pais professores não queiram que seus filhos sejam futuros professores e que, também, os influenciem na escolha de uma profissão que traga, ao menos, um m ínimo de dignidade a quem a exerce. Questão de Modelo CARTAS EDITADAS EM REVISTAS Na seção Cartas da revista Veja (ed. 1352), figura o seguinte texto: Para que você se familiarize com a linguagem das cartas, observe a seguir, alguns exemplos de cartas publicadas nas revistas Veja e IstoÉ, de leitores que se posicionaram sobre alguma reportagem publicada. Há algum tempo, durante um cafezinho na copa do prédio de Letras, da Universidade de São Paulo, ouvia, involuntariamente, alguns comentários de professores que ali estavam, em int ervalos de aulas. O assunto eram os filhos. “Meu filho mais velho s e forma em Medicina neste ano.” “O meu em Direito.” A í, por mera curiosidade, interrompi a conversa do grupo e perguntei: “Alguém de vocês tem, por acas o, algum filho professor ou que esteja seguindo a carreira do magistério?” Ninguém tinha. Perguntei por quê. A resposta comum a todos foi que sempre des ejamos o melhor para os filhos e ninguém quer que eles s ofram em suas vidas profissionais os constrangiment os experimentados pelos pais. Antonio Suarez Ab reu Escreva para a mesma revista um comentário, de até 10 linhas, a respeito do assunto, com a finalidade de que sua opinião sobre a influência dos pais na escolha profissional dos filhos seja publicada. Exemplo 1 Não pude deixar de sensibilizar-me com a carta do Sr. Antônio Suárez de Abreu – cartas, Veja, ed. 1352 –, que comenta a intromissão dos pais na escolha da profissão dos filhos e insinua o desprestígio da profissão de professor, uma vez que nem os próprios pais a querem para seus filhos. Julgo lamentável que pais professores não queiram para seus filhos a profissão que tiveram. Isso prova o quanto a classe está desgastada, se até eles não ac reditam mais na carreira, o que por si só é uma pena. Pior ainda é que, com sua formação, parecem estar estimulando os filhos a escolher s ua profissão mais por razões econômicas do que vocacionais. O que esperar, então, de pessoas menos esclarecidas? Exemplo 2 Com relação à carta do Sr. Antônio S. Abreu, publicada nesta revista (n. 1352), creio que estão cheios de razão os professores da USP, quando afirmam que querem o melhor para os seus filhos ao opinarem sobre as profissões escolhidas por ou para estes. Ser professor, hoj e, é um exercício de constrangiment o e de sofrimento, salvo algumas Carta 1 Hoje, cinquentão, ainda me lembro da minha infância e de minhas professoras do c urso primário, que curavam nossas peraltices com carinhosas e providenciais reguadas. Numa dessas ocasiões, quando cheguei a casa e reclamei da punição para minha mãe, ela não foi brigar com a escola, não procurou a imprensa, mas se dirigiu a uma varinha de marmelo, que mantinha estrat egicamente c olocada em um canto do fogão à lenha, com a qual nos esquentava as pernas. Nem eu nem meus irmãos crescemos traumatizados. Só acrescento que varinha de marmelo também educa, embora, hoje, seja difícil encontrar. Roberto Antonio Cera, Piracicaba, SP – Veja, 8/05/06. Carta 2 Sem-teto Com imensa tristeza, li a reportagem “O céu por cobertor” (IstoÉ, 1364). O surgimento da nova geração de meninos de rua demonstra que em nosso país é um salve-se-quem-puder, e os mais pobres não têm nem teto para morar, muito menos como criar uma família. Que fim teremos com isso? Islânia Pereira Santos, Itaipé, MG – IstoÉ, 1366. Carta 3 Sem-terra Com relação à reportagem “Reforma agrária na marra” (IstoÉ, 1358), desde que me conheço por gente, meu pai falava em reforma agrária. Hoje, tenho mais de 40 anos bem vividos e a tão esperada reforma ainda não saiu. Os grandes latifundiários, a cada dia, com mais terras e os pequenos, com menos. Aqueles que combatem as revoluções pacíficas promovem as revoluções sangrent as. Jorge L.Cirino, Curitiba - PR – IstoÉ, 1360. 3 Carta 4 Desaparecidos Os coment ários da reportagem “Desaparecidos entram em cena” (IstoÉ,1353), sobre os ativistas mortos pelo regime militar, são curiosamente tímidos num ponto: evita-se dar ret rospecto de suas atividades. Os jovens devem saber qual foi a luta deles, os cursos que muitos deles fizeram em países do bloco comunista de então, onde aprenderam as artes da subversão e da sabotagem. Saber detalhes do campo de treinamento de guerrilheiros, implant ado por Lamarca no Vale do Ribeira, que foi cercado pelas Forças Armadas, mas não sem que um dos heróis da liberdade matasse um refém, tenente Alberto Mendes Júnior, com uma coronhada de fuzil. Deve informar-se dos inúmeros assaltos a banco, efetuados na década de 70, para arrecadar fundos para o “exército do povo”, que homens como Lamarca queriam administrar. Antoon Schuller, Betim, MG – IstoÉ 1354. REDAÇÃO – Carta 1 “Inove ou morra. Você ouve falar disso toda hora, e esse mantra parece valer para tudo: banco, supermercado, padaria, revista, inseticida ou o que for. E o que acontece quando você nega essa verdade supostamente univers al? B em, se você for o colégio católico São Bento, no Rio de Janeiro, voc ê não apenas não morrerá, como florescerá. Na semana passada, os alunos do S ão Bento, no Rio, sagraram-se os mais bem preparados do país, segundo a lista do Exame Nacional do E nsino Médio. (...) Na contramão do que fez a maioria das escolas, o São Bento ignorou a onda das novas teorias de educação da década de 70. Ensina seus 1.100 estudantes – t odos do s exo masculino, de 7 a 17 anos – quase da mesma forma que há 14 8 anos, quando foi fundado. Não tem mais palmatória, mas piercing, tatuagem e cabelo grande nem pensar. Qualquer coisa que possa tirar o aluno do objetivo principal não passa da portaria. Nem as meninas. (...) O colégio atribui o sucesso ao binômio „disciplina e seriedade‟. Os garotos até a 8ª série precisam usar uniforme completo: camisa azul de botão, calças ou bermuda cinza, meias cinzas e tênis preto. S e us arem algo diferente disso, voltam para casa. No ensino médio, durante o qual a maioria dos colégios nem cobra uniforme, o São Bento exige a camisa pólo bege c om o brasão da escola e calça c omprida. A presença exclusiva de meninos obedece a uma lógica. „A vis ão da menina toca o menino afetiva e s exualmente. Eles são mais aliciáveis que elas. Vide o fato de que revistas com mulheres nuas vendem mais que as com homens nus‟, a a afirma o reitor, Dom Tadeu de Albuquerque. Da 1 à 5 o série do ensino fundamental e no 3 ano do ensino 4 médio, os alunos ficam no colégio das 7h30m. às 