UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Diego Roberto Lima Alves da Cunha Patrícia Pollyana da Silva Magalhães A INFLUÊNCIA DO EDUCADOR FÍSICO NO DESENVOLVIMENTO FÍSICO E SOCIAL DOS ALUNOS 7ª SERIE B DA E. E. ROSA SALLES LEITE PENTEADO NO MUNICÍPIO DE GETULINA LINS-SP 2009 1 DIEGO ROBERTO LIMA ALVES DA CUNHA PATRICIA POLLYANA DA SILVA MAGALHÃES A INFLUÊNCIA DO EDUCADOR FÍSICO NO DESENVOLVIMENTO FÍSICO E SOCIAL DOS ALUNOS 7ª SERIE B DA E. E. ROSA SALLES LEITE PENTEADO NO MUNICÍPIO DE GETULINA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física, sob a orientação da Profª M. Sc. Maria Silvia Medeiros e orientação técnica da Profª Ana Beatriz Lima. LINS-SP 2009 C977i Cunha, Diego Roberto Lima Alves da; Magalhães, Patrícia Pollyana da Silva A influência do educador físico no desenvolvimento físico e social dos alunos 7ª série B da E. E. Rosa Salles Leite Penteado no Município de Getulina / Diego Roberto Lima Alves da Cunha; Patrícia Pollyana da Silva Magalhães. – – Lins, 2009. 46p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para Graduação em Educação Física – Licenciatura DIEGO ROBERTO LIMA ALVES DA CUNHA Plena, 2009 Orientadores: Maria Silvia Medeiros; Ana Beatriz Lima PATRICIA POLLYANA DA SILVA MAGALHÃES 1. Escola. 2. Adolescente. 3. Educador Físico. 4. Envolvimento. I Título. CDU 796 2 DIEGO ROBERTO LIMA ALVES DA CUNHA PATRÍCIA POLLYANA DA SILVA MAGALHÃES A INFLUÊNCIA DO EDUCADOR FÍSICO NO DESENVOLVIMENTO FÍSICO E SOCIAL DOS ALUNOS 7ª SERIE B DO E. E. ROSA SALLES LEITE PENTEADO NO MUNICÍPIO DE GETULINA. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Licenciatura Plena em Educação Física. Aprovada em: _____/_____/_____ Banca examinadora: Professora Orientadora: Maria Silvia Medeiros Titulação: Mestre em Educação Especial – Nahsville-USA Assinatura: ___________________________________ 1º Prof(a):_______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ___________________________________ 2º Prof(a):_______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ___________________________________ 3 A MINHA FAMILIA Por estar sempre comigo em todos os momentos fáceis e difíceis da minha caminha, me apoiando e acreditando em tudo o que eu estava realizando. Obrigada a todos vocês. Patrícia A minha mãe A você minha fortaleza que nunca deixou que nada nem ninguém abatesse e me desanimasse, sempre me apoiando, obrigado não tenho muito a dizer a não ser te amo muito. Patrícia Ao meu namorado Fernando Por ter tido paciência comigo nas horas que fiquei nervosa e sempre me dando uma palavra amiga nunca me dando as costas sendo um verdadeiro amigo obrigado. Adoro-te. Patrícia Aos meus amigos Obrigado por todos os momentos que juntos passamos, pois a cada momento aprendi algo com todos vocês, desejos que todos nos tenhamos sorte em nossa caminhada que esta apenas começando. Que Deus nos abençoe a todos. Patrícia 4 Aos meus pais Roberto e Tânia Mara por nos apoiar durante esses quatro anos de universidade sempre de forma incondicional garantindo sempre a nos a oportunidade de se tornar grandes profissionais, confiando em minhas capacidades e acreditando e meus ideais, muito obrigado amo todos vocês. Diego Roberto A nós Quem além de grandes companheiros neste trabalho de conclusão de curso fomos amigos dentro de todo esse período universitário, parabéns para nos por conseguir mais esta conquista em nossas vidas. Diego Roberto As minhas irmãs keila e karla Por ter participado destes momentos através de incentivo e apoio moral e motivação, muito obrigado de coração. Diego Roberto Ao nosso amigo Ely Agradeço lhe pelo incentivo indispensável durante esse tempo de trabalho, sempre nos motivando nos momentos mais difícil, muito obrigado. Diego Roberto Aos amigos de trabalho Pela compreensão nos momentos mais complicados sempre facilitando, para que pudesse realizar meu trabalho de forma mais tranquila. Diego Roberto 5 AGRADECIMENTOS A Deus Por ter nos dado força e saúde nas horas mais difíceis que enfrentamos em nossa caminhada, que não foram fáceis, mas agradeço, pois com sua bondade e misericórdia vejo realizado um sonho. Pois pouco com Deus é muito. Patrícia Aos meus Companheiros Silvia e Diego não têm muitos a dizer só que conseguimos,obrigada por me aturarem, e que Deus nos abençoe na nossa nova jornada ,adoro vocês. Patrícia A professora Mara Por no momento que desanimei me deu animo para continuar e por acreditar em meus sonhos e por ter ajudado a elaborar o trabalho. Obrigada. Diego e Patrícia A Escola Rosa Salles Por ter colaborado no desenvolvimento do trabalho com os alunos que lá estudam obrigadas. Diego e Patrícia 6 AGRADECIMENTOS A Deus Por ter nos guiado, nos caminhos deste ardo trabalho durante todo este ano, nos fornecendo saúde perseverança e vontade para nunca desistir e manter-se sempre empenhado. Diego Roberto A direção da escola rosa Salles leite penteado Por nos ceder espaço e tempo, para que pudéssemos colocar em pratica nosso projeto junto aos professores da instituição. Diego Roberto Aos palestrantes Que nos cederam nos atenderam, ensinamentos aos alunos fazendo que compadeceram e levaram desta forma eles evoluíssem e se tornassem alunos melhores Diego Roberto A professora Lidiane Que cedeu o espaço de sua para que , implantássemos invocações na forma de trabalhar e também pela sua participação durante a aplicação das palestras, muito obrigado. Diego Roberto Aos alunos da 7ª serie B Pela atenção, paciência e participação, e confiança de que poderíamos fazer com que melhorasse as suas aulas, muito obrigado. Diego Roberto 7 RESUMO O presente estudo teve como foco principal refletir sobre o processo escolar que se modifica gradativamente embora com desafios. O principal objetivo desta pesquisa foi analisar as relações interpessoais considerando que o sucesso dessas inter-relações depende do corpo discente e docente nesse processo o papel do educador físico e de suma importância não só no espaço físico da escola como nos valores implícitos e inseridos na comunidade. A pesquisa aconteceu na E. E Rosa Salles Leite Penteado no município de Getulina junto a 7ª serie B com, grupo de adolescentes entre 20 a 25 alunos que estudam em período integral. Iniciou-se a pesquisa com a realização de uma observação sistemática e de nossa atuação junto ao educador físico onde investigamos as dificuldades existentes no grupo de alunos. Apos essa etapa optamos por palestras e orientações proporcionadas ao grupo de alunos proferidos por profissionais da comunidade. Os resultados apontavam diferenças significativas nas inter-relações dos alunos com educador físico e outros membros do corpo docente da escola, portanto percebemos que existindo metas claras de ensino compartilhado por todos cria-se um verdadeiro grupo de trabalho movido por interesses comuns. Percebemos ainda que a leitura que a direção e o corpo docente fazem da comunidade interna e externa, influencia diretamente como a escola funciona. Palavras chave: Adolescentes, educador físico, envolvimento, escola. 