
Pode ser definido como uma lesão dos
tecidos orgânicos em decorrência de um
trauma de origem térmica. Podendo variar
de uma simples flictema na pele, até grave
agressão, capaz de desencadear um
grande número de respostas sistêmicas
proporcionais à extensão e a profundidade
dessas lesões (GOMES-2006).
QUEIMADURAS
AGRESSÕES
BIOLÓGICO
PSICOLÓGICO
SOCIAL
Estima-se que no Brasil ocorram cerca
de 1.000.000 de acidentes por ano,
sendo que 100.000 pacientes procuram
atendimento hospitalar e, destes, cerca
de 2.500 pacientes irão falecer direta
ou indiretamente de suas lesões.
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
QUEIMADURA
AUMENTA A PERMEABILIDADE VASCULAR COM EXTRAVASAMENTO DO
PLASMA PARA O ESPAÇO INTERSTICIAL
EDEMA
A MORTE PODE OCORRER PELO CHOQUE HIPOVOLÊMICO,
COMPLICAÇÕES PULMONARES E SEPSE

I GRAU

II GRAU

III GRAU
Queimadura de II Grau
As queimaduras químicas tem a profundidade agravada
enquanto o agente químico permanece em contato com
a pele.
A lesão tecidual nas queimaduras químicas
dependem :
•
•
•
•
•
Concentração do agente químico;
Quantidade da substância;
Modo e duração de contato do agente
com a pele;
Extensão corporal ao agente;
Mecanismo de ação da droga.
Tratamento das queimaduras químicas:
• Despir completamente o paciente;
• Remoção física da substância;
• Diluição do agente com água corrente e
abundante, diminuindo assim a reação entre
a substância e o tecido corporal.
Os agentes químicos devem ser diluídos o mais
rápido possível;
• Produtos em pó devem ser espanados inicialmente,
depois removidos em água corrente.
•
b) Queimaduras elétricas: são produzidas
pelo contato direto entre o corpo e a fonte
elétrica. A gravidade é determinada pelo
trajeto da corrente através do corpo.
•
•
•
Lesões musculares
Desordens elétricas do miocárdio
Lesões ósseas e de órgãos vitais
Fisiologia da queimadura elétrica
CORRENTE ELÉTRICA
Contração tetânica dos músculos, podendo ocasionar fraturas e
luxações como efeitos retardados da descarga elétrica.
As manifestações CARDIOVASCULARES ocorrem logo após o
acidente.
A ANÓXIA e a FIBRILAÇÃO VENTRICULAR são as
principais causas de morte imediata.
Uma das complicações mais graves é a NECROSE TUBULAR
AGUDA, devido a rabdomiólise, levando a uma IRA.
c) Queimaduras por frio: a gravidade das
queimaduras produzidas pelo frio é
influenciada pelos seguintes fatores:
•
•
•
Temperatura
Tempo de exposição
Presença de doenças vasculares prévias




Lesão de III grau
atingindo mais 10%
SCQ adulto e 5%
criança;
Lesão de II grau
atingindo área superior
a 20% adulto e 10%
criança;
Queimaduras de face,
mãos, pés, genitália e
região perineal;
Queimadura
circunferencial de
extremidades
Queimaduras
elétricas;
 Intoxicações por
fumaças;
 Lesões de vias
aéreas;
 Queimaduras
menores
concomitantes a
outros importantes
traumas.

