6aula – Dilatação Térmica Linear 31 6aula DILATAÇÃO TÉRMICA LINEAR Objetivo Medir o coeficiente de dilatação linear α, do cobre, do alumínio e do ferro. 6.1 Introdução As conseqüências habituais de variações na temperatura são variações no tamanho dos objetos e mudanças de fase de substâncias. Consideremos as dilatações que ocorrem sem mudanças de fase. Imaginemos um modelo simples de um sólido cristalino. Os átomos são mantidos juntos, em uma disposição regular, por forças de origem elétrica. De uma maneira mais simples, podemos visualizar os sólidos como um conjunto de átomos ligados por molas (Fig. 6.1) Em qualquer temperatura, os átomos do sólido estão em vibração, cuja amplitude vale cerca de 10-9 cm e a freqüência é de aproximadamente 1013 Hz. FIGURA 6.1: Representação das ligações moleculares 32 Dilatação Térmica Linear – 6aula Quando se eleva a temperatura, a distância média entre os átomos também aumenta, isto acarreta uma dilatação do corpo sólido, como um todo, em virtude do aumento na temperatura. A variação de qualquer dimensão linear do sólido, como o comprimento, a largura ou espessura, denomina-se dilatação linear. Se o valor desta dimensão linear for L, a variação deste valor causada por uma variação ∆T de temperatura, será ∆L. Verifica-se experimentalmente que, se ∆T for suficientemente pequeno, esta variação ∆L será proporcional à variação de temperatura, ∆T e ao valor inicial L0. Portanto, podemos escrever. ∆L = αLo ∆T (6.1) Onde α, denominado Coeficiente de dilatação linear, tem valores diferentes para materiais diferentes. Reescrevendo esta fórmula, obtemos: α= 1 ∆L l ∆T (6.2) De modo que α pode ser interpretado como sendo a variação percentual no comprimento, por grau de variação na temperatura. Na Tab.6.1 relacionamos os valores experimentais dos coeficientes de dilatação linear médios de vários sólidos comuns. Para todas as substâncias relacionadas, a variação de tamanho consiste de uma dilatação quando a temperatura aumenta, pois α é positivo. A ordem de grandeza da dilatação é de 1 milímetro por metro de comprimento, por 100ºC. Tabela 6.1 – Coeficiente de dilatação Linear para alguns materiais SUBSTÂNCIA Alumínio Latão Cobre Ferro Vidro Chumbo Aço Gelo α(ºC-1) 23x10-6 19x10-6 17x10-6 12x10-6 9x10-6 29x10-6 11x10-6 51x1-6 6a ul a – D il at aç ão T ér m i c a L in ea r 33 6.2 Materiais Utilizados a) b) c) d) e) Aparelho para medir dilatação térmica (Extensômetro); Gerador de vapor; 3 Tubos: alumínio (Al), cobre (Cu) e ferro (Fe); Termômetro; Régua milimetrada. 6.3 Procedimentos Experimentais a) Medir a temperatura ambiente (To), que é a temperatura inicial do tubo; b) Medir a distância entre o ponto fixo do tubo e a lingüeta que fica em contato com a haste do relógio medidor de deslocamento (Lo). Ao se colocar o tubo frio no suporte, recomenda-se tocálos o mínimo possível, pois a temperatura do corpo pode alterar a temperatura inicial do tubo; c) Girar a escala do relógio medidor, até que o ponteiro coincida com o zero da mesma; d) Use um suporte ou bloco de madeira para levantar, alguns centímetros, o final do tubo em expansão. Isto impedirá que a água condensada escorra pelo tubo; e) Conectar a mangueira de vapor em uma extremidade do tubo e o termômetro na outra, espere o tubo entrar em equilíbrio térmico; f) Anote a temperatura de equilíbrio e a dilatação do tubo dada pelo extensômetro na Tab. 6.2. 6.4 Resultados TABELA 6.2: Resultados MATERIAL Alumínio Cobre Ferro To(ºC) T(ºC) ∆T(ºC) Lo(m) ∆L(m) αM(ºC-1) αT (ºC-1) 23x10-6 17x10-6 12x10-6 E% 34 Dilatação Térmica Linear – 6aula Onde: T0 → Temperatura inicial dos tubos (Temperatura ambiente); T → Temperatura final dos tubos; ∆T → Variação de temperatura ∆T=T – T0; L0 → Comprimento inicial do tubo; ∆L → Variação do comprimento do tubo; E% → Erro percentual E% = α M − αT ⋅100% αT (6.3)