16 h. Muita coisa? Não para Dom Tadeu, para quem esse tempo é, em síntese, um precioso investimento no futuro. „O aluno tem de saber que vale a pena ficar no colégio enquanto o filho do vizinho está na praia, surfando, afirma ele. (...) No ensino médio, os professores estimulam os estudantes a pes quisar à tarde sobre os temas abordados nas aulas matinais. Os alunos têm à disposição a bibliot eca, com 13.400 títulos em 21 mil volumes, e cinco c omput adores com acesso exclusivo para pesquisa. „Nosso aluno não é máquina de repetir professor. Queremos que pense. O jovem não vai ficar t utorado para o resto da vida‟, diz a coordenadora e professora de P ortuguês, Rosângela de Almeida. Inovações pedagógicas das últimas décadas, como projetos multidisciplinares em torno de grandes temas, não são a tônica do S ão B ento. E o ponto é que nada disso parece estar fazendo falta. Em vestibulares disputados, a t axa de aprovação do São Bento fica fora da curva. Quase metade dos alunos que tentam uma vaga para Medicina chega lá, segundo o site da escola. Sair do São Bento é relativamente fácil. Basta repetir de a ano, por exemplo. Ou, como fez um aluno da 5 série, chamar a professora de „gostosa‟. Entrar é bem menos fácil. Há dez candidatos por vaga, e os pais dos interessados não parecem desestimulados pela mensalidade de cerc a de R$ 1.500.” (Época, 20 de Fevereiro de 2006, pp. 82-83.) Considerando a matéria acima, escolha e desenvolva apenas UMA das propostas de redação abaixo em um texto entre 18 e 24 linhas: PROPOSTA A) P osicione-se como alguém res ponsável a pelo aluno da 5 série que foi expulso e redija uma carta ao reitor do Colégio São B ento censurando a educação tradicional ali ministrada. PROPOSTA B) Posicione-se como um dos alunos aprovados para o curso de Medicina e escreva uma carta endereçada a Dom Tadeu de Albuquerque elogiando a educação tradicional característica do colégio do qual ele é o reitor. Fundamente sua posição. NÃO ASSINE seu texto. Use caneta azul ou preta (Pág. 23). REDAÇÃO – Carta 2 - Leia o texto a seguir: Guerra contra o cigarro A luta cont ra o cigarro ganhou uma nova e poderosa arma no final de fevereiro, quando entrou em vigor o primeiro tratado internacional, c om o objetivo de reduzir o tabagismo. O documento elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi ratificado por mais de 50 países (o necessário para entrar em vigor eram 40). O Brasil ainda não ratificou o documento. As medidas que deverão ser adotadas pelos países membros dizem respeito aos locais de proibição, à publicidade do produto e à questão de impostos e preç os. (Galileu, abril 2005, adaptado.) Escreva uma carta ao Presidente da República manifestando-se a respeit o do assunto. Seu texto deverá conter: • Pedido para que o Presidente assine o documento. • Argumentos a favor da proposta da OMS (Como este é um exercício de argumentação, mesmo que você seja contra, deverá aqui defender a proposta da OMS). • Sugestões de como executar as medidas anunciadas acima (lugares, publicidade, impostos, preços etc.). Sua carta deve ter de 7 a 10 linhas. ATE NÇÃO: A CARTA NÃO DEVE SER ASS INA DA. LEMBRE-SE: QUA LQUER IDE NTIFICA ÇÃO ANULA A REDA ÇÃO (Pág. 25). RÉPLICAS Na réplica, são dados dois textos: no primeiro, um escritor X posiciona-se, em uma revista ou um jornal, sobre um determinado assunt o; no segundo, Y, escreve-se, para a revista ou para o jornal, manifestando também sua opinião, compondo-se ao escritor X. Este replica, defendendo -se. Texto para réplica Em artigo na coluna de opinião da folha de S. Paulo, o jornalista Marcelo Beraba comentou as avaliações e sugestões de leitores convidados por aquele jornal para diagnosticar os grandes problemas a serem enfrentados pelo novo governo. Texto 1 Parece-me haver consenso de que o grande problema de nossas administrações não é a falta de dinheiro, mas como o dinheiro vem s endo gasto. Principalmente nas áreas de educação e saúde. [...] Em relação à educação, há um dado revelador: são muitos os depoimentos que evocam as qualidades da antiga escola pública e lament am a sua falência. São testemunhos que provavelmente mitificam o passado, mas indic am a insatis fação com a realidade imposta à classe média e aos sem recursos, não alternativa. Ou é a escola particular cada vez mais cara, ou é a escola pública insatisfatória. (Folha de S. Paulo, 6-11-04, p. 1-2.) Alguns dias depois, Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), encaminhou cart a ao jornal, comentando o artigo. Os passos são os seguintes: Texto 2 Passos para a confecção do texto da réplica a) Tese: O escritor X externa seu ponto de vista sobre um determinado assunto. b) Antíte se: O escritor Y se contrapõe com argumentos, combatendo o ponto de vista de X. c) Seu texto: Você deverá redigir um texto, defendendo a posição de X e combatendo a argumentação de Y. [Os leitores] incorrem num equívoco, que Marcelo Beraba não corrigiu, e que consiste em imaginar que se possa reorientar o Estado na direção da justiça e até mesmo da nova eficácia sem gastos maciços, apenas modificando a estrutura do dispêndio. Ora, é ilusório acreditar que “dinheiro existe, apenas é mal gasto”. Tome o caso da rede pública de educação. O salário é ridículo. Por hipótese, suponhamos que parte do dinheiro da educação esteja indo para atividades – meio em detrimento das atividades-fim, ou para a construção de prédios em vez de s ua manut enção. Mas quanto dinheiro é este? Há dados realmente confiáveis que validem essa tese? Se a “sociedade” quer mesmo um ensino público bom, vai ter que pagar por isso, e isso não é barato. [...] Receio muito a demagogia fácil que hoje seduz a classe média: como ser do Primeiro Mundo sem pagar nada por isso ? (Folha de S. Paulo 14-11-04, p. 1-3.) É norma em muitos órgãos de imprensa, quando opiniões são expressas por um jornalista, ou pela direção de um jornal citado, o editor escrever uma réplica, em geral, um texto breve respondendo às críticas apresentadas. Tomando por base os trechos selecionados do artigo do jornalista Marcelo Beraba (t exto 1) e da cart a do professor Renato Janine Ribeiro (texto 2), escre va um texto, até o limite de 15 linhas, que possa servir de réplica do jornalista ao professor. (Pág. 27) 5 Para maior clareza, observe o exemplo a seguir. o Hospital Agamenon Magalhães inaugurou a segunda emergência cardiológica do estado. Brivaldo Markman Filho, Recife, PE – IstoÉ, 1390. Exemplo de réplica Realment e o professor Janine tem razão (artigo da Folha de S. Paulo de 14-11-94). Os