8 ABSTRACT The present study it had as main focus to reflect on the pertaining to school process that if modifies gradual even so with challenges. The main objective of this research was to analyze the interpersonal relations considering that the success of these Inter-relations not only depends on the student staff and teaching in this process the paper of the physical educator and utmost importance in the physical space of the school as in the implicit and inserted values in the community. The research happened in the E. and Salles Rose Milk Combed in the city of Getulina next to 7ª series B with, group of adolescents between 20 the 25 pupils who study in integral period. It was initiated research with the accomplishment of a systematic comment and our performance next to the physical educator where we investigate the existing difficulties in the group of pupils. After this stage we opt to lectures and proportionate orientações to the group of pupils pronounced for professionals of the community. The results pointed significant differences in the Inter-relations of the pupils with physical educator and other members of the faculty of the school, therefore we perceive that existing clear goals of education shared for all a true work group is created moved for common interests. We perceive despite the reading that the direction and the faculty make of the internal and external community, influences directly as the school functions. Keywords: Adolescents, physical educator, envolvement, school. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Apresentação da Palestra da Psicóloga ....................................... 44 Figura 2: Apresentação da Palestra da Psicóloga ....................................... 44 Figura 3: Apresentação da palestra do Padre ............................................. 45 Figura 4: Apresentação da Palestra do Padre ............................................. 45 Figura 5: Apresentação da Palestra do Padre ............................................. 46 LISTA DE ABREVIATURA(S) E SIGLAS(S) E.E: Escola Estadual LDB: Leis Diretrizes e Bases 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................. 11 CAPITULO I – ADOLESCÊNCIA ................................................................ 13 1 ASPECTOS GERAIS DA ADOLESCÊNCIA ................................... 13 1.1 A família e a escola como ambientes educacionais ......................... 17 CAPITULO II – O EDUCADOR FÍSICO ..................................................... 19 2 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA ................................... 19 2.1 O processo de evolução das atividades............................................ 20 2.2 Interação jovem professor ................................................................. 22 CAPITULO III – A PESQUISA..................................................................... 25 3 INTRODUÇÃO .................................................................................. 25 3.1 Métodos e Técnicas utilizados .......................................................... 25 3.1.1 Métodos............................................................................................. 25 3.1.2 Técnicas ........................................................................................... 25 3.2 Relato sobre o trabalho realizado...................................................... 26 3.3 Avaliação e acompanhamento dos alunos ........................................ 27 3.4 Parecer final sobre a pesquisa ......................................................... 27 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................... 30 DISCUSSÃO................................................................................................ 31 CONCLUSÃO.............................................................................................. 32 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 33 APÊNDICES ............................................................................................... 36 ANEXOS...................................................................................................... 43 11 INTRODUÇÃO A pesquisa refere-se à importância da educação física no dia a dia dos alunos da 7ª série, onde o educador físico deverá estar atento às necessidades dos mesmos em se adaptar aos demais alunos, professores e direção da eminente oportunidade de renovação das inter-relações. Sabe-se que os alunos evoluem gradativamente de acordo com sua faixa etária, sendo que os comportamentos sociais manifestados por eles ficam mais evidentes em suas inter-relações, tanto nas aulas de educação física quanto nas demais aulas. Para que todos inseridos no ambiente escolar possam caminhar dentro de um processo de aprendizagem, o papel do diretor, que antes administrava a burocracia, já está mudando para a gestão de aprendizagem resgatando a função primordial da escola: garantir a criação de uma ambiente agradável em que todos os alunos consigam avançar. De acordo com Carvalho (1999), Os coordenadores devem aproveitar as sugestões e opiniões dos participantes pois estimulam os debates. As pessoas aprendem mais e melhor por meio da participação. O coordenador eficaz é aquele que faz de cada uma delas uma experiência bem sucedida para todos os participantes. Portanto, esse estudo envolve alunos, professores e profissionais da comunidade, uma vez que o levantamento realizado no período da pesquisa apontou as aulas com atividades repetitivas e com a presença de monitoras para os alunos. À medida que as aulas evoluem percebe-se desinteresse, desmotivação e baixa auto-estima, fatores esses que comprometem o rendimento esperado pelos professores. A pesquisa ocorreu durante as aulas de educação física e o estudo será norteado pelo seguinte pressuposto: as aulas de educação física englobando além dos movimentos, palestras e orientações podem contribuir para organizar os comportamentos sociais? Com base nesse questionamento pode-se levantar a seguinte a educador físico junto aos alunos escolhendo temas significativos englobando 12 profissionais da comunidade podem gradativamente contribuir para novos conhecimentos melhorando assim a motivação, auto-estima e as inter-relações. Para tentar responder a estes questionamentos o trabalho está assim dividido: Capítulo I – descreve os aspectos gerais da adolescência. Capítulo II – descreve a atuação do educador físico. Capítulo III – a pesquisa. Finalizando o estudo, segue a proposta de intervenção, conclusão, apêndices e anexos. 