Música Divisão de Arte e Cultura Corais do Mackenzie “O Madrigal e o Coral Universitário representarão o Mackenzie sem medo de se equiparar aos grandes corais do Brasil” Divisão de Arte e Cultura do Instituto Presbiteriano Mackenzie é responsável por descobrir e lapidar talentos mackenzistas. Prova da eficiência com que os funcionários da unidade exercem seu trabalho, sob a liderança do maestro Parcival Módolo, são os corais em atividade. Existem hoje no Mackenzie 17 corais – 13 internos e quatro de fora –,que vão da pré-escola à Universidade Aberta do Tempo Útil (UATU), a faixa etária mais avançada.Os grupos em parceria,que envolvem corais externos, são trabalhos filantrópicos de musicalização que o Mackenzie faz junto a instituições filantrópicas – Moradores de Rua da Casa Porto Seguro (AEB), Educação Jovens e Adultos (EJA) e Alfabetização Solidária, ambos do Mackenzie, além de crianças do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), São Paulo. No Mackenzie, o contato com a música começa cedo. O maestro Parcival Módolo, coordenador-geral da Divisão de Arte e Cultura, afirma: A A partir da esquerda: Clério Ximenes, Parcival Módolo, José Eduardo das Neves, Silvana Neres, Cláudia Soccio Mussi, Sílvia Gregoris, Júnia Chagas, Mário Valladão e Sandra Boletti Vargas 20 Mackenzie “As crianças da pré-escola podem iniciar no Coralito, onde não se faz qualquer tipo de seleção. Depois, se quiserem continuar, vão para os corais seguintes – Infantil, Infanto-Juvenil, Juvenil, Jovem, Adultos.” Para o maestro é interessante quando a criança começa a cantar desde pequena e segue até a universidade, no Programa de Coros Graduados.“Nem sempre a seqüência acontece, mas quando dá certo é maravilhoso”, diz. “O regente que trabalha com um cantor procedente do Coralito e vai até o coro universitário fica feliz”, afirma. Mas essa não é a única forma de participar dos corais do Mackenzie. Há também os corais de adultos, nos quais podem ingressar os interessados, de modo geral. Eles começam na oficina da voz (I ou II grupo), no Laboratório Coral, continuam no Coral Intermediário e chegam ao Coral Mackenzie, o grupo que representa oficialmente a instituição. Recentemente foi criado o Madrigal Mackenzie, formado por professores e funcionários da Divisão de Arte e Cultura (DAC) e músicos convidados. Ele representa o Mackenzie em vários eventos, até mesmo nos internacionais. Para o ano de 2005, o maestro Parcival diz que um dos projetos mais importantes é a criação do Coral Universitário, formado por alunos da universidade que terão três dias de ensaios semanais e uma A experiência do maestro arcival Módolo – Nasceu em Americana, SP, e depois de estudar, ensinar e reger nas principais cidades brasileiras, foi para a Alemanha onde, por quatro anos, completou seus estudos de regência na Westfälische Landeskirchenmusikschule, em Herford, e recebeu grau de mestrado, com especialização em música dos séculos 17 e 18. Enquanto lá esteve, regeu várias orquestras, como maestro convidado, e se tornou titular da Orquestra de Sunden, Westfalia. Entre seus professores estão alguns dos maiores nomes do cenário musical internacional, como Nikolaus Harnoncourt, Zubin Metha, M. Stefani e Sergiu Celibidache. Ao voltar à sua cidade natal, assumiu a estruturação e direção da Orquestra Sinfônica Municipal, cargo que ocupou por 14 anos, até 1998. Em 1989, a convite da University of San Diego, Califórnia, foi aos Estados Unidos para lecionar na universidade. Durante sua estada na América do Norte, recebeu bolsa de estudos para o doutorado na University of Southern California, em Los Angeles. Em 1991, a convite do JMC/Instituto Mackenzie, em São Paulo, estruturou o currículo para uma faculdade de música naquela instituição. Apresentado o projeto, em 1992 foi convidado a implantá-lo e se tornar seu primeiro diretor, cargo que ocupa ainda hoje. É professor de História da Música, Musicalização Infantil, Regência, Harmonia, Contraponto e Baixo Cifrado. A partir de 1998, a convite da instituição, ampliou sua atuação junto ao Instituto Presbiteriano Mackenzie, tornando-se Coordenador Geral da Divisão de Arte e Cultura. É membro da ACDA (American Choral Directors Association) e, nessa condição, visita seus encontros nos Estados Unidos, além do Festival de Música de Cuzco, Peru (do qual se tornou consultor desde o início de 2005), e o de Santiago, Chile. Rege as Orquestras Filarmônica de Rio Claro e Sinfônica da Unicamp. É maestro convidado das orquestras Sinfônica e de Câmara de P Equipe do DAC reunida para ensaios semanais do Madrigal bolsa parcial na universidade. “Há muito interesse da instituição em investir em grupos como esse. O coral, com os elementos já selecionados, começou a ensaiar em fevereiro.” Para ele 2005 deverá ser o ano de consolidação dos corais Mackenzie, entre eles o Madrigal e o Universitário. “Eles representarão a instituição em nível profissional, sem medo de se equiparar aos grandes corais do Brasil”, conclui. Goiânia, GO, e da sinfônica de Belém, PA. Além das suas atividades no Brasil, é gastdirektor da Orquestra do Teatro da Ópera de Bielefeld, Alemanha, e maestro-visitante da Orquestra Sinfônica de San Diego, Estados Unidos. A equipe São os seguintes os regentes e instrumentistas dos corais Mackenzie: Coralito, Mário Valladão, regente, Cláudia Sóccio, pianista; Coro Infantil, Cáudia Sóccio, regente, Mário Valladão, pianista; Coro Juvenil, Cláudia Sóccio, regente, Mário Valladão, pianista. Silvana Neres faz a preparação vocal em todos os corais. As oficinas de voz I e II têm como responsáveis Silvana Neres e Júnia Chagas; Clério Ximenes é o regente no laboratório coral, Silvana Neres a preparadora vocal, Júnia Chagas, a pianista. O Coral Intermezzo tem a mesma formação do laboratório coral, com Sandra Boletti Vargas como pianista; Coral Mackenzie, Parcival Módolo, regente, Júnia Chagas, pianista, Silvana Neres, preparadora vocal; Coral Universitário, em organização, tem a mesma formação do Coral Mackenzie. O Madrigal Mackenzie é regido pelo maestro Parcival, o Coro da UATU por Júnia Chagas, com Sandra Boletti como pianista. Júnia Chagas é a responsável pelo Grupo Moradores de Rua, da Casa Porto Seguro (AEB); no Grupo EJA, cuja responsável é também Júnia Chagas, a pianista é Cláudia Sóccio. Ambas trabalham com o Grupo do Projeto Alfabetização Solidária. Sandra Boletti e Silvia Gregóris trabalham com o Grupo ITACI. Nas apresentações, a regência dos corais é determinada pela especialização e experiência de cada professor. Todos os membros da equipe são qualificados para qualquer um dos corais, tendo em vista que são todos professores formados em música. Mackenzie 21