leitores incorrem em um equívoco: o de repetirem discursos sem analisarem a realidade. Historicamente, o discurso que se ouvia era que primeiro o bolo tinha que c rescer para depois ser dividido. O bolo cresceu; comeram-no. O que restou, hoje, utilizam para tampar rombos de banqueiros. O povo precisa continuar puxando a carroça, e a espiga de milho que lhe põem à frent e, na atualidade, é o chavão de que para se chegar ao “P rimeiro Mundo” é preciso pagar um preço equivalente a este. Resta saber, agora, a quem?! Réplicas publicadas Réplica 3 Victor Fasano Minha entrevista na Veja desta semana apresenta a seus leitores um homem com o qual não me identifico. Só minha inc apacidade de verbalizar ideais e sentimentos poderia justificar frases que me situam como simpatizante nazista. Estou chocado, inclusive comigo, pela forma como um ingênuo comentário, restrito a meus estudos sobre a eugenia de criações em cativeiro, deu margem a tal apresentação. Quero me desculpar com todas as pessoas que se sentiram ofendidas por esse lamentável mal-entendido em especial a comunidade judaica, ferida pela interpretação de conceitos que emiti, única e exclusivamente, ao dissertar s obre espécies animais. Eu abomino, sempre abominei, toda e qualquer forma de discriminação. Victor Fasano, Rio de Janeiro, RJ – Veja 18/10/05. As réplicas abaixo foram publicadas nas revistas Veja e IstoÉ. As mesmas são defesas daqueles que se sentiram atacados, de uma forma, ou de outra por reportagens que citavam os seus nomes, deturpando o que eles haviam dito ou feito anteriormente. Réplica 1 Preste s Filho A reportagem “Cavalheiro solitário” (IstoÉ, 1368) cometeu um grave erro ao atribuir à cidade de Santo Ângelo (RS) uma população de “17 mil habitantes cercada por favelas”. Santo Ângelo, que foi palco do primeiro levante revolucionário liderado por Luiz Carlos Prestes, é hoje a maior cidade do noroeste gaúcho. Com cerca de 80 mil habitantes, destaca -se por ser um pólo de desenvolviment o econômico, social, turístico e cultural na histórica região das Missões. Quanto à afirmação de que a cidade está cercada por favelas; retrat a uma imagem deturpada de quem não conhece esta região, pois esse fator, derivante do êxodo rural e comum a todas as cidades brasileiras de grande e médio porte, não é, nem de longe, a principal característica da histórica, bela e hos pedeira cidade de Santo Ângelo. Adroaldo Mousquer Loureiro, Prefeito de Santo Ângelo, RS – IstoÉ 1370. Réplica 2 Coração A afirmação atribuída à minha pessoa, referindo-se à inexistência de emergência cardiológica no serviço público do estado de Pernambuco, como foi dito na reportagem “O Rio marca passo” (IstoÉ, 1387) encontra-se incorreta. Na verdade, o Hospital Osvaldo Cruz, ligado à Universidade de Pernambuco, possui emergência especializada em cardiologia há aproximadamente 20 anos. Recentemente, 6 *PROPOSTA 1: A seguir, apres enta-se o trecho de entrevista concedida pelo padre José Ant ônio Trasferetti, professor de teologia moral na Pontifícia Uni versidade Católica (P UC) de Campinas, defendendo a participaç ão dos homossexuais na Igreja. IstoÉ: Porque a Igreja é tolerante no c aso dos homossexuais? Trasferetti: A igreja não aceita, na prática, o homossexualismo. Se o sujeito for gay, porém casto, não está cometendo nenhum pecado. A igreja considera as relações genit ais entre pessoas do mesmo sexo um ato desordenado, uma anomalia. Isso precisa ser revisto. Há casais homossexuais que vivem 15, 20 anos juntos, que são íntegros, trabalham e são felizes em seu modo de ser. IstoÉ: O sr., então, é um rebelde, que discorda da posição da igreja? Trasferetti: Eu sou padre. O problema é que tenho na região de minha paróquia homossexuais, travestis que têm famílias aqui, que são religiosos e acho que devo dar atenção a eles. A igreja ent ende que o modo de vida deles está errado, mas não vou também discrimina-los. Assim como recebo os outros que não vivem de acordo com os preceitos da igreja, os recebo também. Defendo que não basta condená -los. A igreja deveria dar mais atenção a essa gente e acabar com a homofobia. IstoÉ: Mas, para o sr., o homossexualismo é uma anomalia? Trasferetti: Acho que é uma opção de vida. Mas é preciso fazer certa distinção. Há homossexuais anômalos e heteros anômalos. Um tarado, por exemplo, é anormal mesmo sendo heterossexual. A anomalia não está em ser hetero ou homo e sim na forma como o indivíduo vive a sua condição sexual. QUESTÃO: A partir desse diálogo, escreva um texto conciso (máximo de 12 linhas), em discurso indireto, apresentando o ponto de vista do padre em relação aos homossexuais e à posição da Igreja. (Pág. 29) * PROPOSTA 2: pelos narcotraficantes, alguns meninos e meninas de rua são utilizados para atos delituosos leves ou graves. E, quando isso acontec e, a tese de penalizar o adolescente aos 14 ou 16 anos vem à tona. (...) Onde estão as políticas públicas em nível nacional, estadual e municipal que proporcionem a prevenção à marginalidade e à delinquência? (...) Não à penalização aos 14 ou 16 anos. Combatam-se as causas estruturais que alimentam a violência (...). Benedito Domingos Mariano Se você acha: O trecho a seguir é o parágrafo inicial de um texto inacabado. Sem ter a preocupação de concluir o texto, escreva um parágrafo, at é o limite de 10 linhas, que lhe dê continuidade. Observe que deve haver continuidade no tratamento do tema e na linguagem adotada. a) Que não se deve punir penalmente os menores de 18 anos, escreva uma carta ao general Nílton Cerqueira, rebatendo os argumentos por ele apresentados, contrapondo-lhe outros que justifiquem a posição que você defende. O Brasil é um país enorme, complexo e contraditório. Nele convivem diferentes etapas do desenvolvimento, manifestações culturais muito acentuadas. Coexistem aqui o arcaico e o moderno, o luxo e a miséria. Neste país se vai da arquitetura barroca de Ouro Preto à modernidade de Bras ília, dos pinheirais do S ul aos palmeirais do Nordeste. Nele estão presentes diversas raças e tipos humanos diferentes. (Pág. 31) Ou b) Que se deve punir penalmente os menores de 18 anos, escreva uma carta a Benedito Domingos Mariano, rebatendo os argumentos por ele apresentados, contrapondo-lhe outros que justifiquem a posição que você defende. Use 15 linhas com caneta azul ou preta. (Pág. 33) * PROPOSTA 3: (UNICAMP - SP) Nos últimos tempos, vêm ocorrendo intensas discussões a propósito dos meios de combater a violência praticada por menores, nas grandes cidades. Um ex emplo é a divergência de opiniões