13 CAPÍTULO I ADOLESCÊNCIA 1 ASPECTOS GERAIS DO ADOLESCENTE O início da adolescência é, quase por definição, uma época de transição, uma época em que existem mudanças significativas em quase todos os aspectos do funcionamento da criança. Para Piaget (apud BEE, 1996), a personalidade começa a se formar no final da infância entre 08 a 12 anos com organização autônoma das regras, dos valores e afirmação da vontade. Esses aspectos subordinam-se num sistema único e pessoal, indo concretiza-se na construção de um projeto de vida. Esse projeto vai nortear o indivíduo em sua adaptação à realidade, que ocorre através de sua inserção na escola e no mundo do trabalho. Cada fase do desenvolvimento tem suas próprias características, tarefas e necessidades específicas. Sendo assim, a postura dos pais e dos educadores necessita ser reorganizada, estabelecendo vínculos de respeito e consideração. Segundo Haan (apud BEE, 1996), tomando emprestados os conceitos de Piaget, sugere que o início da adolescência é uma época denominada pela assimilação, enquanto o seu término é, principalmente, um momento de acomodação. Piaget, ao estudar o pensamento infantil até o raciocínio adulto, considera que a adaptação do ser humano ao seu meio social é um processo ativo baseado na cultura e organizado em esquemas de ação ou de representação adquiridos. A partir das experiências individuais, ocorre a formação de estruturas de conhecimento de diferentes níveis. A função que integra essas estruturas e sua mudança é a inteligência. No sistema piagetiano, a inteligência é definida por dois aspectos interdependentes: organização e adaptação - ambos os presentes em qualquer forma de inteligência. As estruturas protegem-se das mudanças ambientais, 14 adaptando-se. A adaptação realiza-se através dos processos de assimilação e acomodação. A assimilação pressupõe a incorporação da experiência nova a esquemas de ação ou de conhecimentos próprios. Entretanto, numa experiência não assimilável, o indivíduo realiza um esforço para modificar seus esquemas ou adquirir outros novos ou mais complexos, denominando-se a acomodação. Graças a qual a assimilação torna-se novamente possível. A vivência durante o período da infância, tanto em casa como na escola, leva a integração da personalidade ao redor dos 12 anos com próprio modo de pensar, sentir e agir, que antecipa a futura personalidade. Os primeiros anos da adolescência têm muito em comum com os primeiros anos da infância. As crianças de 2 anos são famosas por seu negativismo e constante impulso para maior independência. Ao mesmo tempo, elas estão lutando para aprender uma vasta quantidade de novas habilidades. Os adolescentes apresentam muitas dessas qualidades, embora em níveis mais abstratos. Muitos deles passam por um período de negativismo, especialmente com os pais no início das mudanças da puberdade sendo apto às questões de independência – eles querem ouvir sua música preferida no volume máximo e usar as roupas e os cabelos que estão “na moda”. Enquanto esse impulso para a adolescência está acontecendo, os jovens adolescentes também estão enfrentando uma série inteiramente nova de exigências e habilidades sociais, novas e mais complexas tarefas escolares, resultando na necessidade de construir uma identidade adulta. O nítido aumento do índice de depressão e a queda da auto estima que observamos no início da adolescência, parecem estar ligados a esse excesso de novas exigências e mudanças. Outra semelhança: diante de importantes exigências estressantes, a criança usa a mãe como uma base segura para explorar o mundo, voltando em busca de segurança quando se sente assustada. Os jovens adolescentes parecem fazer o mesmo com a família, usando-a como uma base segura a partir da qual vão explorar o restante do mundo, incluindo o mundo dos relacionamentos com os companheiros. Os pais de adolescentes precisam encontrar o difícil equilíbrio entre proporcionar a segurança necessária, geralmente na forma de regras e claros limites, e ao mesmo tempo permitir a independência. 15 O egocentrismo está presente na criança de 2 anos e no jovem adolescente. Existe um aumento de egocentrismo com duas facetas: crença de que as pessoas que me cercam estão tão preocupadas com meus pensamentos e comportamentos quanto eu mesmo; e a possessão de uma fábula pessoal, tendência a considerar suas próprias idéias e sentimentos como únicos e singularmente importantes. Isso é acompanhado de um sentimento de invulnerabilidade, um sentimento que pode estar por trás da aparente atração do adolescente pelos comportamentos de risco, como sexo sem proteção, drogas, bebidas, dirigir em alta velocidade e assim por diante. Autores mais recentes citado por Jesus (apud COLL, 2003), destacam que a adolescência, tal como conhecemos no Ocidente, no final do século XX é até certo ponto, um produto do nosso século. A maioria dos adolescentes pode ser caracterizada por ainda estar no sistema escolar, em outro contexto de aprendizagem profissional ou em busca de um emprego. Algumas marcas de identidade dos adolescentes ocidentais são: Palácio Jesus destaca ainda alguns traços de identidade para os adolescentes ocidentais que são: a) dependência dos pais e morando com eles, por estarem realizando a transição de um sistema de apego centrado, em parte, na família para um sistema de apego centrado no grupo de iguais, ou apego centrado em uma pessoa de outro sexo; b) por sentirem-se membros de uma cultura de idade que se caracteriza por ter suas próprias modas e hábitos, seu estilo de vida próprio e seus próprios valores, por ter preocupações e inquietudes que não são mais da infância, mas que ainda não coincidem com as de adulto. O adolescente de 12 ou 13 anos assimila uma enorme quantidade de novas experiências físicas, sociais e intelectuais. Enquanto essa absorção está acontecendo, porém não digerida, o adolescente fica mais ou menos num perpétuo estado de desequilibro. Os antigos padrões e esquemas já não funcionam muito bem, e os novos ainda não estão estabelecidos. É durante esse período inicial que o grupo de companheiros é centralmente importante. Por