Química Aplicada AULA TEÓRICA: REACÇÕES OXIDAÇÃOREDUÇÃO Cursos: Análises Clínicas e Saúde Pública, Dietética, Farmácia, Radiologia REAÇCÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO São reacções em que há transferência de electrões São reacções de equilíbrio A oxidação e a redução ocorrem em simultâneo Os electrões não acumulam ou desaparecem Devido ao fluxo de electrões são reacções de electroquímica. REACÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO 2Na → 2Na+ + 2e- Oxidação, liberta electrões Cl2 + 2e- → 2Cl- Redução, ganha electrões 2Na +Cl2 → 2NaCl Oxidação: é a perda de electrões ou o aumento do número de oxidação. Redução: é o ganho de electrões ou a diminuição do número de oxidação. A substância oxidada é o agente redutor; a substância reduzida é o agente oxidante. Os números de oxidação é uma “ferramenta” utilizada para seguir as reacções redox. O número de oxidação é a carga que o átomo teria se os electrões em cada ligação pertencessem inteiramente ao átomo mais electronegativo. REGRAS DE DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE OXIDAÇÃO 1. O número de oxidação de elementos livres (elementos não combinados quimicamente) é zero; Exemplo: Na = 0; 2. O número de oxidação da água é zero H2O = 0 2. O número de oxidação de um ião monoatómico é igual à carga do ião; Exemplo: Na+ é +1 3. A soma dos números de oxidação dos átomos na molécula ou ião tem que ser igual à carga da partícula; Exemplo: Cr2O722Cr+7(-2)=-2 Cr =+6 O = -2 (normalmente) REGRAS DE DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE OXIDAÇÃO 4. O flúor tem um número de oxidação -1 em todos os seus compostos. 5. Na maioria dos compostos de oxigénio (por exemplo, MgO e H2O), o número de oxidação do oxigénio é -2, excepto no peróxido de hidrogénio (H2O2) e no ião peróxido (O22-) o seu número de oxidação é -1. 6. O número de oxidação do hidrogénio é +1, excepto quando está ligado a metais em compostos binários (isto é, compostos com 2 elementos). Por exemplo, LiH, NaH e CaH2, o seu número de oxidação é -1. 7. Grupo IA (Li, Na, K) +1 Grupo IIA (Be, Mg, Ca) +2 Grupo IIIA em compostos, normalmente +3 REDUÇÕES Fe3+ + e- Fe2+ +3 +2 2H+ + 2e- H2 +1 0 8H++ MnO4- + 5e-Mn2+ + 4H2O +7 +2 AGENTES REDUTORES (SÃO OXIDADOS) Provocam reduções O agente redutor é oxidado O agente redutor perde e O nº de oxidação do agente redutor aumenta Exemplos de agentes redutores: H2, C, CO, Fe2+, H2S, tio-sulfato S2O3 2- OXIDAÇÕES 2Cl- Cl2 + 2e- os iões Cl- perdem electrões, são oxidados Sn2+ 2+ ox Sn 4+ + 2 e4+ 2H2O O2 + 4H+ +4 e -2 ox 0 4OH- + Mn2+ MnO2 + 2H2O + 2e2+ ox 4+ AGENTES OXIDANTES (SÃO REDUZIDOS) Provocam as oxidações O agente oxidante ganha electrões O agente oxidante é reduzido O nº de oxidação do agente oxidante diminui Exemplos de agentes oxidantes Oxigénio Dióxido de Manganês MnO2 Permanganato de Potássio 8H++MnO4- + 5e-Mn2+ + 4H2O Dicromato de potássio Cr2O72++ 14H++ 6e- 2Cr3++7H2O ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX Exemplo: Cr2O72- (aq) + Fe2+(aq) → Cr3+(aq) + Fe3+ (aq) em meio ácido 1. Colocar os números de oxidação nos átomos; Redução Cr2O72- (aq) + Fe2+(aq) → Cr3+(aq) + Fe3+ (aq) +6 +2 +3 +3 Oxidação 2. Identificar onde ocorreu a oxidação e onde ocorreu a redução, ou seja a substância oxidada e a substância reduzida; ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX 3. Dividir o processo de oxidação redução em duas equações chamadas reacções-metade; Fe2+ (aq) Fe3+ (aq) Semi reacção de oxidação Cr2O72- (aq) Cr3+ (aq) Semi reacção de redução 4. Acertar todos os átomos, à excepção de O e H, separadamente em cada semi-reacção. A semi-reacção de oxidação já está acertada para os átomos de Fe. Na semi – reacção de redução multiplicamos Cr3+ por 2 de forma a acertar os átomos de Cr: Cr2O72- g 2 Cr3+ ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX EM MEIO ÁCIDO 5. Para reacções em meio ácido, acrescentar H2O para acertar os átomos de O, e H+ para acertar os átomos de H. Cr2O72- → 2 Cr3+ + 7 H2O Para acertar os átomos de hidrogénio, adicionamos catorze iões H+ no lado esquerdo da equação. 14 H+ + Cr2O72- g 2 Cr3+ + 7 H2O 6. Adicionar electrões a um dos lados de cada semi-reacção para acertar as cargas. Se necessário, igualar o número de electrões nas duas semi-reacções multiplicando uma ou ambas as reacções pelos coeficientes apropriados. 6e- + 14 H+ + Cr2O72- g 2 Cr3+ + 7 H2O Fe2+ g Fe3+ + e- ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX EM MEIO ÁCIDO Para igualar o número de electrões em ambas as semi-reacções, multiplicamos a semi-reacção de oxidação por 6. 6 Fe2+ g 6 Fe3+ + 6 e- 6. Adicionar as duas semi-reacções e verificar se a equação final está acertada. Os electrões em ambos os lados devem anular-se mutuamnente. 6e- + 14H+ + Cr2O72- g 2Cr3+ + 7H2O 6Fe2+ g 6Fe3+ + 6e6e- + 14H+ + Cr2O72- + 6Fe2+ g 2Cr3+ + 7H2O + 6Fe3+ + 6e7. Verificar que a equação contém o mesmo número de cada tipo de átomos bem como as mesmas cargas em ambos os lados da equação ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX EM MEIO BÁSICO Cr2O72- + Fe2+ g Cr3+ + Fe3+ 4. Acertar todos os átomos, à excepção de O e H, separadamente em cada semi-reacção. Cr2O72- g 2 Cr3+ 5. Acrescentar H2O acertar os átomos de H. Fe2+ g Fe3+ para acertar os átomos de O, e H+ para 14 H+ + Cr2O72- g 2Cr3+ + 7H2O Fe2+ g Fe3+ ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX EM MEIO BÁSICO Como a reacção ocorre em meio básico, adiciona-se em ambos os lados da equação o mesmo número de OH- do que H+) 14OH- + 14H+ + Cr2O72- g 2Cr3+ + 7H2O + 14OHFe2+ g Fe3+ Combinando os iões OH- e H+ para dar H2O obtemos 14H2O + Cr2O72- g 2Cr3+ + 7H2O + 14OHFe2+ g Fe3+ ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX EM MEIO BÁSICO Cancelar as moléculas de água 7H2O + Cr2O72- g 2Cr3+ + 14OH6. Adicionar electrões a um dos lados de cada semi-reacção para acertar as cargas. Se necessário, igualar o número de electrões nas duas semi-reacções multiplicando uma ou ambas as reacções pelos coeficientes apropriados. 6e- + 7H2O + Cr2O72- g 2Cr3+ + 14OH6(Fe2+ g Fe3+ + e-) 6e- + 7H2O + Cr2O72- + 6Fe2+ g 2Cr3+ + 14OH- + 6Fe3+ + 6e- 7. Verificar que a equação contém o mesmo número de cada tipo de átomos bem como as mesmas cargas em ambos os lados da equação ACERTO DAS EQUAÇÕES REDOX PELO MÉTODO DAS SEMI-EQUAÇÕES Meio ácido 1. Escrevem-se as duas semi-reacções. 2. Faz-se o acerto de cada uma delas: a. Primeiro, dos elementos excepto H e O. b. Depois, acerto do O e do H. d. Finalmente, das cargas, adicionando electrões. H com H+ O com H2O 3. Multiplicam-se ambas de modo a igualar o n.º de electrões. 