entre Nílton Cerqueira (Sec retário Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro) e Benedito Domingos Mariano (Ouvidor da Polícia do Estado de S ão Paulo), veiculada pela Revista IstoÉ, de 04 set. 2005. Leia abaixo trechos dessa polêmica: O Estatuto do Adolescente, como está hoje, é uma lei de proteção aos infratores. Quem rouba os tênis das crianças que vão ao colégio? Quem assalta as crianças nos ônibus? São os menores infratores. A lei acaba deixando desprotegida a maioria, que são vítimas. Os infratores ficam em liberdade por causa da impossibilidade de uma atuação serena e enérgica dos policiais. Com isso, aqueles elementos de alta periculosidade têm campo aberto para suas ações criminais. E acabam acontecendo t ragédias como a da Candelária ou a das mães de Acari, que até hoje não acharam seus filhos. Temos que cort ar essas possibilidades retirando esses menores das ruas . (...) Ao contrário do que ocorre hoje, os menores infratores deveriam estar presos, sujeitos ao Código Penal. No Brasil, é muito comum que as questões sociais não resolvidas se transformem em questão de polícia. É o caso dos milhares de meninos e meninas de rua, marginalizados pela sociedade e pelo Estado. Usados muitas vezes pelos “pais” de rua, por maus policiais e Atenção: ao assinar a carta, use apenas as iniciais de seu nome. * PROPOSTA 4 Na seção de cartas da revista Veja (n. 1335), figura o seguinte texto: Casado sob comunhão univers al de bens em 1990 e separado em 2006 por sentença judicial, continuo mantendo minha ex-mulher, advogada e cas ada com um brigadeiro da Aeronáutica, mediante o descont o de 37,5% de meus vencimentos de médico do Ministério da Saúde. Além disso, perdi um apartamento no Rio, comprado após o casamento e que pagu ei com grande sacrifício através de financiamento de quinze anos. Hoje ele está alugado pela ex-companheira com o objetivo de aument ar a sua renda, pois ela reside em um imóvel do Ministério da Aeronáutica, em Brasília. Escreva, para a mesma revista, um comentário de até 12 linhas a respeito do assunto, com a finalidade de que sua opinião sobre a pensão alimentícia paga às mulheres, pelos homens, quando separados, seja publicada. (Pág. 35) COMO ARGUMENTAR Argumentar é um processo que apres enta dois aspectos: o primeiro, ligado à razão, supõe ordenar 7 idéias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo. Assim, argument ar é uma operação delicada, já que é necessário construir idéias e não uma realidade. A argumentação compreende um quadro constituído de um tema, assunto sobre o qual haja dúvidas quanto à legitimidade, um argumentador, que desenvolve um raciocínio a respeito do tema, e um receptor, a quem se dirige os argumentos com a finalidade de que venha a participar da mesm a opinião ou certeza do argumentador. 6. Carnaval menos violento este ano. __________________________________________________ 7. Só agora sai a lista dos convocados para a Seleção. __________________________________________________ 8. Governo vai intervir nos laboratórios. __________________________________________________ 9. Escoteiros dirigem o trânsito na Zona Sul do Rio. __________________________________________________ PRÁTICA TEXTUAL 01. Quando observamos um fat o, tiramos algumas conclusões (inferências), a partir de dados que se encontravam implícitos, ou seja, contidos nele. A final, o que é uma inferência? Uma inferência é apenas um raciocínio ou um argumento. Uma infer ência é o que fazemos quando concluímos algo a partir de qualquer coisa. Eu vejo um homem com gesso num braço; infiro a partir daí que esse homem partiu o braço. Posso cristalizar a minha inferência num argumento: «O homem tem gesso no braç o; logo, partiu o braço». Como é óbvio, esta inferência é razoável, mas o homem pode ter gesso por out ros motivos; pode t er tido apenas um problema muscular; ou pode estar a fazer uma experiência com um novo tipo de gesso; ou pode ser louco e pensar que tem o braço partido, apesar de o não ter; ou os médicos que lhe c olocaram gesso podem ter-se enganado e ele não ter realmente o braço partido. Imaginemos, por exemplo, que você leia no jornal a seguinte m anchete: “Brasil import a automóveis”. Indique três inferências que você poderá fazer dessa leitura. __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 10. Indústria demite dois mil funcionários só este mês. __________________________________________________ 03. No exercício a seguir fornecemos uma manchete de jornal e uma inferência. Indique, na linha em branco, uma outra inferência. 1. Jorge Amado premiado na Europa. a) Jorge Amado é magnífico escritor. b) _______________________________________________ 2. Inflação chega a trinta e cinco por cento este mês. a) O Brasil não tem mais jeito. b) _______________________________________________ 3. O Vasco da Gama ganhou torneio em Madri. a) O Vasco da Gama tem um time magnífico. b) _______________________________________________ 4. Calor no Rio chega a quarenta e dois graus. a) É necessário trabalhar com ar condicionado. b) _______________________________________________ 02. Indique uma inferência para cada manchete de jornal destacada a seguir. 5. Uma multidão saqueou o supermercado. 1. Mulheres já podem trabalhar na Bolsa de Valores. a) A miséria está se alastrando. __________________________________________________ b) _______________________________________________ 2. Carros brasileiros são recusados pelo Iraque. __________________________________________________ 3. Corinthians vende seu principal jogador. __________________________________________________ 4. Aulas recomeçam na próxima segunda-feira. __________________________________________________ 5. Tribo inteira morre de Sarampo. __________________________________________________ 8 04. Vamos agora fazer um exercício oposto. Damos uma inferência e você vai imaginar um fato que a possa ter gerado. 