fim, o adolescente de 16, 17 ou 18 anos começa a fazer 16 acomodações necessárias, “junta os fios da meada” e estabelece uma nova identidade, identifica novos padrões de relacionamento social, novos objetivos e papéis. Outra importante contribuição significativa para a educação é a de Vygotsky, (apud GODOY, 2006), que enfatizou a importância do convívio social, afirmando que as práticas educativas formais e informais são meios sociais para organizar uma situação de vida, a fim de promover o desenvolvimento mental da criança. O pressuposto básico de Vygotsky é a idéia de o homem constituir-se como tal a partir da sua relação com o outro. Outro ponto importante é a relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem buscando entender a origem dos processos psicológicos. Para ele, o aprendizado esta relacionado ao desenvolvimento, ou seja, o indivíduo na medida em que aprende desenvolve-se e, por meio do aprendizado, processos internos estruturam-se com o pensamento e a linguagem. A linguagem vem agir decisivamente na estrutura do pensamento sendo um instrumento básico para construir o conhecimento. Essas colocações vêm de encontro às necessidades dos adolescentes após os 12 anos, onde não só crescem, fisicamente falando, mas já sentem necessidade dos grupos de amigos já se separando da família e percebendo-se como uma pessoa que possui capacidades e qualidades. (GODOY, 2006) Os hormônios sexuais da puberdade estimulam o interesse sexual ao mesmo tempo em que desencadeiam modificações corporais que tornam possíveis a sexualidade e fertilidade adulta. Essas mudanças aproximam para os agrupamentos do mesmo sexo para os grupos heterossexuais e finalmente para os pares heterossexuais. As mudanças hormonais podem estar diretamente implicadas no aumento dos conflitos com os pais e com o aumento do comportamento agressivo ou delinqüente na escola. (GODOY, 2006) Ocorrem ainda grandes mudanças cognitivas incluindo as modificações no auto conceito, processo de formação de identidade, aumento do nível de raciocínio moral e as mudanças nos relacionamentos com os companheiros. Todas essas implicações farão parte do cotidiano dos adolescentes ajudando-o ou complicando suas inter relações, tanto em casa como na escola. 17 1.1 A família e a escola como ambientes educacionais Entender a família e a escola como ambientes educacionais é pensar em ambientes onde meninas, meninos e pessoas adultas se desenvolvem e constroem o conhecimento. Esse contexto é inseparável de contribuições ativas dos indivíduos, seus companheiros sociais, as tradições sociais e materiais que se manejam. Que a família é o contexto mais importante nos primeiros anos de vida da criança, ninguém questiona. O saber popular descreve bem tal ambiente, pois meninas e meninos adquirem ali as primeiras habilidades. Na família aprendem a rir e a brincar, aprendem os hábitos básicos, como por exemplo, aqueles relacionados com a alimentação e outros muito mais complexos como a relacionarem-se com as pessoas. Tradicionalmente, porém, instituiu-se que a família não é o único agente educacional possível. O processo começa nela, mas não termina ali. O mundo exterior tem um impacto considerável desde o momento em que a criança começa a relacionar-se com as pessoas, grupos e instituições. Cada qual lhe impõe suas perspectivas, recompensas e seus castigos, contribuindo assim para a formação de seus valores, se suas habilidades e de seus hábitos de conduta. (BRONFENBRENNER apud BEE; HELEN, 1996, p. 371) Embora em plano teórico seja fácil compreender a necessidade de que meninos e meninas estabeleçam relações entre os conceitos científicos e cotidianos, mesmo quando se trata de favorecer atitudes não contrapostas entre o que se aprende em casa e na escola, as coisas não são tão simples. Essas duas formas de conhecimento nem sempre se complementam quando as crianças procuram compreender o mundo à sua volta. Perguntam-se como pais e mães podem colaborar com a escola na construção do conhecimento escolar, tarefa que, sem dúvida alguma, corresponde à escola, mas não pode ser totalmente alheia às contribuições da família. As pesquisas sugerem dois tipos de propostas: se seria possível 18 estabelecer pontes entre a casa e a escola a partir de um conjunto de instrumentos que podem estar presentes nos dois cenários – os deveres escolares e os meios de comunicação; em segundo lugar alguns programas que tratam diretamente de incentivar a presença da família na escola. Um dos caminhos apontados pelas pesquisas descobriu-se que os tradicionais deveres podem tornar-se um ponto de apoio para estabelecer relações entre a família e a escola. Destaca-se ainda que sem a consciência de ambos, escola e família, é possível encontrar caminhos para relacionar tais ambientes seria impossível traçar esses caminhos. (COLL, 2003) 19 CAPÍTULO II EDUCADOR FÍSICO 2 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA Educador físico se difere das demais disciplinas no que diz respeito a nova forma de gestão que impera hoje nas instituições de ensino , desde o ingresso da criança até a entrada do período da adolescência e formação adulta , influenciando no que diz respeito ao papel social , ensinando a principio os aspectos motores e recondicionando posteriormente aqueles que não tiveram no período correto uma formação motora de qualidade razoável. (DARIDO, 2001) Adentrando o aspecto histórico mostramos que na entrada do século XXI o educador físico passou a absorver a sua disciplina um numero maior de assuntos evoluindo conforme a globalização que o mundo passa, i também adaptando-se as necessidades que a escola tem de professores cada fez mais qualificados dentro dos seus quadros . Pois assumir papeis antes considerado fora da normalidade para um professor que ministra uma matéria que quando surgiu a tempos atrás tratava apenas das partes físicas e não tinha tanto cunho social e educativo como passou a ter alguns anos vem a ser uma mudança substancial . Para tal professor feio através do tempo adaptando-se para que desta forma passa se a preencher os requisitos necessários para assumir esses novos papeis, assumindo responsabilidades importantíssimas na formação dos adolescentes tanto através do esporte, utilizando a pratica esportiva como agente motivador dentro das aulas de educação física, quanto na forma de ensino diferenciado proposto no nosso trabalho, oferecendo ao aluno ensinamentos cíveis que viram posteriormente a serem usados no processo de formação e transferência para a vida adulta. Magill (1984), diz que o professor