4. Somam-se as reacções e simplifica-se. 5. Confere-se o acerto. Meio básico H com H2O O com OH Química Aplicada AULA TEÓRICA: ELECTROQUÍMICA Cursos: Análises Clínicas e Saúde Pública, Dietética, Farmácia, Radiologia CÉLULA ELECTROQUÍMICA É um dispositivo utilizado nas reacções de oxidação-redução para produzir a interconversão de energia química e eléctrica. Células Electroquímicas Células Galvânicas Células Electrolíticas A energia química é convertida em energia eléctrica A energia eléctrica é convertida em energia química CÉLULA GALVÂNICA As células galvânicas ou voltaicas são dispositivos em que se produz electricidade a partir de uma reacção redox espontânea, ocorrendo o fluxo de electrões por um circuito exterior. CÉLULA GALVÂNICA O tubo em U invertido é a ponte salina. Contém uma solução de KCl que proporciona um meio electricamente condutor entre as duas soluções. Uma barra de zinco é mergulhada na solução de ZnSO4 e uma barra de cobre é mergulhada na solução de CuSO4 . Estas barras são chamadas eléctrodos. O eléctrodo onde ocorre a oxidação é o ânodo. O eléctrodo onde ocorre a redução é o cátodo. 21 Continua CÉLULA GALVÂNICA As reacções de oxidação e de redução nos eléctrodos seguintes: são as Zn eléctrodo (ânodo) : Zn(s) → Zn2+ (aq) + 2esemi- reacção de oxidação Cu eléctrodo (cátodo): Cu2+ (aq) + 2e- → Cu (s) semi- reacção de redução Os electrões fluem no circuito exterior do eléctrodo de Zn (ânodo) para o eléctrodo de Cu (cátodo). As aberturas da ponte salina estão rolhadas com bolas de algodão para impedir a solução de KCl de fluir para as soluções. CÉLULA GALVÂNICA O facto dos electrões se moverem de um eléctrodo para outro indica a existência de uma diferença de potencial entre os dois eléctrodos. A diferença de potencial entre os dois eléctrodos é chamada força electromotriz, ou f.e.m. (ε). A f.e.m pode ser medida ligando um voltímetro a ambos os eléctrodos. A f.e.m é normalmente expressa em volt. REACÇÃO NO ELÉCTRODO No eléctrodo, os iões descarregam-se captando ou cedendo electrões, formando átomos ou radicais neutros. Os átomos ou radicais neutros podem ser libertados ser depositados reagir quimicamente. TIPOS DE ELÉCTRODO metal | ião metálico Ag+|Ag(s) gás | ião Eléctrodo de hidrogénio H+| H2 (g)|Pt (s) metal | anião (sal insolúvel) Cl-|AgCl|Ag(s) inerte (redox) Fe3+. Fe2+|Pt(s) membrana: eléctrodo de vidro, medidor de pH Pt(s)|AgCl(s)|HCl(aq)|vidro| solução pH?||Cl -|Hg2Cl2 (s)|Hg(l) NOTAÇÃO CONVENCIONAL DAS CÉLULAS GALVÂNICAS As linhas verticais representam interfaces ou junções A linha dupla vertical representa a ponte salina POTENCIAL PADRÃO DE UM ELÉCTRODO Tabela de potenciais padrões de eléctrodos permite prever: - tensão que será produzida pela célula - espontaneidade da reacção redox - comparar força relativa de agentes oxidantes ou redutores F.E.M. PADRÃO DE UMA PILHA A força electromotriz padrão da pilha, ε0pilha, é a soma do potencial de oxidação padrão com o potencial de redução padrão: ε0pilha = ε0ox + ε0red em que os índices «ox» e respectivamente, oxidação e redução «red» significam, ELÉCTRODO PADRÃO DE H Pt (s)|H2 (g) 1atm. |H+ (1M) eH2 º = 0V de potencial H2 (g) 1atm Pt H+ (aq) 1M ELÉCTRODO PADRÃO DE H 2 H+ (aq, 1M) + 2 e- H2 (g, 1 atm) εH2 º = 0V de potencial O 0 designa as condições padrão. • Quando