1. O verão está terminando. _______________________________________________ 2. As crianças estão mudando muito. _______________________________________________ 3. Precisamos mudar as leis que protegem os menores. _______________________________________________ 4. Vai ser mais fácil comprar a casa própria. __________________________________________________ _______________________________________________ 5. Os pais vão tirar os filhos das escolas públicas. _______________________________________________ 05. Cada par de palavras abaixo apresenta uma relação específica entre si. Indique, diante de cada um deles, que tipo de relação ocorre. A seguir, escreva, nas linhas em branco, palavras que mantenham a mesma relação do par inicial. Observe o modelo. Inverno – verão (Relação de oposição) Frio – alto – rico – gordo Quente – baixo – pobre – magro 1. futebol – campo _________________________________ basquetebol – atletismo – teatro – circo _______________________________________________ 2. cadeira – branco – sofá – poltrona (A) armário – cama – penteadeira – mesa (B) __________________________________________________ 3. perua – galinha – pato – faisão (A) urubu – pinguim – andorinha – gavião (B) __________________________________________________ 4. janeiro – abril – maio – fevereiro (A) agosto – dezembro – setembro – outubro (B) __________________________________________________ 5. janeiro – março – agosto - dezembro (A) abril – junho – setembro – novembro (B) __________________________________________________ 2. morno – quente __________________________________ frio – rico – pobre – pequeno _______________________________________________ 6. janeiro – abril – julho – outubro (A) março – junho – setembro – dezembro (B) 3. livro - páginas ___________________________________ escova – pente – espiga – caderno _______________________________________________ 7. cavalo – baleia – porco – carneiro (A) pato – pardal – cobra – peru (B) __________________________________________________ __________________________________________________ 4. touro - força_____________________________________ raposa – coruja – cão – formiga _______________________________________________ 8. elefante – cavalo – porco – carneiro (A) galinha – urubu – peru – pato (B) __________________________________________________ 5. fevereiro - março _________________________________ penúltimo – dezembro – sábado – vestibulando _______________________________________________ 6. leão - animal____________________________________ martelo – caminhão – ouro – ameixa _______________________________________________ 7. feliz - contente___________________________________ delicado – desprezado – delicioso – fraco _______________________________________________ 8. cavalo - equino___________________________________ porco – carneiro – gato – cabra _______________________________________________ 9. velocidade - velocímetro___________________________ vento – chuva – tempo – pressão _______________________________________________ 10. soldado - farda___________________________________ padre – estudante – folião – índio _______________________________________________ 06. Para cada grupo a seguir, indique que traço comum une as palavras de (A) e (B) e que características separam os dois grupos. 1. ruído – estalo – rangido – campainha (A) miado – latido – rugido – gorjeio (B) 07. Uma das formas mais simples de argumentar consiste de duas frases, uma das quais é conclusão da outra, chamada premissa (As premissa s são os juízos que precedem a conclusão). Indique, para cada conjunto de frases a seguir, o que é premissa (P) e o que é conclusão (C). 1. A água está saindo da chaleira. ( ) A água deve estar fervendo. ( ) 2. É possível que Roosevelt ganhe as eleições presidenciais. ( ) Roos evelt tem muitos eleitores no interior do país. ( ) 3. Os exames finais devem ser extintos. ( ) Os exames finais dão muito trabalho a alunos e a professores. ( ) 4. Ele já namorou muitas louras. ( ) Ele tem certa queda pelas louras. ( ) 5. João comprou um carro novo. ( ) João está bem empregado. ( ) 6. Os índios brasileiros não usavam língua escrita. ( ) Os índios brasileiros eram culturalmente primitivos. ( ) 7. É muito difícil aprender a escrita japonesa. ( ) O alfabeto japonês tem mais de três mil símbolos.( ) 8. A inflação preocupa o governo. ( ) 9. É mais macio escrever com canet a-tinteiro. ( ) 9 __________________________________________________ 1. O livro sobre a vida e a obra de Nelson Rodrigues é muito grosso e caro, por isso deve vender pouco. ( ) 2. Os restaurantes estão fazendo como as lojas de roupas, oferecendo pratos a preços mais baratos, por isso estão vendendo mais. ( ) 3. Os marinheiros têm uma namorada em cada porto, por isso as mulheres devem evitar casar-se com eles. ( ) 4. Os animais também amam, sentem dor e prazer, e morrem, como os seres humanos. Por que falar de crueldade quando se defendem? ( ) 5. Medindo grupos de cidadãos brasileiros de várias partes do país, inferimos que os nordestinos são mais baixos que os sulistas. ( ) 2. O parlamentarismo deve ser implantado no Brasil. 11. Leia o texto e responda às perguntas. 10. Marcelo é mau mot orista. ( ) Marcelo bateu com o carro muitas vez es este ano. ( ) 08. Às vezes, uma conclusão é fruto de uma série de premissas. Indique duas possíveis premissas de cada conclusão dada a seguir. 1. As provas de múltipla escolha devem ser proibidas. __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 3. Devemos comprar sempre carros nacionais. __________________________________________________ Contam que um soldado vivia sempre bêbedo. Um dia, o sargento o chamou, mostrou-lhe um copo onde colocou cachaça; pôs, em seguida, no mesmo copo, uma gema de ovo e o resultado foi uma gosma asquerosa. Virou-se para o soldado e disse: - __________________________________________________ 4. Os alunos devem usar cadernos de papel reciclado. Veja soldado, o que acontece no seu estômago quando você bebe! Depois de ver isso, o que você pretende fazer? E o soldado impressionado: - Nunca mais vou comer ovo! __________________________________________________ 1. Que tipo de inferência indutiva foi usada pelo sargento? __________________________________________________ 09. Em muitos casos recusamos a conclusão tirada da(s) premissa(s). Os argumentos abaixo podem ser recusados por várias razões: (1) A premissa não é verdadeira. (2) A conclusão não é uma decorrência lógica da premissa. (3) A premissa não é suficiente para a conclusão. Escreva nos parênteses o número correspondente a cada caso. 1. O PCB protege o povo contra a exploração. O povo deve votar com o PCB. ( ) 2. O governo Brizola construiu muitas escolas. O analfabetismo decresceu no Governo Brizola. ( ) 3. Os alunos acham a prova muito difícil. Os alunos têm que apelar para a cola. ( ) 4. Bermuda não é traje indecente. Os alunos deviam ser proibidos de usar berm uda nos colégios. ( ) 5. A empresa não paga devidamente aos funcionários. Os funcionários da empresa devem entrar em greve. ( ) 6. Os camelôs apresentam deficiências físicas. Os camelôs devem ser protegidos. ( ) 7. Os camelôs vendem mais barato. Dever der permitida a presença de camelôs nas ruas. ( ) 8. Tudo o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Devemos copiar as leis americanas. ( ) 9. As máquinas de escrever custam cada vez mais caro. Devemos escrever com canetas esferográficas. ( ) 10. As inferências são de dois tipos: indutivas (do particular para o geral) e dedutivas (do geral para o particular). Em todos os casos a seguir, temos inferências indutivas; verifique se elas são fruto de generalização (G), relação de causa/efeito (C) ou de analogia (A). 