está frequentemente tentando induzir o estudante a querer aprender, o que esta sendo ensinado. O professor de educação física deseja “motivar” seus alunos para o 20 esporte de maneira que venham a praticá-lo também fora das aulas, obrigatórias, mas também observar os seus objetivos e fazer o possível para criar valores de estímulos positivos ao maior numero possível para criar valores de estímulos positivos ao maior numero de participantes ou até para todos os alunos. Tendo em vista a formação dos indivíduos enquanto seres sociais ou para finalidades sociais e políticas, a educação cria um conjunto de condições metodológicas e organizativas para viabilizar-se no âmbito escolar, sob a diretriz de projetos políticos-pedagógicos. Segundo Durkheim, a escola, como instituição social, inculca normas e valores, e corrige desvios – através da repetição das tarefas. (BARRAL, 2005, p. 2) Dentro das atividades instituições de ensino, nos tempos atuais esperase muito mais do professor de educação física esperava-se também que sua forma de ensinar atenda a evolução dos alunos levando sempre em consideração o fato que ao mesmo tempo que evolui a forma a forma de trabalhar dos professores evolui a forma de trabalhar dos professores , evolui também a forma de pensar de quem aprende , hoje encontrasse na escola alunos muito mais arredios do que se encontrasse e anteriormente exigindo uma presença mais efetiva por parte do profissional de educação física. Olhando pelo lado profissional o presente o presente momento do educador físico vem a ser melhor dentro da profissão junto a esta absorção de assuntos matérias e responsabilidades veio uma valorização muito grande do profissional tanto no mercado quanto na escola, e mais fundamentalmente aos olhos dos alunos que por sentirem-se cada vez mais inseridos dentro da disciplina, acabam por consequência valorizando mais as funções deste profissional de ensino muitos acabam trilhando o mesmo caminho e acabando por cursar faculdade de educação física. Esta realidade reforça a tese de que o professor tem influencia na decisão do aluno deste a sua formação motora até a sua escolha profissional. 2.1 O processo de evolução das atividades O processo de evolução das atividades vem cada vez mais forçando o educador físico a inovar suas aulas fazendo com que sejam criados novos tipo 21 de atividades que prendam mais a atenção dos alunos e que não causem sonolência, pois aulas monótonas deixam os jovens adolescentes dispersos e impacientes causando um desinteresse natural trazendo para o ambiente de aula uma carga negativa que acaba dificultando o desenvolvimento das atividades e por conseqüência também o do professor. Todos estamos experimentando que a sociedade está mudando nas suas formas de organizar-se, de produzir bens, de comercializá-los, de divertir-se, de ensinar e de aprender. Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, desmotivamo-nos continuamente. Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que muitas aulas convencionais estão ultrapassadas. (MORAN,1998, p.1) Diante desde desgaste natural devido aos repetidos métodos nas atividades tanto lúdicas quanto físicas e recreativas os profissionais deixaram para traz o velho e apito e bola, para inovarem partirem para uma nova forma de elaboração e aplicação de aula onde se prioriza cativar o aluno, transforma a aula em algo que acompanhe a evolução não somente da escola mais também do mundo externo onde os adolescentes estão inseridos, adaptando desta forma a linguagem dos alunos aos métodos de ensinos e assim gerando mais fator favorável ao desenvolvimento da aula. Na educação, escolar ou organizacional, precisamos de pessoas que sejam competentes em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial, facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança interações pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, por meio dele, ajudar a construir um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas. (MORAN,1998,p.3) Após analisar o porquê da evolução das atividades em aula e mostrar como este trabalho pode ser aplicado passamos a analisar os resultados que veio a surtir estabelecendo assim um confronto entre o método evolutivo, e o convencional aplicado a tantos anos nas escolas . No método convencional os alunos adentram a aula sempre com a certeza de que terão as mesmas atividades da aula anterior, trazendo desta forma já certo desanimo que é causado pelas varias repetições, de atividades sem nunca surpreender os alunos com novas didáticas e formas de ensino 22 diferenciado. Já no método evolutivo cada aula demonstra um aprendizado diferente a cada nova atividade surgi um novo leque de idéias que incentivam os alunos a interagirem na aula e por consequência exporem sua opinião citarem seus medos suas incertezas colocando o professor num papel ainda mais importante dentro da formação não só acadêmica mais também cultural dos adolescentes. As atividades que facilitam este tipo de desenvolvimento são trabalhos palestrais com assuntos do cotidiano dos alunos, com temas preventivos que visam esclarecer a todos os alunos os pros e os contras da modernização do mundo a necessidade de se manter sempre saudável através das atividades físicas, o perigo das drogas, a banalização dos meios de comunicação, e também atividades como dinâmicas de grupo que façam melhoram a relação entre os alunos em sala de aula estabelecendo desta forma um elo afetivo entre os companheiros de sala, trazendo para dentro da aula um ambiente mais propicio a estudar, fugindo assim da monotonia de um sistema ultrapassado e arcaico, e adentrando uma nova era onde aluno tenha prazer e não apenas obrigação de estudar. 