todos os solutos são 1M e todos os gases 1 atm , a tensão associada a uma reacção de redução a ocorrer num eléctrodo é designada por potencial de redução padrão. • Portanto o potencial de redução padrão do eléctrodo de H2 definido como sendo zero. POTENCIAIS DE REDUÇÃO PADRÃO A 25ºC 31 PILHA CONSTITUÍDA POR UM ELÉCTRODO DE Zn E EPH Eléctrodo de Zn e eléctrodo de EPH Ânodo : Zn (s) → Zn2+ (aq, 1M) + 2eCátodo: 2H+ (aq, 1 M) + 2e- → H2 (g, 1 atm) Reacção global: Zn(s) + 2H+ (aq, 1M) → Zn2+(aq) + H2 (g, 1atm) f.e.m. padrão da pilha constituída pelo eléctrodo de Zn e pelo EPH Para a pilha analisada anteriormente, constituída pelo padrão de Zn e pelo EPH: eléctrodo ε0Zn/Zn2+ ( Zn/Zn2+ significa Zn (s) → Zn2+ + 2e-) é o potencial de oxidação padrão da semi-reacção de oxidação. ε0H+/H2 ( H+/ H2 significa 2H+ + 2e- → H2 ) é o potencial de redução padrão e é definido como sendo zero. Portanto, para a nossa pilha: ε0pilha= ε0Zn/Zn2+ + ε0H+/H2 0,76 = ε0Zn/Zn2+ + 0 O potencial de oxidação padrão do zinco é 0,76 V PILHA CONSTITUÍDA POR UM ELÉCTRODO DE Cu e EPH Ânodo : H2 (g, 1 atm) → 2H+ (aq, 1 M) + 2eCátodo: Cu2+ (aq, 1M) + 2e- → Cu (s) Reacção global: Cu2+ (aq, 1M) + H2 (g, 1atm) → 2H+ (aq, 1M) + Cu(s) F.E.M. PADRÃO DA PILHA CONSTITUÍDA PELO ELÉCTRODO DE Cu E PELO EPH Em condições padrão e a 25ºC a f.e.m da pilha constituída pelo eléctrodo de Cu e EPH é dada por: ε0pilha= ε0H2/H+ + ε0Cu2+/Cu 0,34 V = 0 + ε0Cu2+/Cu Portanto o potencial de redução padrão do cobre é 0,34V e o seu potencial de oxidação padrão ε0 Cu /Cu2+ é -0,34 V EQUILÍBRIO REDOX E A ENERGIA DE GIBBS A energia de Gibbs é dada por: ∆G = - n F (εpilha) Número de moles de electrões transferidos 1 F = 96,500 J/volt.mol εpilha é expressa em volts Constante de Faraday EQUILÍBRIO REDOX E A ENERGIA DE GIBBS Para as reacções em que os reagentes e os produtos estão no estado padrão: ∆G0 = - n F (ε0pilha) Tendo em conta que a variação da energia de Gibbs padrão ∆G0, associada a uma reacção está relacionada com a sua constante de equilíbrio através de: ∆G0 = -RT ln K Igualando as equações, obtemos: - n F (ε0pilha) =- RT ln K 0 pilha RT ln K nF ESPONTANEIDADE DAS REACÇÕES REDOX ∆G0 ε0pilha K* Reacção em condições padrão Negativa >1 Positiva Espontânea 0 =1 0 Em equilíbrio Positiva <1 Negativa Não espontânea. Reacção espontânea no sentido inverso * K – constante de equilíbrio da reacção EQUAÇÃO DE NERNST Permite calcular o potencial redox em soluções aquosas RT nf ln Q 0 Em que: Q – é a expressão da lei da acção das massas da reacção. F = 96,500 J/volt.mol R = 8,315 J K-1 mol-1 Condições padrão: TºC =25ºC=298,2 K; P= 1atm; C=1M; pH=7 EQUAÇÃO DE NERNST Substituindo os valores de R, T e F em condições padrão, e reescrevendo a equação em termos do logaritmo decimal, obtém-se: 0,0591 log Q n 0 BATERIAS Uma bateria é uma pilha electroquímica, ou mais frequentemente um conjunto de pilhas electroquímicas ligadas em série, que pode ser usado como fonte de corrente eléctrica directa a voltagem constante. Diferentes tipos de baterias de uso corrente: Bateria de pilha seca (usada em lanternas rádios portáteis ) - Bateria de mercúrio (usada em medicina, em ”pacemakers”, auxiliares de audição e na indústria electrónica) - Acumuladores de chumbo (usado nos automóveis) - Baterias sólidas de lítio - Pilhas de combustível (utilizadas para produzir electricidade) - BATERIA DE PILHA SECA Isolamento Cátodo de grafite Camada de MnO2 Pasta húmida de ZnCl2 e NH4Cl Ânodo de zinco A mais comum é a pilha de Leclanché BATERIA DE MERCÚRIO • Fornece uma voltagem mais constante do que a pilha de Leclanché. • Tem uma capacidade consideravelmente mais elevada e uma vida mais longa. • Estas características tornam a bateria de mercúrio ideal para o uso em “pacemakers”, auxiliares de audição, relógios eléctricos. Cátodo de aço Isolamento Solução electrolítica contendo KOH e Zn(OH)2 e HgO Caixa de zinco (ânodo) ACUMULADOR DE CHUMBO Cátodo Ânodo Electrólito de H2SO4 Placas negativas (grelhas de chumbo cheias de chumbo poroso) Placas positivas (grelhas de chumbo cheias de PBO2) 44 ACUMULADOR DE CHUMBO É constituído por seis pilhas idênticas em série. Ânodo: Pb(s) + SO42- (aq) PbSO4(s) + 2eCátodo: PbO2(s) + 4H+ (aq) + 2e- PbSO4(s) + 2H2O(l) Global: Pb(s) + PbO2(s) + 4H+(aq) + 2SO42- (aq) 2PbSO4(s) + 2H2O(l) É recarregável. Recarregar a bateria significa inverter a reacção electroquímica normal através da aplicação de uma voltagem exterior ao ânodo e ao cátodo Ânodo: PbSO4(s) + 2e- Pb(s) + SO42- (aq) Cátodo: PbSO4(s) + 2H2O(l) PbO2(s) + 4H+ (aq) + 2eGlobal: 2PbSO4(s) + 2H2O(l) Pb(s) + PbO2(s) + 4H+(aq) + 2SO42-(aq) PILHA DE COMBUSTÍVEL DE H2- O2 Eléctrodos de carbono poroso contendo catalisadores 2H2(g) + O2(g) 2H2O(l) Oxidação Redução 2H2(g) + 4OH- (aq) 4H2O(l) + 4e- O2(g) + 2H2O (l) + 4e- 4OH- (aq) CORROSÃO Consiste na deterioração de metais através de um processo electroquímico. Exemplos: Ferrugem, escurecimento de prata, película verde formada sobre o cobre e o bronze. FORMAÇÃO DA FERRUGEM O ferro, em contacto com o ambiente ( ar húmido ou água ) sofre corrosão, o processo ocorre em duas etapas: Uma região da superfície do metal funciona como ânodo, ocorrendo a oxidação: Fe(s) Fe2+(aq) + 2e- FORMAÇÃO DA FERRUGEM Os electrões fornecidos pelo ferro reduzem o oxigénio a água no cátodo: O2(g) + 4H+ (aq) + 4e- 2H2O (l) A reacção redox global é: 2Fe(s) + O2(g) + 4H+ (aq) 2 Fe2+ (aq) + H2O(l) Os iões Fe2+ formados no ânodo ainda são oxidados pelo oxigénio: 4Fe2+(aq) + O2(g) + (4 + 2x)H2O(l) 2 Fe2O3 . xH2O(s) + 8H+(aq) Esta forma hidratada do óxido de ferro (III) é conhecida por ferrugem ELECTRÓLISE Electrólise: decomposição simultânea do electrólito. A montagem típica de uma electrólise chama-se célula de electrólise ou célula electrolítica. Electrólito: composto que conduz electricidade ou em solução ou em estado de fusão(l). ELECTRÓLITOS E NÃO ELECTRÓLITOS ELECTRÓLISE DO CLORETO DE SÓDIO FUNDIDO Pilha de Dows flutua flutua Utilizada na produção de Na(l) e de Cl2 em escala industrial Reacção global: 2 Na+ + 2 Cl- 2 Na (l) + Cl2 (g) ELECTRÓLISE DA ÁGUA A reacção ocorre com facilidade numa solução 0,1 M H2SO4 porque neste caso existem iões em número suficiente para conduzir a electricidade. Cátodo (platina) Ânodo (platina) Ânodo (oxidação): 2H2O (l) O2(g) + 4H+(aq)+ 4e- Solução diluída de H2SO4 Cátodo (redução): 4 [ H+ (aq) + e- ½ H2 (g) ] Global: 2H2O (l) 2 H2 (g) + O2(g) ELECTRÓLISE DE NaCl (AQ) Reacção no ânodo: 2Cl- Cl2 (g) +2e- Reacção no cátodo: 2e - + 2H2O H2 (g)+2OH- Reacção da célula: 2H2 O + 2Cl- Cl2 (g) + H2 (g)+2OH- |||||| Na+ H+ ânodo Cl2 (g) OH+ Cl- cátodo - H2(g)