10 _______________________________________________ _______________________________________________ 2. Por que a inferência surpreendeu? _______________________________________________ _______________________________________________ COMO ADEQUAR O VOCABULÁRIO Um ato de comunicação envolve elementos lingüísticos e extralingüísticos e, para que o vocabulário empregado possa surtir o melhor efeito, devem-se levar em conta algumas observações. Em primeiro lugar, não há, a priori, uma palavra melhor que a outra, sendo todas elas igualmente válidas, desde que adequadas às circunstâncias do ato de comunicação; em segundo lugar, para que uma palavra seja empregada de modo adequado, é necessário levar em conta todos os elementos que participam do ato de comunicação, ou seja, o emissor e o receptor, o canal, o código, o referente, todos inseridos numa situação contextual e psicossocial. Para tornar uma palavra adequada ao referente é necessário considerar prioritariamente a s ua precisão, ou seja, sua maior especificidade: assento é melhor que móvel, cadeira é melhor que assento. Em muitos casos, porém, a situação de comunicação pode fazer c om que se prefiram os termos de conteúdo geral. A adequação da palavra aos participantes do ato de comunicação, emissor e receptor, leva em conta não só quem são, mas também a imagem. Um policial não pode usar a de um senador, sal vo circunstâncias de apropriação da imagem do out ro. Também aqui se deve levar em conta o uso do jargão profissional, já que cada profissão desenvolve um vocabulário próprio de sua atividade. A adequaç ão ao código leva à correção: cada palavra tem sua forma própria, que envolve uso correto de letras e ac entos gráficos, além de sua adequação semântica ao referente. As palavras que têm som semelhante ao de outras, os “parônimos”, são fonte comum de erro nessa área. A adequação à situação de comunicaç ão pode levar à escolha de voc ábulos positivos ou negativos, curtos ou longos, regionais ou não, de vários níveis de linguagem, etc., tudo com o mesmo objetivo de retirar os melhores efeitos do uso dos vocábulos. Como dizia Guimarães Ros a, um vocábulo deve ser um “cacho de sensações”. PRÁTICA TEXTUAL 01. Preencha as lacunas com uma das opções entre parênteses, aquela que julgar mais adequada ao contexto. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. Da janela do apartamento, a menina rica_____________ _____uma boneca maravilhosa, que seria a rainha das outras, se descesse. (apresentava – exibia) Ele está fazendo _______________. (sucesso – êxito) Ficarei muito _______________ caso me faças tal obséquio. (agradecido – grato) Vocês riram num momento ___________ .(incompetente – impróprio) Os jogos foram _______________ em várias cidades do Mé xico. (feitos – realizados – executados) Respeitável público, lamento ______________ que o nos so cômico Pipoca deixou de comparecer, prejudicando nosso espetáculo. (comunicar – dizer – declarar) Quase todos os alunos, nesta classe, ______________ sempre boas notas. (ganharam – obtiveram) Com que ____________________ vou chegar perto da Júlia? (expressão – cara – rosto – aparência) Os concorrentes deverão_____________ tarefas bem penosas. (cumprir – executar – desempenhar) O verdadeiro esportista _____________ dos vícios. (abstém-se – priva-se) O título de rei, que me deram, foi uma ______________ generosa, que recebi em nome, principalmente, do meu amor ao esporte. (oferta – oferenda) Às oito horas__________________ o espetáculo. (começou – principiou) O contínuo ficou envergonhado por não ter_________ __________ o discurso do chefe. (entendido – percebido) Durante a reunião, senti necessidade de _____________ ____________ calada. (manter-me – sustentar-me) Esse é um assunto que não me ____________________. (compete – abrange) É____________________ que líderes autênticos existam. (possível – exequível) Não era possível que esse estado de coisas _________ ___________.(pudesse continuar – continuasse) O professor necessitou de duas horas para ________ ___________ estes exercícios. (elaborar – criar – bolar) 19. Esse era o programa que o professor tinha de _________ _______ durante o semestre. (realizar – cumprir) 02. Preencha as lacunas com palavras adequadas aos novos contextos, derivados da substituição dos vocábulos em destaque. 1. O aluno deixou repentinamente a carteira. a) b) c) d) O soldado deixou repentinamente o _________________. O camelô deixou repentinamente o __________________. O automóvel deixou repentinamente a _______________. O passageiro do avião deixou repentinamente a _______. 2. O turista ficou alegre com a feliz notícia. a) O turista ficou _______________ com a repentina notícia. b) O turista ficou __________________ com a trágica notícia. c) O turista ficou _______________ com a misteriosa notícia. d) O turista ficou___________________ com a infeliz notícia. 3. a) b) c) d) 4. O menino chegou com a roupa molhada de chuva. O menino chegou com O menino chegou com O menino chegou com O menino chegou com a roupa_____________ de sereno. a roupa ______________ de tinta. a roupa _______________ de óleo. a roupa ______________ de lama. Ergueu o polegar como símbolo de sucesso. a) Ergueu a taça como símbolo de _______________. b) Ergueu a espada como símbolo de ________________. c) Ergueu a cruz como símbolo de ________________. d) Ergueu a bandeira como símbolo de ________________. 5. Resolveu mandar embora a empregada. a) Resolveu ____________________ o funcionário. b) Resolveu _____________________ o ministro. c) Resolveu ______________________ o operário. d) Resolveu ____________________ o presidente. 03. Indique um vocábulo de sentido geral que se aplique a cada um dos conjuntos a seguir: 1. Queijo – manteiga – iogurte – leite __________________. 2. Pintura – escultura – dança – teatro _________________. 3. Alpinismo – basquete – futebol – tênis _______________. 4. Sapo – rã – perereca – salamandra _________________. 5. Liquidificador – batedeira – aspirador de pó ___________. 6. Samba – valsa – tango – bolero ____________________. 