2.2 Interação jovem professor A interação aluno professor depende muito da didática de trabalho utilizada por quem ensina é essencial que o professor se faça entender sempre de forma clara e cordial, ao transmitir conhecimento, o professor passa a ganhar atenção dos alunos, um fator importantíssimo é o professor procurar saber dos problemas dos alunos buscando desta forma estabelecer mais um elo aluno professor, passando a contribuir com a fase de evolução destes adolescentes. O bom professor é o que consegue enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento sua aula é assim um desafio e não uma ,cantiga de ninar seus alunos cansam mais não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento surpreendem suas pausas, duvidas incertezas. (FREIRE, 1997, p. 96) 23 Aulas onde o professor apenas passa uma atividade e não interage com seus alunos não busca compreender suas necessidades, acaba se mostrando monótonas causando desinteresse dos alunos, este fato demonstra que materiais e locais adequados são importantes mais que o essencial para uma boa aula, e para bons resultados no que dia respeito á evolução dos alunos é com certeza a interação aluno do professor com sala de aula, o aluno tende a ver o professor como um exemplo a ser seguido, porem sente certo receio de estabelecer um dialogo com ele, quando o professor passa a tomar a iniciativa de se aproximar dos alunos principalmente em conversas durante aplicação das atividades. O educador que não se organiza de modo satisfatório para questionar as condições dentro das quais vive não conseguira sequer ter comportamentos autênticos diante daqueles que deve educar, ou, pelo menos, diante dos alunos que estão colocados diante de si destinatário de sua ação educativa. (SIQUEIRA, 2004, p.3) Passa a incentivar ininterruptamente seus alunos, pois assim eles se sentem mais seguros e valorizados ao sentir o empenho de alguém por quem eles nutrem um respeito muito grande e consideram conhecedor daquilo que ensina, levando sempre em consideração que nesta fase da adolescência os alunos tem por habito a pratica de esportes e poder aprender algo sobre aquilo que gostam já estabelece um laço muito forte entre quem oferece conhecimento e quem absorve . Portanto interagir com os alunos cativa a sala de aula e contribui para a fase evolutiva da adolescência e facilita também o trabalho de quem ensina tornando mais feliz e produtivo o ambiente para todos que nele estão inseridos. Boa técnica de motivação éter uma conversa em particular com o aluno. Em que se procura explorar o sentimentalismo e também, quando necessário, falar francamente com o aluno, chamando-o as suas responsabilidades. é imprescindível que ele se sinta , apesar das verdades se necessárias , que o professor é seu amigo e tudo esta fazendo para ajudado. (NERECI, 1993, p.190) Vale à pena continuar ressaltando a atuação de alguns professores, não como modelo inquestionável de docência, mais como fonte de inspiração para que continuemos a buscar um melhor caminho para chegarmos ao coração e á 24 mente de nossos alunos, um aluno jamais deve permanecer passivo e, mesmo que as respostas dadas sejam incompletas ou incorretas, o verdadeiro educador sempre deve fazer um comentário critico construtivo: Você quase conseguiu... “Valeu a tentativa”; ou esqueceu, não é ? “Vamos ver se amanhã você já consegui se recuperar da amnésia” a forma com que ele conduz a aula deve despertar a curiosidade pelo ouvir e aprender. Evidenciar sempre nos alunos a vontade de aprender utilizando-se de atividades que aproximam a relação aluno professor é ponto central, para ganhar de forma educativa o respeito dos alunos, e posteriormente satisfação de velos aprenderem com suas aulas. 25 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO Foi realizada uma pesquisa para demonstrar a importância de palestras com temas escolhidos, por um grupo de 20 a 25 alunos com idade entre 12 e 15 anos que estudam em período integral na 7ª serie b do E. E Rosa Salles leite localizado no município de GETULINA-SP. O projeto visou estabelecer uma integração entre os alunos utilizando como agente motivador à figura do educador físico em suas aulas. 3.1 Métodos e Técnicas utilizados a) Palestras b) Aplicação de vídeos preventivos c) Dinâmicas de grupo 3.1.1 Métodos Foi realizado um estudo de caso no E.E Rosa Salles Leite Penteado com o objetivo de demonstrar a importância de atividades diferenciadas com intuito de melhorar o desempenho dos alunos de 12 a 15 anos da 7ª serie. 3.1.2 Técnicas a) Roteiro de entrevista para os alunos anterior a palestra de psicologia 26 (APENDICE A); b) Roteiro de entrevista para os alunos após a palestra de psicologia (APENDICE B); c) Roteiro de entrevista para os alunos anterior a palestra de religião (APENDICE C); d) Roteiro de entrevista para os alunos após a palestra de religião (APENDICE D); e) Roteiro de entrevista para os alunos anterior a palestra de entorpecentes (APENDICE E); f) Roteiro de entrevista para os alunos após a palestra de entorpecentes (APENDICE F); 3.2 Relato sobre o trabalho realizado Palestras: foram proferidas palestras escolhidas a priori pelos alunos e ministradas por representantes da comunidade da cidade de Getulina durante as aulas de educação física, assim: a) Necessidade de acreditar em algo e conhecer aquilo em que acredita, ministrada pelo padre da paróquia. b) O perigo das drogas na sociedade, proferida pelo tenente da policia militar Aprendendo a conviver uns com os outros respeitando suas diferenças, proferida pelo psicólogo. c) A importância das atividades físicas, proferidas pelos acadêmicos e professor de educação física Todas as palestras foram realizadas na escola junto aos alunos acompanhados pelo professor de educação física da escola Rosa Salles Leite Penteado. Os materiais utilizados durante as palestras foram retroprojetor, DVDs, lápis para responder os questionários. Matérias de acordo com cada enfoquem das palestras: perigos da sociedade religião, efeito e conseqüências das drogas: cigarros bebidas entre os jovens, respeito e consideração entre os jovens como forma de se auto 27 descobrir descobrindo o outro e também, desafios do mundo atual, importância dos exercícios físicos e alimentação adequada. 3.3 Avaliação e acompanhamento dos alunos. Os alunos da 7ª serie B participaram durante as palestras através de perguntas, dirigidas pelo palestrante, explicações durante as palestras, foi realizado um questionário baseado nos pontos mais importantes apontando as possíveis mudanças a serem colocadas em pratica junto ao corpo discente e docente da escola. Em nosso trabalho durante as palestras observamos bom nível de participação, interesse e motivação. Junto aos alunos e educador físicos. 