ESTABILIZAÇÃO DO QUEIMADO
1. Abordagem das vias aéreas e ventilação:
• Queimadura de pêlos nasais;
• Queimadura de cílios e sobrancelhas;
• Tosse e rouquidão;
• Aumento da freqüência e profundidade
respiratória.
Obs.: A inalação de gases nocivos é encontrado comumente em
vítimas que permaneceram em lugares fechados, em ambientes
com fumaça ou sofreram queimaduras em face, pescoço e tórax.
Sinais e sintomas decorrentes da inalação do
monóxido de carbono:
• Cefaléia
• Tontura
• Alteração do nível de consciência
• Náuseas
• Pele e mucosa de coloração rósea
• Taquidispnéia
• Taquicardia
Obs.: O Monóxido de carbono tem 240 vezes mais afinidade com a
hemoglobina do que o Oxigênio.
• Manter ventilação com máscara de Venturi 50% (fluxo
de 12 a 15 litros/min de oxigênio);
•
Avaliar necessidade de intubação endotraqueal pela
presença dos seguintes sintomas:
* Confusão mental
* Cianose perilabial e de extremidades
* Dispnéia
* Alteração na dosagem de gases arteriais
* Agitação psicomotora
* Edema progressivo de face
* Edema de orofaringe
* Rouquidão
c) Abordagem hemodinâmica: o restabelecimento do
padrão hemodinâmico deve obedecer as
seguintes etapas:
• Manter dois acessos venosos calibrosos e seguros
• Determinar a reposição volêmica para o período de
24 h após o acidente, que deverá obedecer a
fórmula de Parkland:
2 a 4 ml de RL x Kg x % área queimada
A metade do volume deverá ser infundido nas primeiras
8 h após a queimadura, e a outra metade nas próximas
16 h.
Obs.: A quantidade e a velocidade do fluxo
administrado é controlado pela PA, FC e débito
urinário.
DÉBITO URINÁRIO ESPERADO:
• Adulto: 30 a 50 ml/hora
• Criança menor de 1 ano: 2 ml/kg/hora
• Criança maior de 1 ano: 1ml/kg/hora
•
•
Realizar sondagem gástrica
Realizar sondagem vesical para monitorar o volume
urinário.
c.1) Manutenção da circulação periférica: na
vigência de comprometimento da perfusão será
necessário a ESCAROTOMIA, com o objetivo de
aliviar a compressão exercida pelo EDEMA (
limitada a tecidos não viáveis).
A FASCIOTOMIA só é indicada em casos de QUEIMADURAS ELÉTRICAS
em alta voltagem ou que envolvam LESÕES EM FÁSCIA MUSCULAR.
d) Cuidados imediatos com as lesões:
• lavá-las com clorexidine 2% e cobri-las com campo
estéril;
• As bolhas NÃO devem ser rompidas;
• Desbridar tecido necrótico (sob
sedação/analgesia);
• Utilizar pomada de SULFADIAZINA DE PRATA 1% ou
DERMACERIUM nos curativos diários.
e) Uso de analgésicos e narcóticos: devem ser utilizados
cautelosamente em pequenas doses, somente por via
endovenosa.
f) Profilaxia do tétano
g) Aporte nutricional após 48 h
h) Reabilitação
IDADE % CORPO SOBREVIDA MORTALIDADE
QUEIMADO
Menor de
5 anos
50%
66%
34%
5 a 40
anos
40 a 60
anos
+ 60
anos
50%
80%
20%
50%
51%
49%
50%
9%
91%
Balneoterapia com desbridamento
 Manutenção de uma nutrição
adequada
 Profilaxia da hipotermia
 Controle da dor
 Manutenção da mobilidade articular
 Instituir métodos de controle de
infecção
 Avaliação e monitorização da ferida

FINALIDADE – Diminuir ainda mais a intensa
população e manter a formação de um filme
residual do produto degermante, com o intuito de
reduzir o número de colônias por grama de tecido
lesado.
CLOREXIDRINA
Utilizada
na degermação diária.
Potente expectro de ação.
Baixa toxicidade.
PVPI DEGERMANTE
Sua
iodo.
ação está na dependência da liberação do
Possui
propriedades viricidas, bactericidas e
fungicidas.
Esta
liberação só ocorre após 5 minutos de
contato com o tecido.
Alta
toxicidade.
SULFADIAZINA DE PRATA
Creme
hidrossolúvel,
bactericida,
branco,
contendo o agente antimicrobiana em forma
micronizada.
Substância
de baixa solubilidade. Processo que
permite a exposição da célula bacteriana a
maiores contatos com a superfície corporal untada
de creme.
Seu
mecanismo de ação atua através da
membrana celular bacteriana.
Sulfadiazina de Prata a 1%





Avaliar as condições de segurança do local
Interromper o contato da vítima com o agente
agressor
Assegurar manutenção do suporte básico de
vida
Proteger a vítima e suas lesões de outros
agravos
Observar traumas associados. Portanto,
especial atenção deve ser dado à proteção
da coluna vertebral, à possibilidade de
choque hemodinâmico e existência de
fraturas
Segurança
nas
construções
é
fundamental,
consulte
antes
os
bombeiros
 Verifique as condições do seu carro
antes de uma viagem
 Atenção ao manusear com material
quente em ambiente de trabalho
 Sol
em excesso pode provocar
queimaduras sérias

Bebida e cigarro não combinam
 Não jogue ponta de cigarro acesa no
cesto de lixo
 Cuidado com chuveiro elétrico
 Não acenda fósforo para procurar
vazamento de gás

Foguetes e bombas não são brinquedos
de criança
 Não solte balões
 Não solte pipa perto de rede elétrica
 Cuidado com fio solto pela casa
 Procure cobrir as saídas de energia de
sua casa
 Muita atenção no banho da criança

Choque elétrico
Escarotomia
TECIDO DE GRANULAÇÃO
ENXERTIA DE PELE PARCIAL
FOTOFITODERMATITE

QUEIMADURAS CUTÂNEAS
CAUSADAS POR CONTATO COM
SUBSTÂNCIAS DE ORIGEM VEGETAL,
ATIVADAS PELA LUZ SOLAR .
FOTOFITODERMATITE
Dermatomo de Blair
RETIRADA DE PELE
ENXERTO DE PELE
Área doadora
Curativo oclusivo
• PREVINAM-SE CONTRA AS QUEIMADURAS
OBRIGADO!
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