7. Brinco – colar – pulseira – anel ____________________. 8. Batom – rímel – delineador – pó-de-arroz ____________. 9. Bolsa – cinto – sapato – chapéu ____________________. 10. Siri – lagosta – camarão – caranguejo _______________. 04. Indique as palavras ou expressões empregadas ou colocadas de modo inadequado. 1. As pessoas que respiram gás de cozinha morrem frequentemente. _______________________________________________ 11 2. Há várias alternativas a seguir em face do problema. _______________________________________________ 07. Substitua o adjetivo pequeno, nas frases a seguir, por outros adjetivos de significado equivalente. 3. O volume de documentos a serem examinados o desanimava. 1. Homem pequeno ________________________________ _______________________________________________ 3. Pequena viagem ________________________________ 4. Os jornais vincularam notícias de corrupção. _______________________________________________ 5. Por ser minha companheira de partido, suas ideias iam de encontro às minhas. _______________________________________________ 6. A mãe colocou o babador no filho quando precisou dar-lhe água no bebedor. _______________________________________________ 05. Seguindo o modelo, substitua o verbo ter por outro de sentido mais específico, fazendo as adaptações necessárias. Tenho de z minutos para almoçar. Disponho de dez minutos para almoçar. 1. Meu avô tem um sítio em Minas. _______________________________________________ 2. Ontem à tarde, tinha um sujeito se afogando na lagoa. _______________________________________________ 3. O que ele tem? _______________________________________________ 4. Tenha a gentileza de entrar! _______________________________________________ 5. Espero que tenhamos boas férias! _______________________________________________ 06. Indique uma palavra de sentido equivalente ao da palavra grande nos textos a seguir. 1. O grande Capistrano de Abreu declarava só ter entrado para a sociedade humana porque não fora previamente consultado. _______________________________________________ 2. Alma grande é aquela que percebe que o cachorro está com sede e lhe dá de beber. _______________________________________________ 3. A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não penso mal que em breve daí pode resultar. _______________________________________________ 4. A amizade é um contrato pelo qual nos comprometemos a prestar pequenos serviços a alguém a fim de ele nos prestar grandes. _______________________________________________ 5. A amizade de um grande homem é um benefício dos deuses. _______________________________________________ 12 2. Pequena lembrança ______________________________ 4. País pequeno ___________________________________ 5. Pequena passagem ______________________________ 08. Preencha as lacunas com a palavra ou expressão mais adequada, escolhida, entre as que estão em destaque. Abaixo – a baixo – baixo – debaixo – de baixo – em baixo 1. A temperatura no Sul estava _________________de zero. 2. Examinaram o suspeito de alto _____________________. 3. A modelo nada usava ____________________ do vestido. 4. A namorada o esperava _________________, na portaria. 5. Pendurou a gravura ________________ do quadro a óleo. 09. Preencha as lacunas com a palavra adequada, entre as seguintes. Abaixar – rebaixar – baixar 1. O novo governo não conseguiu ____________________ a inflação. 2. Decidiu ____________________________ o teto da sala. 3. O general devia _______________ os militares acusados. 4. Tinha que ________________ a cabeça para passar pela porta. 5. Com a medida, o dólar devia ________________ no câmbio negro. 10. Preencha as lacunas com uma das seguintes palavras: Comunicar – informar – declarar – avisar – participar 1. O diretor decidiu __________________ a resolução a todos. 2. A enfermeira achou melhor _________________ sobre os riscos da operação. 3. Queremos ____________________ a todos o nosso casamento. 4. A testemunha resolveu __________________ o que havia ouvido. 5. Desejamos ________________ aos empregados que o salário deste mês será pago com atraso. O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PALAVRA TREM Interessante que o assunto mineirês veio à tona po r parte de alguns jornalistas que escreveram a seguinte manchete: "Trens batem de frente em Minas". Os mineiros obviamente não deram a devida importância, já que pra mineiros isto quer dizer apenas que duas coisas bateram. Poderiam ser dois carros, um carro e uma moto, uma carroça e um carro de boi; ou até mesmo um choque entre uma mala de viagem e a mesa de jantar... Movida pela curiosidade, resolvi então consultar o Aurélio e vejam o que diz: Trem: sm. 1. Objetos que formam a bagagem dum viajante. 2. Mobiliário duma casa. 3. Bras. Comboio ferroviário. 4. Bateria de cozinha. 5. Bras.Pop. Treco. 6. Diz de pessoa ou coisa ruim, imprestável. (Bras. : é a abreviatura de Brasileirismo) Vejam que o sentido de comboio ferroviário é apenas o 3º, e ainda é considerado um brasileirismo. Comentei o fato com um amigo especialista em etimologia que esclareceu a questão: o comboio ferroviário recebeu o nome de trem, justamente porque trazia, porque transportava, os trens das pessoas. Vale lembrar que nesta época o Brasil possuía uma malha ferroviária com relativa capilaridade e o transporte ferroviário era o mais importante, assim era natural que as pessoas fizessem esta associação.......................................... Moral da história: O mineiro é antes de tudo um erudito. Além de erudito, ainda é humilde e aceita que o pessoal dos outros estados tripudiem da forma como usa a palavra trem. Na verdade, acho que isto faz parte do espírito cristão do mineiro, ele escuta as gozações e pensa: "Que trem, sô... mas que sejam perdoados, pois não sabem o que dizem". ORIGEM DO TERMO "FORRÓ" O forró, baile animado em que se dança ao som de ritmos nordestinos, é a redução do vocábulo "forrobodó", que Câmara Cascudo define no seu Dicionário do Folclore Brasileiro como uma festa popular, com música movimentada. O processo é o mesmo que produziu formas como "japa" (japonês), "refri" (refrigerante) ou "pornô" (pornográfico). Contudo, há uma versão popular de que o nome teria vindo da leitura estropiada da expressão inglesa " for all ", com que os engenheiros ferroviários ingleses da Great Western (ou os oficiais da base aérea americana de Natal, noutra versão) avisavam os operários de que a festa era aberta para todos. Linguisticamente, a hipótese é tola; além disso, o forrobodó já existia