3.4 Parecer final sobre o caso Através do estudo realizado foi possível observar que complementar as aulas de educação física com palestras significativas junto os adolescentes da 7ª serie é sempre de crescimento junto ao processo educacional Gregg e Shale (2003), relatam que os jovens precisam sentir que os adultos cofiam neles, sendo que a comunicação sincera e prioridade numero um dos mesmos. Fiamenghi e Antonio (2001), relatam que as atitudes sociais desempenham um papel importante de como guia de como reagem as outras. Relata ainda que os principais fatores que auxiliam a formar as atitudes estão ligados a aprendizagem em casa como na escola. Gregg e Shale (2003), relatam que o adolescente preciso de pelo menos uma pessoa especial que possa ajudá-lo a alimentar sua individualidade e fornecer alguma estabilidade e segurança tão necessária para um período de mudanças rápidas e tanta insegurança. Essa pessoa em geral é um professor. Diante disso o trabalho teve como objetivo despertar no corpo docente 28 aspectos dos adolescentes a serem compreendidos pela atuação do educador físico fortalecendo atitudes sadias e confiáveis nesse período da vida. Vygotsky (2001), é citado num importante artigo onde se discutem o fenômeno da indisciplina. Nessa revisão Considera-se a família como primeiro contexto de socialização seguida dos diferentes contextos socializados como meios de comunicação instituições e escolas. Nesses contextos os atos considerados disciplinadas ou indisciplinados resultam das considerações do todo do contexto social e cultural no qual os alunos estão inseridos e por meio dos quais constroem suas relações. Nessa perspectiva se faz necessário um grande esforço aos participantes da dinâmica escolar; alunos, professores diretores e coordenadores, funcionários e pais pra o estabelecimento de ações de reciprocidade e de reflexões coletivas propiciadoras da construção participativa de um projeto educacional, o qual indique os rumos da educação que se quer seguir. O trabalho inicialmente evidencia a preocupação evidente em todo corpo docente reconhecendo a necessidade de novas ações diante do grupo de adolescentes e a importância do educador físico nesse processo. Bee (1996), relata que à medida que a criança cresce necessita desenvolver uma nova identidade, que sirva para colocá-la diante dos papeis da vida adulto em um processo de avaliação de si próprio e de outros formando a auto estima. Alguns adolescentes valorizam as habilidades acadêmicas, outros valorizam as habilidades esportivas ou ter bons amigos. O segredo da auto estima é a discrepância entre aquilo que a criança deseja e aquilo que acha que conseguiu. Ser bom em alguma atividade não elevara a auto-estima do adolescente a menos que ele valorize aquela determinada habilidade. No trabalho realizado com o corpo docente e direção os mesmo reconheceram que os aspectos como desmotivação conflitos verbais entre os mesmo pouca participação nos desempenhos acadêmicos e jogos podem estar relacionados a formação da auto estima e percepção já sentida nas definições de metas a serem atingidas num futuro bem próximo. Perrenoud (2001), diz que no estudo sobre a importância do desenvolvimento de competências para ensinar considera que o trabalho em 29 equipe pedagógica significa a partilha da parte loucura de cada um. Afirmando dessa maneira que a cooperação profissional , assim como a diferenciação ou a inovação, não depende da razão. Trabalhar com outros professores e com os mesmos alunos significa tornar visível o que geralmente, constitui um assunto privado entre professores e seus alunos, o detalhe de um procedimento didático de uma gestão de classe, de uma maneira de ser em classe, de falar, de se dirigir aos alunos, de escutá-los, de perder o sangue-frio, de jogar o fogo da sedução e da repressão. Em nosso trabalho percebem-se o corpo docente que embora possa estar exposto a criticas e considerações sobre o seu modo particular de agir com os adolescentes da 7ª serie b, concordaram que o educador físico pode ajudá-los nessa nova proposta educacional. A aceitação do Educador Físico em se colocarem como agentes motivacionais perante o grupo de adolescentes podem melhorar as interrelações grupais fortalecendo novas metas a serem atingidas. 30 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A pesquisa demonstrou que o Educador Físico, alem de contribuir para o crescimento físico dos adolescentes pode ainda ajudá-lo no crescimento sócio emocional dos mesmos. Sugere-se que outras escolas possam junto ao Educador Físico desenvolver encontros com adolescentes visando às inter-relações mais sadias. Propõe-se nos cursos de Educação Física, que seja dada ênfase a maior atuação do Educador Físico junto ao corpo docente. Vimos que se faz necessário uma maior divulgação entre as escolas dos trabalhos realizados em encontros com profissionais da comunidade e adolescentes. Finalmente sugere-se a aplicabilidade dos projetos que caminham visando entender os adolescentes nesse processo de compreensão de como viver melhor. 31 DISCUSSÃO Esse estudo iniciado pela necessidade da ampliação das inter-relações entre os adolescentes da 7ª serie despertou o interesse do diretor e corpo docente. Apesar do curto tempo da pesquisa, notou-se que com a realização das palestras realizadas por profissionais da comunidade junto ao Educador Físico, os adolescentes além da aquisição de novos conhecimentos relataram melhoras nas inter-relações com os colegas e família. Observamos também por parte do corpo docente uma significativa percepção à figura do Educador Físico, como agente motivacional perante os adolescentes. 32 CONCLUSÃO Conclui-se que de acordo com a pesquisa realizada, que a socialização do ser humano iniciada na família é complementada na escola. È nesse processo de inter-relações que adolescentes sentem, percebem e aprendem com os colegas, atitudes e valores sociais. Teoricamente os estudos indicam a necessidade de Educadores nesse processo, sendo que o Educador Físico pode em muito ser o articulador de vários projetos escolares. A pesquisa realizada deixa claro que atividades físicas podem caminhar com atividades intelectuais promovendo o crescimento de ambos: Educador e Educando. 33 REFERÊNCIAS BACK, B. M. A.; FURTADO, O.; TEIXERA, T. L. M. Psicologias: Uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva 2000. BARRAL, G. Praticas reprodutivas e transformações nas escolas publicas, Conteúdo escola o portal da educador, 30 abr. 2005, p. 2, são Paulo, Disponível em: <http://www.Conteudoescola.com.br/site/content/view/148/31/1/1/> Acesso em: 19 set. 2008. BEE, H. L. A criança em desenvolvimento. Tradução Maria Veríssimo Veronese. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 612 p. 537-579, 1996. CANTAO, B. L. et al. 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Revista psicopedagogia. A (IN) DISCIPLINA ESCOLAR NAS PERSPECTIVAS DE PIAGET, WINNICOTT E VYGOTSKY. v. 23, n. 72, p. 241-247, São Paulo: 2006. GREGG, C. M.; SHALE. E. Criando adolescentes. Fundamento Educacional, Tradução Maria Claudia Alves. São Paulo: 2003. LEVISKY, L. D. Adolescência pelos caminhos da violência. Casa do Psicólogo, São Paulo: 1998. MACHADO, A. A. Psicologia do esporte: temas emergentes 1. Jundiaí: Fontoura ,1997. MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blucher, 1984. MARTIINS, L. J.; QUEIROZ, D. T. (Coord). Pedagogia lúdica: Jogos e brincadeiras de A Z.1. ed. São Paulo: Rideel, 2002. MORAN, M. J, Mudanças na comunicação pessoal. São Paulo: Paulinas, 1998. NERECI, I. G. Didática, Uma Introdução. São Paulo: Atlas, 1993. NUNES, M. A. B; QUINTO P. G. A psicologia no futebol. 2003, Monografia (Graduação em Educação Física) - Faculdade de Educação Física de Lins, Lins. PERRENOUD, P. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. 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II 1 PERGUNTAS ESPECIFICAS Alguma vez já teve a oportunidade de falar com um psicólogo? ( )sim ( )não 2 Considera importante que esse tipo de trabalho seja desenvolvido na escola? ( )sim ( )não 3 Sentiu-se mais motivado ao saber que teria uma aula diferente e que coisas novas estão sendo trazidas ao seu conhecimento? ( )sim ( )não 4 Têm duvidas em relação à função de um psicólogo no cotidiano das pessoas? ( )sim ( )não 5 Gostariam de expor durante a palestra algo da sala que você gostaria que melhorasse tanto na escola quanto no ambiente na sala de aula? ( )sim ( )não 6 Você se relaciona bem com os seus companheiros de sala? ( )sim ( )não 38 APÊNDICE B - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS ALUNOS APÓS A PALESTRA DE PSICOLOGIA I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Sexo: ............................................................................................................. Idade: ............................................................................................................. Escolaridade: .................................................................................................. II PERGUNTAS ESPECIFICAS 1 Gostou da palestra? ( )sim ( )não 2 Considera que adquiriu conhecimento diante daquilo que foi dito pelo palestrante? ( )sim ( )não 3 .Gostaria que um psicólogo voltasse mais vezes para falar com vocês? ( )sim ( )não 4 Acha que se esse tipo de aula fosse aplicada com mais freqüência aumentaria o interesse do aluno em estudar? ( )sim ( )não 5 Considera que poderá usar em sua casa com sua família algo que tenha aprendido durante a palestra? ( )sim ( )não 6 Apos escutar o psicólogo dizer como seria um comportamento adequado em sala de aula você ainda considera que o comportamento que tem é correto? ( )sim ( )não 39 APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS ALUNOS ANTERIOR PALESTRA DE RELIGIÃO NOME___________________________________SERIE_______ IDADE__________ 01.Freqüenta alguma igreja independente da religião ? ( )sim ( )não 02.Tem pó habito fazer algum tipo de oração ? ( )sim ( )nao 03.gostaria de participar de atividades realizadas na paróquia do município (EX: grupo de jovens ) ( )sim ( )não 04.Seus pais falam sobre religião com freqüência em sua residência? ( )sim ( )não 05 já teve acesso a bíblia através da influencia de seus pais ? ( )sim ( )não 06.tem muitas duvidas sobre religião ou sobre algo relacionado que você já tenha escutado e não entende ? ( )sim ( )não 07.Aceitariam um convite para juntamente com seus pais conhecer melhor uma igreja sendo católica ou evangélica? ( )sim ( )não 08.Acha importante que existam palestras sobre esse tema durante o período letivo ? ( )sim ( )não 40 APÊNDICE D - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS ALUNOS APÓS A PALESTRA DE RELIGIÃO I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Sexo: ............................................................................................................. Idade: ............................................................................................................. Escolaridade: .................................................................................................. II PERGUNTAS ESPECIFICAS 1 Frequenta alguma igreja independente da religião? ( )sim ( )não 2 Tem por habito fazer algum tipo de oração? ( )sim ( )não 3 Gostaria de participar de atividades realizadas na paróquia do município (EX: grupo de jovens ) ( )sim ( )não 4 Seus pais falam sobre religião com freqüência em sua residência? ( )sim ( )não 5 já teve acesso a bíblia através da influencia de seus pais? ( )sim ( )não 6 Tem muitas duvidas sobre religião ou sobre algo relacionado que você já tenha escutado e não entende? ( )sim ( )não 41 APÊNDICE E - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS ALUNOS ANTERIOR PALESTRA DE ENTORPECENTES Nome __________________________________Serie __________ Idade ________ 01.Já assistiu a alguma palestra sobre esse assunto? ( )sim ( )não 02.Esse assunto já foi abordado pelos seus professores? ( )sim ( )não 03.Tem noção dos maus causados pelas drogas? ( )sim ( )não 04.Seus pais conversam sobre assunto com você? ( )sim ( )não 05.Alguma vez já foram oferecidas drogas a você? ( )sim ( )não 06.Conhece alguém que usa drogas? ( )sim ( )não 07.Contaria aos pais de amigo seu caso, soubesse que ele esta usando drogas? ( )sim ( )não 08.Já procurou saber através de alguém como, por exemplo, seus amigos ou professores, algo sobre drogas? ( )sim ( )não 42 APÊNDICE F - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS ALUNOS APÓS A PALESTRA DE ENTORPECENTES Nome ____________________________________Serie ________ Idade _______ 01. Gostou da palestra? ( )sim ( )não 02.Considera importante que oportunidades de aprender como essa de hoje, sejam trazidas até a escola? ( )sim ( )não 03.Gostaria que palestras sobre assunto fossem realizadas mais vezes durante o ano? ( )sim ( )não 04.Gostou da forma com que o palestrante se dirigiu a você e a seus companheiros de sala? ( )sim ( )não 05.Teve curiosidade de fazer perguntas durante a palestra? ( )sim ( )não 06. Passou a compreender melhor o mau que as drogas fazem e a importância de se manter longe do contado com elas? ( )sim ( )não 07.Ira contar aos seus pais tudo que aprendeu na escola hoje? ( )sim ( )não 08.Ainda tem alguma duvida sobre assunto? ( )sim ( )não 43 ANEXOS 44 ANEXO A: Palestra Desenvolvida com a Psicóloga Fonte: Cunha e Magalhães, 2009 Figura 1: Apresentação da Palestra da Psicóloga Fonte: Cunha e Magalhães, 2009 Figura 2: Apresentação da Palestra da Psicóloga 45 ANEXO B: Palestra Desenvolvidas com Padre Fonte: Cunha e Magalhães, 2009 Figura 3: Apresentação da palestra do Padre Fonte Cunha,Magalhães Fonte: Cunha e Magalhães, 2009 Figura 4: Apresentação da Palestra do Padre 46 ANEXO C: Palestra Desenvolvidas com Padre Fonte: Cunha e Magalhães, 2009 Figura 5: Apresentação da Palestra do Padre