no Brasil Colonial, muito antes da presença de ingleses ou americanos por aqui. Anotações: _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ 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_____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ 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Use caneta azul ou preta e somente a extensão das linhas dadas. MÁRCIA GOLDSCHMIDT USA WEB COM PRUDÊNCIA Em entrevi sta a Gente, a apresentadora do programa Hora da Verdade, Márcia Goldschmidt, falou para que a internet é útil. Qual a sua opinião sobre a internet? Para mim, internet é utilidade, não é lazer. O grande barato é a praticidade. Para que usa a web? Buscar informações e pesquisar. Faço compras de vitaminas, suplement os aliment ares, maquiagem, mas não uso cart ão de crédit o, faço através de depósito bancário, porque não se sabe direito o destino das coisas que você digita. Ainda não me convenci da segurança. Operações bancárias também não faço, não me sinto tranq uila. Em bate-papo entrei uma vez, tinha de c onhecer, achei uma grande bobagem, uma conversa es quisita. Quais site s ace ssa mais? Todos os dias a internet me ajuda c om a pauta do meu programa. Entro muito nos Últimas notícias, do UOL, no globo.com e no babado.com, que é um vício. (Adaptado de uma reportagem de Marina Monzillo para a revista ISTOÉ Gente, edição 30/09/2002.) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Orientações do corretor: 15 Nome: Turma: Período: Data: Proposta 2: ( UFPR ) Considere os seguintes trechos de entrevistas. Entrevista com a escritora Susan Sontag. Veja – Exposição demais à violência por meio de fotos e imagens de televisão pode levar as pessoas à indiferença e à passividade? Susan – Essa foi uma idéia que comecei a discutir nos anos 70, quando escrevi meu primeiro ensaio sobre fotografia, e que senti a necessidade de retomar agora. Naquela época eu disse de maneira um tanto forte que as imagens poderiam, sim, nos tornar passivos. Hoje eu acredito que isso não é necessariam ente verdade. As coisas só acontecem dessa maneira se a mensagem que acompanha a imagem for a de que nada pode ser feito. Se a mensagem subliminar for "sim, tudo é horrível, mas interferir está fora de nossas possibilidades", aí ela leva você à passividade . E é preciso estar alerta também para a compaixão e a simpatia fácil que as imagens de sofrimento nos provocam. (...) Esse tipo de surpresa é uma espécie de clamor de inocência, um álibi. Precisamos sempre questionar o papel da compaixão quando vemos algo terrível que está acontecendo longe de nós. Se não carregar consigo a idéia de que as coisas podem mudar, talvez você se torne realmente passivo e comece a pensar na realidade como um espetáculo. (Veja, ed. 1817, ago. 2003.) Entrevista com o cineasta Steven Spielberg. Veja – O que o senhor acha da tese de que a violência no cinema e na televisão estimula o público a agir da mesma forma? Spielberg – Acho correta. Assistir à violência no cinema ou em programas de TV estimula muito mais os espectadores a imitar o que veem do que assistir a ela ao vivo ou nos telejornais. No cinema, a violência é filmada com iluminação perfeita, em cenas espetaculares, em câmera lenta, tornando-se até romântica. Já no noticiário, o público tem uma percepção muito melhor de como a violência pode ser horrorosa e usada com finalidades que não existem no cinema. (Veja, ed. 1821, set. 2003.) Em um texto de 12 a 15 linhas, compare os pontos de vista de Susan Sontag e Steven Spielberg sobre os efeitos da exposição do público a imagens de violência. Use discurso indireto. Caneta azul ou preta. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 Orientações do corretor: 16 Nome: Turma: Período: Data: QUESTÃO 1 – Progressão Textual 13 linhas 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 Orientações do corretor: 17 Nome: Questão 2 – Progressão Textual 15 linhas 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 Orientações do corretor: 18 Turma: Período: Data: Nome: Turma: Período: Data: CARTA 1 – 18 a 24 linhas – usar caneta azul ou preta. Proposta : A ( ) ou B ( ) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 19 Nome: Turma: CARTA 2 – 07 a 10 linhas – usar caneta azul ou preta 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Orientações do corretor: 20 Período: Data: Nome: Turma: Período: Data: RÉPLICA – 15 linhas – use caneta azul ou preta. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 Orientações do corretor: 21 Nome: Turma: * Proposta 1 – 12 linhas – discurso direto para indireto. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Orientações do corretor: 22 Período: Data: Nome: Turma: Período: Data: * Proposta 2 – 10 linhas – Progressão textual 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Orientações do corretor: 23 Nome: * Proposta 3 – 15 linhas – Carta Argumentativa 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 Orientações do corretor: 24 Turma: Período: Data: Nome: Turma: Período: Data: * Proposta 4 – 12 linhas – Carta Argumentativa 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Orientações do corretor: 25 BÔNUS Texto 1 Texto 2 Cada corpo, uma solução O verão se aproxima e com ele a hora em que cada um se olha no espelho e lamenta. Seu corpo se parece um tubo, reto e sem curvas? Ou em formato de pêra, típico da brasileira, com cintura bem marcada, coxas e quadris largos? S e houvesse uma maneira de solucionar isso... Depois de oito anos estudando a anatomia das mulheres, Matt Roberts, personal trainer de estrelas como Madonna, a atriz Sandra Bullock, a modelo Naomi Campbell e os estilistas Tom Ford e John Galliano, lançou um esquema de preparação física especifico para os diferentes perfis femininos. Desta vez, não s e trat a de um programa unissex para perder peso como foi Boa Forma em 90 dias, seu best-seller anterior. Corpo em Forma é um guia de exercícios para as mulheres que visa a uma transformação maior que a mera diminuição de gordurinhas. Roberts classifica a estrutura do corpo em quatro categorias: pêra, maçã, tubo e ampulheta. “Apesar do format o natural ser genético, é possível ta nto modifica-lo quant o equilibra-lo para potencializar os pontos fracos e mascarar os problemáticos.” (VEIGA, A. e MONTEI RO, B. Cada Corpo, uma solução. Época, Rio de Janeiro, n. 339, p. 86, 15 nov. 2004. ) Com base na imagem e no texto, produza um texto dissertativo di scutindo a relação entre o corpo e concepção de beleza na sociedade atual. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 26 27